Se um viajante numa noite de Inverno

Se um viajante numa noite de Inverno Italo Calvino




Resenhas - Se um Viajante numa Noite de Inverno


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Cibele 12/01/2021

Sempre uma surpresa
Adoro o fato de que ler Italo Calvino é sempre uma surpresa, você nunca sabe bem o que vem pela frente; é sempre também uma espécie de mal-estar, uma sensação de não querer largar o livro ao mesmo tempo que não sabe bem o porquê disso.
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Cinara... 31/10/2020

Espetacular!!!
"... ler significa despojar-se de toda intensão e todo preconceito para estar pronta a captar uma voz que se faz ouvir quando menos se espera, uma voz que vem não se sabe de onde, de algum lugar além do livro, além do autor, além das convenções da escrita: do nao dito, daquilo que o mundo ainda não disse sobre si e ainda não tem as palavras para dizer. "


Acredito que tudo o que eu possa falar sobre este livro pode estragar a experiência de leitura de qualquer um! Chegar nele sem saber nada do que poderia acontecer foi uma experiência única! Experiência que eu aconselharia para todos que querem ler o livro!
Só digo uma coisa...
Perfeito!
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Lucas1429 09/10/2020

Metalinguagem e a relação do leitor e o livro.
Em "Se um viajante numa noite de inverno", Calvino estabelece uma quantia bastante grande de reflexões e metáforas da relação leitor-livro, sobre a literatura e até mesmo sobre o ato de escrever.

A premissa da história, que se passa em segunda pessoa, sendo você, Leitor, um com o personagem homônimo, é de que o Leitor vai até uma livraria, comprar o novo livro de Ítalo Calvino, "Se um viajante numa noite de inverno", mas o exemplar está incompleto, então ele retorna para trocar o livro, ao trocá-lo, percebe que, não somente não se trata do mesmo livro, como este também está incompleto. Este processo se repete sucessivamente e de forma bastante criativa, por mais que você já imagine que isso irá acontecer. Acabamos conhecendo o "início" de dez distintos romances, que veem o mundo de maneira bastante distinta, num grande exercício de criatividade feito pelo autor. (A propósito, deixou-me fortemente a sensação de que alguns dos romances incompletos da história funcionam muito bem como contos, em sua maioria).

A história representa a eterna busca por ler um bom livro, o insaciável e sempre metamorfo desejo pelo livro ideal, muito bem representado pela personagem da Leitora (Ludmilla). Além de que, conforme os personagens vão em busca do livro completo, a trama se envolve em grandes conspirações, e outros personagens que provocam interessantes discussões no que é a boa e verdadeira literatura, ela existe?

Calvino dispõe toda a sua qualidade técnica na mesa na execução deste livro, ao mesmo tempo, a leitura é bem humorada, gostosa, fluída. A premissa é genial, tanto quanto sua execução. Um livro fantástico e memorável.

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Marcelo.Alencar 03/09/2020

Vc nunca leu nada igual....
Pois tenho em mãos um carnaval literário. ?Se numa noite...? é uma fonte de novidade narrativa! Os personagens lhe envolvem numa história em que vc, leitor, vai fatalmente perceber que faz parte da história....
É isso mesmo. Vc lendo parece que é o personagem!! Amei! Muito louco!
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Lise 23/05/2020

Leia mais de uma vez
É nesse aspecto que o abraço e a leitura mais se assemelham: o fato de que abrem em seu interior tempos e espaços diferentes do tempo e dos espaços mensuráveis. (Citação)

É um livro adorável. Eu poderia enumerar vários motivos, mas por agora 4 bastam. Primeiro, porque é um suspense dos bons; já nas primeiras 30 páginas, quando se entende como é a dinâmica da narrativa, já se percebe que é impossível cair no conto da autosabotagem do ?só mais um capítulo?. Depois, devo destacar as partes em que a narração ocorre em 2ª pessoa, que o Calvino conduz de forma espetacular, sem estranheza alguma, transformando a leitura em uma completa e real imersão. O terceiro motivo é o aprendizado fantástico sobre a literatura, sobre a construção de textos, de histórias. Por fim, os enigmas; quando você perceber, será tarde demais. Fiquei encantada e estou certa que não descobri todos. Vale uma 2ª, 3ª, 4ª leitura.
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Marker 17/03/2020

Tudere.
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Steph.Mostav 15/02/2020

