Todas as crônicas

Todas as crônicas Clarice Lispector




Resenhas - Todas as Crônicas


38 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3


viterario 24/03/2023

97 POST-ITS
O livro é simplesmente incrível, porém entre as páginas 300 e 400 os textos começam a se tornar bastante cansativos e entediantes, além claro de em certo grau se tornarem repetitivos.
comentários(0)comente



LucAlio.CAmara 25/04/2024

Todas as crônicas
Início: 13/04/2024
Livro eBook: Todas as crônicas
Autora: Clarice Lispector
Origem: Brasil
Páginas: 704

Crônicas

Sobre o que achei:

Este livro é uma coletânea de crônicas escritas pela autora ao longo de sua carreira, abordando temas do cotidiano com sua sensibilidade única. As crônicas de Clarice Lispector são marcadas pela introspecção, observação aguçada e pela forma poética como ela descreve situações simples do dia a dia. A obra oferece uma visão ampla do talento literário de Lispector, mostrando sua capacidade de transformar o ordinário em extraordinário.

O que também achei interessante é que a maioria das crônicas escritas neste livro parece ter sido produzida recentemente. As crônicas foram escritas entre 1967 e 1973, também em jornais e revistas.

Vcs precisam ler este livro!
E vcs já leram?
comentários(0)comente



Vii 23/07/2021

Muito bom!
O inalcançável é sempre azul!

Para vermos o azul, olhamos para o céu. A Terra é azul para quem a olha do céu. Azul será uma cor em si, ou uma questão de distância? Ou uma questão de grande nostalgia? O inalcançável é sempre azul.
comentários(0)comente



Pedro Matias 12/04/2021

Todas as Ideias
Clarice, plagiadora de si mesma, como já foi dito antes em uma dissertação, é acessada aqui na crueza e beleza de seus pensamentos. Por meio desse livro, vemos a mulher generosa e humana que era, admitindo até sua mesquinhez. Uma obra maravilhosa para quem quer conhecer a a autora ou o Brasil.
comentários(0)comente



Edson Camara 10/04/2021

Clarice aborda todos os temas da vida e muitas outras coisas através do seu olhar peculiar.
Com tristeza conclui a leitura das crônicas de Clarice, aventura que me agraciou com o pensamento desta mulher maravilhosa durante 19 horas ao longo de 48 horas. E que já me deixou saudades ao fechar a última página.
Adorei reviver coisas de minha infância, adolescência e início da vida adulta entre os anos de 1963 quando eu tinha 6 anos e 1977 quando contava com 21 anos. Ano do nascimento da minha primeira filha.
Acompanhar as crônicas de Clarice além de ajudar a entender e descobri um pouco deste fantástico ser humano, ajuda também a entender o Brasil contemporâneo, Clarice conta com suas palavras a sua observação do cotidiano desta nação que parece nunca a prender com as próprias lições.
Clarice aborda todos os temas da vida, politica, artes, religião, entre outros. Também entrevistou pessoa bacanas como ela.
Este livro é a coleção de todas as suas cronicas e é imperdível para quem gosta de Clarice e para quem nunca leu nada dela, como eu antes de lê-lo.
comentários(0)comente



Valéria 12/03/2021

Descobri Clarice ainda criança e o primeiro poema decorado (meu Deus me dê a coragem..) sem entender o significado me colocava a pensar, o que fazia clarice enquanto escrevia, o que ela via, o que sentia ao deslizar o lapis sobre a folha, o que se desnudava da sua mente, ou do teclar da maquina o que saia além das marcas no papel, pq parecia que ali tanto peso encontrava alívio. Ler clarice me faz voltar no tempo, não que eu queira revive-lo, gosto e prefiro sempre o aqui e o agora, mas fica um que de incredulidade daquela para esta Valéria. E pensar, como escrever ou ler sao parte de quem eu sou, me ajuda a viver.

"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."

De todas, a minha favorita. Madrugada insone com Clarice, atemporal.
comentários(0)comente



DTK 05/03/2021

As crônicas de Clarice são únicas, e tem personalidade própria.
Amei a organização cronológica das crônicas, é possível sentir a mudança de humor da Clarice conforme os meses passam. Temas e jeitos que chegam e passam.
Ela conta que uma vez ouviu que Rubem Braga, seu caro amigo e criador desse gênero que chamamos crônica, criticou seu trabalho nesse âmbito. Acredito que finalmente entendo a crítica, de fato, Clarice se apropriou do nome e dos espaços do jornal mas foi muito além do gênero, sua escrita agudamente pessoal e de assuntos variados é inédita, difícil classificar.

