Léia Viana 15/07/2016
“Os olhos, ela viu, os olhos tinham mudado. Estavam parados, com uma coisa no fundo que parecia paz. Ou desencanto.”
Com um dos prefácios mais bem construídos de como eu, enquanto leitora, percebo Caio, enquanto escritor em seus contos, José Castello nos apresenta Caio e toda a sua dor: “Sim, porque Caio, mesmo quando fala da felicidade, fala do pior.”
Gosto muito de ler Caio, porque ele coloca vida, dor, amor, rancor, morte, medo e todos os sentimentos de maneira muito viva e latente em seus contos, entretanto, este foi o livro que menos gostei e seus contos me confundiram e me deixaram com ponto de interrogação, quase não entendi a estrutura e o sentido dos contos, achei tudo muito confuso como a uma ferida aberta, em que ninguém vê, mas quem a tem sente, porque senti um pouco de frustração por não ter sido capaz de entender e apreciar esse livro.
Não teve nenhum conto do qual eu tenha gostado de completo, apreciei alguns fragmentos, outros reli algumas vezes para tentar compreender o sentido do texto, mas tudo foi em vão.
Pretendo fazer uma releitura em outro momento da minha vida.