Metaliteratura por excelência
A experiência de leitura desse livro foi sem precedentes - todos os romances do Calvino que já li foram bastante únicos, mas o nível de excentricidade desse superou os lidos anteriormente. Parte da narração em segunda pessoa e o fato de que o protagonista é um leitor (e podemos facilmente nos encaixar nesse papel), além da alternância entre os capítulos que narram as aventuras desse leitor e os que apresentam o início dos romances que ele começa e nunca consegue terminar com certeza ajudam a explicar porque esse é um livro tão diferente, mas não basta dizer apenas isso. 'Se um viajante numa noite de inverno', apesar da unidade temática bem estabelecida, pode ser definido de muitas maneiras: é uma declaração de amor à leitura, é um estudo a respeito das possibilidades do romance, é uma análise crítica dos comportamentos diversos do público leitor e dos diversos envolvidos com a produção e distribuição do livro, é uma discussão a respeito de romance como conceito e do livro como objeto, é uma exploração dos limites da ficção (afinal, existem limites para a ficção?), é uma investigação do papel do escritor e do leitor, da verdade e da mistificação nos mais diversos âmbitos sociais, políticos, existenciais... Além disso, é uma aventura muito gostosa de acompanhar, apesar de (ou justamente por isso) bem rocambolesca, de leitura lenta, mas não difícil. Eu estou fascinada, escandalizada, apaixonada, indignada, impressionada. Calvino é um gênio e conseguiu brilhantemente unir o prazer da leitura ao pensar a respeito do que se lê, de como se lê e de por que se lê.
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Luciano Otaciano 11/12/2019

Livro perfeito
Olá queridos leitores e leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.


Para todo leitor (a) que se preza tem uma obrigação: não pode morrer antes de ler “Se um viajante numa noite de inverno”, de Italo Calvino. Não foi por acaso que Carlos Fuentes disse que Calvino foi o “Romancista dos Romancistas” e dedicou um capítulo do livro “Geografia do Romance” ao escritor que nasceu em Cuba e foi para a Itália logo depois. Primeiramente ao ler “As Cidades Invisíveis” achei equivocadamente que a obra era o máximo de Italo Calvino. Mas depois deste “Se um viajante...” vi que a engenhosidade literária do autor – usando a própria literatura como matéria-prima – não tinha limites. Não só o engenho como o domínio da técnica: Calvino brinca com a escrita, joga em toda posição e vai amarrando o leitor (a) até o fim do livro. Só então a gente mata a charada e entende que “Se um viajante numa noite de inverno” é obra-prima da inteligência, da técnica e do bom humor. Para o amante de um livro de qualidade inquestionável a boa literatura é título obrigatório. Recomendo demais! Essa obra é mais que perfeita.

Italo Calvino foi, sem dúvida, um dos escritores mais importantes do século XX. Tenho para mim que, se nas últimas décadas existiu um autor de ficção destinado a se tornar clássico absoluto pelos séculos vindouros, desses a serem estudados a fundo e a nunca mais serem esquecidos em razão de suas inventividades construtivas e genialidades acima de qualquer parâmetro, esse autor certamente é Italo Calvino. A criatividade admirável em lidar com as formas literárias de maneiras cada vez mais inusitadas, produzindo livros a um só tempo genuinamente pessoais e essencialmente experimentais, mas sem nunca deixar que esse experimentalismo prejudique a qualidade quer da escrita, quer da trama, quer do prazer de se ler um bom romance, fazem de Italo Calvino um tesouro único da literatura mundial. A perceptível sinceridade de suas palavras (coisa rara entre os pós-modernos!), a naturalidade com que ele brinca com os recursos narrativos e a paixão pela escrita que transparece em cada um de seus parágrafos são elementos que, por si só, já colocariam o autor entre os "must read" de qualquer leitor (a). Somando a tudo isso um conhecimento fora do comum da literatura, tanto do seu tempo quanto dos antepassados, e uma consciência ainda maior sobre os limites e objetivos dessa arte no mundo contemporâneo – o que faz dele um artesão das palavras que alia vanguardismo de alto nível com a pura e simples alegria da leitura –, temos um autor que é mais do que obrigatório: é um deleite a cada página.

