Sabrina 07/10/2020Conheci o Manoel antes da sua poesia. Ou talvez tenha sido ao mesmo tempo, durante... O fato e? que foi numa noite cheia de gente, Manoel estava por la? pra nos fazer embarcar numa viagem com Pasolini. E que viagem... So? depois, e sigo sem saber como na?o nos esbarramos antes com tantos grupos em comum nessa cidade, so? depois fui chegando na descoberta do Manoel poeta. Quando todos os acidentes acontecem, foi meu primeiro contato com sua letra em papelpoema.
Sigo um tanto sem ar, na?o sa?o textos quaisquer, ha? encadeamentos que sinalizam uma relac?a?o profunda com a palavra, com um fazer da leitura e escrita. Na?o sei se em deli?rio meu ou coisa parecida, mas senti uma presenc?a de Llansol no seu texto
"Num beijo dado mais
tarde a u?nica pergunta, antes quando profana o encontro
das raspas e dos restos
humanos,.." Assim como nos atravessamentos existentes no livro, principalmente em 'Groove' com textos escritos a va?rias ma?os algo me lembrou Max Martins e seu trabalho com Age de Carvalho e outros amigos.
Pore?m e? com sutileza que vou tentando mesclar tais refere?ncias, porque ao longo do livro a voz, aquela mesma que falava de Pasolini e um tanto mais, se desenha claramente deixando sua marca. Sera? que me deixei levar pelo encontro fortuito? Acredito que na?o. No entanto, comemoro esse ?acidente que ocorreu?, pois me permitiu esse escrito, entre ranhuras e ause?ncias.