Tupinilândia

Tupinilândia Samir Machado de Machado




Resenhas -


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EduardoCDias 22/12/2023

Sonho amazônico
Um milionário que decide construir na América do Sul um parque temático nacionalista, que seja páreo para o de Walt Disney, seu ídolo na infância. Envolvendo política, disputa entre militares e civis e bastidores podres, com toques reais, este livro é surpreendente. Felizmente seus traços ideológicos são sutis, deixando a narrativa, dividida em duas épocas, mais agradável. Merece ser lido.
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Jackie! 07/05/2023

Detalhes e mais detalhes!
O talento de escrita e criação de ambientação do Samir é indiscutível. Mesmo as vezes achando que ele excede em detalhes, é inegável o poder que isso tem de fazer o leitor imergir nesses cenários tão bem descritos.

Eu gostei muito das referências a "cultura pop" e a forma como o autor lidou com o cenário político da época aqui descrita. Mas confesso que achei um tanto quanto cansativo essa enxurrada de fatos históricos e coisas do tipo. Sinto que se a história fosse de fato separada em dois livros, também tornaria a leitura mais gostosa. Nada me quebra mais do que perder os personagens quando finalmente estou gostando deles e essa troca de protagonismo me incomodou bastante.
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Giulia.Rocha 09/04/2023

Muito potencial desperdiçado
Abandonei o livro na metade. Tem muitos pontos interessantes como o parque e o contexto político da época, mas o autor se perde lançando uma enciclopedia de fatos históricos para o leitor sem de fato contextualiza-los de uma maneira correta para que se tornasse a leitura envolvente. Parece que faltou um bom trabalho editorial para lapidar essa obra.... muitas coisas são completamente dispensáveis.
Não pretendo voltar a ler.
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Rocha Anselmo 24/02/2023

Bastante coisa acontecendo... O tempo todo
Demorei bastante para começar essa leitura, mas não demorei tanto assim para concluir. É um livro longo e com uma narrativa muito extensa. Existem muitos personagens, muitos arcos, muita ação e, apesar de muitíssimo bem escrito, se torna cansativo.
Sinto que o livro podia ter, no mínimo, duzentas páginas a menos.
De toda forma, Samir é genial como sempre e sabe como guiar o leitor, além de ter um senso de humor irresistível. Vale a pena, mas cansa um pouco.
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de Paula 18/02/2023

Este nacional todos precisam ler
Nostalgia é um sentimento muito forte. Vários autores já exploraram essa temática. Temos exemplo disso na literatura, como o Jogador Número 1, por exemplo, ou aquele trecho de Índios, do Legião "É só você que tem a cura para o meu vício de insistir nessa saudade que eu sinto de tudo o que eu ainda não vi". Tudo isso resume um pouco a megalomania do criador de Tupinilândia, dono de uma empreiteira, herdeiro de uma rede de cinemas no Brasil da década de 30, cujo grande herói é o Walt Disney, que conheceu quando este veio ao Rio de Janeiro negociar com o governo Vargas propagandas políticas com a turma do Mickey. A partir da sua vivência na Segunda Guerra Mundial, lutando pelo exército brasileiro na Itália para combater o fascismo mundial. Esse homem decide, com base no conhecimento do projeto de EPCOT (cidade na Flórida que o Disney idealizou para ser uma utopia planejada - corre aqui Olívia Wilde!), criar a sua própria cidade com parque de diversões completamente nacional no coração da Amazônia, perto da cidade de Altamira, no Pará. Isso começou durante a Ditadura, nem preciso dizer que no meio da alta liderança do país tinha gente obsoleta que pensava ser Tupinilândia um risco "comunista" para o país. E aí começa a grande aventura.

O autor se aplicou na pesquisa sobre o Brasil dos anos 1980, detalhes que já caíram no esquecimento, principalmente de quem não viveu esta década. Muita realidade é jogada na cara do leitor, muita reflexão histórica e política, além da história que flui de forma deliciosa. A história tem uma divisão e retomamos Tupinilândia a partir do fatídico ano de 2016. Não foi uma escolha ao acaso, mas, talvez se o autor soubesse dos eventos de 2018 a janeiro de 2023, trouxesse para o leitor que não houve o fim de uma consciência integralista e o choque do lançamento já não causa um efeito de absurdo, considerando tudo o que vivemos em questão de narrativa histórica e até sobre Ratanabá (o que Tupinilândia passaria tranquilamente pela cidade perdida amazônica). Delírios e muita loucura contra um vilão que não existe permeiam a segunda parte do livro.