Enfim, graças aos céus ela desistiu da ideia de ser uma cronista tradicional, #goClarice
comentários(0)comente



Didi 25/11/2020

Clarice era simplesmente genial. Cada parte era uma emoção diferente. Ela sabe como colocar sentimento, ela sabe como nos fazer sentir o que ela quer que sintamos lendo o que ela escreveu.
comentários(0)comente



Mateus.Tosatti 13/08/2020

Qual autor(a) consegue te impressionar na primeira página do livro? Só poderia ser Clarice Lispector que faz, de umas "simples" crônicas, um aprofundamento na alma humana.
comentários(0)comente



Marcus Oliver 05/06/2020

É estranho dizer...
Ler as crônicas de Clarice e ter que dizer algo é como disse no título: é estranho dizer... Estranho porque é uma vastidão de pensamentos, sentimentos, sensações, lembranças e tudo que envolve nosso emocional e racional. Falta-me palavras para dizer algo, pois este livro é inefável! Contudo me atrevo a apenas a dizer minhas impressões de leitura aqui. Foi uma leitura difícil, mas não por conta do que está escrito e sim por causa do que Clarice dizia e me fazia sentir. Senti pensamentos mórbidos, tristes, entrei em crises existenciais profundas e entrei em contato comigo de uma maneira diferente e imagino que seja a Clarice que há em mim e que se identificou de tamanha maneira que me faria ler tudo de novo, mas meu coração não aguenta tanta coisa de novo, esse livro te faz mais maduro e te empurra para seguir a outra leitura co rapidez, contudo fica sempre aquela saudades de ver o que ela fala de novo.
Tenho apenas uma ressalva sobre as crônicas de Clarice que é: algumas situações são meio ?problemas de gente brancas? kkkkkk não é bem um problema, mas as vezes parece uma banalidade tão grande que te tira um pouco o eixo, mas não invalida nunca a leitura das crônicas de Clarice.
comentários(0)comente



Fernanda.syski 21/05/2020

Outra face de Clarice
Ótima edição e vale a pena conhecer outra escrita da Clarice.
comentários(0)comente



AlessandraD. 09/05/2020

Clarice sempre sensacional, intensa e única. Simplesmente maravilhosa e edição incrível!!!
comentários(0)comente



Roberto 07/03/2020

Feiticeira das palavras
Mesmo ela admitindo, durante todo o livro, que não sabia escrever crônica, ou que não levava esse gênero tão a sério; ou ainda admitir que as escrevia por dinheiro e que achava mais profundos os seus romances e contos. Ainda assim cada crônica dela, por menor que seja tem marcada, de forma indelével, o seu estilo inconfundível.
comentários(0)comente



