Se um viajante numa noite de Inverno

Se um viajante numa noite de Inverno Italo Calvino




Resenhas - Se um Viajante numa Noite de Inverno


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Edu 20/04/2024

Ceci N'est Pas un Romance
O leitor vive uma vida inteira na literatura, livros após livro, para se chegar a obras como essa. Inesquecível.

Italo Calvino conta 10 romances em um. Todos incabados para nos fazer lembrar que a vida também é assim.

Ele também o faz para criticar o leitor (e os criticos), mas também o faz como afago, como um aceno ao espelho e, ainda, como um abraço.

Pode ser uma crítica à mesmice do mercado editorial, aos tradutores, ao mercantilismo das obras e prazos, mas sem pedantismo, é sagaz e inteligente.

O Viajante nos embarca numa viagem cíclica, autocontida, uma autopoiese literária que nos coloca num labirinto de começos que não tem saída, nem fim.
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Luciana 12/04/2024

Previsão de livros escritos por I A!
O livro possui uma estrutura muito diferente de tudo o que já li. Na verdade demorei para ler pois achava que deveria lembrar de todos os personagens e que no final haveria uma grande ligação entre todos eles. Mas não. O importante é entender a estrutura e referência de cada capítulo e, até existe uma certa ligação, mas não se preocupe em lembrar detalhes. O que mais me impressionou e que Ítalo Calvino antecipa a existência de livros escritos por Inteligência Artificial! Recomendo a leitura, mas com a mente bem aberta.
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Mel 09/04/2024

Amei
Amei, mas no estilo daquele ogro que leu Ulisses. Entendi de forma bem rasa, mas amei o que entendi e o que não entendi também. Vou reler, com certeza.
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Pedro 01/04/2024

Se você lê livros, leia esse livro.
Um livro sobre ler, para todo aquele que lê pensar sobre as infinitas voltas que se dá ao abrir um livro.
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Pedro3906 21/03/2024

Se um leitor num espaço de opinião
"O pior é que já tudo amola e contraria: desejo ler tão simplesmente o Se um viajante numa noite de inverno e ele não existe. Enganação das mais cruéis.

Anotei isto no meu caderno de leituras em uma de minhas noites lendo. Não foram noites de inverno, tampouco munidas da vivacidade maciça da obra, e portanto limitarei o caráter analítico às elucubrações, sadismos calvinianos e preferências entre os romances."

Você está lendo a nova resenha de um mequetrefe leitor mediano: você abriu o aplicativo e por vontade própria ou violência estrangeira topou, como quem é surpreendido no meio da rua com um acidente ou invasão domiciliar. "O que me impressiona, a princípio, é a sutileza de utilização dos modelos clássicos romanescos com maestria e o jogo de cintura embutido. Devemos nos lembrar que dar cabo criativo a doze histórias é ? com o perdão acusatório ? sarna pra se coçar, ou a demonstração cabível das capacidades pessoais". O comentário prossegue em notas de quem mostra ousadia, adjetivando os romances de "homeopáticos e redundantes", por se adiarem, demorarem em seus modismos. Seus olhos passam pela resenha, analisam, captam as letras iniciais das palavras porque, na urgência atual e farto de leituras atrasadas, ou ainda, temeroso da repetitividade literata que lhe faz buscar ávido uma leitura para fora de todas as casas e serviços essenciais, dos modelos enxutos e o título da obra lhe chama atenção, é criativo, é instigante, enfim, você tateia personagens e seus atos questionáveis. E este leitor dando rodeios pedantes, disfarçando a própria ignorância.

"Detesto o nome de Lotaria, parece agremiação de apostas ou, mudando a tônica, que estou proferindo nomes feios. Sua impertinência atiça a segunda opção"; e prossegue: "Encontro conforto nas citações referentes à perda de si mesmo; também, convidando-nos a participar, Calvino arrisca e dita nossas endemias, nossas atitudes enquanto leitores antropofágicos, verborrágicos (aderi ao vocabulário) e dúbios". Uma passagem anotada:

"Aproximando-se do centro da cena as linhas tendem a contorcer-se, a tornar-se sinuosas como a fumaça do braseiro onde queimam os pobres aromas remanescentes de uma drogaria armênia, cuja fama indevida de antro de ópio provocara o saque por parte da multidão vingadora dos bons costumes".