Eu surtei com todas as menções a 1984 e Admirável Mundo Novo (ah, se Huxley e Orwell soubessem dessa conexão entre suas histórias) e em como o autor traz reflexões sobre contextos em que esses livros são empregados em momentos do cotidiano, como o minuto do ódio em que muitas religiões se usam da narrativa para que os fiéis gritem e briguem com um inimigo invisível, a fim de alimentar a raiva das pessoas e por consequência, manipular sua percepção da realidade e até a própria pessoa. Nunca tinha pensado nisso, mas achei muito perspicaz do Samir analisar este aspecto, considerando que ele conta sobre os integralistas, os fascistas brasileiros do século XX, mas que sabemos que não desapareceram, principalmente na fala de Kruel, que fala que todos são gados prontos para o abatedouro, não importa quando ou pelo quê, vão morrer. Coisas que ouvimos muito nos últimos anos.

Érico Veríssimo é muito citado, mas, mesmo sem estar claro, Samir deu um tom de Pedro Bandeira (Os Karas) na segunda metade do livro, com as aventuras que acontecem. Não tinha o peso que uma história dessas teria escrita por um autor de outro país, era leve e por vezes, divertido. Conversas muito legais misturadas ao horror das mortes e maldade extremas. Sensacional o uso de marcas e personagens da nossa infância para criação desse mundo, como a Estrela e a Grow. Se o parque existisse com a única ideia de diversão, seria incrível, mas, sabemos que megalomaníacos nunca se restringem a coisas tão mundanas.

Essa é uma leitura que todo brasileiro deveria fazer, é importante pela análise do nosso país perpassando mais de trinta anos, mas também pela valorização de Samir Machado de Machado.
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Villanova 20/07/2022

Para pensarmos sobre nós e o nosso país
Bom livro que recria com maestria o Brasil dos anos de 1980, e após o salto para os anos de 2010, capta bem o espírito do tempo que estamos vivendo. Contudo achei que a obra muitas vezes se perde em descrições que a tornam pouco ágil e cansativa, entretanto merece ser lida.
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Tay 15/05/2022

* É uma obra repleta de elementos históricos e culturais do Brasil.

* Primeiro trabalho que leio do autor.

* É um livro cheio de referências, robusto em informações. Entretanto, justamente por isso se torna às vezes uma leitura cansativa.

* A obra tomou um caminho inesperado, algo que não caiu bem. As exaustivas frases tratando sobre a invasão de Tupinilândia foram fatores consideráveis para a nota que dei.

* Falta de protagonismo feminino e negro (explicitamente).
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Luizit0 14/03/2022

excelente
Um dos livros que mais gostei na minha vida. Gosto muito de livros distópicos, mas esse me surpreendeu. As referências a marcas, comerciais, roupas, veículos e, principalmente, eventos históricos dão um charme especial.

Achei que o livro combinou ação, suspense e reflexão na medida certa. Muito bom! Com certeza vou acompanhar os livros do autor.
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Ju 27/01/2022

Nostálgico
Me senti revivendo algumas coisas, e conhecendo outras como se tivesse vivido. Samir nos leva a um sonho audacioso de Amadeus Flynger que encantaria nossa criança interior. Um livro de "memórias" da cultura brasileira, com muita ação e referencias que nos transporta pra uma epoca que nem vivemos. ??
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clarakairos 16/01/2022

