Resenhas - Canção de Ninar

Beatriz 04/01/2021

Uma crítica sobre pessoas invisíveis e seus pensamentos
O livro é um estilo de thriller ao contrário, já começa te contando o que aconteceu e volta na história para te contar o por que aconteceu. Uma história trágica, agoniante e que te deixa ansiosa para conhecer cada vez mais os personagens. A escrita é muito fluída, não dá vontade de parar de ler, além disso mostra um ponto de vista de pessoas, principalmente mulheres, marginalizadas que têm suas vozes caladas por diversos motivos.

Bia 27/08/2021

A caralha do livro termina repetindo exatamente o primeiro capítulo, não explica o porquê ter acontecido e não se aprofunda nos desejos sórdidos da Louise. Esperava mais

Ademais é um livro interessante sobre essa exploração tão normatizada de babás e empregadas domésticas como um todo, além de falar de racismo e xenofobia em vários momentos.

Além de várias críticas sobre o papel da mulher na sociedade e em como a maternidade só pesa pra um dos lados da relação, que se vê 'obrigada' a abandonar sonhos e projetos para cuidar dos filhos enquanto o homem vive a vida dele

Me entreteu mas não convenceu, estou brava

Lucy 23/05/2020

Mundo burguês porém interessante
Ainda que seja trabalhado na perceptiva burguesa, branca e europeia, traz elementos interessantes da contemporaneidade, como imigração e papeis de gênero

O mais interessante é exatamente a subversão de "vocações" e "papéis" "femininos", além de um bom estudo psicológico da protagonista e uso do suspense.

Não há como negar o quanto a primeira frase do livro já arrasta vc para uma leitura intensa.

Kaline 14/07/2020

Não gostei
O livro te da o spoiler do final, isso até poderia ser interessante, mas a falha desse livro é que você espera o livro todo para a grande revelação, o ápice, que não teve, ele não existe, achei o livro bem fraco, quase abandonei, mas terminei na base do ódio kkkkk

Mariana 11/04/2020

Fluida leitura
É uma leitura fácil, fluida, que não exige muito do leitor e tem o suspense a seu favor.

Luís 22/08/2020

Me decepcionei.
Vi no youtube muitos falando bem dele e me empolguei. Criei ótimas expectativas, pensei que seria um Thriller psicológico angustiante, mas não foi isso. O início foi bom e sufocante, deu aquele gosto de "quero mais". Eu li até mais ou menos a metade e eu não senti a leitura me envolver. A autora de vez em quando deixa alguns indícios sobre o futuro trágico, descrito na primeira página, mas não foi suficiente para me deixar curioso.

LidoLendo 01/06/2018

Gostei, mas...
Leitura rápida! Sem dúvidas o "plot" inicial e o estilo de escrita me deixaram curiosa para saber o desfecho.

Mas a história, bem previsível, acaba se tornando somente o pano de fundo para abordar temas muito relevantes na sociedade atual!

Acabei gostando mais dos assuntos paralelos do que da história em si!

Mas é bom! Gostei!

Denise.Marreiros 05/05/2020

Esse livro me fez pensar na seguinte pergunta: "Você realmente sabe quem cuida dos seus filhos, quando não é você quem está cuidando?" Pesado, não é mesmo? Mas ao mesmo tempo essa é uma pergunta necessária. Precisamos aprender a ver além das aparências. Precisamos aprender a ver aquilo que nos incomoda. Precisamos ter a certeza de que nossos preciosos filhos estão em boas mãos. Precisamos ver além da conveniência. E acima de tudo, precisamos ser bons pais e parar de nos questionar o tempo todo.

Myrian e Paul se encantaram por Louise a primeira vista, afinal ela era a babá perfeita. Chegava antes do horário e saia muito depois. Fazia as vezes de cozinheira e faxineira. Era maravilhosa em todos os aspectos.

Com um corpo mignon, muitas vezes comparada a uma boneca pequena e pálida e ainda introspectiva, Louise acabou ganhando a confiança da família e o amor dos pequenos Adam e Mila.

Todos estão felizes e satisfeitos com a nova virada em suas vidas, com Louise em casa, eles podem se dedicar ao trabalho e alcançar o sucesso que tanto almejam em suas profissões.

Tudo bem Louise ser um pouco esquisita, afinal sem ela, não saberíamos o que fazer. Tudo bem se ela se infiltrou em nossas vidas e agora não sabemos como lidar com isso, afinal as crianças a adoram.

Tudo bem chegar mais cedo em casa para uma surpresa e encontrar todos mortos. O motivo? Descubra ou não, lendo esse livro viciante.

Lara1596 30/07/2023

Resenha: canção de ninar
O livro é narrado na terceira pessoa e os capítulos são barrados de forma confusa entre o presente e o passado.

A história narra a vida de Louise, babá de duas crianças. A chegada da babá é explicada pela volta da mãe ao trabalho. O livro retrata drama familiares, preconceito e a jornada dupla da mulher que decide voltar a trabalhar após o nascimento dos filhos.

O livro começa com o final o que acaba gerando certa curiosidade na leitura para saber o que ocasionou esse desfecho.

A leitura embora seja frenética e bem desenvolvida deixa a desejar no final, em que a autora deixa aberto e sem muitas explicações. Se não fosse esse final com toda certeza teria sido melhor a experiência de leitura.

