A arte de pesquisar

A arte de pesquisar Mirian Goldenberg




Resenhas - A arte de pesquisar


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LeonardoGS89 09/11/2021

Um ótimo livro sobre Metodologia de Pesquisa
Leitura muito boa para quem desejar conhecer o geral sobre pesquisa científica, ensina e explica os métodos mais utilizados e dá uma série de dicas para os iniciantes (assim como eu), apresenta elementos teóricos e práticos para construir e desconstruir conceitos e aplicações dos principais métodos de pesquisa, achei bem interessante que a autora escreve com rigor, mas numa linguagem bastante acessível (algo raro nos livros de metodologia científica).
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Tito 01/09/2018

A arte de pesquisar
GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar. Como fazer pesquisa qualitativa em ciências sociais. 8 ed. São Paulo: Record, 2004.

A autora introduz seu texto expondo uma nova perspectiva sobre a metodologia de pesquisa, isto é, uma perspectiva que considera esta disciplina não como algo chato, mas prazeroso.
Goldenberg ainda expõe o objetivo com a presente obra: ensinar o olhar científico. Ensinar não numa perspectiva única, mas levando em conta um dos inúmeros possíveis outros caminhos metodológicos. Além de, neste contexto diverso, tratar especificamente da pesquisa qualitativa.
Propondo contextualizar as primeiras metodologias das ciências sociais qualitativas, a autora, antes desta empreitada, caracteriza o embate entre a sociologia positivista e a sociologia compreensiva. Na sociologia positivista - de Weber e Durkheim - percebe-se o sujeito separado do objeto. As leis das ciências naturais devem reger as ciências sociais. Os fenômenos sociais são tratados como coisas, despreza-se a subjetividade. Ao contrário, na sociologia compreensiva valoriza-se a subjetividade tanto do sujeito pesquisador como dos sujeitos de pesquisa. Nessa perspectiva compreensiva da sociologia, muito influenciada por Weber, serão identificados os primeiros antropólogos e, consequentemente, as primeiras formas de metodologia qualitativa de pesquisa: método da monografia, etnografia, trabalho de campo e observação participante.
A autora ainda discute a influência da Escola de Chicago, criada no final do século XIX e início do século XX, para o desenvolvimento de metodologias de pesquisa qualitativa. Uma das marcas desta escola era a valorização do chamado interacionismo simbólico, que privilegiava a interação e a imersão do pesquisador na realidade dos sujeitos sociais para compreensão da realidade vivenciada por eles. Ademais, tratava-se de uma valorização da perspectiva do sujeito sobre a realidade, daí a superestima de instrumentos autobiográficos para análise da realidade. A convivência entre antropólogos e cientistas sociais propiciou essa incorporação de metodologias de campo. O fato é que os estudos de caso, e as próprias fenomenologia e etnometodologia tiveram influência dessa Escola.
Tratando do Estudo de Caso, a autora discute o processo de sua gênese e transposição para as ciências sociais. A origem do estudo de caso se dá no contexto dos estudos médicos, onde um caso específico era analisado minuciosamente. Transposto para as ciências sociais, o estudo de caso se torna uma forma de captar profundamente as especificidades e particularidades do caso. Ao contrário de métodos que procuram estabelecer homogeneidades, no estudo de caso a diversidade, o desvio e a heterogeneidade são valorizados. A imersão na realidade de um caso, numa perspectiva temporal, varia muito, podendo ir de semanas a anos.
A autora discute, também, o caráter do método biográfico nas ciências sociais; método muito caro a Goldenberg, pelo fato de tê-lo utilizado na tese de doutorado. A autora discute o método como um instrumento capaz de, na captação da singularidade de uma biografia, compreender questões amplas e universais. Foi dessa forma que Norbert Elias propôs uma análise biográfica de Mozart, e nessa perspectiva compreendeu relações universais que contextualizavam a vida do artista.
Goldenberg chama atenção para o fato de a pesquisa qualitativa ser acusada de não objetividade e tendente a bias (viés, preconceito, etc.). Como forma de se contrapor a estas críticas a autora propõe que na pesquisa qualitativa os processos metodológicos sejam descritos de forma rigorosa, além de expor, de forma sincera e não neutra, as tendências que possivelmente podem influenciar o pesquisador no processo de pesquisa. Ademais, as pesquisas qualitativas, na medida em que propõe, através desses procedimentos, o controle da bias, permitem maior objetividade e representatividade científica do que as pesquisas quantitativas, que se enganam com uma pretensa neutralidade científica.
A autora ainda discute os problemas teórico-metodológicos das pesquisas qualitativas. Obviamente que neste tipo de pesquisa existe uma interação maior do sujeito pesquisador com os sujeitos ou objetos de pesquisa. A implicação da subjetividade do pesquisador na realidade a ser investigada é um problema que precisa ser encarado com maturidade, a fim de que se evite a bios e, principalmente, a crítica da vertente positivista da ciência. Novamente, a autora defende que uma clara consciência das interferências subjetivas que possam deformar resultados de pesquisas é uma estratégia de lidar com os problemas teórico-metodológicos da pesquisa quali.