Cristine 08/09/2019

A ESTRATÉGIA DO VENTO
As crônicas que Clarice Lispector publicou, durante sete anos, no Jornal do Brasil — agora em nova edição, Todas as crônicas — nos ajudam a pensar a respeito da concepção singular que a autora tinha da literatura. Um mundo no qual a vida e a escrita estão não apenas juntas, mas confundidas.
Em uma breve anotação intitulada ‘Não sentir’, Clarice reflete sobre a importância do risco e da dor, matérias primas de seu pensamento: “Sentindo menos dor, perdeu a vantagem da dor como aviso e sintoma. Hoje em dia, vive incomparavelmente mais sereno porém em grande perigo de vida”. Da vida, mesmo dolorosa, não há como fugir.
Escreve suas crônicas “ao correr da máquina”, sem se importar com gêneros literários e, até mesmo, se elas são crônicas, ou não. Ao sabor do vento. O que lhe importa é o sentimento do mundo. Mais à frente, em Dies irae, ela medita: “E por que, só porque eu escrevi, pensam que tenho que continuar a escrever?”. Expressão direta da existência, as crônicas não podem ser, portanto, uma obrigação. Ainda assim, os redatores do Jornal do Brasil esperavam que, conforme o contrato de trabalho, ela lhes entregasse uma crônica a cada semana. Clarice escreve, contudo, sobre sensações, que não são domesticáveis, ou planejáveis. Sua tendência é falar dos sentimentos, e não dos fatos. Em As grandes punições, tenta se corrigir: “Vou contar logo o que realmente era, antes de narrar o que realmente sente”. Mas não consegue. Não teme nem os sentimentos mais desconfortáveis, como o medo. Em A favor do medo, ela anota: “Estava alegre e revolucionada — mas era pelo medo. Pois sou a favor do medo”. Em Clarice, literatura e existência se grudam de tal modo que é quase impossível separar a autora da narradora. Para ela, a crônica era uma conversa banal em que o pensamento divaga. E não temia nem a banalidade, nem a divagação; ao contrário, considerava-as elementos decisivos de sua escrita.
No texto O caso da caneta de ouro, meditando sobre os perigos da crônica, ela diz: “A caneta de ouro nos levará longe. Achei melhor parar. E por aí ficamos. Nem sempre esmiuçar demais dá certo”. Mas como delimitar a escrita? Como saber quando parar? Em Ao linotipista, ela chega a se desculpar com o operador da máquina de linotipo por sua pontuação caótica: “Agora um pedido: não me corrija. A pontuação é a respiração da frase, e minha frase respira assim. E se você me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar. Escrever é uma maldição”.
Em ‘O grito’, ela define o que faz, não como crônicas, mas como um grito de cansaço. Para Clarice, escrever lhe arranca pedaços. E por isso dói. Sabe, porém, que também tira vantagens de seu trabalho. Em Adeus, vou-me embora, admita: “Os cronistas, pelo menos os do Rio, são muito amados”. Os leitores reconhecem que, na escrita da crônica, gênero por excelência do Eu — que Clarice via, antes de tudo, como máscara — há uma grande entrega. Ela sabe ainda que a crônica é, quase sempre, uma maneira que o escritor tem de arrumar sua desordem interior. Via-se modestamente: “Não sou uma literata, ou uma intelectual. Feliz apenas por fazer parte”, escreve em Pertencer. A escrita, para ela, era algo íntimo demais para tomar a forma do ornamento, que é sempre exterior, e exibicionista. A crônica também lhe serve como instrumento de aproximação do ininteligível. Em Ritual, ela diz: “Por que um cão é tão livre? Porque ele é um mistério vivo que não se indaga”. O ininteligível seria, assim, a desgraça da língua. Com sua escrita mais suave e ao correr do coração, o cronista — que aparentemente, só aparentemente, leva o real menos a sério — se aproxima mais do cão, com sua sabedoria silenciosa, do que do homem que é cheio de palavras.
Prossegue Clarice: “É fatal não se conhecer e não se conhecer exige coragem”. Afasta assim o cronista da imagem do intelectual, e acentua seu caráter de homem comum, que apenas vive. Sabe que o escritor é um condenado — a tentar sempre, sem nunca realmente se realizar. Em Delicadeza, Clarice nos diz: “Nem tudo o que escrevo resulta numa realização, resulta mais numa tentativa”. A luta é inglória, mas, ainda assim, vale a pena. Quanto ao cronista, é verdade, ele tem sua escrita circunscrita pelos prazos comerciais.
O cronista é um funcionário da escrita — só que esse fato em nada lhe rouba a liberdade. Talvez ao contrário: como alguém que veste uma roupa muito apertada, ele precisa considerar com mais sutileza a respeito da maneira de se mexer. Sabe, de outro lado, que o estilo bruto e espontâneo muitas vezes provoca no leitor uma ponta de estranheza. “Parece que às vezes, sou espontânea demais e isso me torna engraçada”, diz em Facilidade repentina.

Esse relaxamento, no fim das contas, exprime uma posição serena em relação à escrita. “Escrevendo à vontade. Sem muito sentido, mas à vontade. Que importa o sentido? O sentido sou eu.” Clarice, a cronista, sabe o valor da liberdade. Em Esboço do sonho do líder, ela diz: “Antes de aprender a ser livre, tudo eu aguentava — só para não ser livre”. Foi começar a ceder e chegou à liberdade. Medita assim sobre o estranho conforto das barras de apoio oferecidas pela prisão. Seu objetivo, sempre, ultrapassa a própria literatura e se aproxima ferozmente da vida. Em Autocrítica, no entanto, benévola, ela assim descreve seu objetivo final: “Chegar àquele ponto em que a dor se mistura à profunda alegria e a alegria chega a ser dolorosa — pois esse ponto é o aguilhão da vida”. Seu objetivo, portanto, é chegar ao intransponível. Este é o limite de sua escrita; como se um muro a esperasse logo à frente.

