Resenhas - Uma Boa Corrida

luke - among the living. 06/04/2022

É o tempero da vida.

Terry Lawson, que aparece em Pornô e Cola (e brevemente em A Calça dos Mortos) ganha bastante destaque aqui em Uma Boa Corrida).

É muito divertido oscilar entre a empatia e o asco pelo personagem, mas admito que quem me ganhou aqui foi o Jonty (o capítulo 31 desgraçou minha cabeça).

Mais um grande livro do Irvine Welsh.

JuLia 24/02/2022

O livro mais imundo e viciante que já li
Se você é o tipo de pessoa que gosta de sentir diversas emoções tais como ódio, nojo, alegria, euphoria ou pena, leia este livro.
Quando comprei esse livro pensei que era sobre algum corredor de F1 ou contos de um taxista. No decorrer dos capítulos me deparei com um homem de meia idade que é uma mistura de sensibilidade e grosseria e put4r1a. Minha gente, as mortes e principalmente os enterros me fizeram berrar. A leitura é fluida e te prende. Cada capítulo me foi um surto diferente. As coisas que o Terry faz... gente...
Definitivamente esse é um ótimo autor, só não sei se o odeio ou amo

Drigo.Cardoso 30/08/2021

O tempero da vida
Aqui que assume a direção é Terry Lawson, personagem secundário na trama principal de Trainspotting que faz sua primeira aparição em Pornô (e retorna em A Calça dos Mortos). O velho e bom tarado de Edimburgo divide as páginas com Jonty um cara "lento" mas de bom coração - "bom coração, é certeza, bom coração pode crê, é". Se Irvine Welsh é polêmico com suas histórias do Leith nas páginas de Trainspotting, aqui ele vai além, comecei Uma Boa Corrida sem muito entusiasmo mas aos poucos fui entrando nessa viagem cheia de acidez, ironias e um tanto mórbida. Terry, como muitos grandes personagens, entregam o melhor de si justamente quando são confeitados com seus maiores medos. Uma Boa Corrida é um belo Spin-off que funciona muito bem sozinho.

Jess 28/08/2020

Viver é absurdo
O livro é centrado em Terry Lawson, parceiro de Sick Boy nos negócios da pornografia e taxista, mas principalmente um fodedor profissional - eu nem diria nas horas vagas, acho que "em tempo integral" se encaixa melhor. Tendo conhecido outras obras e adaptações do Irvine Welsh, eu já esperava toda a vida de Edimburgo que ele retrata, e quando eu falo sobre vida em uma cidade, não é só sobre velhinhos alimentando pombos em praças, nem residências formais com famílias sorridentes. Eu falo da violência, da pobreza, das drogas, os lugares frequentados por pessoas de caráter duvidoso, a prostituição, as brigas, a polícia, tudo agarrado a um universo tão amado quanto criticado. A narrativa é grosseira, tem muitos absurdos, outras coisas são muito engraçadas, e é incrível como os personagens de Welsh são profundos em suas vivências e particularidades. Você se acostuma a entender de cara quem está falando, porque cada um tem um jeito diferente. E não só isso, mas também há o cruzamento entre esses personagens durante a narrativa e o entrelaçar de várias histórias dentro de uma só, que pode tanto ser absolutamente casual como também incrivelmente bizarro e ainda assim ser apenas uma sequela de estar na terra, afinal, pra que algo mais absurdo que a própria vida?

Racestari 02/03/2020

Só para os iniciados...
Gosto muito do estilo dele e às vezes acho que ele deve ser irmão do Chuck Palahniuk pois a viagem é gargantuélica (palavra que o autor usa). A diferença é que o autor é mais retilíneo e a história acaba fluindo mais. É uma boa história onde o protagonista por vezes é o bilau do protagonista...rs