carolmndss 03/08/2018LEIA!!!!!!!!!A história gira em torno de Marilyn e Angie, mãe e filha, respectivamente, e como indica o título do livro, mostra a vida de ambas aos dezessete anos.
Marilyn aos dezessete, em pleno anos 90, tinha que lidar com a mãe querendo torná-la uma atriz de sucesso a todo custo, quando na verdade não era bem isso que ela queria. Ela queria a liberdade, e contava os dias para ser maior de idade e ir fazer faculdade, ser quem ela queria ser. Em um momento difícil na vida das duas, elas mudaram para a casa do tio, e lá ela conhece James, um garoto que mora no mesmo prédio que o tio e com quem ela divide seus anseios sobre o futuro.
Também conhecemos Angie aos dezessete anos, porém nos dias atuais. Ela vive apenas com a mãe, Marilyn, pois de acordo com ela, seu pai está morto. Mas após descobrir que seu tio, que supostamente morreu com o pai num acidente de carro, está vivo, ela vai atrás dele em Los Angeles em busca de respostas, já que quando tenta falar sobre o outro lado da família com a mãe ela começa a chorar. Junto com Sam, um ex-namorado com quem tem coisas mal resolvidas, ela vai em busca de sua origem e sobre quem ela é.
Em Los Angeles, a busca pelo tio traz Sam e Angie mais pertos, e Angie tem a chance de fazer as coisas entre eles darem certo mais uma vez – mesmo ela não sabendo como –, embora o foco seja enfrentar seu passado.
O livro é contado sobre o ponto de vista das duas, sempre em terceira pessoa. Mostra que apesar de terem questões diferentes com que lidar e viverem em épocas diferentes, as duas personagens não são tão diferentes assim. Ambas precisam encarar o passado e situações que estiveram tentando fugir por toda a vida, pois só assim conseguirão seguir adiante, apenas quando lidarem de frente com o passado. E é esse o grande ensinamento do livro: guardar coisas pra si, principalmente as ruins, nunca é a solução.
O livro segue um ritmo lento no início, mas muito bem aproveitados. Assim que descobri o motivo de Marilyn ter escondido seu passado de Angie, eu precisei dar uma pausa na leitura pois foi uma descoberta forte, pesada. Podemos sentir a tristeza e culpa que ela sente e como a autora capturou esses sentimentos, construídos astutamente durante o livro e com isso o baque no final.
Definitivamente recomendo a leitura do livro, que me fez sentir inúmeras coisas durante a leitura e me fez ter uma pequena crise existencial junto com a Angie quando ela diz se sentir "como uma gota no oceano". E assim como o outro livro da autora, Cartas de amor aos mortos (que também recomendo), durante a leitura os personagens ouvem muitas músicas incríveis, só queria que tivesse uma playlist no final do livro com todas as músicas porque não sou de ouvir durante a leitura.
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https://www.virandoamor.com/2018/07/resenha-aos-dezessete-anos.html