Bem-vindos ao paraíso

Bem-vindos ao paraíso Nicole Dennis-Benn




Resenhas - Bem-Vindos ao Paraíso


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De Olivato - @olivatobooks 11/10/2020

Bem-vindos ao paraíso
Eu li esse livro com o #Queerverso – a cada dois meses escolhemos livros LGBTQ+ para ler e debater – e o livro nos conta a história de uma família que vive na Jamaica.

Margot é a irmã mais velha que trabalha em um hotel luxuoso para tentar dar um futuro melhor para sua irmã, Thandi. Thandi é a caçula da família que tem nas suas costas a expectativa da família toda. Delores é a mãe das duas e tenta ter renda através da venda de artesanatos para turistas.

Margot faz tudo o que pode para tentar fazer com que a irmã não tenha uma vida como a dela, além de trabalhar no hotel, ela também se prostitui para os turistas, odiando cada momento e não estando realmente ali e sim com a Verdene que é a mulher que ocupa boa parte dos seus pensamentos e do seu coração.

O livro se passa em 1994 e temos a notícia de que duas mulheres já foram queimadas por estarem dormindo juntas. Ser LGBTQ+ é algo condenável.

Margot e sua mãe, Delores não se gostam e nós, leitores, não sabemos o porquê disso no início da leitura e esse é um dos questionamentos que temos. Thandi usa produtos na pele para tentar clareá-la, pois acredita que não é bonita por ser negra. Verdene é maltratada pela cidade inteira e perseguida dentro de sua própria casa por cidadãos de bem que deixam animais mortos e palavras escritas com sangue nas paredes.

“Bem-vindos ao paraíso” nos apresenta uma vida que não é um paraíso para ninguém além dos turistas. Trata sobre vários temas importantes como racismo, LGBTQfobia, turismo sexual e como as pessoas dessa família foram obrigadas a crescer para não serem devoradas pelo mundo. É uma leitura bem pesada, o livro vai te levando para lugares que você não acredita que algo bom possa acontecer. Todas as personagens são bem reais com defeitos e qualidades e a história é como um retrato da vida dessa família que segue mesmo após o final.

É um livro que eu recomendo, mas pode contar com gatilhos.

No Skoob, eu dei 4 estrelas.

site: https://www.instagram.com/p/CFZ-KTbD_UG/
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tiagua 20/09/2020

Bom, mas também ruim.
A história segue a Margot, uma jovem mulher que trablha e se sacrifica para sustentar a casa e, principalmente, a irmã. Ela aposta tudo nessa irmã, Thandi, e não mede esforços para realizar tudo que sempre sonhou pra si através da irmã, e tirá-las da realidade dura que vivem.

[Minha opinião] - A história é interessante, mas é contada de uma maneira que, se você não desiste nas primeiras 50 páginas você se esforça muito para terminar. A narrativa tem muitas problemáticas, tanto da história em si, quanto nos assuntos e os personagens.

A narrativa é diferente de muita coisa que já li. É muito cansativa, chata até. A autora traz fatos desnecessários por longos parágrafos. Descrições que, se você se destrair por um segundo, você se perde. Às vezes é interessante porém não muda o fato de que na maioria da história eu pulei dois, três parágrafos inteiros e não perdi a trama central.

Os assuntos são de grande importância, mas muitos como assédio e estupro são banalizados no livro. Na realidade em que se passa a história esse tipo de coisa é corriqueira, "normal" de um jeito horrível. Entretanto o leitor vai se sentir incomodado muitas e muitas e muitas vezes com muitas cenas. Chega a ser nojento até. O racismo internalizado também é mostrado e poderia ser mais desenvolvido.

Os personagens são pouco carismáticos. A representatividade feminina é total. A história gira em torno de mulheres que estão tentando lidar com a realidade em que vivem ou a que foram impostas a elas. Duas personagens apenas mereciam um final bom, Thandi (que sofre pressão da mãe e da irmã para que de torne algo que elas não puderam ter sido, enquanto lida com traumas passados, primeiro amor e racismo) e Verdene, uma mulher lésbica que cresceu numa comunidade extremamente homofóbica e é chamada de bruxa. E Margot foi minha maior decepção.