Paranoias atualizadas
Tupinilândia foi o segundo livro que li de Samir e apenas concretizou minha ideia de que ele é um dos autores brasileiros que mais deveria encontrar mais lugar nas mídias. Seu conhecimento histórico e a capacidade de envolver ficção com a realidade fizeram com que Tupinilândia fosse um livro ao mesmo tempo prazeroso e aterrorizante de se ler, em especial ao lembrarmos que algumas das atrocidades relatadas no livro não foram mera invenção do autor, mas momentos reais da ditatura militar no Brasil.
A primeira parte do livro é muito envolvente e nos dá tempo de conectar com os personagens, o que senti falta na segunda parte. Além disso, senti falta dos personagens da primeira parte na segunda, a maioria apenas desapareceu e voltou de forma abrupta na minha opinião. Gostaria muito que o autor tivesse gasto um pouco mais de tempo para explicitar a Tupinilândia da parte dois e explorar os novos personagens, embora eles tenham sido bem construídos pelo pouco tempo de aparição.
Um livro que indico especialmente para amantes da história Brasileira e de distopias, com ressalvas para aqueles que se sentem desconfortáveis: há cenas de extrema violência, homofobia e machismo.
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D.J. Alves 10/01/2022

Brasil, meu Brasil brasileiro
Imagine Jurassic Park, mas o invés dos dinossauros aterrorizando e devorando os personagens por puro instinto de predador, houvesse nazistas, ou melhor integralistas.

O movimento integralista brasileiro, foi um movimento de extrema direita que vigorou durante o primeiro governo Vargas e aparentemente foi dissolvida no Estado Novo. Mas o autor de maneira maestral, resgata esses personagens hediondos da história brasileira e usa nesse romance de ficção que tem tanto em comum com a nossa época.

O livro fala do sonho e da imaginação de construir um Parque Temático, conta sobre Disney e a sua vinda ao Brasil, de como um nacionalista decide construir Tupinilândia para comemorar a infância vivida e de como esse sonho é deturpado depois.

É uma leitura leve, fácil, agradável, cômica, cheia de referências a músicas e a cultura nacional além de explicações bem detalhadas sobre arqueologia e parques temáticos. Gostei bastante. Termino com a música que foi recorrente no livro, Aquarela do Brasil.

Brasil, meu Brasil brasileiro
Mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Brasil, samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de nosso senhor

SEGUEM ALGUMAS FRASES E TRECHOS INTERESSANTES DO LIVRO:

Rir é o melhor remédio

Mas a vida carrega o mesmo drama de todo cinéfilo: você não pode repetir a experiência de ver um filme pela primeira vez.?

Seria isso uma prova de unidade no pensamento humano, de que aquilo que a imaginação de um homem concebe, a de outro é capaz de produzir?

?O esperto acredita em metade da história, mas o gênio sabe em qual metade acreditar.?

onde só se tem martelos, tudo o que se vê vira prego.

O sujeito tinha os mesmos ares boçais de toda aquela tigrada, de quem nunca leu um livro porque acha que já sabe tudo o que precisa, que prende o Ferreira Gullar por achar que seus livros sobre cubismo falavam de Cuba.

Que Deus tenha piedade de nós, pelo que fizemos com este país. Quando nos tornamos piores do que aquilo que combatemos, há coisas que não podem ser perdoadas.

Os governos passam, o povo fica. Eu sou apenas um brasileiro

Acho que ele tem razão. É o que eu sempre digo: se não passou na Globo, nem aconteceu.

E lá se foram vinte anos? disse João Amadeus, servindo as três taças.? Começou como reação a uma ameaça comunista que nem sequer existia, quis ser modernizante à la Juscelino mas regrediu pro estatismo do Getúlio, agora morre sem ter dito a que veio, porque quebrou o país, e era isso.? Apontou as taças aos rapazes.? Um brinde.? A que brindaremos?? perguntou Tiago.? Aos recomeços? propôs o velho.? Ao país do futuro.

Tu estás sendo elitista? criticou Tiago.? Se as pessoas vão ao cinema ver filmes bobos, ou leem um romance barato pra se distrair da rotina, eu entendo que isso pode ser raso, que deveriam acrescentar algo à vida e não só anestesiá-la, mas a vida não é um eterno cursinho de vestibular. O divertimento simples tem a sua função,

pirarucu assado ao molho de tangerina, com risoto ao leite de coco e castanhas.

Por trás de tudo, aquela sensação otimista de que, no futuro, a indústria privada poderá superar todos os problemas da sociedade, mesmo que fosse ela própria a causa geradora deles.

Você pode perceber um equilíbrio quase simétrico entre uma tensão realista e um humor pastelão, que faz com que você não só se prepare pra próxima loucura, como se predisponha a aceitá-la, a aceitar o que a história te trouxer contanto que fuja sempre à normalidade. Porque a normalidade são as horas perdidas no trânsito, subindo no elevador, obedecendo à rotina diária, a burocracia do trabalho, a previsibilidade da vida doméstica.

