O Intruso

O Intruso William Faulkner




Resenhas - O intruso


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Marília 10/07/2023

Gostei da história apesar de às vezes ser meio difícil de acompanhar o raciocínio por causa das sentenças e parágrafos longos. Só descobri quem era o intruso no meio do livro.
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Jessica.Gama 27/06/2023

TORTURANTE
O pior livro que eu li este ano. Estou tentando ler desde o mês de Fevereiro, completamente maçante, comecei lendo 10 páginas e não entendi absolutamente nada! Li novamente as 10 páginas e não engatava é um livro para se ler de forma lenta e mesmo lendo 10 páginas por dia eu não entendia absolutamente nada! Essa escrita de fluxo de consciência exagera em detalhes e entra em uma viagem que te deixa completamente perdido. Esperava ler um livro que falasse sobre racismo e é muito pouco discutido, a única questão racial é o personagem principal ser negro.
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Arthur Abelha 13/04/2022

Achei a Escrita Complicada.
A história é sim interessante, só que tão difícil de entender e se localizar que as vezes parece que nem tem história pela qual se interessar.
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Darlan 20/04/2020

Chato
Abandonei mesmo, não quero saber se o sujeito gosta ou não da bota de borracha que ele usa ou de como papéis estão dobrados numa escrivaninha. Eu acho que dá sim pra escrever clássicos sem ser um chato detalhista, e olha que gosto de Alencar, mas esse me encheu o saco demais. Nem me incomodei a estrutura pouco convencional da escrita, só quero um pouco mais de ação nas páginas, até Jane Austen é bem melhor.
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Vilamarc 27/12/2018

Herança escravista
As feridas não cicatrizadas da escravidão negra nos EUA. O livro tem um quê de remorso e vergonha pelo passado não resolvido do país quanto a libertação dos negros, que não o tornaram um cidadão senão de segunda classe.
Um negro suspeito de assassinato e um mistério a ser solucionado, mediados pelos preconceitos e submissão da comunidade negra americana.
O livro seria perfeito se não fosse arrastado e rebuscado, pelo estilo do autor e da época. A tradução parece também que prejudica muito o livro. Por vezes, incompreensível.
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Mario Miranda 25/06/2018

Quando o Preconceito antecede o Julgamento
O Intruso (1948) foi o último livro que William Faulkner escreveu antes de ganhar o Prêmio Nobel da Literatura (1949).

Como a maior parte de suas obras, o enredo ocorre na cidade imaginária de Yoknapatawpha, norte do Mississipi. Recebido negativamente a época pela crítica, por sua história se assemelhar a um Romance Policial, o livro conta a saga de um negro preso por supostamente assassinar um homem branco tentando provar sua inocência.

Utilizando uma narrativa com um complexo Fluxo de Consciência (tal como em O Som e a Fúria), o centro da obra é uma crítica ao preconceito em relação aos negros - Em certas passagens ele afirma que Lucas é julgado por tratar as pessoas “como se fosse um homem branco” -, retratando o abismo social que separa homens brancos e negros na primeira metade do século XX.

site: https://www.instagram.com/p/BgnzQUQFs_i/?hl=pt-br&taken-by=marioacmiranda
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Rodrigo1001 30/10/2017

Que cor tem a pele da justiça? (Sem Spoilers)
Segundo livro de William Faulkner que leio este ano, ?O Intruso? coloca em foco os conflitos raciais nos EUA durante a década de 40.

No livro, um fazendeiro negro chamado Lucas Beauchamp é acusado de assassinar um homem branco, embora jure ser inocente. Ensandecida, a população local quer linchá-lo e queimá-lo vivo em praça pública, sem julgamento.

Por mais que a cadeia que o prende ? e também o protege ? seja reforçada, a fúria irracional da população se mostra implacável.

Essa é a espinha dorsal do livro. A partir deste ponto, Faulkner desenvolve a história com ar de suspense, com uma narrativa de cunho policial e sociológico, flertando com o ?detetivesco?, ao mesmo tempo em que aborda a questão dos negros da América.

Senão o livro mais difícil que li este ano, ?O Intruso? se mostrou desafiador desde o início. Normalmente, eu levaria 1 ou 2 dias para ler um livro de 300 páginas. Este me tomou quase 10 dias. Frequentemente me peguei lendo um mesmo parágrafo múltiplas vezes, e, não raro, me senti como se não conseguisse entender completamente o que estava escrito se não o relesse novamente. O texto, por vezes, me pareceu verborrágico e distante. Regras de pontuação, tal como as conhecemos, são quase inexistentes: há ausência de vírgulas, ausência de paragrafação. Um estilo controverso que também apareceu no primeiro livro que li de Faulkner, mas de maneira mais sutil.

Por essa característica, o início aborrece o leitor, porém, a medida que o enredo evolui, o suspense inflama a curiosidade e ficamos sedentos pelo desfecho. A trama é excelente, como já era de se esperar, e o desenvolvimento é muito bem feito. A construção dos personagens beira a perfeição: Lucas Beauchamp é construído de forma impecável, um negro que não apresenta o comportamento subserviente esperado pelos brancos. Não há rebeldia nem anarquismo no seu comportamento: há altivez, como se Lucas fosse um negro muito à frente de seu tempo. Nesse sentido, o livro medita sobre a conclusão sóbria de que existem aqueles que, mesmo presos, estão livres dentro de suas mentes e aqueles que, mesmo livres, se deixam contaminar por conceitos que os aprisionam em si mesmos.

Um livro relevante em tempos de julgamentos sumários, condenações baseadas em achismos e falta de compaixão com o próximo.

Para encerrar, caso você escolha se aventurar por ?O Intruso?, aconselho que já espere, de antemão, dificuldade infernal de leitura. Prepare seu mais alto nível de concentração, dedique tempo e mergulhe de cabeça. Uma das coisas que mais gosto nos livros do Faulkner é a sua grandeza estética e a riqueza com que escreve. Por mais difícil que seja, vale muito a pena.
Salomão N. 30/10/2017minha estante
Quero.


Oz 31/10/2017minha estante
Só li "Luz em Agosto" dele e achei sensacional. Vou colocar esse na minha lista. Apesar dos seus comentários sobre a dificuldade da leitura, a trama me atraiu bastante.


Rodrigo1001 31/10/2017minha estante
Oz, recomendo que você leia Enquanto Agonizo antes deste. Foi o livro que me faz gostar do Faulkner e uma das obras mais conhecidas dele. Luz em Agosto já está na minha estante, aguardando a vez. Abraço!


Oz 31/10/2017minha estante
Valeu pela dica!


Salomão N. 31/10/2017minha estante
Eu comecei pelo "Absalão, Absalão!". Um dos meus cinco melhores livros, depois fui para o meu livro preferido de sempre "O Som e a Fúria", depois para o excelente "Luz em Agosto". Estou esperando o meu "Enquanto Agonizo" chegar.




Ricardo Rocha 03/06/2016

esse final é um fecho de ouro. não é uma piada, pelo contrário. determina com humor sim mas também num retrato fiel de duas palavras tudo que foi contado antes. isso em termos de personagem. o estilo é aquele mesmo lá do começo. irrespirável. por outro lado,, que coisa, mesmo contando uma história dessas, e correndo o risco de se perder nos exageros da escrita, que nada, tem a história ali, sob absoluto controle. prender um por corromper menores e outro prática ilegal da advocacia. e tem gente que não gosta de faulkner, não o suportam na verdade. dizer o que? é golpe. todos que o amam são cúmplices. mas sim, digamos a verdade. não é assim do nada que se vai criar um espírito de leitura que impunemente suporte as primeiras páginas. é tão fascinante que por isso é tão difícil. essa éuma relação que nem sempre, aliás quase nunca é verdadeira: tem autores que são difíceis e chatos. o autor de ulisses, por exemplo. ah sim, genial. mas ainda chato. faulkner não. se dando ao luxo de praticamente ter um estilo para cada livro. esse daqui é assim. a gente fica sem fôlego, jura que vai largar, mas não larga e é aih que se ganha o premio
Nanci 03/06/2016minha estante
Gostei da sua resenha, Ricardo.

