As Crônicas de Marte

As Crônicas de Marte George R. R. Martin
Gardner Dozois
Ian McDonald




Resenhas - As Crônicas de Marte


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Mari Siqueira 14/03/2018

Mais um livro fantástico organizado por George R. R. Martin e Gardner Dozois, As Crônicas de Marte reúne uma seleção de contos que reverenciam a Era de Ouro da ficção científica. Se passando em Marte, os enredos riquíssimos que terminam por implorar mais páginas provam que é possível escrever boas histórias em poucas linhas.



Assim como em seu trabalho anterior - O Príncipe de Westeros e Outras Histórias -, o autor das Crônicas de Gelo e Fogo convida outros grandes escritores contemporâneos e monta uma obra que vale por várias. Enaltecendo desta vez o gênero sci-fi pelo qual costuma transitar quando se afasta da fantasia, escreve uma introdução que nos transporta para este planeta vermelho onde o futuro nos espera pacientemente.



Com textos densos e excessivamente detalhados - característicos do gênero -, pode ser uma leitura cansativa. Assim como em uma viagem para Marte, levamos algum tempo para nos ambientar nesses novos mundos e quando por fim nos acostumamos à gravidade, somos transportados para outro planeta imaginado por outro autor. Conhecer os diferentes "Martes" e suas peculiaridades faz com que percebamos a capacidade imaginativa de construir novos mundos a partir de uma mesma ideia.



Meus contos favoritos, - A Triste Música do Planeta Vermelho, O Acidente do Mars Adventure, Nas Tumbas dos Reis Marcianos e Saindo de Scarlight - trazem construções impecáveis de personagens e cenários geniais. Com as imagens descritas no enredo, é possível representar cada uma dessas histórias em nossa mente e imaginar que o inexplorado Marte, de fato, está sendo explorado por nós.



As aventuras encontradas nesse livro não são só um salto no espaço, mas também no tempo. O futuro, já não tão distante assim, que começou a ser narrado na Era de Ouro - tantos anos atrás -, finalmente tem bases sólidas na realidade e dialoga com alguns dos questionamentos pertinentes da nossa geração. Uma coisa é certa: se a Terra não nos for o bastante e o planeta vermelho ainda não for habitável, poderemos sempre fugir para o mundo dos livros e nos esconder lá até que o mundo real seja tão incrível quanto o das palavras.

site: http://instagram.com/sobreamorelivros
Kelly Midori @kemiroxtvliterario 14/03/2018minha estante
Resenha incrível




Karini.Couto 28/02/2018

>>>PRIMEIRA FRASE DO LIVRO
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Cia do Leitor 28/02/2018

As Crônicas de Marte
As Crônicas de Marte é uma coletânea de contos sobre o planeta vermelho que busca resgatar aqueles saudosos clássicos da ficção científica. Eu não sei vocês, mas me lembro que lia e curtia muito aqueles antigos livros, comprados em sebos, com páginas amareladas e com estórias fantásticas sobre planetas distantes. Antigamente a tecnologia não era tão avançada e Marte ainda era um grande mistério. E por isso mesmo tais narrativas era tão sedutoras.

Hoje em dia a ficção tem de ir mais além do nosso Sistema para que tenhamos uma sensação de “já pensou se esse planeta realmente existir” e outros pensamentos que seguem essa linha, todos "e se". Com tantos avanços, Marte ficou esquecido, obsoleto, para a literatura sci-fi.

Mas não mais. Como eu disse, Martin e Dozois reuniram nesse livro diversos contos de ótimos autores, alguns internacionalmente consagrados, sobre o planeta vermelho, nos levando de volta para uma época já quase esquecida. Esqueça as sondas da Nasa, esqueça o que cientistas lhe dizem sobre Marte. Esqueça tudo e volte no tempo, volte para o tempo dos mistérios. Encarando Marte ainda como uma incógnita, os autores conseguiram me levar para diversas versões de Marte, uma melhor do que a outra.

"Ele às vezes se perguntava se Deus e Lúcifer tinham feito um pacto. Deus governaria a Terra e o diabo ficaria com Marte."

E o que não falta nesse livro realmente são versões desse planeta. São 15 contos de autores diferentes, sobre Martes diferentes. Esses contos tem em médias umas 30 páginas cada um, alguns são um pouco maiores e outros são bem menores. Mas devido a quantidade de contos e o tamanho, de forma geral, pequeno, não seria possível eu descrever cada um deles. Então vou falar do livro como um todo, sobre suas diversas versões de Marte, com os seus pontos fortes e fracos.

