Brenda @caminhanteliterario 02/10/2023Livros desse genero tem ajudado a me manter mais motivada. Ainda que esse volume não seja dos melhores e nem traga conceitos revolucionários, só de estar constantemente em contato com o assunto já me ajuda. Sinto que a autora explicita bem os problemas, e as armadilhas que nos colocamos pra não fazer as coisas que precisamos, mas existe muito pouco de soluções reais e aplicáveis. Basicamente a abordagem é, você só precisa identificar o problema e essa conscientização vai fazer ele se resolver, e não é assim que a coisa funciona. Além disso, tenho a leve sensação que muitos dos exemplos de pessoas reais são inventados, mas vai saber!
Ainda sim é uma leitura válida, gosto de alguns conceitos que ela levanta, porque querendo ou não, se entender é o primeiro passo. Me encaixei no conceito de Preparador perfeito, sinto que fico ajeitando tudo antes de começar uma tarefa que não quero, gastando todo o tempo útil e no final deixando o principal pra depois. Além disso ela diz que não devemos nem esperar o momento perfeito pra fazer algo, já que eles não existem, nem almejar o resultado perfeito. Em muitos momentos o ótimo já tá de bom tamanho.
Gosto da idéia que ela propôe de fazer o mais difícil primeiro. Já coloquei em prática e de algum modo terminar a tarefa mais penosa torna as outras mais factíveis de serem cumpridas. Mas o conceito mais assustador foi o do Flutuador, a ideia de simplesmente perder tempo parecendo que tá fazendo algo mais não tá fazendo nada. Sinto que faço isso, perco horas no celular vendo coisas inúteis, tempo que se poderia estar sendo usado se não de modo útil, pelo menos pra me divertir ou descansar. Agora vivo repedindo “para de flutuar, Brenda”, é difícil, mas aos poucos vamos indo. Outro fato que ela aborda é que protelação gera culpa, e me identifico demais. Depois que gasto o tempo com bobagem fico remoendo tudo que poderia ter sido feito. A partir daí ela chega a uma conclusão que eu já sabia, o mais difícil é começar, parece que obedeço a lei de newton, porque me tirar da inércia é terrível.
Por outro lado, um tópico que me trouxe reflexão foi a idéia de que as pessoas não fazem as coisas porque não tem tempo e que estar sempre ocupado se tornou símbolo de status. Isso me fez pensar quantas críticas eu recebo por dedicar tempo aos meus hobbies, parece que você só é um ser humano válido quando gasta todo seu tempo servindo a sociedade. “É como se viver ocupado correspondesse a ter sucesso”.
È um livro com abordagem simples e direta e com cenceitos interessantes que levam a reflexão, mas que obviamente não traz nenhuma fómula mágica, no entanto deixa um pouco a deixar em propor métodos que ajude a ultrapassar essas barreiras.