paloma 25/05/2020
A sensação de terminar essa trilogia não poderia ser mais gratificante, não por terminar em si, mas por ter sido agraciada com uma história fantástica, que não deixa em nada a desejar em relação aos aclamados sucessos ficcionais.
Chegar ao final e olhar para o primeiro livro, para o começo da narrativa, me faz ter uma visão holística sobre tudo que essa obra propõe, expõe e põe em pauta. É lindo ver o desenvolvimento e o crescimento dos personagens, ver como foram bem trabalhados, explorados, diria até que poderiam ter sido mais garimpados, gostaria que a Álex, a Talita e a própria Melinda fossem mais aprofundadas, mas isso é o meu desejo de que a obra fosse maior, assim como gostaria de ter desfrutado mais do acontecimento final do livro, ao passo que tal conclusão incute a ideia de possível continuação, mesmo no fundo não crendo que a autora tenha planos imediatos para tal.
Ah, o desfecho dessa história... confesso que estava agoniada com isso, porque sinceramente, por mais diferente que seja, não via outro encaixe possível, nada me parecia mais justo, mais certo. E até nisso cabe uma imensa reflexão. Talvez essa seja uma das maiores reações que a trilogia traz: REFLEXÕES; o entendimento de tudo que a autora propõe, todas as metáforas e assuntos abordados, faz com que seja indiscutível a percepção de genialidade por trás da escrita e, a torcida para seja aproveitável, que tamanha reflexão sirva como instrumento de transformação, mudanças papáveis, pelo menos em mim. Pelo menos, no que diz respeito ao meu pensamento, muita coisa já ganhou nova forma.
A derradeira verdade: estou rendida, sentirei muita falta dessas personagens e com certeza lerei essa saga outras vezes.
"Álex, Sofia e Máira... Uma trilogia que somente se percebe completa na ausência de uma. As propriedades da luz. Não existe compreensão do todo sem uma das partes.
Assim, "O Suave tom do Abismo" nos mostra que o mundo novo só é possível quando o abismo que nos olha não encontra espelho." - Wind Rose