Deivid 12/12/2021

estranho
(Sem Spoiler)
a primeira frase do livro é literalmente: "O bebê está morto.", mas o que isso quer dizer?
Louise é a babá de duas crianças na casa dos Massé, ou melhor, era.
o livro começa interessantíssimo, mas da metade pro tudo parecia estranho, sem pé nem cabeça.
o crime e a trama que deveriam ser o ponto principal, não se tornou o foco do livro. é um thriller q desde o início ja sabemos do final (literalmente). mas falta algo para tornar a estória verdadeiramente boa.
a escrita da autora é cativante, descritiva, poética e densa, mas sinto que só isso me fez querer terminar a leitura.
a leitura é válida pela atmosfera e pela escrita realmente impressionante da autora, mas a estória precisa de muitas coisas a mais, e muitas coisas a menos...

Livros trechos e trecos 21/04/2020

Há muitos temas importantes para se destacar nessa história. Xenofobia, racismo, a dificuldade de conciliar trabalho e uma rotina familiar; além da culpabilização em relação às mães trabalhadoras.
Como ambos trabalham, os pais se tornam dependentes da babá Louise, mas ela também desenvolve um apego exagerado pela família. Louise não tem uma vida fora do seu ambiente de trabalho, seus dias giram em torno das crianças que ela cria, ama e educa (coisas que ela não foi capaz de fazer com a própria filha). Babá e crianças, desenvolvem uma relação de carinho e cumplicidade muito maior que o que possuem com os próprios pais. Várias vezes a mãe se sente mal em flagrar esses momentos do qual ela não faz parte, no qual se sente uma intrusa. No entanto, apesar de realmente gostar das crianças, a dependência de Louise em relação à família se torna patológica. Ela não consegue mais ter uma vida própria, ter necessidades próprias, tudo na sua vida passa a ser pensado para que ela seja necessária à família. Ela manipula as crianças para que se sintam assustadas em sua ausência.

Vale ressaltar também a libertação que surge nos pais com a chegada da babá. Em nenhum momento eles demonstram amar menos suas crianças. Mas o sentimento de liberdade, de poder serem mais uma vez donos de si e não apenas cuidadores de seus filhos, gera uma transformação imensa na vida do casal. Profissional e pessoal. Gera também muita culpa, pois ao mesmo tempo em que eles curtem ser apenas indivíduos (e não apenas pai e mãe), as pequenas alegrias e descobertas do crescimento das crianças é acompanhada pela babá e não por eles.

Em meio a tudo isso, o livro aborda a xenofobia na figura das babás europeias, que são em sua grande maioria imigrantes. E como seus diferentes costumes são tolerados enquanto elas detêm poder sobre as crianças, mas abominado a partir do momento em que elas não são mais necessárias.

Um momento marcante para mim, foi quando Louise se deu conta de que estava envelhecendo, de que em breve ela não seria mais capaz de fazer algo que fez durante toda a sua vida. Servir a alguém. E que a partir desse momento ela seria dispensável, visto que toda a sua servidão sempre foi em benefício de famílias que não eram sua. Para mim, esse foi o momento que a levou ao total desespero, e a perspetiva desse abandono a fez cometer uma loucura.

O livro é bem curto. Começa pelo fim, então já sabemos que um crime foi cometido, quem morreu e quem é o assassino. Portanto, não é um livro de mistério policial, mas os mistérios da alma, das interações humanas, estão presentes em todas as páginas.


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Wanessa Rastoldo 02/09/2020

Pior leitura do ano.
Fazia algum tempo que queria ler esse livro, vi alguns booktubers que gosto, elogiarem. E a história sempre me chamou atenção. Então, resolvi ler e foi muito frustrante.

O livro é narrado em terceira pessoa. E relata o fato da babá, Louise, ter matado os filhos de seus patrões. O primeiro capítulo é realmente de tirar o fôlego, mas o livro não cumpre o que promete.

O desenvolver a história é fraco e as trocas de passado e presente SÃO MUITO CONFUSAS. Quando chega no ponto que acredito que seja o MAIS esperado, o livro acaba.

Final murcho, história fraca, motivações sem nexo da protagonista. Definitivamente pior livro que li esse ano. Acredito que uma estrela seja até demais pra ele.

Bela 24/05/2021

Decepcionada
Apesar de ser curto e começar de um jeito intrigante, sinto que a leitura se arrastou muito. E quando foi se aproximando do fato, que esperava trazer respostas mais sólidas e elaboradas, fui deixada na mão.
É um tanto perturbador, mas deixa muito a desejar.

Lucas990 26/08/2023

Intrigante, angustiante e até surpreendente em determinados pontos. Uma canção de ninar inquieta que não deixa ninguém dormir.
Embora a história entregue tudo, no final ela se passa meio apressada, o que eu normalmente não gosto, mas aqui funciona.
Não é um livro para todos pensando em como a narrativa é construída e desenrolada. Mas eu gostei.

Ingrid.Visentini 24/09/2020

Canção de ninar
As informações sobre o livro, em relação aos países que foi publicado, o número de vendas, o prêmio literário, somado a estética da capa que remete a um suspense, gera uma expectativa que torna o final um tanto frustrante.

O desfecho aparece logo no início do livro. "O bebê está morto" desenvolve uma curiosidade em saber mais: como aconteceu? Por que aconteceu? A história incita algo surpreendente, algo "além" do bebê estar morto, já que isto foi posto no início. Mas o final é vago e deixa a sensação de não saber exatamente o que aconteceu.

Apesar dessa expectativa frustrada do final, o livro possui uma rica contribuição de questões bem atuais: maternidade, jornada de trabalho, papel da mulher na sociedade, relações entre diferentes classes... Tudo é abordado em detalhes sutilmente narrados no decorrer da história.