Embora "Se Um Viajante" não seja seu melhor livro (este privilégio permanece com o imbatível "Cidades Invisíveis", que é um dos melhores livros já escritos em qualquer tempo ou lugar e que com toda certeza está entre os cinco livros mais importantes da minha existência até aqui), essa divertida maluquice metalinguística que tem o Leitor (a) – isso mesmo, o próprio leitor (a) – como personagem principal em um labirinto de livros e estórias mirabolantes é algo a não ser perdido. É ler pra crer! Finalizo por aqui, espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!
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Paulo Sousa 01/05/2018

Se um viajante numa noite de inverno
Lista #1001livrosparalerantesdemorrer
Livro lido 7°/Abr//22°/2018
Título: Se um viajante numa noite de inverno
Título original: Se una notte d'inverno un viaggiatore
Autor: Ítalo Calvino (Ita)
Tradução: Nilson Moulin
Editora: @companhiadasletras
Ano de lançamento: 1979
Ano desta edição: 2003
Páginas: 280
Classificação: ????????
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O personagem principal, chamado Leitor, compra um romance intitulado "Se um viajante numa noite de inverno" e, já preso pela narrativa, percebe que há um erro de impressão: falta exatamente a página 33 do volume! Indignado e frustrado, ele volta à livraria a fim de trocar o livro defeituoso por uma edição completa. Lá conhece Ludmilla, uma leitora voraz, que coincidentemente está com o mesmo problema que o seu e também retornou à livraria para trocar o livro com defeito.
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Eles recebem livros novos mas estranhamente os livros recém trocados não correspondem ao volume que compraram originalmente. Acontece que, uma vez mais entranhados na nova história, percebem que este livro também está incompleto e é tamanha a frustração de ambos que iniciam uma verdadeira epopéia em busca de livros cada vez incompletos, misturando narrativas fantásticas e enredos cíclicos.
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O livro de Calvino traz, de forma criativa e inteligente, a dramática busca pelo prazer de ler um bom livro. Isso acontece num processo circular onde histórias são sobrepostas umas às outras formando um círculo vicioso cujo livro abruptamente interrompido é encadeado a outro. Mistura desde as descrições técnicas utilizadas para a composição dos cadernos que posteriormente formarão o livro, bem como todas as possibilidades de erro que o processo pode ter. Sem falar que, a cada novo livro descoberto pela dupla (Leitor e Ludmilla), somos imersos numa trama de conspirações revolucionárias, autores disfarçados e estranhos títulos que sequer existem, tudo contribuindo para gerar o ambiente propício buscado por dois leitores que se ligam ao perceberem que leram e gostaram do mesmo livro.
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Calvino muito me impressionou com este livro, minha estreia em suas letras. E fiquei satisfeito em descobrir tantos títulos seus, a maioria verdadeiros instrumentos de incentivo ao amor à leitura. Vale e muito!
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Oz 21/04/2018

E então, Leitor. Está curioso para saber algo sobre o romance “Se Numa Noite de Inverno Um Viajante”, de Italo Calvino. Pega seu computador, tablet ou celular e começa a navegar pela internet em busca de alguma resenha ou comentário relevante. No entanto, decide que é melhor preparar um café para acompanhar esse momento de descontração. Enquanto prepara sua bebida, vai clicando em alguns dos links que aparecem na página de busca, já excluindo aqueles que se parecem com meros excertos comerciais ou páginas de venda do livro. Busca por algo que acrescente alguma coisa além do mero resumo de três linhas que leu sobre a história e que, por sinal, já lhe parece bastante curiosa. Com o café pronto, decide se sentar confortavelmente no sofá da sala. Com o café em uma das mãos, utiliza a outra para mexer no aparelho que agora está apoiado sobre suas coxas, enquanto estica os pés até a mesinha de centro. Nessas horas, tem a certeza absoluta de que manter os pés na posição mais confortável possível é quase que uma obrigação. É seu momento de lazer. De repente, em meio a uma torrente infinita de referências, depara-se com um desses blogs dos quais nunca ouviu falar antes, embora, a um primeiro olhar, pareça-lhe até um pouco ajeitadinho, o que lhe transmite uma sensação de credibilidade. Tem lá uma resenha do romance pelo qual busca mais informações e decide dar uma espiada para ver se tem sorte. Quando começa a ler, percebe que a resenha é tão estranha quanto a sinopse que havia lido, mas isso te instiga de alguma forma...

