Orgulho de ser

Orgulho de ser Thati Machado
Camila Marciano




Resenhas - Orgulho de ser


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Tati Iegoroff (Blog das Tatianices) 02/04/2024

Para todos os corações e amores
A antologia Orgulho de ser tem um toque a mais que eu adoro: histórias com muita representatividade.

Como o livro é composto por apenas oito contos, vou falar brevemente sobre cada um, na ordem em que estão colocados no livro.

Multicolor (Thati Machado)
Orgulho de ser se abre com esta narrativa que nos faz ressignificar a palavra lar.

“É possível ressignificar a palavra lar? Nossos cinco protagonistas provam que sim. Agnes, Tomás, Clarice, Dante e Mateus definem o Instituto Multicor como a casa aconchegante e tranquila que nunca tiveram”
(Multicolor — Thati Machado)

Indo e vindo no tempo, a história nos conta um pouco sobre seus personagens e o que os une.

“Cada um deles sabia como era se sentir completamente sozinho em um mundo habitado por tanta gente. Cada um deles sabia como era se sentir sem um lugar para chamar de lar”
(Multicolor — Thati Machado)

O Instituto Multicolor com certeza é um sonho para as pessoas da comunidade LGBTQIA+, sobretudo aquelas rejeitadas pela própria família.

“Porque família nunca foi uma questão de sangue, afinal de contas. Família sempre foi questão de ser. E de estar”
(Multicolor — Thati Machado)

Uma história que dá um quentinho no coração e muita vontade de fazer o bem.

“Nós ajudamos os outros da mesma forma que somos ajudados”
(Multicolor — Thati Machado)

A garota no bar – Delson Neto
A garota no bar já é uma história mais distopica, que se passa em Nova Avalon.

“O sono poderia voltar, mas Nova Avalon não a deixaria dormir”
(A garota no bar — Delson Neto)

É muito interessante como algumas críticas à nossa sociedade são colocadas ao longo das linhas.

“O humano estava acostumado com a destruição de si mesmo desde o princípio, ‘do pó viemos, ao pó retornaremos’, dizia a antiga religião”
(A garota no bar — Delson Neto)

Seu clima é sombrio e melancólico.

“O futuro não tinha misericórdia e nem paciência para lidar com a dificuldade alheia perante a mudança daqueles anos inconstantes”
(A garota no bar — Delson Neto)

Mas, ainda assim, a história também fala sobre o amor.

“Amar não era sortear um nome, sexo ou identidade. Era espontâneo, vindo de dentro”
(A garota no bar — Delson Neto)

E, mesmo que de maneira não tão direta, mas deixando muito claro, esta é uma narrativa sobre preconceitos.

“A cidade permitindo ou não, mais uma história começaria em Nova Avalon”
(A garota no bar — Delson Neto)

Monocromático (Rafael Ribeiro)
Depois, temos Monocromático, um conto com uma temática que sempre me conquista: o final do ensino médio.

“Quem foi que disse que nós temos que escolher a trilha da nossa vida toda aos 17 anos? Não consigo entender, sério!”
(Monocromático — Rafael Ribeiro)

Neste caso, mais especificamente, estamos na formatura de Luiz — o narrador — e Paulo — seu melhor amigo e algo mais.

“Todo mundo espera um “felizes para sempre” para um casal, ou que pelo menos eles fiquem juntos no final da história. Eu estou aqui pra dizer que tudo bem se eles não ficarem. As coisas boas duram pra sempre, mas nunca da mesma forma como começaram. Absolutamente tudo é mutável. E acolher as mudanças e lidar com elas só depende da gente”
(Monocromático — Rafael Ribeiro)

O outro Vicente (Camila Marciano)
O começo deste conto me deixou um pouco confusa. A narrativa parecia poética. E então eu me apaixonei. Pela escrita, pela história, pelos personagens.

Trata-se da história de um neto que está acompanhando a internação da avó, dona Odete.

“Como pode um lugar onde a gente morre não ter cor nem de vida, nem do contrário?”
(O outro Vicente — Camila Marciano)

Claro que, neste momento, um mistério surge: à beira da morte, Dona Odete quer que o filho dê um recado para Paloma. Mas quem é Paloma?

Uma história que quase me fez chorar.

Corações tortos (Luiz Gouveia)
Corações tortos é uma história um pouco mais pesada, pois contém cenas de briga e agressão. E, apesar disso, é uma história extremamente necessária, por retratar uma realidade que, infelizmente, ainda persiste.

O conto termina com uma dose de quentinho no coração que alivia parte da angústia ali apresentada.

“É… não sei como te dizer, mas parece que você fez uma bagunça aqui dentro e eu… gostei”
(Corações tortos — Luiz Gouveia)

Banho de lua (Mariana Jati)
Ao contrário do conto anterior, este aqui inspira leveza: um grupo de jovens amigos que vai passar a noite na mansão da Lai.

