Angelo.Lemos 28/11/2021
Poesia alucinógena
A poesia de Ian Viana em Eu era aquela cobra coral no quintal da tua infância, são chamas xamãs ritualíticas na fogueira em alguma mata atlântica isolada do país, evocando Deus a trazer sua amada e dias melhores. Deus puxa a fumaça, prende no peito e solta alucinações de saudade a cada página. Milagre milagre milagre, é o que ele clama e declama em seus versos. Quando terminei e fechei o livro a chuva veio, acendi um cigarro e, defronte à janela vi a imensidão do universo em ruínas. Meu peito te mandou lembranças, baby.