Apesar da realidade marginalizada, dos desafios de crescer na pobreza extrema e a luta por sobrevivência os caminhos dos personagens poderiam ser muito melhores. Talvez é a ideia proposta pela autora, nos fazer pensar sobre tudo isso. De como a pobreza faz com que pessoas boas se tornem ruins, que a ambição cega, que a prostituição possa ser a única escolha de alguns. Que, pelo fato de ser mulher, nem sempre todas são altruístas e farão o bem.

Recomendo apenas para aqueles que tem estômago e não desistem fácil. Mulheres e homens afim de um debate interno sobre o papel da mulher na sociedade e para quem não se importa em se estressar.
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Lucas dos Reis @EstanteQuadrada 05/09/2020

O oprimido virando opressor
Nessa história a gente conhece a Margot, uma mulher que teve sua vida toda moldada pelas decisões da mãe e agora precisa se sacrificar para que o futuro de sua irmã seja perfeito.

O único problema é que ela está fazendo a mesma coisa que fizeram com ela: impondo coisas para cima dos outros....

O livro fala muito sobre racismo, principalmente o racismo dentro da própria comunidade negra.

Eu achei que seria um livro levezinho com romance sáfico, mas fui pego desprevenido. É de fato um livro bem pesado, mais do que eu imaginava.

A autora trata de assuntos como pedofilia, racismo, estupro, linchamento público e homofobia (Esses são só os que eu lembro).. então não espere uma leitura leve como eu rs

Eu não consegui ler esse livro rápido porque os temas abordados acabam sendo muito pesados e tive que ir fazendo pausas ao longo dos dias pra digerir as crueldades que acontecem...

É muito interessante analisar o comportamento da família da Margot. A mãe dela é extremamente arrogante e nojenta, e infelizmente ao longo da história a gente percebe que Margot está se tornando a mãe.

No fim ficando questionamento: impor algo para outras pessoas resolve algum problema? (Resposta: não)
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Foxyread 13/08/2020

O paraíso está muito longe da Jamaica.
Bem-vindos ao Paraíso retrata a vida de River Bank uma comunidade negra da Jamaica e o contraste entre essa parte podre e a área rica, da cidade, comandada por herdeiros milionários donos de hotéis e conglomerados tudo isso através da história de uma família de mulheres. Justamente, através da vida delas que conseguimos notar as nuances críticas e problemáticas de uma sociedade que esta perdendo sua terra, cultura e tradições para o grande empreendimento capitalista.
A forma como a autora discuti como o racismo estrutural se perpetua pela própria comunidade através da sessões de clareamento de pele de Tandi e a culpa por ter uma paixonite por um pescador, também na relação de poder patriarcal que permeia a vida de Margot imersa no mundo de prostituição e sua relação secreta com uma mulher, todas essas questões poem em xeque as ideias de valores e a forma como julgamos ações de personagens.
Resumindo, essa história é sobre decisões e como o racismo, a religião e o machismo são tão estruturais que levam essas personagens a atitudes e comportamentos que são reflexo de sua criação e do seu futuro. Para aqueles que observam de fora é muito fácil julgar de uma perspectiva privilegiada, mas esse livro vira essa ideia de ponta cabeça e mostra como o julga-las do seu ponto de vista é não entender todo o passado que guia essa comunidade.
Essa história não termina como você espera mas seu final é agridoce e concorda muito bem com a narrativa de Nicole ao longo de todo o livro.
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Stefânea 14/07/2020

Intenso, pesado e real
A autora Nicole Dennis-Benn é uma mulher negra e lésbica que nasceu e cresceu num dos países mais homofóbicos do mundo, a Jamaica. Nessa obra ela vai retratar um pouco da realidade do país, um lugar pobre onde só alguns poucos lucram rios de dinheiro vindos do grade atrativo turístico. Bem-vindos ao paraíso mostra com maestria a toda a parte não vista: os negros, os pobres, os homossexuais.