Uma narrativa cheia de representatividade, umas doses de insegurança e muita fofura.

3 versões de mim (Leonardo Antan)
Acho que o título já nos dá um bom panorama do que vem pela frente. Mas ele não nos conta uma coisa: é o dia do casamento de Daniel e Gui.

“Sorrio ao pensar no meu futuro marido, o Dani. Imagino-me anos atrás e fico orgulhoso. Afinal, cheguei onde mais sonhava. Se o Gui do passado estivesse vendo essa cena estaria comemorando”
(Três versões de mim — Leonardo Antam)

Um dia que já nos deixa carregados de emoção, mas que para Gui ganha contornos ainda mais interessantes: a possibilidade de conversar com seu eu do passado, mas também de receber alguns spoilers do futuro.

“Viveria uma história sabendo que ela pode dar errado?”
(Três versões de mim — Leonardo Antam)

Um conto que, para além de nos fazer viajar nessa situação hipotética bem interessante, também nos coloca para pensar sobre variados tipos de preconceito.

“Afinal, o mundo faz questão de dizer que só as pessoas magras que importam”
(Três versões de mim — Leonardo Antam)


Flores para Ellen (Jonas Maria)
Para fechar a antologia, outro conto distopico e sombrio.

“Acho que já devemos ir, Niko. Ela já deve estar lá — Alisson usou um tom de voz mais ansioso do que gostaria”
(Flores para Ellen — Jonas Maria)

O conto é triste e retrata uma realidade em que seus personagens precisam lutar para conseguir remédios e sobreviver.

site: https://blogdastatianices.com/2024/04/02/orgulho-de-ser-antologia/
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segtovich_ 21/03/2024

Livro conforto pra comunidade lgbtqia+
A mistura de gêneros literários e representatividade lgbtqia+ é uma delícia! é para agradar a todos, SIM, e é maravilhoso! Leiam leiam leiam aaaa romances gostosinhos, reflexões profundas, chororô e gritaria, td num livro só enfeitado com um arco-íris, perfeito!
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romancejunkie 06/02/2023

Lindo
É com livros assim que eu lembro do amor que eu tenho por contos, histórias muito bonitas e tocantes.
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JP 11/01/2022

Poderia ser melhor. Leiam e tirem suas próprias conclusões.
Dificilmente uma antologia de contos consegue trazer profundidade o suficiente para que nos conectamos com as histórias. Gostei de poucos dos contos contidos nessa antologia, alguns me incomodaram em pontos muitos específicos e pessoais.

O livro em si não é ruim, mas a disparidade entre os contos torna a leitura desequilibrada. De maneira geral da pra passar um tempo, tem um teor alto de representatividade, mas não senti que o tom dela foi correto.

Mas isso também é questão de gosto pessoal, pode ser que pra outras pessoas eles sejam incríveis, e tá tudo bem, só não faz meu tipo.
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Luciana 04/01/2022

Gostei de alguns contos mais que outros. Alguns achei meio incompletos e até um pouco sem graça. Mas acredito que o mais importante é a mensagem que queriam passar. Por isso, vale a pena dar uma chance.
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ShirleyStortLeite 31/12/2021

???????
Última leitura do ano pra terminar com chave de ouro e coração quentinho.
Só quem tem um filho Trans sabe o que significa essa representatividade na literatura.
Um mundinho só deles, pra se identificarem e compartilhar as experiências vividas.
Infelizmente ainda numa sociedade completamente obscura quanto ao preconceito, vivemos muitos dramas desnecessários. Mas com a ajuda de algumas almas boas, o mundo vai ficando mais colorido e ganhando novos valores.
É só isso que o livro conta em suas diversas histórias.
Sobre ser, e ter orgulho disso.
Leitura em homenagem ao meu filho Gabriel.
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Bea 14/06/2021

Contos diversos e necessários
Uma leitura bem rápida, gostei muito desses oito contos (o meu favorito foi "O outro Vicente"), uma antologia ótima para quem está começando a conhecer histórias LGBT+. Recomendo!
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Junior.Archanjo 18/02/2021

Literatura nova
Eu achei bem interessante como nos contos vencedores e escolhidos para esse livro, temos histórias inspiradas por estilos ou formatos já conhecidos, porém o foco principal delas é apresentar personagens reais e o mais diverso dentro da sigla LGBTQIA+

Tem aqui ficção científica, romance YA, infanto-juvenil e elas trazem a diversidade dos personagens como uma característica da história, não permitindo que apenas essa seja a história principal.
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Swellen 21/12/2020

Leitura Finalizada

Os domingos voltaram a ser dedicados a leituras rápidas e em e-books.

