Anjos Partidos

Anjos Partidos Richard K. Morgan




Resenhas - Anjos Partidos


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Fabio Pedreira 25/09/2018

Anjos Partidos
Fala galera, hoje vamos falar de ficção cientifica, mais especificamente sobre Anjos partidos, continuação da série Carbono Alterado. Vamos à sinopse.

Sinopse:
Bem-vindos de volta ao admirável e brutal mundo novo do futuro, no qual a política global não se limita à terra e a morte é apenas um contratempo, graças ao milagre tecnológico que preserva a consciência humana e a baixa em corpos novos. Takeshi Kovacs – ex-emissario da ONU, cínico e rápido no gatilho – trocou de profissão, e de corpo, mais uma vez. Agora contratado como mercenário, seu dever é ajudar um governo planetário a reprimir uma violenta revolução em uma terra distante.

Kovacs, no entanto, não está do lado de ninguém, apenas do seu próprio. Assim, quando um piloto desertor lhe faz uma oferta irrecusável, ele não hesita em abandonar o campo de batalha e embarcar em uma traiçoeira caça ao tesouro. Tudo que o separa de seu objetivo – uma antiga nave alienígena com tecnologia esquecida pronta para ser pilhada – são uma cidade banhada em radiação, nanotecnologia assassina e toda e qualquer surpresa que a avançadíssima civilização marciana possa ter deixado para trás.

Armado com seus instintos geneticamente modificados e suas armas duplas Kalashnikov, Kovacs está preparado para qualquer coisa que venha a se pôr em seu caminho.

Resenha:
Depois do sucesso (seja pelo livro ou pela série da Netflix) de Carbono Alterado, Takeshi Kovacs está de volta, porém, nada mais de resolução de assassinatos e clima Noir de detetive, dessa vez o livro toma um rumo totalmente diferente, voltado mais para a ficção cientifica do que o primeiro.

Aqui iremos nos deparar com uma trama política envolvendo uma corrida por um achado arqueológico que é provavelmente a maior descoberta já feita em relação aos marcianos, e, claro, quem chegar primeiro leva tudo. De plano de fundo ainda temos um planeta em guerra que pode atrapalhar essa empreitada.

A história desse segundo livro é independente, porém, se você não leu o primeiro ficará um pouco difícil se situar em relação a algumas coisas, como até que ponto a tecnologia chegou, o que são os cartuchos, quem é Takeshi e etc. Inclusive sobre os marcianos.

Os marcianos são considerados uma raça muito mais avançada que os humanos e eles simplesmente sumiram, não se sabe porque ou para onde. Alguns achados arqueológicos sobre essa raça sempre existiram, inclusive com corpos desses seres, que são seres alados (isso mais um fato que ocorre no livro vem o título Anjos Partidos) e que são considerados seres avançados demais para guerrearem entre si.

Acontece que uma grande descoberta é feita, nada mais nada menos do que uma nave marciana à deriva no espaço, e não é qualquer nave, mas uma nave de guerra interestelar. O que pode mudar consideravelmente o rumo das coisas. E é ai que Kovacs entra. Após morrer lutando em um guerra e ser reencapado, ele é abordado por um piloto desertor chamado Jan Schneider, que o convida para participar do “resgate” à nave. Antes disso é preciso resgatar a arqueóloga que achou a nave, seu nome é Tania Wardani, ela está presa em um campo de concentração. Esses três são a base da operação, sem contar com outros que vão se juntando ao grupo no decorrer do livro.

Como eu disse antes, esse livro tem um foco muito diferente do primeiro, então não acredito que eu deva fazer uma comparação de qual é melhor, mas posso dizer que ele tem um pouco menos de ação que o primeiro apesar de ela ainda estar presente. Só que a trama política faz com que tenham muitas partes sobre segredos e manipulações de corporações e coisas do tipo, fazendo com que quem não goste desse etilo de trama, ou não preste atenção, fique perdido ou ache chato.