Quem desdenha dos prazeres da imaginação são eunucos mentais, castrados que creem que a sua castidade provém de uma escolha elevada, e não de uma limitação intelectual. Gado pra abastecer essa grande máquina de moer gente que é o nosso país.

a terra que lhe deu a oportunidade de ser uma pessoa, e não uma estatística.

o regime militar vai acabar, mas a mentalidade autoritária e paranoica que gerou tudo isso é atemporal.

Mas eu poderia tê-lo salvado, se tivesse chegado antes. Se tivesse me importado antes. Eu poderia? ter feito mais.

Homens não gostam de receber ordens de uma mulher, isso é um fato. Se o meu pai eleva a voz, ele é firme e determinado. Se eu faço o mesmo, sou a louca insensível.

?o poder corrompe??

O poder atrai os corruptíveis. E poder pelo poder se torna um? um exercício de força. Se não houvesse o comunismo? teriam que inventar outra coisa. Pra justificar o desmando

Sinais de vida no país vizinho Eu já não ando mais sozinho Toca o telefone Chega um telegrama enfim

Não existe cultura inútil, inútil é quem não tem cultura.

A verdade é que somos todos escravos do mesmo sistema. Vocês foram criados pra pensar como escravos e louvar o esforço que os oprime como se fosse o trabalho que os liberta.

Para esse fenômeno, a medicina da época tomou emprestado do grego homérico os conceitos de nostós? ?reencontro, retorno ao lar?? e álgos? ?dor, sofrimento??, e cunharam a palavra ?nostalgia?.

Somos mais do que animais, somos animais com cultura. É por isso que ela é tão vigiada, resguardada, reconstruída e, no caso do Brasil, intencionalmente negligenciada por sucessivos governos. Sem contexto, a nostalgia se torna uma ferramenta de alienação e autoritarismo. Façam o teste e percebam: o ataque à memória e à cultura é o primeiro passo de um governo autoritário, em todas as épocas, qualquer que seja a posição ideológica. Porque nossa memória cultural é um material tão sensível e volátil quanto combustível. Esse combustível alimenta o sistema, mas também pode se tornar o coquetel molotov que o incendiará.

Adoro como você faz parecer que tudo se encaixa, como se fosse inevitável? Lara disse.? Sim, mas a vida só faz sentido quando começa a ser narrada.

?Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá??. Aos olhos de Donald, tudo aquilo era uma declaração de amor ao caos urbano brasileiro, uma representação de sua capacidade afetiva e acolhedora. Era a mesma impressão que teve na primeira vez que veio ao Brasil, no final dos anos 90. Claro que era um país mais pobre do que sua terra, e mais pobre do que era o Brasil de agora, mas havia uma cordialidade que não encontrava em sua terra natal. Um lugar onde seus filhos cresciam longe da competitividade social agressiva de seus compatriotas, cultivada desde o berço no ambiente segregado das high schools, onde ninguém nunca era branco o bastante, vencedor o bastante para ser deixado em paz. Pois eram ensinados que deviam ser sempre os melhores em tudo, já que viviam no melhor país do mundo; onde se devia desprezar os perdedores, pois só deve haver vencedores no melhor país do mundo; e constantemente saudar a bandeira e idolatrá-la, aquela que é a bandeira do melhor país do mundo; e entregar redações na escola justificando por que viviam no melhor país do mundo? mesmo que ninguém ali tenha visitado outro país, alguns nem mesmo outros estados. E caso ocorresse de seu país entrar em guerra, algo tão certo quanto o sol nascer, nunca, jamais questionar por que se estava em guerra eterna. Porque quando sua identidade cultural se ancora na supremacia, você já chegou ao fascismo sem passar pela autocracia. Por isso ele amava o Brasil. Ali não precisava trabalhar oitenta horas por semana e abdicar de uma vida pessoal. E seus amigos brasileiros ainda perguntavam por que saiu de lá, por que decidiu vir logo para cá, neste lugar perdido e violento.

a frustração e a raiva violentas derivadas de uma existência controlada e miserável precisam ser canalizadas para algum lugar, de modo a entregar à população uma válvula de escape, mesmo que fosse um inimigo muitas vezes inexistente? a lógica que guia o mundo desde sempre, do ódio religioso ao político.