A história em si é legal e muito bem entrosada, nada é dito por acaso, todos os caminhos se cruzam e se enrolam. Isso pode ser bom ou ruim, depende do seu ponto de vista. Em vários momentos eu gostei e em outros detestei, pois parecia muito forçado, como se o mundo girasse ao redor daquelas pessoas. Me irritou bastante a quantidade pontos de vista, quatro personagens principais e no final só sabemos o que aconteceu com uma delas.

Tem partes pesadas que podem ser gatilhos, principalmente quando se fala de violência sexual, mas a escrita da autora mascara isso bem, de uma forma que é doloroso de ler, mas não impossível.

Um dos pontos positivos para mim foi que a autora tentou demonstrar bem o dialeto local, o que também acabou fazendo parte do enredo, mostrando que quanto mais escolarizada a pessoa, mais rebuscada a língua falada.

A história não me arrebatou pois não me apeguei a nenhuma personagem, todas elas eram chatas e insuportáveis a sua maneira. Me tremi de raiva em alguns momentos, e não queria ter me sentido assim, queria ter tido mais empatia possível pela dor delas. Porém, de certa forma, todas eram mulheres muito reais, reais em seus defeitos.

Uma boa leitura, muito válida e necessária que com certeza recomendo bastante.
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Jacque 17/06/2020

Um livro intenso e único
Bem vindos ao paraíso é um leitura muito bem vinda! Rs
Com uma leitura fluída e uma serie de acontecimentos que prendem a atenção, o livro é capaz de transportar a gente para uma Jamaica de 1994 que esta imersa em uma cultura na qual o julgamento faz parte do cotidiano. A autora consegue transparecer todas as inseguranças e dilemas de uma família com três mulheres fortes, sendo elas Dolores de 45 anos, Margot de 30 e Thandi de 15. Cada uma delas esta passando por momentos de descobrimento, de entender como se encaixam na realidade que habitam. Até onde cada uma está disposta a ir por aquilo que acreditam.
É um livro com uma serie de questionamento e trás reflexões sobre muitos assuntos, dentre eles o racismo, o turismo sexual e a homossexualidade.
O enredo no início nos enche com material suficiente para ser desenvolvido ao logo do livro, no entanto, a autora na ansia de abordar diversos temas, acaba por não desenvolvê-los em sua plenitude, deixando assim varias lacunas abertas e a deriva.
Dito isso, é um livro que vale muito a leitura, com assuntos extremamente atuais que trazem reflexões cruas e importantes!
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allcalina 07/06/2020

A melhor descoberta de 2020. Um livro ficcional mas que te leva a compreender uma problemática real, o turismo sexual.
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maria @mariandonoslivros 12/05/2020

Busca-se o paraíso.
Sempre que pensava na Jamaica, automaticamente me vinha a imagem de Bob Marley com a música "Redemption Song" ao fundo. Hoje, penso em Bem-vindos ao paraíso e na história triste, trágica e muito crível que a autora nos trouxe. Aqui temos três personagens principais: duas irmãs e uma mãe. Cada uma mostra seu ponto de vista em meio a suas vidas no "boom" dos anos 90, com o aumento dos resorts e outras construções de entretenimento para os turistas e da pobreza dos moradores locais, que vivem das atividades locais, como artesanato e pesca.

Dolores, a matriarca da família, revende seus produtos na feira para turistas, sempre pensando na educação de sua filha mais nova, Thandi. Ela se presta a inúmeras humilhações e um passado de muita violência e falta de amor que deixa marcas na forma com que trata sua família. Margot, a irmã mais velha, é a personagem mais desenvolvida do livro. Ela trabalha em um dos principais hotéis da cidade, e infelizmente, desde jovem, foi posta no mundo da prostituição, sendo uma forma de ganhar dinheiro extra para contribuir com a educação da irmã mais nova, a quem ama muito. Thandi foi a personagem que mais me identifiquei. Ela fica no meio do fogo cruzado entre sua mãe e irmã e, ao mesmo tempo, também tem seus sonhos e ambições que são postos a prova quando precisa fazer seus testes para a universidade.