A resenha:

Calvino nos presenteia com um livro muito peculiar, onde nós, leitores, assumimos o papel de um protagonista que passa pelas situações mais surreais ao buscar terminar a leitura de romances que começa a ler e que, por algum acontecimento estranho, é impedido de finalizar. Assim, enquanto um capítulo trata da história desse protagonista – o Leitor, abordado tão diretamente que Calvino escreve como se conversasse conosco ao utilizar o “tu” -, o capítulo seguinte narra o começo de um romance que este Leitor começa a ler. Porém, como comentado, esse capítulo se encerra com a narrativa ainda em suspenso, de forma que nunca sabemos o final da história. E assim segue o livro, em capítulos intercalados entre a luta interminável do Leitor, que busca encontrar os romances que nunca termina de ler, e os próprios romances. Nesse caminho, o protagonista passa a dividir sua atenção entre os livros e uma outra pessoa.

Fim da resenha.

Aí está, Leitor. A resenha acaba justamente no momento em que algo seria dito sobre uma outra pessoa, talvez tão importante quanto você mesmo, ou melhor, quanto o Leitor. Você põe o café de lado e exclama algo em tom de reclamação, como se o sujeito desse blog não tivesse tido o cuidado de terminar a resenha decentemente. Vai ver que é por isso que esse blog não seja dos mais reconhecidos e recomendados, servindo apenas como mais uma parcela do todo que compõe o submundo da internet. Ainda assim, sua insatisfação faz com que investigue mais a fundo aquele site. De repente, descobre uma espécie de link quase invisível no final da página da resenha. Será que vale a pena clicar? Você pensa que é muito suspeito, talvez um vírus. Mas sua curiosidade é maior do que tudo e decide clicar. Precisa saber quem é a tal da outra pessoa! Para sua surpresa e felicidade, mal acredita no que aparece na tela.

Continuação da resenha:

O jogo de vai e vem de Calvino demonstra total domínio da escrita e de diferentes estilos narrativos. Enquanto um dos romances não terminados trata de um professor viciado em atender qualquer toque de telefone, o outro trata de um aprendiz oriental cujo objetivo é tentar apreender as sensações do ambiente do modo mais intenso possível, ainda que isso o leve a se envolver com a esposa de seu mestre. Se a diferença absurda entre essas histórias salte aos olhos, o surrealismo com que o protagonista-leitor se depara momento após momento tampouco fica atrás. Esse é o lado bom e ruim do romance de Italo Calvino. De início, a originalidade do livro e a fluência da leitura sugerem que aquele poderá entrar na sua lista de livros favoritos de toda a vida. Com o passar das páginas, porém, esse efeito e essa fluência acabam se esvanecendo um pouco, pois qualquer tipo de expectativa de uma narrativa calcada um pouco mais num realismo vai caindo por terra. Tudo fica um pouco confuso e turvo, perdendo um pouco de uma identificação criada inicialmente.

Fim da resenha. Agora de verdade.

Pronto. A resenha acabou e não há mais links escondidos. Nada foi revelado sobre “a outra pessoa”. Apesar disso, também estava gostando dessa continuação da resenha, ou melhor, dessa outra resenha. É bem verdade que ela também acabou de maneira antecipada, antes de o autor dar o veredito final em forma de uma nota. Talvez a nota do livro esteja em outro lugar do blog. Quando decide que vale a pena procurar, o despertador do celular toca. Está atrasado para um compromisso bem importante, Leitor. É melhor ir se aprontar e deixar essa coisa de nota para outro momento. Afinal, tem um encontro dentro de meia hora com a Leitora, que estará ansiosa para discutir contigo algumas coisas que vai para muito além de uma mera leitura.

Meu site de resenhas: www.26letrasresenhas.wordpress.com
Luiz Miranda 21/04/2018minha estante
Tenho 2 do Calvino, esse é um deles. Uma hora começo.




mateuspy 19/02/2018

Metá Metá!
A experiência mais "meta" que já tive desde que li um dicionário! Fabuloso! Magistral!
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angeldario 16/10/2017

Repensando a leitura
Livro muito bem escrito com romances capitulares. Surpreendente e instigante. Recomendo a todos os que estudam literatura.
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hanny.saraiva 29/06/2017

Preciso estudar para falar sobre este livro. Uma mistura de querer, mergulho, singularidade da leitura e de ser leitor. Nota mental: escrever resenha mais elaborada. Em breve.
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Fabio Henrique 07/06/2017

Instigante
Uma homenagem à literatura e um afago na inteligência do leitor.
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