Wanderléia 04/02/2022
Sören Kierkegaard foi um teólogo dinamarquês do século XIX, cristão e, no entanto, crítico veemente do cristianismo, que teve seu reconhecimento pouco antes da metade do século XX. É reconhecido por alguns como o pai do existencialismo e como "o intérprete mais profundo da psicologia da vida religiosa desde Santo Agostinho".
A obra O desespero humano é dividia em duas partes: Doença mortal é o desespero, e Desespero e pecado. Na primeira parte, Kierkegaard apresenta diversos conceitos, entre eles o "eu" de cada indivíduo que consiste na alma, corpo e relação entre esses, de cada homem. Além disso, o autor refere que este "eu", comumente entra em desespero, entre eles o desespero da morte, que aqui não significa o medo de morrer, mas o medo de não morrer, pois não morrer implica em manter vivo o "eu", que muitas vezes foge de ser ele mesmo e que consiste em uma causa de desespero ("Todavia o homem deseja sempre libertar-se do seu eu, do eu que é, para se tornar um eu da sua própria invenção. Ser este "eu" que ele quer faria a sua delícia - se bem que em outro sentido o seu caso não seria menos desesperado - mas o constrangimento de ser este eu que não quer ser, é o seu suplício. Pois não pode libertar-se de si mesmo". Pág. 25). Além disso, Kierkegaard afirma que o "eu" do homem, por estar relacionado ao espírito, torna-se a parte infinita dele e característica única que o diferencia dos demais homens. Enfim, nessa perspectiva o autor progride no texto apresentando outras ideias, como "desespero virtual e real" e "personificação do desespero".
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