Não é uma leitura fácil, e aborda assuntos muito delicados como lesbofobia, turismo sexual, racismo estrutural, a relação entre opressor e oprimido, entre outros, que nos fazem pensar sobre como nossas vivências podem influenciar na nossa percepção moral e ética e de que forma o ser humano é capaz de agir quando sente a necessidade de sobreviver em meio a um ambiente pobre, preconceituoso e extremamente abusivo.

Esta obra vai mudar e/ou acrescentar em seus questionamentos sobre identidade, afeto e muitos outros assuntos que rondam nossas vidas. Foi uma leitura transformadora, daquelas que você guarda com você sempre, mesmo que seja uma experiência dolorosa.

Beijos de luz, Maria ノ゚ο゚)ノミ★゜*。・+☆
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Aline Godoi 12/05/2020minha estante
essa capa é perfeita




Ana Carolina 23/03/2020

Leitura visceral
Li o livro de estreia da escritora jamaicana Nicole Dennis-Benn para clube Leia Mulheres. No começo, a leitura não fluiu porque - como muitos já escreveram - os diálogos em patoá eram difíceis de acompanhar. Mas, o desenrolar da história fez a leitura ficar mais fácil e chegou um ponto em que não conseguia desgrudar do livro. Escrito em 2016, Bem-vindos ao Paraíso é visceral ao abordar o homossexualismo, a exploração turística e sexual da ilha e o racismo.
A tragetória da personagem central da obra, Margot, gera diferentes sentimentos: do ódio à compaixão. Porém, para além de maniqueísmos, seu percurso é muito verossímil e nos faz ver uma pessoa que está tentando sobreviver em um dos países mais perigosos para homossexuais e que só é lembrado pelos clichês de Bob Marley e suas belas praias azul-turquesa.
Vale lembrar que, no ano em que o livro foi escrito, um novo resort de luxo estava sendo construído em Montego Bay, um dos cenários da obra. Um dado para refletir: entre 2018 e 2021, a Jamaica deve contabilizar mais de 12 mil novos quartos de hotel nas áreas de resorts. E quantas pessoas será que vão precisar deixar suas casas para que isso aconteça?

Trechos destacados

"No início, ela desprezava a si mesma por permitir que ele a tocasse. Mas depois passou a se desprezar por ser orgulhosa a ponto de acreditar que tinha escolha"

"Se dependesse de Margot, ela nunca deixaria Verdene sumir de vista. Apegou-se como carrapicho, que gruda nas peles e nas roupas"
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Mila F. @delivroemlivro_ 13/02/2020

Visceral, angustiante, reflexivo
Bem-vindos ao Paraíso é um livro muito forte e aborda temas controversos na Jamaica de tal forma que, o leitor, consegue SENTIR tudo o que Nicole escreve. Temas como: relação familiar, sexualidade, identidade, racismo, o poder do dinheiro, a ânsia de prosperar, o comercio sexual, o turismo, entre outros.

O romance se passa na Jamaica, isso em si já me chamou bastante atenção, pois não tinha lido nenhum livro ambientado na Jamaica. Aqui iremos acompanhar a história de uma família composta basicamente por mulheres, fortes e bastante reais. Não são mulheres perfeitas, porque ninguém é.

Acompanhar Margot, Delores (sua mãe) e Thandi (sua irmã) é uma verdadeira jornada em que vemos a opressão, a miséria e as intempéries da vida de forma nua e crua. É impossível não sentir um aperto profundo no peito e uma revolta com o carma dessas mulheres.

Ao passo que Bem-vindos ao Paraíso traz a história dessas mulheres tão fortes e que parecem destemidas, percebemos o quanto elas são psicologicamente problemáticas e frágeis ao mesmo tempo, todas preocupadas com os problemas familiares, com seus problemas pessoais e com a ânsia de prosperarem a todo custo.

O enredo consegue nos surpreender com situações inesperadas, tristes, obscenas e é impossível não se refletir muito sobre as circunstâncias miseráveis que muitas pessoas vivem para conquistarem seu ganha pão, submetendo-se a vender seu próprio corpo ou agirem como cafetão.

Um contraste enorme quando observado o "outro lado" da Jamaica: o do turismo, o do luxo e do poder. O quanto o desenvolvimento turístico da Jamaica proporciona uma série de efeitos colaterais para a população nativa que vai perdendo seu espaço, sua dignidade, seu orgulho.

