Resenhas - Hellboy - Estranhas Missões

Zé Guilherme 24/09/2022

Aventuras enfadonhas do Hellboy.
Achei uma coletânea decepcionante. O universo do Mignola é rico e senti falta de ousadia nas histórias apresentadas. Estamos falando de um personagem que abraça e encarna o gênero pulp como nenhum outro. Destaque para o bizarro conto do quebra-cabeças, que possui ecos de Hellraiser, e para o conto da Chorona e da fada macabra. No mais, tudo muito morno. Fiquei triste.

Victor Oliveira 15/07/2022

Hellboy - Estranhas Missões
Vários escritores se unem para escrever contos sobre o Hellboy e seu universo. Alguns bons, outros nem tanto.

O que mais me impactou foi justamente um conto que não têm a participação do Hellboy. Fala sobre a origem da Liz Sherman e sua entrada no BPDP.

Se é fã do vermelhão, acho que vale dar uma chance sim.

_Jorgeft 11/01/2022

SEM DÚVIDAS A MELHOR ANTOLOGIA QUE EU JÁ LI!
14 histórias todas com um nível de qualidade excepcional. Aventuras divertidas que vão desde o absurdo, passando pelo terror e até mesmo a comédia. Todas dentro do Universo do Hellboy. Isso daqui é GENIAL! 


Em 1994, Mike Mignola trouxe ao mundo uma besta incontrolável. Com um poder devastador a sua cria do inverno tem o maior poder de todos, O CARISMA INIGUALÁVEL. Nas HQs, Mignola apresentou uma narrativa gráfica única, com conceitos visuais   surpreendentes. Milhares já leram as histórias de terror, aventura e mistério do ?Maior Detetive Paranormal do Mundo? nas páginas coloridas dos quadrinhos. Mas agora, vamos falar sobre este mundo tão vasto e rico pela visão de alguns grandes escritores, mais precisamente a visão de Stephen R. Bissette, Gahan Wilson, Greg Rucka, Yvonne Navarro, Philip Nutman, Nancy Holder, Craig Shaw Gardner, Nancy A. Collins, Rick Hautala & Jim Connolly, Chet Williamson, Max Allan Collins, Christopher Golden & Mike Mignola, Matthew J. Costello, Poppy Z. Brite, Brian Hodge. Todos nomes tarimbados da literatura contemporânea americana e inglesa. 


Como disse, são 14 histórias,que envolvem desde possessões demoníacas passando por fantasmas e o Pé-Grande, até espíritos antigos, mitologia grega e nórdica. Tudo muito bem escrito e com histórias cativantes e divertidas ao ponto de tirarem um sorriso largo de mim enquanto lia. Para não dar spoilers prefiro parar por aqui, mas antes elenco o meu top 5 melhores contos:

1- Quebra-Cabeça (Stephen R. Bissette)

2- Para Longe Voou a Ostentação (Brian Hodge)

3- Onde Seu Fogo Não é Extinto (Chet Williamson)

4- Uma Mãe Chora à Meia-Noite (Philip Nutman)

5- Entregue (Greg Rucka)


Lembrando que todos os 14 contos são EXCELENTES, esses são os que mais me impressionaram e tem haver com o meu gosto! 

Biblioteca Álvaro Guerra 21/02/2020

Hellboy
Estranhas missões

Histórias curtas escritas por grandes nomes do horror.
Mistério e quadrinhos .

Ilustrado por Mike Mignola.

Quando o simbologista da Harvard, Robert Langdon descobre o ressurgimento de uma antiga irmandade conhecida como Illuminatti, ele voa para Roma para alertar o Vaticano, o inimigo mais odiado dos Illuminatti. Unindo forças com a bela cientista italiana Vittoria Vetra, Robert segue uma trilha de séculos da idade dos símbolos antigos, na esperança de prevenir a trama mortal dos Illuminatti contra a Igreja Católica Romana de se concretizar.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788578673086

Gárgula 26/09/2019

Hellboy - Estranhas missões
Literatura do Hellboy?
Agora se eu lhe falar que o personagem, também, foi agraciado com um livro de contos você ficaria surpreso? Pois esse livro existe e se chama Hellboy – Estranhas Missões!

Falar em Hellboy, para a maioria das pessoas, trará imediatamente a imagem do filme. Para quem curte o personagem ou acompanha mais o mundo nerd, sabe que o personagem foi adaptado dos quadrinhos criados em 1994 por Mike Mignola, desenhista e roteirista bastante consagrado.

Para mim foi uma surpresa porque não passava pela minha cabeça a existência destes contos. Meu contato com eles se deu quando resolvi adquirir os números que me faltavam na coleção do Vermelho (este é o apelido pelo qual Hellboy é chamado). Comprei pela loja virtual da Mythos Editora e, enquanto selecionava os volumes, lá estava o livro Hellboy – Estranhas Missões.

Passada a surpresa, fiquei pensando meio ressabiado se valeria ou não adquirí-lo, mas acabei apostando e efetuei a compra. Passado uns dias recebi meus pacotes e lá estava o livro em minhas mãos.

