Ana 05/05/2024
"Escrevia-a com a pena da galhofa e a tinta da melancolia."
Joaquim Maria Machado de Assis foi um escritor carioca nascido em 1839 e falecido em 1908. Viveu 69 anos e é considerado por muitos o maior nome da literatura Brasileira.
Considerada sua obra prima e um divisor de águas na história da literatura brasileira, Memórias póstumas de Brás Cubas, publicado em 1881, inaugura o Realismo no Brasil.
Aqui temos um narrador defunto autor, ou seja, depois de morto conta sobre sua vida, seus amores, duas experiências de forma irônica, sarcástica, divertida e principalmente melancólica e pessimista.
Brás cubas era um homem que nasceu numa família abastada, que sempre teve tudo, mas não conseguiu realizar nada, não foi relevante nem deixou nenhuma marca. O livro aborda, entre muitas outras coisas, a mediocridade da existência humana.
A narrativa não é linear e Machado faz muitas inovações de forma como capítulos muito curtos. Capítulos que simulam uma lápide, capítulos sem diálogos, capítulos fora de ordem cronológica...
Críticas a realidade da época tbm está presente. Uma sociedade que é extremamente estratificada e escravagista, machado nos mostra a grande importância que davam para a aparência e a ascensão social acima de tudo.
É o tipo de livro que deve ser relido várias vezes. Espetacular.