A Saga do Monstro do Pântano - Livro Dois

A Saga do Monstro do Pântano - Livro Dois Alan Moore...




Resenhas -


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Matheus.Soares 20/04/2024

A Saga do Monstro do Pântano - Vol. 2
Segundo volume da aclamadíssima fase do Alan Moore à frente do nosso Elemental favorito, e a história só melhora. Ainda fico perplexo com a criatividade e inventividade da mente do Alan Moore, e a cada dia admiro ainda mais esse cara. Que venha o volume 3.
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@fabio_entre.livros 09/07/2022

Versatilidade
O volume anterior pavimentou os caminhos que Alan Moore seguiria ao longo da saga, mas é neste segundo livro que ele se estabelece de vez como um roteirista multifacetado e polivalente, demonstrando o quão versáteis podem ser as abordagens sobre o Monstro do Pântano. Aqui o autor, com a sua elegância de escrita característica, vai do horror ao cômico, e por fim ao erótico, sem perder o fio da meada.
Começando por "O enterro", Moore passa a régua no passado equivocado do personagem, pondo Alec para descansar em paz de vez. Em seguida, com a "trilogia Arcane", prenunciada ao fim dos eventos do volume Um, ele constrói uma história de horror clássica que lembra os delírios macabros de Clive Barker, com direito a necrofilia, incesto, sadismo e outras perversões mundanas trazidas literalmente do inferno por um velho inimigo do Monstro. Essa história termina com um uma quarta parte à guisa de epílogo, intitulada "Descida entre os mortos", na qual o Monstro precisa empreender uma missão de resgate no inferno, obtendo auxílio de entidades improváveis, como o demônio Etrigan.
O tom macabro dá lugar ao cartunesco em "Pog", que se destaca sobretudo pela inventividade idiomática que ressoa a Lewis Carroll. Nessa história, um pequeno grupo de ingênuos exploradores espaciais em busca de um novo planeta para sua espécie vem pousar justamente nos pântanos da Louisiana. Aqui há uma interessante metáfora sobre choque de culturas e, especialmente, sobre a escassez dos recursos naturais.
Coroando a compilação desse volume, Moore fecha a edição com o deslumbrante "Rito de primavera", um espetáculo visual psicodélico com um roteiro tão imersivo que é compreensível o fato de os artistas Stephen Bissette e John Totleben considerarem este o seu trabalho favorito com o Monstro. Na história, o autor chega a um ponto que certamente gerava especulações até então: se o Monstro e Abby se amam como um casal "normal", como eles podem consumar esse amor fisicamente? A resposta dada por Moore não poderia ser mais profunda. A palavra "ecorótico" poderia ser inventada exclusivamente para definir o tom dessa história: entrelaçando o erotismo sugerido para a comunhão dos dois amantes com a conexão do Monstro com o equilíbrio ecológico do planeta, o roteiro é poesia viva, perfeitamente representada pelas exuberantes artes de Bissette e Totleben.
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