As últimas testemunhas

As últimas testemunhas Svetlana Aleksiévitch




Resenhas - As Últimas Testemunhas


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Júlia 14/04/2020

Um livro emocionante. Muitas histórias que nem ao mesmo parecem reais de tão distantes da minha realidade. Em especial a história "o bauzinho tinha o tamanho dele" me fez refletir e muito. Vale a leitura, apesar de achar o estilo de livro meio cansativo.
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Isadora 11/08/2020

"Vi o que não deve ser visto.. O que o ser humano não deve ver. E eu era pequeno..."
Esse título remete bem à todos os relatos presentes nesse livro. Algumas crianças mais do que outras realmente viram o que o ser humano não deve ver, e isso quando estavam na idade da inocência. Alguns testemunhos são bem leves, de pessoas que viveram aquele momento por volta dos 4, 5 anos e que tem lembranças sutis, mas outras presenciaram coisas que a partir dos 8 anos, você passa a entender muito bem (infelizmente).

Percebi que a autora mesclou os diferentes pesos das narrativas, ora relatos mais fortes, ora os mais leves, justamente para não ficar tão pesado (isso é um ponto positivo), e para você ter tempo daquele respiro. Porque depois de alguns você com certeza vai precisar disso. Entretanto, achei que a brevidade de alguns testemunhos prejudicaram a credibilidade dos mesmos, e em outros fica aquela sensação de "preciso saber o que acontece depois". De toda forma, a quantidade que me tocou não foi pequena.

Olhando o livro como um todo, você consegue enxergar a cara da segunda guerra para as crianças, seja na fome, nos orfanatos, nos campos de concentração, nas evacuações, na perda dos pais, amigos, conhecidos e desconhecidos.

Na entrevista com a autora, a qual está presente na revista preparada pela TAG, Svetlana Aleksiévitch diz "Vivemos em um mundo em que há sofrimentos demais, e devemos ajudar. A compaixão ensina a alma humana. Eu penso também que o sofrimento é um tipo de informação. Isto é, nos é transmitido um certo conhecimento acerca do homem. É o conhecimento acerca de como é difícil ser pessoa." E nesse trecho ela simplesmente resume tudo o que esse livro é e tem o objetivo de ser, um ensino sobre a compaixão, sobre ter empatia, respeitar a história e a dor do outro, e o quao importante isso é para o ser humano.
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Bárbara 29/06/2021

A Infância
Svetlana tem algo que faz do fato uma narrativa sensível e quem está atento percebe a poesia que sai da dor

As últimas testemunhas faz como os demais livros da autora e dá pessoalidade às tragédias/crimes mundiais
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ToniBooks 29/03/2024

Estado de natureza
Neste livro doloroso e potente, a Nobel de literatura Svetlana Aleksiévitch reuniu os relatos francos de vários sobreviventes da Segunda Guerra que, quando crianças, testemunharam horrores que nenhum ser humano jamais deveria experimentar. A Segunda Guerra Mundial matou quase 13 milhões de crianças e, em 1945, apenas na Bielorrússia, havia cerca de 27 mil delas em orfanatos, resultado da devastação tremenda causada pelo conflito no país. Entre 1978 e 2004, a jornalista Svetlana Aleksiévitch entrevistou uma centena desses sobreviventes e, a partir de seus testemunhos, criou uma narrativa estupenda e brutal de uma das maiores tragédias da história.
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Jessika 04/12/2022

Mais um livro da Svetlana que chega como um soco no estômago. Assim como em ?A guerra não tem rosto de mulher?, as histórias são contadas de maneira direta, direto ao ponto, e só consigo pensar que para quem nasceu e viveu em épocas de paz, sequer conseguimos imaginar os horrores que estas crianças passaram. Pretendo ler todos os livros escritos pela Svetlana, porém com hiatos, pois são difíceis de digerir.
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Cris 11/01/2024

11.01.2024
Relatos muito tristes. Mostra a crueldade que essas crianças tiveram que passar e a inocência perdida tão cedo.
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Luma.Minikel 14/02/2020

Doloroso e necessário.
Na escola costumamos ouvir relatos apenas de pessoas que lutaram durante a guerra, de adultos em sua maioria.
Esse livro traz a visão de crianças que viveram o terror da guerra, nos mostrando que toda a sociedade é atingida nesses momentos.

