Strange Grace

Strange Grace Tessa Gratton




Resenhas - Strange Grace


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Carous 30/04/2020

DNF - 20%
Este livro me deixou entediada, e não é por causa da lentidão dele. É pela falta de acontecimento. Surpreendente, pois a sinopse e a capa são intrigantes e o prólogo fisga seu interesse.
Hoje, mais de um mês após ter deixado de aldo a leitura, não sinto tédio mas um ódio inexplicável quando penso neste livro. Eu achei tudo tão pretensioso que só desejo queimar meu exemplar - mas li em versão digital, então, não vai rolar

Como mencionei antes, o ritmo dele é TÃÃO lento! TÃO TÃO TÃO devagar que irrita. Além disso o texto poético, somado ao ritmo que parecia não sair do lugar, me deixavam mentalmente esgotada. Pausava a leitura crente que tinha lido umas 50 páginas e por 8 horas, mas era só impressão.
Então foi difícil avançar na leitura como queria e finalmente me ver livre dessa joça. Mas felizmente tive o discernimento de abandonar o livro de vez.

Todavia, Tessa Gratton conseguiu criar o clima para o livro, muito parecido com The Wicked Deep (inclusive com personagens que eu queria esganar tal qual Hazel Swan). Os três protagonistas já foram outra história.

Rhun - gostei, mas não amei. Ele é o garoto perfeito da cidade. Justo, gentil, amoroso, misericordioso, faz sempre o certo, SABE sempre o que é o certo. Ninguém executa as tarefas do vale melhor do que ele, ganha todas as competições. Apesar de ser bastante másculo, também é sensível; aprecia a paisagem de Three Graces, agradece pela chuva, admira as mudanças de estações. O papel dele É ser perfeito como os outros garotos do vale que foram oferecidos ao diabo contra da barganha. Porém a perfeição dele beira a falta de personalidade; é só isso que ele tem a oferecer à história.
Rhun fica interessante perto de Arthur assim como a relação enrolada deles.

Mairwen - chata. Ela é o floquinho de neve precioso, especial, superior, corajosa, o alecrim dourado presente em todo livro Jovem Adulto. Incansavelmente nos lembra que é filha da poderosa bruxa da cidade com um santo (jovem oferecido ao sacrifício) e isso faz dela... diferente dos outros moradores de Three Graces. Senti um certo ar de superioridade nela. Ela se achava melhor que qualquer jovem do vale. Ó, como é ousada! Ó, como é a salvação de todos!

Incansavelmente ela também nos lembra como se sentia atraída pela Devil's Florest -por ser filha da poderosa bruxa da cidade com um sanro - e queria adentrar nela. Talvez encontrasse os ossos do pai. O pai que entrou na floresta 17 anos antes sem saber que seria pai.
Será que os sobreviventes do sacrifício não viram os ossos do pai dela por aí? (Repete esse parágrafo 500 dúzias de vezes)

Ela afirma amar tanto Rhun quanto Arthur, mas esse amor me parecia falso e fútil. Falso em relação à Arthur, pois ela o maltratava à beça e torcia pra que ele fosse escolhido pro sacrifício; fútil em relação ao Rhun, pois parecia que o amor advinha da beleza e perfeição dele.
As cenas dela com esses dois personagens são superficiais demais para que o leitor cogite algo mais do que essa impressão.

Na real? Eu só queria mandar essa garota se f*der e meter uma pá na cara dela

Arthur - não dá pra ignorar que ele é meio babaca com todo mundo, inclusive Mairwen, e tem um gênio difícil e volátil. Mesmo que Mair tivesse caído nas minhas graças eu não shipparia os dois. O que ele pensava dela era meio... abusivo.
Mas, foi meu personagem favorito. Ele é muito complexo. Sua relação de amor e ódio com Mairwen, Three Graces, Rhun e todos da cidade é compreensível. Ele nunca foi plenamente aceito pelos habitantes. Criado como menina até os 7 anos pela mãe, até hoje ouve piadas a respeito disso e não é levado a sério pelas demais pessoas de Three Grace. A revelação de seu gênero foi um tanto traumática também.
Então, até hoje ele tenta provar aos demais que a homem com H maiúsculo da pior maneira.

Rhun entende o coração complicado do amigo/crush. Mairwen deveria entender também, mas tece uns comentários grosseiros, que sinceramente.

Ele tem homofobia internalizada

Até o fim do livro não dá pra determinar a orientação sexual dos três protagonistas. Eles vivem uma espécie de poliamor, assim como todos da cidade. Não me pareceu que foi mal representado, mas eu não simpatizei com Mairwen de jeito algum e gostaria que ela ficasse fora do triângulo amoroso.

E o livro é isso. Fala - se muito da barganha da cidade, as vantagens que trouxe, dos garotos escolhidos pro sacrifício, da Lua Sangrenta e da Devil's Forest.
Fala -se tanto que eu perdi o interesse, pois nada acontece. É um livro chato. Lógico que uma editora brasileira iria se interessar por ele

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