Felipe 25/05/2020O livro apresenta de maneira clara, como o sistema internacional tem se comportado com a ascensão de países emergentes e suas consequências para a ordem global.
Com maior ênfase na China, já que é a única que apresenta um plano de política externa mais consistente, Stunkel nos mostra como o Ocidente tem encarado esse crescimento como algo que tende a ameaçar os privilégios das grandes potências.
Num primeiro momento, percebemos que a ordem global atual foi construída a partir de conhecimentos provenientes de todos os cantos do globo, porém, foram apropriados como ideias ocidentais. Essa retórica possibilita que o Ocidente veja com alarmismo a ascensão de outras potências menores.
De forma geral, a criação de outras instituições e grupos que servem como alternativa aos tradicionais criados pelo Ocidente (BRICS, IBAS, NDB) estão abrindo caminho para uma multipolaridade e democratização das questões globais.
Fica a lição também, de como o Brasil vem perdendo protagonismo em sua diplomacia, desde a sua retirada na pauta sobre a Responsabilidade ao Proteger, e ainda mais na atualidade, com decisões totalmente diferentes das tradicionais que levaram o país a ter destaque no cenário internacional, como mediador de questões ambientais, por exemplo.