Uma leitura importante e impactante, que nós revela um dos lados mais cruéis da guerra, onde a inocência precisa ser deixada de lado para conseguir sobreviver.
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DEA 21/01/2024

Eu não tinha entendido que o livro era nesse formato de relatos de sobreviventes, achei que a autora fosse talvez fazer um resumo. No entanto esse formato tornou a leitura bem mais impactante.
A autora entrevistou diversos adultos entre 1978 a 2004 que relataram sua experiência na Rússia durante a Segunda Guerra, sendo que na época todos eram crianças, muitos bem novinhos mesmo. A maioria dos relatos são bem curtos, mas não são leves, muito pelo contrário, é bem angustiante ver os absurdos e monstruosidades cometidos pelos alemães, muitos difíceis de digerir. Os horrores cometidos durante a guerra, a frieza, a insensatez, a insanidade.
Na realidade não tem uma palavra que possa definir tudo isso, pois quanto mais penso, mais aversão sinto. Não dá para acreditar que humanos são capazes de tanta atrocidade.

A sensação que tenho ao ler livros sobre a Guerra ou ver documentários, etc e ver os conflitos que ainda ocorrem na nossa época, é que, apesar de todas as provas dos absurdos da guerra, a humanidade não aprende com seus erros, a arrogância, a ganância, a loucura, o ego, em algum momento acabam falando mais alto.

"Primeiro nossa maravilhosa mãe se foi, depois nosso pai. Nós percebemos, sentimos na hora que éramos as últimas. Naquela linha? naquele limite? Somos as últimas testemunhas. Nosso tempo está acabando. Devemos falar? Nossas palavras serão as últimas?"
Brícia 24/02/2024minha estante
É impressionante como o holocausto nos parece distante, mas tão atual e próximo... como esses relatos não afetam a parte psíquica que deveria ... lamentável.


DEA 24/02/2024minha estante
Pois é ?


DEA 03/03/2024minha estante
E nesse caso o livro aborda outros pontos negativos da guerra, além do Holocausto, já que ele foi apenas um dos grandes horrores da Segunda Guerra. Muuuuuuuitas atrocidades foram cometidas pelos dois lados, muitas coisas que raramente são citadas ?.


Brícia 04/03/2024minha estante
Deve ser esclarecedor e muito informativo, amiga. ?


DEA 04/03/2024minha estante
Eu gosto dessa temática sobre a Segunda Guerra e da história em geral. É diferente de quando estudava na escola que era algo maçante. Agora realmente aprendo, descubro coisas que nunca imaginei que poderia ter acontecido, mas por outro lado, também tem muitas histórias que são bem pesadas, difíceis de digerir.


Brícia 05/03/2024minha estante
Eu imagino que sim, não gosto de pensar nem de assistir sobre essas coisas mas é muito interessante sim.




Simone de Cássia 27/07/2021

É um livro diferente. Não é uma história contada de forma direta, apesar de ter um tema único; são várias histórias trazendo o horror a que a humanidade foi submetida na voz das crianças que por ali caminharam. Abusos, desvarios, crueldade , mortes de formas variadas. E sofrimento em estado puro. A forma de narrar, porém, tornou-se cansativa porque cada um desses relatos tem poucas linhas, 4, 6, às vezes 8 linhas, e não se tem uma sequência. O livro todo é feito de pequenos relatos, como "chamadas" de uma reportagem. Achei cansativo. Mas não se perde o objetivo da autora que, como de praxe, expõe com maestria as chagas da humanidade.
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Miguel Araujo | @sobrenomemiguel 11/06/2020

Pela primeira vez, um livro em que eu não sei qual nota dar
Tive acesso a esse livro através da TAG Livros, e já era pra eu ter lido há muito tempo, mas acabei deixando pra depois (e esse depois veio, enfim, na semana passada). Essa foi a primeira obra da Svetlana Alesiévitch que eu tive contato, e fiquei curioso pra ler por causa da avaliação tão positiva que o livro recebia. Entretanto, agora não faço ideia de como avaliar (com notas e estrelas) essa obra.

Digo isso porque foi uma experiência bastante conturbada fazer essa leitura. Os relatos das crianças (e são vários) trazem realidades muito cruéis - e descrições explícitas em diversos momentos. Histórias de separação, assassinatos, fome, falta de moradia, desesperança... Confesso que foi difícil continuar lendo, em alguns momentos tive vontade de parar a leitura, mas por algum motivo decidi ir até o fim.

Caso você seja bastante sensível, não recomendo ler "As Últimas Testemunhas", porque em vários instantes senti que a leitura dos relatos estava me deixando mal. Entenda, não estou dizendo que o livro é ruim, apenas estou afirmando que a minha experiência com ele trouxe consequências que eu não esperava (por mais que soubesse do que se tratava a obra).

Conhecer o que houve na Segunda Guerra Mundial é necessário para não permitirmos que atrocidades como as relatadas durante esse período voltem a acontecer (ou mesmo ameacem). Só que saber com detalhes e a partir de visões de crianças é mais doloroso do que se pode imaginar.

Não sei qual nota dar para esse livro porque fiquei sem palavras ao terminar de lê-lo. Quem sabe um dia eu volte a ter.
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IGuittis 06/05/2021

Quando iniciei esse livro não tive a noção de como seria triste e impactante. As primeiras histórias que ela traz nós temos relatos mais "leves", se é que podemos dizer isso sobre qualquer relato de guerra. Porém são mais narrativas de pessoas que eram crianças e se lembram de um dia não ter mais visto os pais, ou de que passaram fome.
Com o decorrer do livro começamos a ter histórias mais pesadas, crianças que se lembram de terem visto a mãe morrer, a maldade dos soldados alemães, o desespero da fome.
O que mais me chocou no livro são as descrições de atitudes de soldados alemães que ultrapassam a guerra. Quando um soldado mata outro soldado em uma batalha, aquilo ali é o papel dele na guerra, mas quando um soldado humilha um civil, queima uma criança, tortura, isso não é a guerra, isso é a maldade humana.
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Marcos Hübner 19/07/2020

O tamanho dos relatos prejudica na persistência da empatia
Com a mesma velocidade que aparece um novo relato ele acaba. Essa é a minha síntese desse livro que, se por um lado é extremamente importante e valoroso, com depoimentos fortíssimos de pessoas que sobreviveram à guerra com técnicas inimagináveis e presenciando coisas horrendas; por outro é uma leitura complicada que dificilmente irá envolver um leitor que gosta de histórias densas e intensamente descritivas, com personagens bem construídos e profundos. Aqui os antagonistas são bem retratados, assim como as relações de inocência e até mesmo de amadurecimento precoce das crianças. É sem duvidas um livro com um requinte histórico incomensurável. Um livro que deve fazer parte da leitura de todos. Mas ao mesmo tempo deve-se ter consciência de que alguns podem não ter a experiência de leitura mais fluída. Eu mesmo larguei o livro duas vezes antes de agora me propor a terminá-lo em uma pegada.

A nota do livro fica pela falta de profundidade maior dos relatos. Achei que alguns poderiam ser puxados para aumentar a densidade de outros, ou mesmo aprofundar todos eles. Pra mim, pessoalmente, o livro ficaria mais intenso e envolvente, sendo capaz, portanto, de gerar mais empatia.

No mais, bom livro.
Marcos Hübner 19/07/2020minha estante
Gostaria de citar em anexo alguns relatos que me chamaram atenção: o caso do estupro da idosa presenciado pela criança achei extremamente chocante, talvez uma das coisas mais chocantes que já li. O caso da criança que seduziu um cão para dentro de sua casa para comê-lo também. Muitas crianças comendo animais domésticos com naturalidade, comendo capim. A terra vendida na banca dependendo o que foi queimado em cima também achei bizarro. Enfim, esses pontos do livro acrescentaram muito.




Pati 18/04/2020

A guerra pelo olhar daqueles que jamais deveriam vê-la
Meu primeiro livro da aclamada autora laureada com o Nobel literário foi este e a primeira impressão não poderia ter sido mais devastadora. Formado pela coletânea fragmentária de inúmeros breves relatos de pessoas que viveram quando crianças na Bielorrússia durante a Segunda Guerra Mundial, As últimas testemunhas fala do impacto que um evento tão degradante quanto uma guerra causa na constituição de um indivíduo, quando este é confrontado tão cedo com questões como a morte, a fome, a violência, o abuso, a desumanização em geral, decorrente de atos de agressão, os quais vão repercutir flagrantemente por toda existência destas testemunhas. Imagino que a dor transmitida por estes sobreviventes parece maior talvez pois ao ser imaginada da maneira como foi descrita em algumas das situações relatadas não poderia ter sido suportada em corpos tão pequenos. É impensável que uma criança possa lidar com a imagem do fuzilamento de sua família, ou com a fome constante no cerco de Leningrado, ou com o abandono dos tutores em meio a uma evacuação, ou com os horrores de um campo de concentração. Fica claro no decorrer do livro que os pequenos nunca conseguiram realmente lidar com nada disso, e este parece ser o caminho percorrido pela autora, quando organiza essas dolorosas entrevistas: demonstrar o quão impactantes foram os acontecimentos da guerra do ponto de vista individual. E ela consegue perfeitamente criar um cenário coletivo construído a partir dos relatos individuais, que informa e ilustra uma realidade compartilhada por aquele povo, que viveu e sobreviveu à Segunda Guerra.
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luana.goncalves 18/02/2022

Leitura cortante, reflexiva mas necessária!!
Para nunca nos esquecer que somos seres humanos..
Esse livro me fez sentir o coração partir, me fez refletir sobre muitos aspectos e acho que é uma leitura necessária!!
Algumas histórias vão ficar guardadas na memória.. as que se remetem ao cerco de Leningrado, ?recolheu uma cestinha??; ?o bauzinho tinha o tamanho dele??; que várias outras?
Enfim, leiam!!!
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