Resenhas - Ressurreição

Satiro 21/09/2022

O primeiro romance do gênio
Ler o primeiro romance de Machado e comparar com suas obras primas mostra o quanto de evolução ele teve, ainda assim há o vislumbre da genialidade que o marcou como o maior/melhor escritor brasileiro.
"Ressurreição" demonstra o quanto o amor vai além do sentimentalismo piegas propagado, pois exige muito mais adjetivos que basta uma simples reflexão nos vêm a cabeça. Machado expõe seu domínio em criar homens contraditórios e, devido a isso, serem tão relacionáveis e (talvez) odiáveis.
Nem preciso ressaltar que devem lê-lo certo? Este escritor é obrigação de se ler em nossa curta viagem chamada vida.

~Coppi~ 15/09/2022

Primeiro romance
Parece que Ressurreição é quase um ensaio do que estaria por vir. O narrador, já com a ironia e metalinguagem machadianas presentes, porém ainda tímidas, envolve o leitor em um romance que não há quase nenhuma ação. O foco é na construção dos personagens, que em suas vidas pacatas nos levam à apreensão pelo futuro não logrado.

tinhooo 14/09/2022

não é tipo de história que eu gosto, mas é bom. com a aula eu consegui entender mais o objetivo que o machado tinha, talvez numa releitura eu aproveite mais

withsomegrace 30/08/2022

Meu livro preferido do Machado. Sempre que posso releio a primeira tríade romanceira (este, "Helena" e "A Mão e a Luva").

Félix aqui é um prenúncio de Bentinho. Um esbocinho da paranoia, da desconfiança, do medo de se passar por tolo. Não gosto muito da personagem Rebeca, principalmente porque ela se apaixona por um homem de 36 anos sendo praticamente uma criança e a Lívia ainda a trata como "rival" quando isso não seria de modo algum apropriado, mesmo para a época que foi escrito.

Minha edição é toda sublinhada, são muitas reflexões pertinentes.

"Só mais tarde te convencerás de que viver não é obedecer às paixões, mas aborrecê-las ou sufocá-las".

Kelly Oliveira Barbosa 29/08/2022

"Só muito tarde te convencerás de que viver não é obedecer às paixões, mas aborrecê-las ou sufocá-las."
Ressurreição, o primeiro romance de Machado de Assis, foi publicado em 1872. A obra faz parte da fase romântica do autor, porém já nesse ínicio é possível perceber uma tendência daquilo que marcaria e destacaria sua obra literária, o realismo psicológico.

No contexto do Rio de Janeiro do século 19, o autor apresenta os protagonistas: Félix e Lívia. Félix, é um médico de 36 anos ainda solteiro, que vive de rendas e tem um comportamento em relação as mulheres bem racional, pois está decidido a nunca se casar, ainda que já tenha tido inúmeros relacionamentos. Lívia, é a irmã de Viana, amigo de Félix, uma viúva de 24 anos muito bonita.

O enredo se desenvolve a partir do relacionamento entre Félix e Lívia, que para o primeiro não deveria passar de mais uma paixão rápida, mas que porém, devido aos encantos de Lívia serem muito mais do que sua beleza exterior, acaba se tornando em algo maior e profundo.

Temos na trama outros personagens também interessantes e bem construídos: Menezes, amigo de Félix, que vai contrastar em natureza com este; Raquel, a filha moça do coronel, que vai acabar se apaixonando por Félix, além de outros que não sobram na história, antes, agregam bastante para tudo o que esse livro é.

O romance ao meu ver tem mais de uma camada e tem a força para gerar muitos insights na cabeça do leitor. Porém, se for para apontar um tema principal da obra, penso que é a desconfiança e o ciúme, e como tais sentimentos envenenam as pessoas e os relacionamentos.

Quanto ao título, eu prefiro não explicar o porquê de “Ressurreição”, para não acabar estragando a leitura de quem ainda não leu, mas apenas digo que após a última página este fará sentido.

Eu gostei muito da leitura, Ressurreição é uma obra que me surpreendeu bastante. A atmosfera de suspense criada por Machado de Assis me capturou de tal forma, que li o livro em três noites – um marco. E imagino que em um futuro próximo eu devo sim reler, pois é o tipo de romance perfeito para mim como leitora, isso é, contém todos os elementos que eu gosto: excelente narrador, bom enredo, bons personagens e o foco está o tempo todo no psicológico ou na alma dos personagens.

site: https://cafeebonslivros.home.blog/2022/09/24/ressurreicao-de-machado-de-assis-113-resenha/

Jéssica Libranumo 29/08/2022

"Este é um romance que marcará época na nossa literatura e será para Machado de Assim o começo de uma carreira triunfal", escreveu Joaquim Serra, para um jornal de Porto Alegre (RS), em 1872. Décadas mais tarde, um dos maiores biógrafos do autor: Jean - Michel Massa, professor emérito da Universidade de Rennes 2 (França), afirmou " É indispensável conhecer as fases iniciais do escritor Carioca e não se concentrar de maneira de maneira excessiva e exclusiva em sua maturidade". Sem pretender um livro de costumes, o autor expõe neste seu primeiro romance o contraste entre duas personalidades, Lívia e Félix, este considerado por alguns estudiosos o rascunho de Bentinho, um dos personagens - chave da literatura nacional.

uepa 20/08/2022

Quase pulo da ponte
Tenha santa paciência.
Ressurreição foi publicado em 1872 e é o primeiro romance do pequeno Machado; e se você sabe do óbice do autor para se encontrar nos campos das artes, sabe também do quão ruim pode ser este livro.

Não vai ser a pior coisa que você vai ler na sua vida miserável, porque, primeiro: existem livros do Augusto Cury circulando em terra e, segundo: Machado não era analfabeto. Então Ressurreição é sim ruim se comparado a qualquer outra obra do autor, porém não é um crime contra a humanidade.
Por que você está lendo isso?
espero que a resposta seja somente por curiosidade. Caso a resposta seja outra, vá ler algo que preste. Não perca seu tempo lendo uma obra que claramente é vinda da primeira fase do autor ( aprendizagem ) e ainda por cima a inaugural. Pule 4 anos e leia Helena (1876), ali a essência machadiana já está aflorada. Ou pelo menos tenha senso de entender o contexto do autor durante a obra.
Horroroso
Acredito que do mesmo saco de farinha em que as peças de teatro de Machado foram tiradas, esse livro saiu e caiu no chão. Put@ mer_da.
Meu único ponto positivo para esse livro é que qualquer um o pode ler. Como eu disse, a essência de Machado não está aqui, por isso VOCÊ entende quando lê.

gabriel 16/08/2022

Bom romance de estreia de Machado de Assis

Na verdade não li nesta edição (somente escolhi uma capa mais bonitinha), li numa edição que contém os textos completos de Machado de Assis ("Machado de Assis: Obra Completa"), da Editora Nova Aguilar. De modo que as observações são sobre o conteúdo do texto e não sobre detalhes editoriais, ou questões sobre a impressão.

A história em si não tem grandes atrativos, mas as observações de Machado e sua investigação das personalidades dos personagens, bem como a leitura psicológico dos mesmos, atraem bastante. Neste ponto, é bastante parecido com a obra seguinte ("A mão e a luva"), que também tem uma história magra, mas uma narração e um estilo interessantes.

Muito personagem "morrendo de amores", qualquer emoção mais forte, o personagem cai de cama e praticamente agoniza. Isso aconteceu acho que umas duas ou três vezes. As reações são exageradas e dramáticas, possivelmente um traço do romantismo.

Felix aqui é o grande personagem do livro, as personagens femininas ficaram secundárias. Porém temos desenvolvimentos interessantes em relação à Lívia, e secundariamente, à Raquel. A interação entre todos eles gera ótimos momentos e algumas surpresas.

Os demais personagens masculinos ficaram um pouco apagados e só fazem figuração (com exceção, talvez, de Viana, o personagem masculino mais interessante; um clássico interesseiro machadiano descarado).

Não acho que esteja no mesmo nível das obras de maturidade (da chamada "fase realista"), de modo que não indico como introdução ao autor. Mas não é um livro ruim, é um pouco entediante no meio (ele meio que só "enche linguiça" nesta etapa), mas dá pra encarar de boa e diverte.

Machado aqui já quebra a quarta parede e faz uma dinâmica com o leitor, com diálogos com ele e fazendo comentários sobre o próprio ato de escrever, o que é sempre divertido.

Achei que tem um problema de ritmo por ser entediante no meio, senti que a história poderia dar um ótimo conto. Gostei um pouco mais dele do que de "A mão e a luva", o mais fraco do Machado que eu li até agora (o que é, é claro, completamente subjetivo).

Livro relativamente simples e gostoso de ler, ótimo livro para entender a evolução do autor e com alguns bons momentos e bons personagens. Vale ler, mas não acho que vai fazer o leitor morrer de amores por Machado, que ainda viria a escrever melhores obras.

Amaral 25/07/2022

Uma história simples, mas fascinante
Li o livro sem muitas expectativas querendo conhecer um pouco mais da obra do Machado de Assis, fiquei fascinado com a qualidade do texto, a profundidade dos personagens e a universalidade dos temas.

É senso comum que machado de Assis é o maior autor brasileiro, mas por esse fato ser repetido isso a exaustão (muitas vezes por quem nunca leu o autor) eu criei um preconceito na época do colégio. Tô muito feliz de ter dado uma segunda chance pra essa leitura.