Tudo que li do Faulkner me agradou muitíssimo (7 romances e 1 coletânea de contos). Sei que você também é leitor de várias obras dele - o que, na minha opinião, é indispensável para se fazer uma resenha. Alguém que tenha lido 1-2 livros do autor, não está apto a julgá-lo; pelo contrário, acaba por falar muita bobagem de própria lavra, ou citar comentários alheios, sem sentido.


Ricardo Rocha 04/06/2016minha estante
li romances da fase intermediária. Luz em Agosto, O Som e a Fúria, Palmeiras Selvagens, Absalão absalão, Santuário, Enquanto agonizo, O urso (que não é um romaces mas na edição que li está assim, sozinho). Da fase final, O intruso. Tive nas mãos mas não li e tipo quero ler, mas com alguma resistência porque dei uma olhada e não me pareceram tão fortes como os anteriores: Soldier's Pay, Sartoris, A cidade, A mansão, Os invencidos, Uma fábula, Lance mortal, Desça Abraaão. Não li Os contos selecionados e a princípio não pretendo ler pq contos não parecem (para mim, para mim) um veiculo adequado para a escrita dele (acho O urso mais que um conto, umka novela talvez, como aliás Palmeiras selvagens e O velho considerados separados. Tenho muita vontade de ler Réquiem por uma Freira por causa da Temple Drake (como será a vida dela depois de casada?). lance mortal tenho ao alcance e falam muito bem, mas acho que ainda não estou maduro para ler, ja folheei. Mas tampouco me sinto preparado para escrever resenhas a respeito, escrevo pq sou meio metido mesmo. ^^


Ricardo Rocha 04/06/2016minha estante
ah, obrigado. =)




Daniel Rolim 25/05/2016

Com o estilo complexo e único de William Faulkner, este livro tem como tema a eterna tensão racial existente no sul dos EUA, despertada agora por um misterioso assassinato de um homem branco em que um negro é o principal suspeito. Negro este que se recusa a se comportar como os brancos esperavam àquela época que os daquela raça se comportassem, sem altivez e com submissão.
Assim, o autor, transbordando nostalgia e sabedoria, nos mostra o que se esperar do grosso das pessoas, ou seja, nada, e que somente a dignidade e a ousadia, raras tanto ontem como hoje, levam o ser humano a sair do lugar comum, a se elevar acima da mesmice e da mediocridade.
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Kac 05/04/2015

Terminei agora essa leitura! Livro denso, difícil de ler, exigiu bastante concentração, mas valeu a pena. O livro se passa na década de 40, quando nos Estados Unidos os conflitos raciais eram constantes e comuns. Um negro, fazendeiro humilde foi acusado de ter matado um branco e por isso a cidade revoltada queria fazer justiça com as próprias mãos. Ele porém, jura inocência, mas ninguém acredita, a não ser, um menino de dezesseis anos, que há algum tempo atrás teria sido ajudado pelo negro. O rapaz então convence seu amigo, da mesma idade, seu tio e uma velha senhora da cidade a desvendar o mistério do assassinato e tentar livrar o negro do linchamento...
Só para lembrar, William Faulkner foi prêmio Nobel de literatura em 1949. Esse foi o primeiro romance do autor que li.
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Cristiano.Vituri 19/12/2014

Colt 41 vs Luger alemã.
Lucas Beauchamp(negro, calado e orgulhoso) é acusado de matar um branco. Década de 40. Sul dos Estados Unidos - onde o racismo e a continuidade dele queriam persistir- condado de Yoknapatawpha, universo de Faulkner. Três pessoas totalmente diferentes (um adolescente branco, uma senhorita de 75 anos e um adolescente negro) por motivos intricados, buscam saber a verdade, num lugar onde ninguém quer saber, apenas se vingar.O estilo de Faulkner faz o resto, já li Dom quixote, Moby Dick, Crime e Castigo, mas posso dizer que a cena da Senhorita Habersham sussurrando para Charles (em frente a uma cova, recém aberta: "Não é o Vinson Gowrie, o nome desse é Montgomery") é simplesmente arrepiante, sensacional, isto é Faulkner.
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