Goldenberg propõe ainda um diálogo entre perspectivas que parecem inconciliáveis: quanti e quali. A autora defende que a interconexão dessas abordagens, numa perspectiva de triangulação, proporciona uma visão ampliada do objeto de estudo, o que possibilita uma melhor captação da realidade. Deve-se superar essa dicotomia infrutífera que aparta essas abordagens de pesquisa.
Seguindo para uma parte mais prática do texto de Goldenberg, a autora passa a expor os passos para a construção de um projeto de pesquisa. Num primeiro momento, propõe que se faça uma pergunta certa para a investigação, isto é, aquela que tenha relação com o pesquisador. Em seguida, trata da formulação do problema. Neste ponto, a autora chama atenção para o fato de que o problema é derivado de uma imersão profunda do assunto e de intensa leitura da literatura disponível. Ademais, deve-se ter uma capacidade objetiva na elaboração do problema, e de profunda especificidade (recortes), a fim de que os leitores compreendam a natureza da pesquisa. Nesse contexto de delimitação do objeto, expõe outra etapa da pesquisa, a elaboração do projeto. É neste momento que o problema será contextualizado e delimitado; etapa que requer atenção, cuidado e rigor científico. Discute de forma sintética os passos da pesquisa após a escolha temática, delimitação do objeto e exposição do problema. Para a contextualização do problema é necessário elencar os principais conceitos que serão abordados na pesquisa, bem como as hipóteses principais que respondem o problema. Um outro passo importante da pesquisa é o fichamento da teoria. Goldenberg trata esta etapa como fundamental para a escrita do relatório de pesquisa, pois este exercício é que possibilita uma verdadeira apreensão e apropriação das categorias e ideias utilizadas pelo autor lido.
Sobre as entrevistas e os questionários, Goldenberg trata dos procedimentos adequados a estes instrumentos de coleta de dados que devem ser seguidos pelos pesquisadores. A autora chama atenção para o fato de que se deve dar voz a sujeitos que não são ouvidos. Trata ainda das possíveis estruturações desses instrumentos de coleta de dados, podendo ser: abertos, fechados, assistemáticos (sem estrutura ou semi-estruturados) ou projetivos. Goldenberg ainda alerta sobre a obrigatoriedade das questões que compõem os referidos instrumentos estarem relacionados ao objetivo do estudo, além de tratar do cuidado com a não indução de respostas na forma de elaboração das questões. Expõe ainda uma série de vantagens e desvantagens dos instrumentos, a saber: vantagens do questionário – menos trabalhoso, de menor dificuldade de aplicação, de maior capilarização, e de maior facilidade de os entrevistados responderem; desvantagens do questionário – índice baixo de resposta, estrutura rígida e exige habilidade de ler e escrever; vantagens da entrevista – coleta informações de pessoas não escolarizadas, capta realidades subjetivas, facilidade de verificação de contradições e se estabelece maior vínculo com o entrevistado; desvantagens da entrevista – o entrevistador afeta o entrevistado, perde-se a objetividade com facilidade e a análise de dados é mais difícil. A autora ainda faz considerações relevantes de elementos que precisam ser incluídos no processo de construção da entrevista/questionário, a saber: informação a ser pesquisada; conteúdo da pergunta; a forma da pergunta; o lugar da pergunta; o tipo de instrumento adequado (questionário ou entrevista); elaborar rascunhos; submeter o roteiro à crítica; fazer pré-teste e refazer roteiro.
Em seguida Goldenberg trata da sensibilidade e atenção que devem constituir o pesquisador após a coleta de dados. Depois da fase de coleta de informações o pesquisador precisa relacionar os dados às teorias, o que demanda atenção, sensibilidade e preparo.
Goldenberg, por fim, trata do processo de construção do relatório final da pesquisa. Afirma ser esse processo muito importante, pois é o momento de exposição sintética dos resultados da pesquisa. A análise dos dados coletados virá aqui, além de ser também aqui, no relatório final, onde a criatividade e acúmulo teórico do pesquisador serão testados. Propõe a estruturação de um relatório final a partir de uma introdução que exponha os objetivos da pesquisa e a contextualização do problema, em seguida propõe uma discussão teórica que balize e legitime a empreitada, para que, por fim, se descreva o caminho metodológico seguido (incluindo as dificuldades e limitações), apresentação dos resultados e a análise e interpretação dos dados coletados. Chama atenção ainda para o cuidado ético com os sujeitos que participaram da pesquisa, evitando que o relatório seja um desencadeador de problemas para os mesmos.
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Anderson Luiz 20/04/2021

Uma introdução à pesquisa
Em um primeiro momento, a autora faz uma contextualização histórica do método positivista e do surgimento do método qualitativo, abordando as principais discussões em torno destes.

