Paty 21/03/2022
Fazendo uso de um discurso interseccional, a ativista Carol Adams, procura apresentar em A política sexual da carne, sua teoria crítica feminista-vegetariana que está fundada num tripé: feminismo, vegetarianismo e pacifismo. A obra é realmente um manual de ativismo não fragmentado. Um chamado a ação, porém, bem fundamentado, ou como ela chama: ?teoria engajada?. São trinta e oito laudas de notas e referências. Uma ampla bibliografia que expressa as quase duas décadas de pesquisa para a construção das teses defendidas na obra. Para além de um estéril discurso teórico acadêmico, o leitor e a leitora são jogados diante de situações cotidianas da antiguidade aos dias atuais ? que escancaram o sexismo, o especismo e o belicismo de nossas relações sociais. Fica perceptível o quanto uma escolha dietética pode ser revolucionária ou mantenedora do status quo. Portanto, A política sexual da carne é uma leitura indispensável, para homens e mulheres, ambos reprodutores e mantenedores da naturalização de uma cultura de opressão.