Mas o livro conta com partes de ação e suspense também muito boas, com brigas com nanorobos e lutas no espaço, além de existir também uma pequena trama de espionagem na história. Os personagens envolvidos também são muito bem construídos, com um destaque maior para Tania Wardani, que é uma pessoa determinada e com uma grande sede de conhecimento para saber e estudar o que tem na nave, querendo colocar seu nome na história.

A única coisa que me incomodou mais ou menos é o fato de que Kovacs consegue se sair de toda situação ruim sem uma consequência. Igual ao primeiro livro, ele parece aqueles caras de filme de ação de antigamente que saía sem nenhum arranhão. Existe uma situação que faz com que a radiação atrapalhe o personagens, com o tempo sabemos que o corpo vai se deteriorar, precisando mudar de capa. O corpo da maioria dos outros são revestidos com uma resistência maior, o de Kovacs não, mas o livro vai passando e ele ficando fraco, fraco, mas mesmo assim conseguindo sair na porrada com quem quer que seja. Mas, é algo que dá para relevar, pois não atrapalha na trama.

Sobre a edição:
A edição é simples, porém, confortável. Não tem nada de diferente nela, são páginas amarelas normais, espaçamento e tamanho de fontes ótimas, tudo como manda o figurino. A capa que, por sinal, acho muito bonita.

Considerações finais:
Anjos partidos chega com outra proposta, centrado mais na ficção cientifica do que na investigação. Isso pode afastar quem leu o primeiro pela trama policial, mas recomendo dar uma chance mesmo assim. Afinal, continua sendo um livro empolgante, com uma história muito boa. A segunda temporada da série também está vindo aí, já foi confirmada pela Netflix, o que pode ser um fator a mais para a leitura.

Quem gostou do primeiro continue a série, quem não leu ainda, confira a resenha do primeiro clicando aqui e também recomendo a leitura. Falando sobre questões corporativas que envolvem as guerras e outros conflitos visando lucro sem se importar com os inocentes, como as empresas se digladiam entre si e outras questões corporativas, Anjos partidos é uma série que vale a pena a leitura.

Mas cuidado com as plantas que você tem em casa, elas podem ser perigosas.

Beijos, abraços e até a próxima.
comentários(0)comente



grruas 30/07/2018

Não gostei tanto deste volume quanto gostei do primeiro (que li após ver a série do Netflix, e que particularmente achei superior à série), mas ainda é um livro interessante que vale a pena ser lido, se você gosta de discussões sobre guerra, política, e a natureza violenta do ser humano.
Quando o livro foca na ação violenta e pesa demais no sci-fi e nas habilidades incríveis do Takeshi, a história toda fica meio cansativa. Não sinto que o Morgan estabeleceu, neste livro, um limite bem claro entre as habilidades de um humano normal e as de um Emissário, então toda essa história de Intuição de Emissário, Reflexos de Emissário e etc soa bem cansativa, e uma maneira meio preguiçosa de tentar fazer soar como se o Takeshi fosse um protagonista muito foda.
O clímax da ação me deixou meio confuso. Não consegui entender muito bem que direção a história estava tomando, e achei bem frustrante quando a história desviou da narrativa exploratória da civilização Marciana (que foi a parte que mais me interessou). O desfecho da ação foi bem anticlimático, e eu fiquei bem mais satisfeito com os dois ou três capítulos pós-confronto do que com toda a ação que se desenrolou.
Pretendo ler o próximo porque estou curioso pra ver se o Morgan explora mais sobre a história da civilização Marciana (o que eu duvido que ele vá fazer), ou se pelo menos ele continua essa vertente de discussão sobre política, guerra e os limites da violência humana, mas se eu quisesse ação sci-fi empolgante, procuraria em outro lugar.
davidplmatias 16/04/2019minha estante
Concordo com você, a ação ficou confusa. O mais legal, que é a história da civilização marciana ficou com um gostinho de quero mais, que aparentemente ficará perdido.




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