A partir disso, apresenta os diversos caminhos para se fazer pesquisas qualitativas e seus principais desafios metodológicos.

Por fim, apresenta as etapas de elaboração de uma pesquisa de forma bastante simples e objetiva. Cumpre com sua proposta de ser um livro introdutório para quem está começando a dar os primeiros passos na pesquisa científica.
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Stéfany 22/02/2020

Serve um pouco para nos aproximar do processo de escrever um projeto, mas me pareceu um pouco ultrapassado em alguns aspectos.
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LAmethista 14/03/2021

Livro essencial para pesquisadores inciantes. A linguagem simples e objetiva faz o conhecimento das técnicas e teorias ser acessível e de fácil compreensão para, por exemplo, estudantes no começo de uma graduação. Serve muito bem como uma leitura inicial ou complementar que te introduza e auxilie a entender o processo de pesquisa, seus pontos positivos, negativos etc.
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Fael 24/06/2021

Muito bom!
Super recomendo esse livro da Mirian Goldenberg!
Ele é um ótimo texto para entendermos e construirmos de maneira bem clara nossas pesquisas.

A maneira que a Mirian elucida as questões, estrutura a linha de pesquisa e explora o conteúdo de cada tópico é muito enriquecedor.
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Gabriel Dummer 13/08/2020

Base essencial
Um livro essencial aos pesquisadores, trazendo de forma sucinta pontos cruciais para se pensar e desenvolver qualquer pesquisa. A distinção entre pesquisa quantitativa e qualitativa são de extrema relevância.
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Robertina Teixeira da Rocha 06/03/2016

Excelente para quem precisa escrever uma monografia (TCC) na área de Humanas, mas não sabe por onde começar
Conheci este livro por indicação do meu professor da disciplina de Metodologia Científica no curso de especialização em Educação e Meio ambiente, mas gostaria de tê-lo conhecido durante minha graduação. Ele sem dúvida teria me ajudado bastante com o TCC. O que mais gostei deste livro é que a autora escreve com rigor mas numa linguagem bastante acessível (algo raro nos livros de metodologia científica).
Subdividi o livro em duas partes:
do capítulo "(Re)aprendendo a olhar" ao " "Integração entre análise quantitativa e qualitativa" a autora faz uma apresentação do que é pesquisa qualitativa, quais seus problemas e a diferença entre ela e a pesquisa quantitativa.
Já a partir do capítulo "Faça a pergunta certa" ela fala de como elaborar o projeto de pesquisa, dá dicas e exemplos de modelos que são uma mão na roda para a gente!
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Raony 21/07/2017

Eu li alguns assim "semi-acadêmicos" no comecinho do mestrado, principalmente os do Becker, "Truques da Escrita" e "Truques da Pesquisa". Esse tava no bojo, mas daí lendo logo após os do Becker ficou meio ruim, sabe, em perspectiva, e também eu tive que começar logo a pesquisa, invés de ficar lendo sobre como pesquisar. Então, acabei abandonando. Mas tem seu valor, só leia ele antes dos do Becker dai.
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Anderson Alves 25/05/2020

Bom livro
É um bom livro que dar boas dicas de como pesquisar, porém acredito que seja só uma iniciação a pesquisa precisaria se aprofundar.
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Mesquita 22/07/2020

Um ótimo ponto de partida
Em uma linguagem clara, concisa e objetiva, Mirian nos apresenta os fundamentos teóricos da pesquisa qualitativa e seus métodos e processos. O livro não se propõe a ser um guia detalhado de metodologia científica, mas sim um olhar panorâmico acerca da produção em ciências sociais/humanas e cumpre o que promete.
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Prinup 27/07/2020

Muito bom
Minha orientadora me recomendou para fazer a pesquisa da monografia, achei de leitura fácil e bem explicativo, gostei bastante.
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Legos 31/05/2022

Que bosta
Li pra universidade e odeio isso aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaajyaaaaaaaaaaaaaaaa
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Gusma 02/05/2023

Os básicos da pesquisa científica
Para quem tá precisando se organizar e de dicas acadêmicas de pesquisa, esse livro é perfeito. Direto ao ponto, linguagem didática e já traz exemplos de como fazer. Não trouxe nada de inovador, mas cada pesquisador sempre traz umas dicas próprias que acabam ajudando. Acho que por já ter lido um livro dela sobre orientação acadêmica, muitas das dicas eu já conhecia, mas ainda assim trouxe coisas novas (por exemplo: sobre entrevistas e questionários) e valeu a leitura pra ter uns insights.
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Alicia139 06/10/2023

Vlw Mirian l
Tive que ler pra faculdade, por ser um livro sobre pesquisa científica, esperava q fosse ser bem mais chato. Bem interessante e consegue não ser massante
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