Um livro muito bem feito
Acabamento muito bem feito com as letras da capa em dourado e o papel interno numa gramatura boa, curti de cara a qualidade do produto. O livro tem 216 páginas. Ficou um tempo na fila, enquanto terminava de ler a epopéia do personagem nos outros volumes que comprei. Ao ler o livro de contos, admito que, novamente, fiquei surpreso pela qualidade do texto. Mignola chamou vários escritores e coube à eles a missão de contar um pouco mais da história de seu personagem principal. Vale saber que Mignola é bastante criterioso com sua criação evitando sempre deixá-la nas mãos de algum roteirista desavisado ou menos cuidadoso. Logo a escolha de nomes foi precisa e não poderia ter sido mais feliz.

Hellboy e suas estranhas missões
Os textos são bastante fáceis e gostosos de ler e trazem Hellboy e seu universo com qualidade e diversão. Cada conto acrescenta um pouco mais ao cânone do personagem e o enriquece muito. É leitura obrigatória para quem é fã do personagem. Para quem ainda não leu Hellboy – Estranhas Missões, vale anotar essa dica.

Recomendo entretanto você se aventurar pelos contos que comentei acima somente após a leitura de um destes volumes indicados abaixo.

Isso vai lhe deixar mais inteirado sobre a origem do personagem.

Conclusão
Hellboy mais uma vez se mostra um personagem muito versátil podendo existir em vários tipos de veículos como quadrinhos, cinema, desenhos e até mesmo livros. Espero que sejam compilados mais contos sobre o personagem e em breve teremos mais resenhas dele e do material já publicado.

Todos os volumes acima são da Editora Mythos, responsável pelo Hellboy no Brasil. Seguem alguns links opcionais:

Essa resenha foi publicada no blog Canto do Gárgula, em 26/09/2019

site: https://cantodogargula.com.br/2019/09/26/hellboy-estranhas-missoes/

Emanuel 17/08/2019

Hellboy - Estranhas Missões
Uma coletânea de contos por diversos autores de várias mídias involvendo Hellboy e o universo criado por Mike Mignola.

Bem divertido de ler. Achei interessante a maneira com que os autores usaram os elementos e referências para montar seus contos.
Aqui você vai ver o Vermelho em diversos cenários, desde seitas religiosas, antigos deuses, monstros e até o pé grande.

Pra quem é fã de Hellboy, curte ler e quer alguns contos pra antes de dormir é uma boa pedida.

O livro foi lançado pela editora Mythos em capa dura com folhas de ótima qualidade.

Boa leitura!

Rittes 04/02/2019

Contos do inferno
Raras vezes, obras literárias geradas a partir de um universo estabelecido em outra mídia dão certo. Neste caso, o resultado não é de todo ruim, muito pelo contrário. Os fãs do demônio mais simpático das HQs devem gostar destas estranhas missões. A edição, com capa dura e papel de qualidade, só não é melhor por causa da quantidade absurda de erros. Não dou 5 estrelas por isso. Faltou cuidado da Mhytos ao tratar de um dos seus bestsellers. Pena, mas o conteúdo é bem razoável.

Douglas MCT 05/10/2018

As várias vozes de Hellboy
Primeira antologia em prosa de Hellboy publicada no Brasil, como qualquer coletânea de contos por inúmeros autores, é bastante plural e de qualidade variada.

Christopher Golden, velho parceiro do criador Mike Mignola em vários projetos, reuniu aqui dezenas de escritores do mercado americano, seja de quadrinhos, da literatura ou da TV, para narrarem suas próprias histórias do garoto do inferno. E o mais bacana é que o sempre maleável Mignola, até então em sua primeira encursão em um projeto do porte (este é o primeiro livro, de muitos outros que saíram depois), compreendeu que, apesar de alguns não seguirem o estilo esperado e visto nas HQs que produziu, ainda sim somavam de certa forma ao universo de HB, cada qual a sua maneira. Ele diz isso em seu breve prefácio, seguida de uma charge bizarríssima de Grahan Wilson.

O conto que abre o livro é "Corvos Amendrontados", escrito a quatro mãos por Rick Hautala e Jim Connolly, que tem uma pegada curiosamente meio Stephen King e coloca um Hellboy bêbado num bar de beira de estrada, afogando as mágoas com uma estranha, sobre uma missão que terminou em tragédia. Em seguida, Philip Nutman nos apresenta a intimista e melancólica "Uma Mãe Chora à Meia-Noite", com o vermelhão acerca de um caso no Novo México com La Llorona. "Folie à Deux" de Nancy Holder, é basicamente um interessante tratado sobre os horrores da guerra, encaixando HB no Vietnã, com dois combatentes que presenciaram algo incomum. Matthew J. Costello é o primeiro a resgatar Abe Sapien no bobinho "Uma Noite na Praia", fazendo com que os dois parceiros tenham de impedir uma invasão vinda do mar.