Em ‘Escrever ao sabor da pena’, Clarice resume sua estratégia de cronista. “Não, não estou me referindo a procurar escrever bem: isso vem por si mesmo. Estou falando de procurar em si próprio a nebulosa que aos poucos se condensa (...) — até vir como numa parte a primeira palavra que a exprima”. Escrever no escuro, deixando-se levar como um balão que flutua ao sabor das correntes de ar, sem bússola e determinar um ponto de chegada. Essa é a grande liberdade do cronista.
comentários(0)comente



Fábbio @omeninoquele 30/01/2019

❝A solidão é necessária para a sociedade como o silêncio para a linguagem, e o ar para os pulmões e a comida para o corpo.❞
Clarice Lispector foi uma das mais versáteis e influentes escritoras brasileiras, sua obra é riquíssima em pluralidade e seu modo de escrita tão característico é fruto de estudo de muitos estudiosos hoje em dia.

Clarice teve uma ligação bastante forte com a imprensa que se permeou por toda sua vida profissional e pessoal. Aos 19 anos ela ingressou como repórter e redatora na Agencia Nacional do Departamento de Imprensa e Propaganda. E anos mais tarde ela colaboraria com textos bastante diferentes do que ela era acostumada a escrever, as ditas crônicas, para jornais como o Jornal do Brasil, revistas e coletâneas e esse trabalho se estenderia por todo o resto de sua vida.

As crônicas são textos que tem o objetivo narrar acontecimentos diários e podem muito serem confundidos com contos, mas estes são mais longos do que as crônicas. E quando Clarice adentrou nesse gênero, ela não sabia muito o que seria, pois acostumada a escrever romances e ter um público alvo diferente ela acharia que não teria sucesso. Mas o que aconteceu foi o contrário e cada vez mais enquanto escrevia semanalmente na sua coluna do jornal, suas crônicas iam ficando cada vez mais bem quista pelo público.

O livro, Todas as crônicas reúne um apanhado de mais de 120 crônicas escritas pela autora por toda sua carreira, algumas inéditas que fazem parte dessa coletânea. As crônicas de Clarice ganharam uma característica pessoal da autora que somados a sua sintaxe própria, passou a escrever suas crônicas em textos curtos, o que foi um marco já que as crônicas eram textos corridos.

Em sua coluna, durante a época em que colaborou para o Jornal do Brasil e outras revistas, ela teve liberdade e tempo para testar dos mais variados temas como seu cotidiano de escritora e pessoal, a relação de mãe/filho, a busca do eu, os desvãos do pensamento, política, transformação do quotidiano e muitos outros temas.

São muitas crônicas para se resumir, mas gosto da escrita da autora e acho interessante ressaltar todos os momentos em que ela se voltava a pensar no futuro e tudo o que seria diferente do que era em sua época e ela sempre se referia como esse futuro ao ano 2000 e isso é interessante em sua escrita, porque nós já passamos dessa data e muita coisa ainda continua arcaica, longe de ser o futuro que a autora sonhava. Vale a pena ressaltar também as entrevistas que ela fez com pessoas importantes que a muito não estão mais entre a gente. Sem contar ainda que seu texto quanto a política mesmo tendo sido escrito a muito tempo se faz tão atual.

Clarice Lispector foi uma das mais versáteis escritoras que já existiu e eu tenho muita admiração por toda sua obra. E recomendo muito. Pra você que não conhece a escrita da autora e não sabe por onde começar, esse livro de crônicas é uma ótima dica, pois as crônicas são mais acessíveis ao entendimento e aqui a escrita dela está menos rebuscada, por assim dizer. Recomendo demais!

#TodasAsCronicas #ClariceLispector

site: https://www.instagram.com/p/BtRYa_vAiLR/
comentários(0)comente



38 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR