Expresso para a Índia

Expresso para a Índia Airton Ortiz




Resenhas - Expresso para a Índia


5 encontrados | exibindo 1 a 5


Aécio de Paula 05/08/2021

Expresso para a Índia - Airton Ortiz
Apesar da viagem já ter quase 20 anos, encarei a leitura e não me arrependi. O jornalista Airton e com um amigo alemão viajam por toda a Índia em trens super lotados, sob um sol escaldante e montões de lixo, e ali observa os costumes indianos, come iguarias apimentadas sem higiene e duvidosas e dorme em hotéis baratos. Perseguido por mendigos raivosos e por vendedores ambulantes irritantes, o jornalista se depara com uma Índia bastante pobre e dividida por castas. No começo do livro, uma explicação sobre o cristianismo, o hinduísmo e o islamismo e outras ramificações é necessária para situar o leitor nesse país múltiplo de crenças. O autor não polpa explicações sobre o panteão de deuses hindu. Várias culturas diferentes o impressiona com monumentos e museus. Com a sua habilidade de historiador, as explicações são boas. Recomendo a todos
comentários(0)comente



Ana 01/08/2018

Um país belo, mas nem tanto
Sempre imaginei a Índia como um dos países mais bonitos do mundo, seu povo sempre alegre, divertido, dançante, com seus filmes bollywoodianos, suas músicas tocantes, porém não é bem assim.
Não que lá seja terrível, mas pelo relato de Ortiz, a Índia é um país diferente do que imaginava, a Índia formou sua cultura há mais de 2.500 anos a.C. passou por diversas fases, reinados, sultanatos, principados, impérios, dinastias, até a época do Imperialismo Britânico, quando a Inglaterra se interessou pelas especiarias e terras indianas e a monopolizou fazendo a Índia se tornar sua colônia, isso durou até os movimentos de libertação, com a revolta de todos os seus povos (que são muitos) tornando o país independente. Mas com a independência houve separação de territórios, por conta de diversas culturas, religiões e costumes, dando origem a Paquistão, Bangladesh e Índia, e ao território da Caxemira.
Na Índia assim como em países emergentes (como o Brasil), a desigualdade social é imensa, em cada esquina, trem, ônibus, o nosso autor encontra um numero gigante de pedintes, como o mesmo explica, dar esmola lá é muito complicado, pois dando esmola a um cem aparecem. Outro aspecto que me incomodou é a sujeira, não sei se os lugares escolhidos por Airton e seu companheiro alemão não foram os melhores, mas todos os bares, quiosques, restaurantes e hotéis, são sempre descritos como sujos, cheio de ratos, baratas, as comidas sempre tem uma quantidade grande de pimenta, talvez para disfarçar o odor, ou sabor. Nesses mesmos transportes que na maior parte do livro são passados os relatos, as pessoas se alimentam e jogam os restos no chão, até que um intocável (pessoas que lidam com trabalhos de limpeza de latrinas, carcaças de animais, consideradas impuras, termo pejorativo, e que até hoje, são assim referidas em algumas partes do país) faça a varredura. Ainda nos trens e ônibus e em todas as situações do cotidiano as mulheres são sempre tratadas como burros de carga levam os filhos nos braços, as bagagens e ficam pra trás, os homens andam na frente e tem direito de se sentar enquanto elas carregam pesos. Nas relações de matrimônio existe essa injustiça também, as mulheres quando casam, devem dar luz a filhos homens, e o pai da noiva deve pagar um dote.
Referente às religiões, que na Índia são muitas, tem o hinduísmo e budismo que são as mais predominantes no país, mas outras ocupam espaço também como jainismo, siquismo e religiões por nós mais conhecidas como o catolicismo, islamismo e anglicanismo (religiões empregadas nas épocas de colonizações de portugueses e ingleses, e período árabe), mas são modificadas e sincretizadas para melhor os servir.
Poderia só me focar em aspectos negativos, mas a Índia ainda assim tem sua beleza, as pessoas são caridosas, em algumas situações acabam sendo muito inocentes no quesito de ambição não ligam tanto para riquezas como nós, talvez até por esse motivo não tenham um crescimento financeiro, elas costumam dividir seus alimentos, suas festas apesar de simples são muito bonitas, puxam conversa para conhecer melhor o nosso autor, são muito religiosas e seguem os seus ensinamentos e doutrinas com muita fé, até entendemos que quando agem de má fé algumas vezes é porque suas regras, o modo como vivem, como lidam com as castas, já está muito enraizado em suas culturas, (esse sistema de classes sociais está presente desde o começo de sua história, quando os povos arianos originários da Ásia Central em cerca de 1.500 a.C. começaram a invadir o território da cultura que ali predominava conhecida como Harapeana ou cultura do vale do Indo, e se miscigenaram dando origem aos textos Vedas, que regem a vida desse povo).
Os seus complexos teatros Kathakali, em que danças exploram ao corpo, as suas comidas que mesmo apimentadissimas fiquei com água na boca, seus monumentos como Taj Mahal, o Palácio da Cidade, as cavernas de Ajanta, Jaisalmer e vários outros cenários indianos, a sua moda colorida, a sua disposição e estagnação em situações que poderiam se revoltar, sua história que não podemos esquecer que há personagens maravilhosos, que ajudaram a Índia em algum aspecto como Gandhi, Rudyard Kipling, Jahan e seu amor sem fronteiras.
Ainda sim tenho vontade de visitar esse país, e quem sabe tenha uma melhor experiência?
O livro é muito rico em informações tanto do cotidiano, quanto da história da Índia. Essa já é minha segunda leitura de Airton e quero ler toda sua coleção. Pra quem não o conhecia, o livro sobre o Egito é muito bom, recomendo.

OBS um: o período em que o livro foi escrito a situação era tensa na Índia e Paquistão, que são predominantemente hindu e islâmica estavam com uma ameaça de guerra, tendo diversos ataques terroristas e ameaça de bombas. A briga é por causa da região da Caxemira. A situação atualmente é mais pacifica, mas ataques vespertinos ainda acontecem, o governo da Índia espera que com a eleição recente no Paquistão, a situação melhore.
OBS dois: Só o Airton pra agüentar o alemão Horst, kkkk.
OBS três: Se você não gosta de calor, não vá a Índia, kkk.
comentários(0)comente



kelly 22/02/2016

Realidade Índia
Sempre tive fascínio e curiosidade pela cultura indiana e sem querer me deparei c esse livro magnífico q relata os mínimos detalhes de uma viagem peculiar e única pelos trilhos da grande e misteriosa Índia. Onde o autor detalha minuciosamente suas aventuras e desventuras em conhecer o país viajando nos seus trens nada auspiciosos, relatando parte da história e costumes de um povo sofrido e resignado pelo peso de suas crenças.
comentários(0)comente



Teca 19/02/2011

Viajando com o autor
Os livros de viagem de Airton Ortiz são muito interessantes. O texto bem humorado é ao mesmo tempo informativo e analítico. A viagem pela India ao longo de sua antológica estrada de ferro prende a atenção do início ao fim. É o melhor de seus livros. É como se estivéssemos juntos do Airton e seu mau humorado companheiro alemão.
comentários(0)comente



Gabriel Lucas 16/01/2009

Livro muito interessante, a experiência da viagem do autor é real. Até com raiva do companheiro de viagem chato é sentida!
comentários(0)comente



5 encontrados | exibindo 1 a 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR