Todos os homens são mortais

Todos os homens são mortais Simone de Beauvoir




Resenhas - Todos os homens são mortais


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Gabriel 26/04/2024

Um livro para ter fortes crises existenciais, mas, ainda assim, divertido.
O livro é sobre um homem chamado Fosca, que é imortal. O homem viveu vários séculos, teve ambições e sonhos, além de amores e ilusões, até perceber que nada valia a pena. Ser imortal parece um sonho, viver sem se preocupar com o tempo, sabendo que vai alcançar a vida perfeita ainda jovem. Nós mortais sacrificamos nossa juventude pelo e trabalho e estudo, e quando estamos bem financeiramente chega a velhice para nos matar. A vida é horrível. Mas no livro, o imortal também se torna infeliz, pois vai realizando tudo que deseja e percebe o quanto sempre existem novos problemas, que a humanidade é dividida e nunca é possível alcançar a paz mundial, inclusive que as pessoas odeiam a paz e gostam de sofrer, desde que sejam livres para sofrer como escolheram.

Enfim, a imortalidade do Fosca é solitária e ele carece de propósito. Mas eu penso, a mortalidade também é um saco. Eu não queria ter que trabalhar tanto para ter uma vida confortável só quando eu estiver velho e doente.

O mundo é tão ruim, e já foi muito pior do que agora. Eu queria poder ser imortal e eternamente jovem, mas poder morrer quando eu desejasse. Boa parte do sofrimento de Fosca é não poder morrer, mesmo não aguentando mais isso aqui.

O protagonista chega a conclusão de que se você viver o suficiente verá que toda vitória se transforma em derrota. Algo que também despertou minha atenção foi a narrativa mostrar o quanto é difícil conseguir existir. A maioria das pessoas não existe de fato. As pessoas fingem existir, mas existir verdadeiramente é difícil.

Imagino eu que existir signifique conseguir fazer sua vida ter sentido, ter alguma conexão com alguém ou com a humanidade, sentir-se parte da história e manter o personagem. Você existe a partir do momento em que tem a atenção e o apreço das pessoas, e também quando se desenvolve auto estima. Todos querem existir, mostrar poder e influência sobre aqueles ao seu redor, sendo admirado ou odiado, não ser apenas um rosto vazio na multidão, apenas um número, um espírito apático carregando seu próprio cadáver.

Existir demanda, além de conexão com os seus pares, sacrifício por algo em que se acredita, um sonho, um ideal ou um mero desejo por prazer. Viver é lutar e se sacrificar pelos seus objetivos, é sofrer pelas suas fantasias, para que cheguem pelo menos perto de se tornarem realidade. E caso tudo dê errado temos a morte para nos abraçar e nos fazer esquecer de quão inúteis somos. Fosca, o protagonista, não tem esse consolo, nunca.
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Leila 24/04/2024

Todos os Homens São Mortais, da francesa Simone de Beauvoir, é uma obra que nos confronta com questões existenciais que há séculos intrigam a humanidade. Ao longo das páginas desse magnífico romance, somos levados a refletir sobre o tema da imortalidade e suas implicações, enquanto acompanhamos a jornada do enigmático personagem principal, Fosca, através dos séculos.
De Beauvoir, com sua maestria narrativa, nos apresenta um personagem que testemunha e participa dos eventos mais marcantes da história da humanidade, mas que, paradoxalmente, encontra-se aprisionado em um ciclo de desilusão e desespero. Fosca, imortal, experimenta todas as possibilidades que a longevidade extrema oferece, mas descobre que a verdadeira essência da vida reside na finitude e na intensidade dos momentos vividos.
A autora conduz habilmente o leitor por uma reflexão sobre o sentido da existência, explorando a dualidade entre a eternidade e a efemeridade. Através das experiências de Fosca, somos confrontados com a inevitabilidade da morte e a fugacidade das conquistas humanas, levando-nos a questionar o verdadeiro valor da imortalidade.
É fascinante observar como, ao longo de sua trajetória, Fosca descobre que a verdadeira plenitude da vida reside não na busca pela imortalidade, mas sim nas relações humanas e no amor. É através do amor que ele encontra sentido e significado em sua existência, revelando-nos que, mesmo diante da perspectiva da eternidade, é o afeto e a conexão com o outro que nos torna verdadeiramente vivos.
Todos os Homens São Mortais é, sem dúvida, um livro que merece ser celebrado e disseminado. A obra não apenas nos encanta com sua narrativa envolvente e personagens complexos, mas também nos desafia a refletir sobre as questões mais profundas da vida, além de nos fazer passear por um contexto histórico riquíssimo. É um LIVRAÇO!
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MAJU 03/02/2024

A melancolia da reflexão sobre a vida
O título desta quase resenha seria a melancolia da reflexão sobre a vida como um incentivo a leitura, entretanto, possuía muito caracteres por isto tive que cortar ao meio. Passei muito tempo sem ler um livro inteiro, preocupada com o Enem, depois preocupada com o meu desempenho na faculdade. Entretanto, nunca parei de ler, levando em consideração a área que estou me graduando cuja base é a escrita e a leitura. Os meus colegas sempre encontraram tempo para ler e eu sempre atolada em demandas, só que a leitura não é uma corrida como a vida não tem uma lista de feitos para cumprir. Régine queria ser lembrada, Faro - É faro? Não lembro exatamente, mas o duque - queria ser mortal para conseguir ver a si mesmo como parte da humanidade. A vida é uma loucura de quereres e pensamentos a respeito de se aquilo que estamos fazendo vale a pena. Os opostos se atraem e os dois lados se complementam então a vida e a morte são dois amantes vivendo um amor intenso e proibido, pois são julgados por serem opostos mas mesmo assim possuir uma unitaridade.
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Alexya 13/01/2024

Reflexivo
Muito bom, especialmente a primeira parte, a descrição dos personagens feitos de modo complexo, real. Depois se torna um pouco exaustivo e faz sentido com a temática que o leitor também se canse da sensação de uma vida que é eterna, cíclica, onde muitos personagens se apresentam e não ficam, de modo que você tende a se apegar menos a eles quando são apresentados.
As partes sobre a colonização das Américas são interessantíssimas, produzem ódio ao pensamento do colonizador. Mobilizante.
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Danielayoshida 07/12/2023

?O mundo ampliava-se, os homens tornavam-se mais numerosos, suas cidades maiores; conquistavam terras férteis às florestas e aos pantanais, inventavam novos utensílios; mas as lutas faziam-se mais selvagens, nas matanças as vítimas contavam-se aos milhares; aprendiam a destruir ao mesmo tempo em que aprendiam a construir. Dir-se-ia que um deus obstinado se aplicava em manter um imutável e absurdo equilíbrio entre a vida e a morte, entre prosperidade e a miséria.?
(p.189)
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Deividy.Hertz 13/11/2023

Um ótimo livro, somos imersos no sentimento existencialista de fosca.. que após viver tanto e tudo, apesar de ser imortal, não mais vive. Se vamos morrer do que adianta existir? Do que adianta todos nossos esforços se tudo ao longo do tempo será esquecido e desfeito? Acredito que a missão desse romance, além de escancarar as agonias existenciais dos seres humanos é também fornecer um remédio:

viver no presente, ouvir, gritar chorar, dançar e cantar com os homens pois só assim nos sentiremos vivos.
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Cleany 20/09/2023

Simone que me perdoe, mas esse livro é muito, muito chato. talvez eu tenha lido em uma época ruim, não sei, mas a leitura se arrastou, e não de uma maneira minimamente agradável, como algumas leituras mais descritivas/reflexivas/ complexas/históricas se arrastam, mas de uma maneira agoniante. poucas vezes neste ano senti um alívio tão grande quanto quando finalmente terminei esse livro, e nem foi pelo final, que se diferencia pouco do ritmo extenuante da epopeia que leva a ele.
mas devo admitir que alguns diálogos são muito, muito bons, o ponto forte do livro.
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Julia 19/08/2023

Foi sofrido, mas terminei.
Quando se é imortal e já viveu todo o possível, esbarramos no tédio. Não havia mais nada no mundo para Fosca, não havia mais possibilidades.
Perde-se o desejo pela vida, já que não há mais projetos.

Amo Simone de Beauvoir, mas esse foi um parto, devido a todo o detalhamento sobre a longa vida de Fosca. Entendo que ela buscou dar a dimensão sobre o esvaziamento emocional de Fosca, mas foi difícil terminar.
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Jady 30/05/2023

Muitoooo lento. Quase cheguei no fim, mas não deu. O livro poderia ter 150 páginas que daria pra passar a ideia.
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I.am.naib 28/03/2023

Demorei mas a culpa não foi do livro...
Um dos livros mais gostosos e pensativos que já li, adoro livros que me fazem pensar na vida. Acredite esse vale muito a pena. Recomendo demais.
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Romeu Felix 23/03/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O romance "Todos os homens são mortais", de Simone de Beauvoir, foi publicado originalmente em 1946 e lançado em português pela editora Nova Fronteira em 1983. O livro é uma reflexão sobre a finitude humana e a busca pela imortalidade, tema recorrente na obra da autora.

A história se passa em dois tempos distintos: o presente, em que a atriz francesa Regine é a protagonista, e o passado, que conta a história de Fosca, um homem que descobre sua imortalidade. Regine, que tem uma vida dedicada à arte e busca por reconhecimento, conhece o misterioso Fosca, que lhe conta sua história e a faz questionar o sentido da vida.

O livro traz reflexões sobre a condição humana e a busca pela transcendência, além de abordar temas como amor, liberdade, individualidade e existencialismo. A narrativa é rica em detalhes e personagens bem desenvolvidos, que contribuem para a construção da trama e a reflexão proposta pela autora.

Simone de Beauvoir, que também é conhecida por sua obra filosófica e ensaios feministas, traz em "Todos os homens são mortais" uma reflexão profunda sobre a condição humana e a busca por algo além da finitude. O livro é uma leitura importante para aqueles interessados em filosofia, literatura e existencialismo.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Cecí 17/03/2023

"E, a partir da hora em que nasce, começa-se a morrer...
... mas entre o nascimento e a morte há a vida".

Não fazia ideia do que esperar quando, naquela tarde de calor e chuva, fui apresentada a esse livro. Fiquei com receio por incluir mais uma leitura na já imensa pilha de livros ler e ao terminar essa obra não podia estar mais feliz por ter me aberto ao imprevisto.

Foi de forma inesperada que conheci Fosca, os dilemas de suas centenas de anos vividos e sua reflexão sobre o que é, de fato, existir.
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leticiagnunes 29/10/2022

A maldição do viver
Se você oferecer ao homem a oportunidade de viver para sempre , que homem recusaria tal presente? Mas como seria viver assim?
É isso que vemos, o personagem principal vai nos contar toda a sua história, desde de um menino sonhador, com medos e esperança, para um adulto que busca algo e para um ser que se sente morto e não pode morrer.
É uma história com personagens complexos, não temos nenhum mocinho ou mocinha, apenas seres humanos com suas vidas, suas escolhas e as consequências delas. Eu gostei muito dessa leitura, me trouxe muitas reflexões, recomendo!
Helio 01/11/2022minha estante
Gostei da resenha.




22/09/2022

Eu não queria nada, eu não era ninguém.
O livro é bem mais longo do que o anterior que li de Simone de Beauvoir, mas é tão bom quanto. ?Todos os Homens São Mortais? conta a história da Europa através de um homem imortal, misturando política com filosofia e questões sociais.
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