Wallace17 31/10/2021
Guerra contra quem?
Imagina um grupo diminuto de pessoas que encontram algumas justificativas questionáveis, mas, que fossem suficientes para convencer uma parcela da sociedade que precisa nomear os seus medos e frustrações?!
Exemplificando, visualiza a proibição das bebidas alcoólicas. Para ilustrar, imagina que fosse o uísque.
Anterior a proibição, as fábricas de uísque empregavam centenas de milhares de pessoas. O Estado cobrava impostos robustos e agências regulamentadoras atestavam os lotes de uísques produzidos. No entanto, nada disso será possível, pois a bebida agora é ilegal.
Porém, nem tudo tá perdido, os grupos que forneciam o uísque, encontram um meio de traficar a bebida. Mas, se antes um uísque custava R$250,00, agora, com a ilegalidade, não sai por menos de R$1.000,00. Sem regulamentação alguma, um litro da bebida vira 4, 5, até 6 litros de bebida adulterada.
Como ficaria a vida de uma pessoa que sempre bebeu uísque? Certamente a saúde desta pessoa seria comprometida. Além de correr o risco do mercado ilegal e dos enquadrados da polícia (se a pessoa for negra, 10 vezes o risco). Será que o número de assassinatos pelo controle do uísque aumentariam? E os viciados, roubariam para manter o consumo? Os presídios ficariam lotados?
E se você fosse o/a chefe/a de Estado?
1 - Criminalizaria o uísque, investindo fortunas na repressão?
2 - Legalizaria a produção de uísque, tirando o produto das mãos dos traficantes?
Qual das medidas tem mais efetividade? Quem perde em cada cenário?
Essas interrogações já fizeram parte da história recente dos E.U.A. No início do século XX, o álcool era proibido. Pensa como seria a vida sem a cervejinha do futebol, do happy hour. A caipirinha do rolê. O vinho do date. Champanhe das comemorações.. Quer queira, quer não, o álcool é uma droga. Nem passa pela cabeça comprar um litrão com um traficante.
Na Fissura, questiona a proibição das demais drogas. Proporcionando aos leitores: contexto histórico do início da proibição, entrevistas com agentes anti-drogas, traficantes, usuários, familiares. Sendo o ponto alto da leitura as evidências que a ciência trás sobre o uso das substâncias ilícitas. Uma leitura super relevante e reveladora!