É a única coisa que não podem controlar, porque é a única coisa que eles não têm. Por isso que eles sentem tanto medo disso. E no final das contas, é o que vai acabar com eles. ? E o que seria isso, posso saber? ? Senso de humor, dona ? ele sorriu.
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Sofia 09/01/2022

Tupinilândia nascia como muitos brasileiros. Endividada desde o berço, e com péssimas perspectivas de sobrevivência.
Nessa obra vamos diretamente para um Brasil na era Vargas. Somos apresentados aos personagens João, Beto, Helena e Thiago. Passamos rapidamente pela época da ditadura e depois vamos diretamente para a época da eleição de Tancredo Neves. João Amadeus, pai de Helena e Beto, é um ricaço apaixonado pela Disney, pela magia e pela cultura brasileira. A junção dessas paixões faz com que ele decida criar um parque de diversões no interior do Pará, no estilo Disney, só que totalmente abrasileirado. Thiago, amigo da família e jornalista, é convidado a registrar os acontecimentos sobre a construção do parque. Vamos acompanhar toda essa aventura até que um dia uma grande ameaça acontece dentro do parque e não sabemos mais se o sonho desse parque irá se tornar realidade.

Confesso que esse livro foi uma grande montanha russa para mim. As expectativas estavam lá em cima, e ai fui surpreendida com um cenário político na história, me desanimou um pouco. Depois a história me envolveu, mas o final foi maçante. Parece que a história dá uma volta e volta pro mesmo lugar com personagens diferentes. Muitos personagens que não tem aprofundamento e não conhecemos bem, isso fez com que me conectasse menos ainda com a história. Recomendo pra quem gosta muito de ficções históricas e políticas.
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Arthur 02/10/2021

Meu sonho é ver esse livro adaptado pra filme/série
Muito bom a forma como o autor recria todos os elementos de uma "aventura de sessão da tarde" nesse livro, só que com elementos muito brasileiros, é um livro muito divertido de se ler.

Antes de começar a ler eu procurei resenhas que diziam que a leitura as vezes ficava cansativa por causa de tanta referência tanto históricas quanto a cultura pop, mas eu não concordo com essas críticas. Todas essas referências tornaram a narrativa mais crível e mais imersiva, um trabalho incrível de pesquisa do autor.

A segunda parte do livro que se passa em 2015, parece esses reboots/continuações de franquias famosas antigas que se passam no mesmo universo que a original, e alguns dos personagens principais tem participações importantes e curtas.

Se eu fosse mudar alguma coisa no livro eu só dividiria a parte dos anos 80 e de 2015 em dois livros diferentes.

Essa é uma história perfeita para adaptação, queria muito poder ver uma produção audiovisual muito bem feita contando essa história, ainda mais pelo apelo dos anos 80 que as séries e filmes internacionais estão tendo nos últimos anos.
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Ronoc 27/05/2021

Viagem nostálgica ao Brasil que se foi e nunca será
Encrustada em plena Amazônia, longe de tudo, uma cidade-modelo futurista rodeada de parques de diversão que recontam e revivem a história brasileira. Espécie de Disney verde-amarela, Tupinilândia vai do sonho de um milionário visionário e controlador, acostumado a moldar o mundo às suas vontades, ao pesadelo dos piores traços da civilização brasileira.

Samir Machado cria uma aventura que propositalmente emula os filmes de Indiana Jones e se esbalda com a cultura da década de 80, para refletir sobre a história brasileira e os rumos pelos quais estamos seguindo.
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Giu 08/05/2021

Mistura de história com realidade, atmosfera cinematográfica... se eu tivesse que definir o estilo de Samir Machado de Machado com base nesse livro, seria algo como: "tipo um Dan Brown brasileiro". Quem gosta das histórias do Robert Langdon vai adorar essa leitura, com temas brasileiríssimos - ditadura militar, geopolítica atual etc.

Pessoalmente, achei a primeira parte do livro bem melhor do que a segunda. O João Amadeus Flynguer é um personagem super interessante - cheio de contradições, mas ao mesmo tempo espirituoso. Mas a leitura, no geral, é divertida.
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