Desde as primeiras páginas a índole dos personagens fica bem estabelecida e o discurso de cada um deles sempre revela mais sobre o caráter, a narrativa leva a gente pra uma conclusão inevitável, mas que me surpreendeu e o livro reflete tanto da humanidade que mesmo séculos depois faz a gente pensar em situações que a gente já testemunhou ou viveu.

Livro incrível! É simples e excelente

Natália Carolina 14/07/2022

Machado é Machado!!
Primeiro romance de Machado de Assis, lido no projeto da leitura cronológica de seus romances.

A história tem influência do Romantismo, aquele melodrama e tal.... Mas Machado é ironia desde seu primeiro livro e não decepciona. Livro traz muita crítica à sociedade e diria que até ao romantismo em si. Muito bom! Amei

Milena.Santos 13/07/2022

Muito Dramático!
Acho que é uma boa leitura, mas Machado foi muito repetitivo em alguns fatos sobre os personagens principais. É bastante dramático a forma repetida de sofrimento da personagem feminina (principal). Machado fala sobre esse romance não ser igual aos outros, realmente não é!!! O final é bastante chocante, subestimei o livro me perguntando "o que têm de diferente?", mas o final me quebrou hahaha.

Kalliny 05/07/2022

Ressurreição Machado de Assis
Lançado em 1872, Ressurreição tem como ponto de partida a vida de um solteirão convicto que é presenteado com uma herança. Aos seus trinta e seis anos, Félix diferentemente da sociedade daquela época ainda não havia constituído família, ou seja, ele não tinha filhos, o que o tornava aos grandes olhos do povo um vadio e sem ambições. Félix tinha alguns relacionamentos que não duravam muito tempo e seu espírito bad boy não permitia relacionamentos tão duradouros.

Eis que surge a figura de Lívia, mulher atraente e viúva que em certo momento é apresentada a Félix pelo seu melhor amigo, Viana. Lívia por sua vez tinha outro pretendente chamado Dr. Batista. Logo mais também aparecerão na obra Raquel que irá nutrir uma paixão pelo nosso Félix e Meneses, que também vai gostar de Lívia. Confuso não?! Esse é o nosso Machado de Assis, rsrsrs.

Lívia que representava ter vinte e quatro anos e como já havia mencionado era extremamente bonita e cativante. Ela por sua vez sabia disso e tinha sentimento de modesta consciência de suas graças, coisa semelhante à tranquilidade da força. E foi por essa mulher que o nosso felix e dono de si, se apaixona. Temos nesta obra assim como em outras obras do Machado, tramas que envolvem ciúmes, traição e outros sentimentos humanos que a torna muito próxima da realidade.

Nesta obra o narrador em terceira pessoa traça o perfil psicológico de cada personagem e nos dá uma espécie de raio-x de cada um deles bem ao modo machadiano. Ele faz julgamentos, examina com detalhes o pensamento e as atitudes deles. O livro é curto e a história tem um final excelente e indico que leia.

Simplesmente adorei! A forma como Machado de Assis descreve os personagens é, ao mesmo tempo, saborosa, profunda e engraçada, em alguns. Desde o início, estava evidente que Félix era "uma furada", mas... Enfim, uma obra interessante sobre como as inseguranças de alguém podem criar algo baseado em situações que, de fato, não existiram e prejudicar a si mesmo e a outras. Que livro bom de ler!!

nicetereis 01/07/2022

"que a noite vem pejada do dia seguinte"
Um laboratório muito vasto quer do enredo, quer da psiquê dos personagens, para posteriormente a concretização de Dom Casmurro.

P3te3rr 27/06/2022

Um baita começo!!
Cara, o que dizer desse livro??

Para a primeira obra de Machado de Assis, diria que foi uma baita estreia. As características que ele descreve em cada momento, é incrível. Personagens super legais como a Lívia e a Raquel. Outro super intrigante como o Félix. Cara, que personagem complexo!! Você termina o livro, e não entende os motivos dele. Você não entende o psicológico dele.

A história é bem legal, tendo um ritmo daora. Não tem momentos desgastantes. Em alguns momentos eu ri, outros eu fiquei irritado, já no outro intrigado e vários outros sentimentos.

E as características do romantismo nesse livro estão beeeem presentes. Mas é um pouco diferente do ultrarromantismo que eu ouvi falar...

Enfim, livro bem interessante, curti muito ler :)

Bia 27/06/2022

Esse é o primeiro romance escrito por Machado de Assis, um diferencial da obra principalmente pra época é a interação do leitor com o autor.
Conta a história de Felix (que peguei ranço), ele mantém seus amores de forma semestral. " Não há ternura que vá além de seis meses."
Até que conhece Lívia, uma moça extremamente formosa que faz com que Felix se apaixone, mas com a paixão vem os ciúmes imtrigas.
Uma hora ele suspeita de Lívia, outra hora pede perdão.
Mais uma história de Machado com o desfecho surpreendente, isso por conta do conteúdo de uma carta que felix recebe, que no final ficamos sabendo do seu conteúdo.