A Dance of Silver and Shadow

A Dance of Silver and Shadow Melanie Cellier




Resenhas - A Dance of Silver and Shadow


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Carol 27/06/2021

Sinceramente sou suspeita por ter gostado tanto desse livro, afinal adoro histórias baseadas em contos de fadas.
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Carous 23/04/2018

Nada de novo sob o sol.
É verdade o que dizem: quem lê um YA, lê todos. Isso porque os escritores desse gênero parecem ser incapazes de escrever uma história original. Não, eles reciclam as mesmas baboseiras de outros YA, fazem sua macumba para que enfeiticem os leitores e pronto: se acham grandes escritores, acreditam que escreveram uma obra consagrada.

Eu notei minha dificuldade para gostar da história e não tinha chegado nem na metade do livro, mas segui em frente porque o segundo livro da série me interessou - tem resenhas positivas - e eu não queria chegar nele despreparada. Tal qual como cheguei nesse primeiro e descobri depois que faz parte de uma segunda série de releituras da Melanie Cellier. Uns personagens são mencionados.

Mas eu TIVE que parar antes que chegasse à drástica atitude de bater com minha cabeça em algum móvel de casa até que meu cérebro explodisse e eu me visse livre de ler mais um YA meia boca que as editoras cismam em publicar.

A sinopse diz que: Liliana e sua irmã gêmea chegam em Marin no mesmo dia em que uma estranha competição se inicia. Esse torneio faz parte de uma tradição há muito esquecida e pouco usada para determinar casamento - e uma poderosa aliança - com a herdeira de um dos quatro reinos. Todas as princesas acima de 12 anos devem competir. E assim estabelecemos o número doze.

O que vimos na história: o floquinho de neve especial, Lilly com fogo na perseguida pelo príncipe de Marin segundos após pousar os olhos nele. Jon junto com Lilly forma a dupla de personagens mais chatos, mal desenvolvidas e sem nuance nenhuma da história. Lily, óbvia, segue o padrão de beleza da sociedade e dos livros de YA - embora ela não se acha linda, QUE NOVIDADE --' - e Jon idem.
E para destacar Lily as demais princesas (o que não era necessário e explico mais na frente a razão) Melanie a descreve como a mais corajosa, mais legal, mais esperta, melhor dançarina de todos do ducado. Sério, é muita forçação de barra para cima dela só porque ela é a protagonista da história.

O que lemos na sinopse: Lily tenta não se aproximar do príncipe para pode ter foco na competição e vencer.

O que temos na história: os dois não se desgrudam 1 segundo após se conhecerem. Chega a ser constrangedor o quanto é ÓBVIO - e irreal - que eles já estejam interessados um no outro porque eles não ligam, conversam, dançam com mais ninguém. E o príncipe tem seus deveres a cumprir. Ele precisa expandir os laços comerciais com os reinos das demais princesas, mas caga e anda para elas. E ninguém comenta isso, nem uma fofoca pelo palácio sobre o quão rude o príncipe está sendo e o quão atirada está sendo Lily.
Sem contar que como está de 4 pelo príncipe qualquer ação patética dele de conversar com comerciantes, estar no comando é visto por ela como uma atitude de príncipe de verdade. Mas o leitor que não está apaixonado por ele percebe o quanto esse príncipe é um zero à esquerda e por isso os demais nobres fazem pouco caso dele.

O que lemos na sinopse: Lily e Sophie têm uma arma secreta para usarem na competição

A verdade é que: elas ganharam da madrinha o poder de se comunicarem telepaticamente e fazem isso numa frequência bizarra mesmo quando poderiam - ou deveriam - se comunicar normalmente. Tem vezes em que elas se comunicam telepaticamente na frente dos outros e pela metade do livro todo mundo acha que as duas são meio dementes por ficarem tanto tempo caladas, olhando uma pra cara da outra e fazendo caretas ou rindo sozinhas. Isso porque elas querem manter essa magia em segredo.

Ademais, foi decepcionante ter doze personagens femininas e a conexão entre elas sequer ser explorada. Quando o torneio começa, temos uma introdução capenga e genérica de quem é quem - mas a gente esquece na página seguinte e na primeira tarefa é difícil lembrar quem é quem -, mas depois nada. Pouco sabemos sobre cada uma delas. Enquanto Lily e Sophie desbravam o palácio e Marin, as demais princesas não devem sair dos quartos porque na história é que elas não aparecem.

A idade para participarem do torneio me fez pensar que talvez tivesse a ver com a primeira menarca, mas três meses de disputa se passam e nenhuma delas fica menstruada (sim, a partir de agora vou problematizar até isso porque MENSTRUAR É NORMAL, GENTE!!!)

Aliás, a idade mínima é doze; Opal e Pearl têm treze anos, mas se comportam como se tivessem 2 anos de idade: choram o tempo todo, são incapazes de se protegerem. Aí que surge a SALVADORA DA PÁTRIA Lily tirando nos cafundó do cérebro de que ELA tem a missão de proteger as duas malas sem alça. Olha, sinceramente...

O Torneio tem suas regras que sanam algumas dúvidas que pipocam na cabeça do leitor, mas não satisfazem porque são genéricas e forçadas as fuck. E logo de início recebemos uma informação que mata o clímax das tarefas a serem cumpridas.

Marin está com problemas financeiros e precisa que tudo durante a competição ocorra bem para que após seu término os reis possam estabelecer alianças que vão tirar o reinado dessa situação. Ainda assim, pelas regras do Torneio: Marin é a sede da competição e antes de cada tarefa um baile é dado com muita comida e dança. E ninguém do povoado se revolta com isso enquanto todo mundo se preocupa porque a comida está acabando, o outro também e os caras desperdiçando com festinhas.

E, assim: quem manda suas herdeiras para um reino distante da sua casa sem nem conhecer o lugar? E depois não troca correspondência para saber se está tudo bem, como andam as negociações?

Pra finalizar, a construção do universo dos reinos é péssima. Não temos informação nenhuma e se os personagens não mencionassem os serviçais, os reis, os duques, a corte em si e os camponeses, eu sequer saberia que eles existiam ali. E Marin? Se você não conhece a região e não consegue imaginar por si próprio como é, eu lamento, mas não tem mais nenhuma informação para você.

Este livro tem seus problemas na construção dos personagens, no mundo em si, nas reviravoltas, nos conflitos e nas soluções do mesmo. Tudo previsível.
A fulaninha que troca meia dúzia de palavras com o príncipe? Lógico que deseja casar com ele, pois é só pra isso que mulher existe. O fulaninho que fala mal do incompetente do rei? Na visão de Lily ele está errado - mesmo o reinado estando na merda - porque o rei é pai do príncipe, então ele só pode ser bom e maravilhoso. É nesse nível infantil e superficial que história discorre e após 65% eu não consegui mais continuar a ler essa narrativa patética.
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