@jaliagoraesuavez 07/06/2021“A felicidade é bemol. A tristeza, sustenido. Para você conseguir o bemol deve “ir pra trás” meio tom. E para atingir o sustenido, deve “ir pra frente” meio tom. Como se fosse possível dar um passo atrás e reviver cada momento feliz, e um à frente pra pular os tristes”
Essa passagem explica bem o que é o livro.
Nele, temos a história do Vitor que um dia descobre que viaja ao passado toda vez em que fica muito feliz e que vai ao futuro toda vez em que fica muito triste. Imagina isso??
Tudo começou na noite em que ele beijou Amanda, mas nunca teve chance de descobrir se esse poder é dádiva ou maldição, porque, ao fim daquele beijo, Amanda foi embora para outro canto do mundo, para nunca mais voltar.
Vinte anos depois, ele é um recluso dono de vinícola numa cidadezinha do Sul do Brasil, e acha que ela morreu num atentado; ela, entretanto, é casada e gerente da livraria mais bonita do mundo, em Buenos Aires.
Um romance. Um livro que fala de amores que sobrevivem ao tempo. Que fala em desencontros e reencontros. Que tem viagem no tempo de uma forma bem diferente e interessante, porque ele pode voltar algumas horas ou dias ou ir para o futuro pelo mesmo período e nada mais que isso. Ele não tem nenhum controle!
Uma leitura que fiquei o tempo todo com o coração na boca achando de algo ruim iria acontecer (você vai ter que ler para descobrir!). E, acho que por esse motivo, foi uma leitura que não aproveitei tanto quanto poderia. Estava sempre aflita, angustiada esperando uma tragédia.
Mas o Maurício escreve super bem. É uma linda história.
**SPOILER**
Só queria conversar com quem já leu sobre “a última viagem” (se podemos falar assim). Não entendi bem a escolha do Vitor, já que ele podia simplesmente parar o carro e não continuar na estrada. Mas enfim....
**FIM DO SPOILER**
Leia o livro, viaje com o Vitor e depois venha conversar comigo!
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