Em momentos políticos tão intensos, ler "Política dos Demônios" de Craig Shaw Gardner foi um achado, com o autor tratando de possessão entre grandes figuras do senado e criando importantes paralelos com o mundo real. Por outro lado, Max Allan Collins brinca de Scooby-Doo (mas nem sempre) no descompromissado "Tive o Filho do Pé-Grande". O famoso roteirista dos quadrinhos do Monstro do Pântano, Stephen Bissette, escreve aqui um dos três melhores contos da antologia (e também a maior história do livro, praticamente uma noveleta); em "Quebra-Cabeça" acompanhamos as tramas paralelas das investigações de Hellboy e Abe de um lado, e a vida amoroso e profissional de um casal de outro, com o rapaz descobrindo e se envolvendo com uma "cabeça falante" absolutamente bizarra e formidável; o conceito é genial e esta é um daqueles enredos que se encaixariam perfeitamente numa HQ do personagem.

Seguindo a linha de trabalhar o horror com questões sociais, sem perder o viés intrínseco desse universo, Chet Williamson concebe em "Onde Seu Fogo Não é Extinto" não só um autêntico quadrinho do vermelhão, como metaforiza o racismo no cerne dos EUA de maneira aterrorizante e certeira. "O Nuckelavee" é a única tentativa de Mignola em participar da antologia, provavelmente aqui dando ideias ou a premissa para que o escritor Christopher Golden execute a história de uma herança maldita, em um conto bem maluco (ainda que facilmente reconhecível em estilo, para fãs do personagem), só lendo para entender. De longe o melhor conto da publicação, "Para Longe Voou a Ostentação", de Brian Hodge, posiciona Hellboy em uma paragem insólita pelos ermos do mundo, onde ele confrontará uma criatura antiga, antes dos mitos tomarem forma; além da escrita sofisticada e até poética, mesmo dentro de sua morbidez inerente, que permite uma leitura fluída, Hodge ainda consegue segurar o mistério acerca do monstro até as últimas páginas, com um desfecho repleto de dissabores.

Quase como se para equilibrar o jogo, "Um Conto de Fadas Sombrio", de Nancy Collins, é a pior história do livro, já que a autora parece conhecer pouco do universo onde se meteu, supostamente se baseando mais nos duvidosos filmes do Del Toro (que se distanciam bastante do original) do que da obra de Mignola; ela nunca encontra voz ou propósito para o garoto do inferno, quase irreconhecível aqui. "Queime, Bebê, Queime" é assumidamente o conto mais ousado, com uma proposta bem distinta dos demais; ao invés de colocar Hellboy investigando um caso e depois o resolvendo na base do confronto (como é em boa parte das tramas das HQs também), Poppy Z. Brite se propõe a narrar o passado de Liz Sherman quando criança e adolescente, em uma narrativa crua e bem-feita, quase como se o filme Kids se encontrasse com Carrie, a Estranha, no melhor dos sentidos. Yvonne Navarro não consegue evitar os clichês na previsível e esquecível "A Vingança da Medusa", com HB na Grécia enfrentando estátuas vivas e... Bem, a Medusa, é claro. Para encerrar com chave de ouro, o grande roteirista de quadrinhos Greg Rucka chuta o balde no divertidíssimo "Entregue", onde acompanhamos Hellboy desesperado em Nova York atrás de sua pistola e o papo que se desenrola entre ele um rato gigante; é sério, eu terminei esse livro rindo, a ideia é genial.

Ainda que um ou outro conto peque em tramas bobas ou desnecessárias, a maioria ainda se sai bem, com histórias que claramente poderiam se encaixar em um quadrinho do vermelhão, ou então entregando propostas inesperadas, mas que surpreendem pela ousadia, seja em forma, seja em conteúdo. Além é claro, daqueles três contos formidáveis, que merecem releituras anuais. Em todas as histórias, eu que sou fã confesso e quase obcecado por Hellboy desde os meus 16 anos, me peguei conferindo se a voz do personagem ou se sua linguagem corporal estava ornando ou funcionando na escrita de cada autor. Nem sempre, é claro, mas essencialmente era o personagem ali, envolvido com alguma situação possivelmente sobrenatural. Na maioria das vezes, os autores souberam manter o mistério dos casos até próximo do desfecho, além de brincar com criaturas e situações que ainda não tinham sido exploradas nas HQs, o que foi entrega um resultado bastante satisfatório.

A edição da Mythos é bem caprichada, com capa dura (além do título em relevo e dourado), uma diagramação de miolo aceitável no tamanho da fonte, com uma ilustração de Mignola por conto. A tradução de Alexandre Callari também é certeira, respeitando a voz de cada autor, sem perder o estilo que representa Hellboy para quem conhece bem o personagem. O grande pecado se dá na revisão, com dezenas de errinhos escapulindo aqui e ali, que ficam feiosos em uma edição tão bonita. Algo a se rever com mais cautela numa segunda edição.

Hellboy: Estranhas Missões é uma publicação obrigatória para fãs do vermelhão, mas que também pode servir de porta de entrada para novos leitores, e apreciadores de uma boa literatura. Ainda mais para aqueles que curtem histórias de horror, uma boa pedida para este Halloween.