O escritor de nacionalidade conturbada, pois seu nome parece pertencente a todos os países falantes de idiomas derivados do Latim, contesta a atitude passiva do resenhista que, admitindo a acusação, copia " ? Não era para discutir, era para ler" num parágrafo novo ? ele tenta, está louco, desvairado por respostas emocionais de outrem. Não daremos. Nem a este, nem aos próximos subterfúgios malogrados de sua pessoa. Um gay (impacto), um detrator comunista? Mas que raio de resenha lhe recomendaram? Entende, pois, que o leitor mediano sofreu de catarse num dos capítulos, que agora guarda instintos romancistas e aproveitará seu parco repertório (acidental) na construção da ideia jamais digitada, não em ausência da máquina física, e sim em ausência de conhecimento prático.

Algo está estranho. O orgulhoso quem sabe duvida-se futuro promissor literato omite qualquer fala, qualquer sina de outros capítulos. E acrescenta seco a frase cortante do entretenimento (você já estava se divertindo mediante tamanha pataquada), o abalo de sua ganância absolutista de opiniões e debates sobre romances, você que os trata como sinônimo de estado vivo e anda pelas ruas olhando os rostos vazios e enxerga a Macabéa, a Ofélia, o Ulysses nos trabalhadores temporários com a cabeça na janela do ônibus.

"Como eu escreveria bem se não existisse!"
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renattomd 16/03/2024

Simplesmente genial
Mesmo com o autor fazendo a gente de trouxa a cada linha, o livro é incrível. Os personagens e situações são muito criativos e cativantes. O livro é muito engraçado e gostoso de ler.
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Neilson.Medeiros 24/01/2024

Uma viagem das boas!
Perfeito, hein? No topo dos topos de minha melhores leituras! Aqui vemos o auge da imaginação, das possibilidades. Amei a alusão a Pedro Páramo no livro Ao redor de uma cova vazia. Brilhante!
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Debora411 17/01/2024

Esse foi meu primeiro livro do Italo Calvino e me surpreendeu bastante. Até o capítulo 3 eu pensei por várias vezes ?o que é isto que eu tô lendo???, mas a partir daí fui entendendo melhor a proposta e me vi cada vez mais envolvida com a narrativa inovadora e a busca sem fim pela continuação dos livros. O autor usa também de um tom cômico muito interessante, diferente de tudo que eu já li. Ótima leitura, me fez ter vontade de ler mais livros desse autor.
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Lucas B. Reis 16/01/2024

A Jornada Intrigante de 'Se um Viajante numa Noite de Inverno' de Ítalo Calvino
"Se um viajante numa noite de inverno", obra magistral de Ítalo Calvino, desafia as fronteiras convencionais da narrativa ao apresentar uma trama intricada e metaficcional que mergulha o leitor em um labirinto literário. Publicado em 1979, o romance se destaca pela originalidade de sua estrutura, na qual a história principal é interrompida por uma série de narrativas paralelas, criando um jogo literário que desafia as expectativas tradicionais do leitor.

Calvino explora as possibilidades da leitura e da escrita de maneira brilhante, oferecendo reflexões sobre a natureza da ficção e a relação entre autor e leitor. Cada capítulo introduz uma nova narrativa, repleta de reviravoltas e surpresas, proporcionando uma experiência única e envolvente. A habilidade do autor em brincar com as convenções literárias, ao mesmo tempo em que mantém uma narrativa coesa, é um dos pontos mais cativantes da obra.

Além da engenhosidade estrutural, Calvino tece uma crítica sutil à indústria literária e aos clichês narrativos, desafiando os padrões estabelecidos. A prosa poética de Calvino, traduzida com maestria, enriquece a experiência de leitura, convidando o leitor a refletir sobre a natureza complexa da criação literária.

"Se um viajante numa noite de inverno" é uma obra-prima que transcende as fronteiras da narrativa convencional, proporcionando uma leitura desafiadora e enriquecedora. Calvino demonstra sua genialidade ao explorar os limites da ficção e convidar o leitor a participar ativamente da construção do significado, resultando em uma experiência literária única e inesquecível.
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Mathias Vinícius 30/12/2023

Um comentário sobre: Se um viajante numa noite de inverno
Desde as primeiras páginas de "Se um Viajante numa Noite de Inverno", fica claro que Ítalo Calvino nos presenteia com uma obra não apenas curiosa, mas profundamente envolvente. Mergulhando no terceiro capítulo, já é evidente que este livro deveria ser uma leitura obrigatória para qualquer entusiasta da literatura. Calvino, com seu estilo inconfundível, nos transporta para um universo onde o ritmo da narrativa lembra o jogo "The Stanley Parable", com um "Narrador" que parece dialogar conosco a cada virada de página. É impressionante pensar que este livro foi escrito em 1979.