Bem-vindos ao Paraíso também nos coloca diante de dicotomias sobre o certo e o errado, sobre as crenças hipócritas, o julgamento ferino, a cultura e as leis da Jamaica que são capazes de nos chocar em diversos momentos.

Confesso que, no começo de Bem-vindos ao Paraíso me vi odiando as personagens, detestando seus comportamentos, o relacionamento entre Margot e sua mãe Delores, as cobranças da família com Thandi, o tratamento que Margot dispensava a Verdene, e a ânsia dessas mulheres em quererem ter mais e mais dinheiro para tentar mudar o futuro, para serem reconhecidas, quando elas mesmas menosprezavam sua própria cor, seu próprio orgulho, seus sonhos.

Depois, com o avançar do enredo, percebi que todas eram vítimas da sociedade que viviam, então tive pena delas e do destino tão cruel que elas compartilhavam. Além disso, eram vítimas do meio, de sua criação e do desejo de fugirem do padrão do "destino preestabelecido", mas impossibilitadas de quebrarem as correntes.

Realmente Bem-vindos ao Paraíso foi uma leitura extremamente marcante, mas devo admitir que não é um livro fácil de ler, a narrativa é um pouco lenta e os diálogos estranham um pouco, porque são transliterados (como conversas reais, sem estarem em norma culta) do patuá, uma versão do idioma falado pela população mais carente da Jamaica.

Contudo, é um livro potente, visceral e que dá voz a uma realidade pouco conhecida/refletida. Sem dúvida, amei a experiência de leitura e todas as reflexões e discussões que Bem-vindos ao Paraíso propôs, para completar gostei de saber um pouco mais sobe a Jamaica, inclusive pesquisei sobre várias coisas e descobri que lá a homossexualidade ainda é crime, dá para acreditar nisso?

site: www.delivroemlivro.com.br
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Rotina Agridoce 12/01/2020

resenha @rotinaagridoce
Sem nenhum conhecimento prévio do livro ou da autora, peguei esse livro para ler, confesso que por conta da capa que é simplesmente maravilhosa, a editora fez um trabalho magnífico.

Situado na Jamaica, este livro mostra os efeitos devastadores do turismo, é praticamente uma denúncio da invasão de resorts de luxo em detrimento ao bem-estar dos turistas, enquanto a população é deixada na miséria.

"Há apenas cinco anos, as pessoas de Little Bay partiram em massa, forçadas a sair de suas casas para a rua. (...) No passado, as empreiteiras aguardavam até que os deslizamentos de terra e outros desastres naturais fizessem o trabalho sujo. Mas quando o turismo se tornou a principal atividade econômica da ilha, tanto as empreiteiras como o governo se tornaram vorazes, insensíveis. (...) Aqueles que não puderam suportar o estresse de recolher todos os pertences para recomeçar a vida nova vagueavam pelas ruas resmungando consigo mesmos. Era como se o próprio território se tivesse voltado contra eles, engolindo suas casas e animais e hortas, e expelido resíduos." pág. 143

Mas a história é muito mais profunda: contada pelos olhos de uma família de três mulheres, a mãe Delores e suas duas filhas de pais diferentes, Margot, 30 anos, e Thandi, 15. Margot trabalha em um hotel, administrado por um homem branco rico. Além de trabalhar no hotel como recepcionista, ela se prostitui para que os "gringos" e o proprietário do hotel ganhem mais alguns dólares.

Leia a resenha completa no blog Rotina Agridoce

site: https://rotinaagridoce.blogspot.com/2020/01/resenha-1696-bem-vindos-ao-paraiso.html
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Debora 25/11/2019

Há formas e formas de se contar as mazelas de uma sociedade
Do meu ponto de vista, a autora aborda questões relevantes. Mas seu grande erro é que ela quer abordar todas-de-uma-vez-todas-juntas-agora, além de enfiar um monte de detalhes irrelevantes na história, o que faz com que ela se perca muitas vezes.
Ou seja, é uma história até interessante, mas muito mal contada.
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