Uma parte bem impressionante sobre essa coletânea é que, embora todas tenham Marte como tema, ainda assim as estórias conseguem ser completamente diferentes umas das outras. Todo autor conseguiu dar um toque de originalidade, abordando o planeta de forma bem distintas. A começar pela viagem até o planeta. A princípio eu diria que a única forma dos seres humanos chegarem lá seria através de naves…. bem, não para todos os autores. Foi maravilhoso ver as diferentes formas de viagens que os autores conseguiram criar. Sim, ainda temos viagens com “naves”, mas devo dizer que as versões alternativas de viagens roubaram a cena.

"Só porque você faz uma pergunta, não quer dizer que exista uma resposta."

Outro destaque muitíssimo interessante foram justamente os marcianos. Eles vieram em diversos tipos, desde insectoides até criaturas marítimas. E não foram só os marcianos, alguns contos expandem o universo, por assim dizer, nos brindando com outras raças, com habitantes de outros planetas e luas do nosso Sistema. A cultura marciana também foi muito explorada nos contos e mais uma vezes o que não faltou foi distinção entre os autores. Cada conto teve uma abordagem única e em alguns casos a cultura, assim como a religião, dos marcianos foi o foco do conto.

Houveram também outros focos nos contos. Seja a exploração do planeta, a descoberta de antigos segredos, cultura perdida, guerras ou até mesmo a própria viagem até o planeta. Cada um dos contos se desenvolveu no seu próprio ritmo, com suas narrativas nos levando para aventuras incríveis. Desde piratas navegando mares de areia até uma aventura à la Indiana Jones. Marte sem dúvidas foi retratado como um planeta surpreendente, para nós e também para os personagens.

"Honra é um fardo que deve ser esquecido ou abandonado. É a bondade, penso eu, que não deixa escapatória."

O meu conto favorito foi “Nas Tumbas dos Reis Marcianos”, esse é o conto com um toque de Indiana Jones. Essa minha preferência provavelmente se deve ao fato de desde criança eu querer adentrar tumbas perdidas de antigos faraós. Agora você pega essa vontade e eleva ao nível Marciano. Esse autor soube como me conquistar, hahaha. Esse conto é literalmente uma aventura em busca de uma antiga tumba, um mito marciano que corresponde às Minas do Rei Salomão. O personagem principal desse conto é uma espécie de mercenário que acaba sendo contratado por estudioso marciano que diz saber a localização de tal tumba, mas que teme por sua vida justamente por causa desse conhecimento. É claro que o caminho até essa tumba é recheado de armadilhas e que eles não tem sossego durante toda a jornada. Mais do que isso eu não posso revelar, senão eu conto tudo.

Embora a maioria dos contos tenham sido ótimos, eu não posso dizer que gostei de todos. O conto que eu menos gostei foi justamente o mais curto, “Os manuscritos do fundo do mar morto”. Também não gostei muito do conto “O patinho feio”. Um dos pontos fracos dessa coletânea foi justamente o tamanho dos contos. Achei que alguns tiveram um fim abrupto. Eles me conquistaram e me abandonaram com um gostinho de quero mais. Foi algo que realmente me deixou frustada em alguns casos.

Sobre a edição do livro, eu não tenho reclamações. A capa está lindíssima, com uma textura bem diferente. As páginas são amareladas e a fonte está em ótimo tamanho. Consegui ler sem problemas durante horas sem me cansar.

"Em Marte todas as coisas que podem dar errado dão, e as que não podem também.*"

De forma geral, eu acabei dando 4 estrelas para o livro. Não consegui dar 5 devido ao fato de alguns contos não serem tão bons e a minha frustração com os finais abruptos de outros. Mas não tenho a menor dúvida ao recomendar esse livro. Principalmente se você for fã de literatura sci-fi. Se você for alguém que nunca leu nenhum dos clássicos marcianos, esse livro pode ser a sua porta de entrada, pode ser aquele livro que irá te fazer ir atrás das estórias que inspiraram esses autores. Então, não deixem de embarcar nessa viagem para o planeta mais icônico que existe.

*Nota de rodapé da resenhista: Seria o Brasil uma sucursal terráquea de Marte?

Resenha de Patrícia Paiva do blog Cia do Leitor

site: http://www.ciadoleitor.com/2018/02/resenha-as-cronicas-de-marte-organizado.html
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Carol 19/02/2018

Não morro de amores por contos, mas até que tem seu mérito
Tá, não sou exatamente fã de livros de contos. Na verdade, tenho muita dificuldade com esse tipo de literatura. Gosto de criar uma intimidade com os personagens, e com contos a dificuldade quanto a isso é grande. Não há tempo suficiente. Mas quando a editora veio com um livro de contos que se passa em Marte, eu pirei. Vamos combinar, sou completamente ensandecida por ficção científica que se passa no espaço. Então acabei solicitando.

Apesar de, para mim, a melhor coisa do livro ter sido a apresentação do Martin -realmente viajei legal na introdução dele sobre o planeta vermelho, e até me senti ligada ao autor pelas ideias que ele tinha sobre toda a teoria do lugar, As Crônicas de Marte tem seus méritos como livro de contos.

Acredito que os organizadores souberam mesclar muito bem histórias diferentes nesse livro. E não só de enredos diferentes, mas de linguagem diferente. Tem protagonistas homens incríveis, mulheres maravilhosas, e paisagens de perder o fôlego. Sim, porque não é difícil entrar na cabeça desses autores quando o assunto é imaginar o lugar que eles pintam em seus contos. Pessoalmente amei a ideia de uma Marte antiga do segundo conto do livro, apesar dele passar longe de ser meu predileto.

Alguns com um pé na fantasia, outros na ficção científica pura, e alguns com uma mensagem um pouco mais sociológica, todos os contos deixam uma sensação interessante. As vezes de uma cabeça mais criativa de um autor, outras vezes realmente de uma coisa mais bruta, mais real. Mas os quinze contos foram bem selecionados para agradar gregos e troianos no quesito Marte.


É lógica a devoção que alguns desses autores tem às histórias do escritor Edgar Rice Burroughs, que é um dos precursores de livros sobre o planeta vermelho num contexto de ficção. As referências estão todas lá, nas entrelinhas. Achei isso uma maravilha de se ler, já que acredito que não fomos agraciados com todos os livros do autor sobre a princesa Dejah e John Carter aqui no Brasil. Por mim, mais escritores fariam mais coisas usando o espaço como pontapé. Vamos combinar, ali tem muita corda para desenrolar.

Meu conto predileto foi o terceiro, que é sobre um personagem pirata. Um pirata em Marte! Já imaginaram isso? Amo piratas e amo Marte. Uniram duas coisas que adoro em um único conto, então foi lógico gostar dele. Mas tem pra tudo quanto é gosto. Também adorei o conto As Tumbas dos Reis Marcianos, que tem um pitada grande em Indiana Jones e Allan Quatermain - também adoro esse estilo de história.

Enfim, não foi o melhor livro que li, porque passo longe de contos sempre posso. Dificuldade enorme com histórias partidas. Parece que sempre está faltando algo delas. Mas As Crônicas de Marte não é de um todo um livro ruim. Acho que se fossem quinze livros completos sobre essas histórias eu iria gostar muito mais. Mas se tenho que me contentar com contos, que seja! Eles foram bem aproveitados.

site: www.terradecarol.blogspot.com
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Ananda.anandareads 14/02/2018

Aventuras no Planeta Vermelho
As crônicas de Marte é uma compilação de contos selecionadas por George R. R. Martin e Gardner Dozois que contam com autores como James S.A. Corey, Michael Moordock, Mike Resnick, Ian Mcdonald, Mary Rosenblum e muitos outros. São um total de 15 contos que se passam no planeta vermelho. Misturando fantasia, ficção científica e aventuras.

Eu nunca havia lido um livro que se passava em Marte e gostei dessa experiência, mas com algumas ressalvas. Alguns contos são realmente interessantes e divertidos enquanto outros são um pouco arrastados e maçantes. Por serem contos curtos, é difícil criar uma conexão com a história e com os personagens e fazer aquele vínculo leitor e personagem e ambiente. Quando eu começava a me inteirar na história, ela terminava.

Com uma Marte de um jeito que nunca vimos antes, somos introduzidos ao planeta vermelho e aos seus habitantes, sejam eles terráqueos que se mudaram para lá ou os próprios marcianos. Como são contos diferentes de autores diferentes e nada tem em comum a não ser o lugar onde se passa a história, cada conto oferece uma característica distinta de como são os marcianos, cada qual do jeito que o autor vê ou imagina como seriam os habitantes do planeta vermelho.

Meu conto favorito foi Nas Tumbas dos Reis Marcianos de Mike Resnick e me lembrou bastante das histórias dos filmes de Indiana Jones e achei super divertida as aventuras de Scorpio, Merlin e Quedipai, quando terminei de ler esse conto fiquei com um gostinho de quero mais!

O primeiro conto de Allen M. Steele; Sangue Marciano, também achei fantástico e muito interessante que me deixou morrendo de curiosidade sobre o que aconteceria na história caso determinada situação não tivesse ocorrido.

O legal dos contos, são que os autores escrevem de um jeito que nos deixa imaginando o que acontece depois, e é isso que faz o leitor querer um livro daquele conto só para ele. E apesar de gostar muito das histórias, achei alguns contos um pouco maçantes que foi o que dificultou a minha leitura e me fez dar essa nota para o livro, não tirando a genialidade de alguns atores que realmente fizeram histórias fictícias fascinantes, alguns pareciam mais livros didáticos.

Para quem gosta do gênero ficção científica e tem Marte como um planeta 'favorito' de pesquisa e filmes e histórias, esse livro é uma ótima indicação.
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