Mari 11/07/2022
Necessário aprender a amar os livros tediosos, que ao longo da história caem na rotina. Importante não abandonar o livro na metade pela monotonia, porque é preciso aprender a amar esses também kkkkk.
Mas além disso, confesso que achei esquisito, e muito cruel em algumas partes. Na verdade, consertando; tenho um problema em ler o que é muito real, mas talvez isso seja algo que eu deva trabalhar mais em mim do que algo que os livros devam trabalhar neles. Mas o jeito como são escritas algumas partes realmente embrulha o estômago, e assim vai desenrolando uma espécie de ?O Filho de Mil Homens? e ?Cem Anos de Solidão?, com toda a dureza das sociedades isoladas e todas as vezes em que a gente tem que engolir em seco.
Nesse caso específico, é uma comunidade de garimpeiros, onde tudo, desde o patrimônio ao juízo de valor, sentimentos e relações giram em torno das pedras. Um relato de como sobrevive uma cidade de pedras, quando vai chegando o fim das pedras. Como o ser humano se comporta com a escassez, e a instabilidade, e como essa desesperança afeta todas as facetas de uma vida inteira e, principalmente, a psiquê. Um livro de pedras com palavras de pedra, melhor ler de estômago vazio.
Procurando, aleatoriamente, algo que marquei, encontrei: ?O órgão em que a paixão se faz sentir é o estômago.?