Eumatheuxs 07/05/2022
Resenha Crítica de O Príncipe Pardo e os reinos perdidos: Atlântida
Resenha
A obra intitulada O Príncipe Pardo E os Reinos Perdidos: Atlântida, publicada em 2018 pela editora Talentos. Ela é da autoria de Fabio L. Shadow e faz parte de uma trilogia chamada O principe Pardo e os reinos perdidos. O livro conta a história de Felipe, que atende por Lipe (seu apelido), um garoto que vai descobrir próximo de seu aniversário de 13 anos que sua verdadeira origem é bem mais profunda e encantadora do que ele poderia imaginar.
Os 13 capítulos que a obra possui não são extensos ou demorados, pelo contrario, são objetivos e deixam a cada final um sentimento de querer mais, não por serem capítulos curtos mas por terem informações necessárias para o leitor ficar instigado a dar continuidade a leitura. O estilo de escrita também é um ponto importante para ser citado pois de modo geral, o vocabulário usado na escrita na maior parte do tempo é de fácil compreensão e as descrições das pessoas e ambientes não são enfadonhas. A diagramação do livro é simples mas não é algo que vai incomodar o leitor.
A historia de Atlântida já começa com um grande problema assolando o reino de Berila, o que faz o rei Henrich levar seu povo para a lendária Atlântida. No segundo capítulo é apresentado o protagonista Felipe (Lipe) lidando com a falta do pai que nunca conheceu e também mostra um pouco de sua relação de amizade com Zé, o porteiro do seu prédio e mais na frente, seu relacionamento com sua mãe Christine e sua tia Margarida.
O capítulo dá pequenas pistas do verdadeiro passado do protagonista, o que começa a deixar a história mais interessante, sendo encerrado com um final um tanto dramático e agoniante após o garoto ter contato com uma adaga misteriosa. Mais na frente o protagonista começa a ter mais conhecimento sobre sua origem, Atlântida e as demais regiões místicas.
O capítulo 7 em especial é um grande divisor de águas na história e muito importante para a narrativa, trazendo a partir dele muitas surpresas ao leitor, principalmente porque revela informações muito interessantes sobre o passado de alguns personagens, além de dar um aprofundamento nos acontecimentos da época do nascimento de Lipe, assim como ?mostra diversos elementos mágicos como objetos e animais.
A narrativa se encerra de maneira instigadora por causa de reviravoltas e ascensões no penúltimo capítulo, deixando uma brecha para o segundo livro que deve explorar as respostas deixadas em Atlântida e ainda mais o protagonista. Resumindo, o livro termina com um bom final, prometendo oferecer uma jornada ainda maior que a primeira.
O livro fica um pouco a desejar no sentido de exploração de ambiente e sobre os personagens pois é falado sobre coisas mais básicas deles e seus papéis na história, sendo que poderia haver mais detalhes sobre seus passados, do mesmo modo que seria bom ter mais informações de cada reino, mostrando mais a situação dos povos diante os problemas que aconteciam neles, suas culturas e áreas geográficas.
Apesar dos pontos levantados anteriormente, O Príncipe Pardo E os Reinos Perdidos: Atlântida é um livro muito bom que tem potencial de crescer cada vez mais no decorrer da saga visto que traz alguns elementos bem brasileiros e tem muitos pontos na narrativa que podem ser explorados, deixando a jornada de Lipe cada vez maior e encantadora. Outros pontos positivos na história são a escrita de Shadow que é fácil de ser compreendida, a história é leve, logo, não vai deixar o leitor cansado e também é uma fantasia ambientada em parte no Rio de Janeiro, mostrando que o Brasil pode ser cenário de boas história de fantasia que não envolvem o folclore nacional, além de revelar autores nacionais que podem escrever narrativas desse gênero literário tão boas quanto obras estrangeiras.
A obra resenhada é uma ótima opção de leitura para quem deseja ler uma história leve, principalmente se o leitor quiser sair ou evitar uma ressaca literária. Por ser um livro curto, qualquer leitor com tempo consegue conhecer a história em um período de tempo curto sem ficar cansado.
Fábio L. Shadow nasceu em 1988 na cidade de Simão Dias, em Sergipe, mas é morador do Rio de Janeiro atualmente. Seu desejo de escrever e criar histórias próprias começou em 2008 quando decidiu criar um pequeno conto para ajudar seu sobrinho com uma redação. Outras obras de Fábio são O Príncipe Pardo E os Reinos Perdidos: Pompéia, As Guerras Dracônicas: Um conto dos reinos perdidos e O tridente de Neptunun: Um conto dos reinos perdidos.
Resenha feita por Armando Duarte, acadêmico de Letras – Língua portuguesa, autor e escritor. Contatos: Instagram= @oiarmandoduarte e wattpad: @oiarmandoduarte .