O escolhido de hoje foi um livro de contos organizado pela @machadothati junto a grandes escritores da atualidade. O assunto? O amor! Repleto de contos lindos e reflexivos a sua maneira. Um defeito? Eles acabam rápidos demais! Eu sei. São contos! Mas poxa, queria mais!

Parabéns a todos os envolvidos. É um trabalho lindo!

E assim, deixo aqui uma das frases que mais gostei...
📌
"Amar não era sortear um nome, sexo ou identidade. Era espontâneo, vindo de dentro."
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lays.azevedo.94 11/12/2020

Esse não foi o primeiro livro que li de contos LGBTQ+, porém achei que poderia ser melhor, comparado ao que li anteriormente.
Não é que seja ruim, tem contos legais, mas poderiam ser um pouco maiores, com mais detalhes, início e fim mais bem estruturados. Enfim... Não é uma leitura ruim, mas não foi uma das melhores.
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Sofia 09/12/2020

Adorei!
"Orgulho de ser" é uma antologia de contos escrita por 8 autores.
Cada conto trás uma história bem diferente da outra, essa variedade é um ponto muito bom!
Cada um deles têm universos e aborda questões de uma maneira diferente.
Meu favorito foi #Multicor, por ter um ótimo desenvolvimento e um final bem diferente do que eu imaginei.
É uma leitura rápida e com reflexões atuais!
Recomendo!!!
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Flora 26/11/2020

Representatividade e muita criatividade!
Gostei muito dessa leitura. Contos leves, gostosos e fluidos de ler. Temas importantes retratados de uma forma cuidadosa e muito criativa! Adorei as premissas dos contos e alguns eu gostaria que fossem até mais longos para desenvolver mais a história e os personagens. Uma leitura importante e representativa que vale muito a pena!
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Carous 25/11/2020

Multicor
História curtinha (óbvio!), bem escrita, coesa, envolvente. A autora soube conduzir bem os desdobramentos e a apresentação dos personagens. Não deu um passo maior que as pernas.
Achei interessante essa Instituição que detecta pessoas LGBTQIA+ em situação de risco, resgata e dá abrigo e carinho. É uma espécie de Casa Nem com muitos recursos e um patrono milionário.
Não entendi porque Thalia era referida como "garota latina". Se isso era para dar alguma pista de como a personagem era fisicamente, eu continuei no escuro. Pessoas latinas são muito diversas.
Esse conto tem muitos gatilhos.

A garota no bar
Não entendi bulhufas. Acho que o gênero deste conto é ficção científica e se passa numa cidade alternativa ou futurista.
Não sei se a personagem é não-binária, lésbica ou bissexual. Não faz diferença na história, mas é para mostrar a dimensão das informações vagas.
Tem um início de romance aqui que eu shippei e achei fofo.
Apesar desses problemas, gostei da escrita do autor. E é um conto curtinho, então dá pra sobreviver apesar da minha confusão.

Monocromático
Gostei bastante.
Tem umas frases meio cafonas e discurso militante batido, mas tudo bem (não julgo porque eu também utilizo esses discursos às vezes).
Adorei a história de amizade e amor entre Luiz e Paulo

O outro Vicente
Gostei da história, de como os personagens se comportaram e de como o conto foi escrito bem e com delicadeza. É o tipo de texto que me atrai. Teve um bom desenvolvimento.
Só acho que não entendi as duas últimas frases?

Corações tortos
Gostei da escrita do autor, mas achei que o desenvolvimento ficou a desejar. Estava interessada na história, mas ela acabou abruptamente. Quase parece que o autor não sabia como finalizar então simplesmente parou de escrever.

Banho de lua
Achei muito fofinha a história e, devo dizer, foi um dos poucos contos cujo final não pareceu apressado ou aberto simplesmente porque quem escreveu não conseguiu pensar num desfecho melhor.
Excelente.

3 Versões de mim
Fiquei meio confusa com as três versões do protagonista, mas gostei da ideia do conto e a execução foi boa.

Flores para Ellen
Não entendi o objetivo desse conto, muito menos o que pensar do final.
Uma pena porque estava caminhando para algo interessante, mas acho que acabou o tempo

Veredicto final: Essa antologia tem seus altos e baixos. Uns contos deixaram a desejar após um começo promissor, outros foram muito bem pensados e colocados no papel.
Espero que esse trabalho funcione para que esses autores aperfeiçoem sua escrita e compreendam como se sentem mais confortáveis para escrever.
É importante que histórias com personagens LGBTQs sejam escritas, mas é importante que não fiquem só nisso.
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Sareka 30/08/2020

Bem bacana, um compilado de histórias engraçadas e emocionantes. Você realmente não espera pelos enredos que vai encontrar.
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iamcoito 26/08/2020

Podia ser incrível, mas simplesmente não trouxe contos que parecem estar no mesmo nível de qualidade. Uns bons e outros nem tanto.
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