A estrutura do livro é um labirinto de histórias, cheio de idas e vindas que podem inicialmente desorientar, mas essa sensação de perda acaba sendo agradável, até prazerosa. O leitor se encontra em uma busca frenética por um livro misterioso, um enredo que flerta com o erro de gráfica, a escrita de civilizações antigas e traduções enigmáticas. Essa jornada é tão fascinante que supera qualquer confusão inicial.

À medida que avançamos na leitura, cada capítulo traz um "eita" após o outro, com reviravoltas que mantêm o leitor à beira da cadeira. Calvino habilmente tece uma narrativa que, apesar de chegar perto de revelações, nunca entrega conclusões fáceis. A menção de personagens debatendo textos gerados por computadores é surpreendentemente avançada para a época, refletindo a genialidade visionária de Calvino.

Este livro é uma verdadeira jornada literária, que evoca reflexões sobre a natureza da verdade, da realidade e da ficção. O autor nos deixa ponderando se estamos diante de falsidades, meias-verdades ou algo ainda mais profundo. No final, "Se um Viajante numa Noite de Inverno" se revela como um tratado sobre o compromisso do leitor com a literatura, um compromisso que transcende as páginas e nos leva a uma exploração mais ampla do mundo ao nosso redor.

Em suma, "Se um Viajante numa Noite de Inverno" é uma obra-prima que desafia as convenções, uma leitura obrigatória que se destaca como uma das melhores experiências literárias do ano. A habilidade de Calvino em tecer uma história tão complexa e envolvente em menos de 300 páginas é nada menos que fenomenal.
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Mariana Dal Chico 14/12/2023

“Se um viajante numa noite de inverno” do Italo Calvino é um daqueles grandes nomes da literatura que figuram listas de “melhores” ou “você deveria ler”. Fiquei muito feliz ao receber da Companhia das letras um exemplar da edição comemorativa em capa dura, com tradução de Nilson Moulin e posfácio de Maurício Santana Dias.

Essa foi uma das leituras mais loucas que já fiz, em alguns momentos, me lembrei dos contos de Borges e de “Graça Infinita”. Foi bem recompensador chegar ao fim da leitura, mas fica aqui o aviso de que esse é um daqueles livros que exigem dedicação do leitor, já que o autor não nos entrega nada de graça.

O primeiro capítulo é um dos mais inusitados que já li, Calvino fala diretamente com o leitor, como se desse comandos da melhor forma de se posicionar diante daquele livro e quando você menos espera, é o personagem principal da obra.

No geral, é um livro que fala sobre o prazer de se ler romances, faz com que o leitor questione o processo de escrita e reflita sobre os limites da relação entre autor e público.

A estrutura é bastante fragmentada, temos em capítulos alternados a história principal do leitor anônimo e da leitora Ludmilla, com primeiros capítulos de romances diversos. Saber mais do que isso, pode acabar influenciando na sua experiência de leitura e nem é uma questão de spoiler, é porque o livro é como um jogo de palavras cruzadas que perde sua função se você for direto no gabarito antes de tentar resolver sozinha.

Para mim, o final foi inesperado, no entanto óbvio. Sei que é contraditório, mas sabe quando você chega ao final de algo e pensa: mas como eu não vi isso que estava na minha frente o tempo todo?

site: https://www.instagram.com/p/C01XqJRLcsM/
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Luana.Iannone 06/12/2023

Minha primeira experiência com Calvino
Um livro que me fez questionar qual o papel da leitura na minha vida, os motivos pelos quais eu leio e o que eu busco num livro quando o começo.
O início do livro te faz sentir como se o próprio romance fosse seu companheiro. Quando Calvino te convida a sentar, relaxar, desligar a tv pra aproveitar o romance que inicia, ele quer que você viva aquela experiência em plenitude. Quando descobri que o livro falava comigo eu tive que prosseguir, amo quando isso acontece.
Nunca li nada assim, e acho que essa experiência vai continuar sendo única, pois aqui a maluquice e a genialidade de Calvino constroem um romance dificílimo de replicar. Incrível.
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Anderson 03/12/2023

Um livro sobre livro, mas que não fica apenas no enquadramento de obra metalinguística. Calvino constrói uma história entremeada por 10 outras histórias que não se concluem, mas que compõem um mosaico coeso com o todo do texto.
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