Amanda 06/04/2019
Bom, mas poderia ser melhor
De início queria dizer que o livro tem uma boa premissa, mas alguns erros de concordância, continuidade e autenticidade histórica prejudicam um pouco a leitura - nada que alguém que já leu muita tradução de fãs, não consiga relevar, mas irrita um pouco e te tira o foco em vários momentos. Por esse motivo, um livro que poderia facilmente entrar na lista de favoritos pela trama intrigante, acaba ficando com uma nota apenas "ok".
Aqui temos Aideen MacBride, uma das filhas de Ravenna e Loch MacBride, de Inverness. Aideen é mantida como prisioneira em sua própria casa, odiada pela mãe, ela não entende como viver com tanto ódio e solidão. Após ter sofrido um estupro de seu tio e ainda ser acusada e punida pela mãe, tudo o que ela quer é ser mantida em paz e que a vida se finde, mas, apesar das tentativas de se matar, a morte parece zombar dela e não a quer levar. Após sua irmã (seu único alento) ser prometida em casamento ao príncipe herdeiro da Escócia, Alistair MacCallister, ela é obrigada pela mãe a sair de sua prisão e ir a Durhill para o casamento, mal sabia ela que lá seria um castigo e libertação.
Alistair MacCallister não gostou de ser chamado do fronte de batalha onde tenta acabar com seu inimigo pessoal e dos clãs, Roy MacGregor, que foi responsável pelo estupro e morte da sua irmã mais nova. Mas nada o preparou para o anúncio de noivado com a filha de Ravenna MacBride, aquela bruxa, a quem ele odiava tanto quanto a Roy. Em um passeio a floresta enquanto esperava sua noiva (Annabel MacBride) chegar, ele salva uma moça em perigo e se encanta pela pequena ruiva de língua afiada. Então ele descobre que ela é Aideen MacBride sua futura cunhada...
Fazendo-se valer de uma lei antiga e querendo enraiver Ravenna ao notar que Aideen era desprezada, ele resolve desafiar o rei e se casar com ela ao invés de com Annabel. Mas na noite de núpcias é confrontado por sua noiva informando que ela não é mais virgem, mordido de ciúmes, Alistair não reage bem e promete vingança a sua esposa. Ele passa a trata-la como um estorvo, não é agressivo, mas a ignora, exceto no leito, lugar que não resiste a paixão despertada pela doce Aideen. E quando ele resolve deixar tudo para lá e viver essa paixão que os domina, as armações de Ravenna podem vir a destruir esse casal.
Em meio a muitas intrigas, ferimentos, tentativas de sequestro e de uma criada ridiculamente ousada (que sinceramente não sei como não foi enforcada visto as leis da época), Aideen e Alistair lutam para ficarem juntos, pois o amor que sentem um pelo outro é maior que tudo isso e vale a pena ser vivido.
Assim, a trama é boa, mas faltou algumas coisas... A autora não sabia se a mocinha era corajosa, idiota ou medrosa, enquanto Alistair era meigo, estupido e acalentador ao mesmo tempo e tudo parecia ser tão fácil de ser resolvido que não sei porque não foi desde o começo. Ou seja, faltou uma amarração mais assertiva na história, contudo eu gostei e confesso que estou curiosa para as outras histórias que pretendo ler ainda nesse fds.
P.s.: eu pesquei a fala da Rainha Clarissa de "O Diário da Princesa" adpatada e falada por Alistair "um príncipe nunca está atrasado, os outros é que estão adiantados" hahahhahahaha