Na Fissura

Na Fissura Johann Hari




Resenhas - Na Fissura


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Cleber 25/05/2022

Para entender uma das maiores guerras da humanidade
Escolhi esse livro para o Desafio livrada 2022 e realmente foi ums ótima escolha sobre o tema. Uma obra necessária e urgente. O autor descreve muito bem sobre as origens da guerra contras as drogas e seus efeitos sobre a humanidade, através de histórias reais e de forma simples e didática. Aprendi muito com o livro e recomendo para todos que pretendem conhecer um pouco sobre a nossa sociedade e entender como algumas coisas não são bem o que parecem.
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Rafael.Luna 29/11/2021

Perfeito
Extremamente necessário para pensar qualquer coisa sobre políticas a cerca das drogas, como material narrativo é excelente, uma escrita fluída, responde todas as perguntas que o leitor se faz ao decorrer do livro. Fantástico. Leia. Urgente.
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Wallace17 31/10/2021

Guerra contra quem?
Imagina um grupo diminuto de pessoas que encontram algumas justificativas questionáveis, mas, que fossem suficientes para convencer uma parcela da sociedade que precisa nomear os seus medos e frustrações?!

Exemplificando, visualiza a proibição das bebidas alcoólicas. Para ilustrar, imagina que fosse o uísque.

Anterior a proibição, as fábricas de uísque empregavam centenas de milhares de pessoas. O Estado cobrava impostos robustos e agências regulamentadoras atestavam os lotes de uísques produzidos. No entanto, nada disso será possível, pois a bebida agora é ilegal.

Porém, nem tudo tá perdido, os grupos que forneciam o uísque, encontram um meio de traficar a bebida. Mas, se antes um uísque custava R$250,00, agora, com a ilegalidade, não sai por menos de R$1.000,00. Sem regulamentação alguma, um litro da bebida vira 4, 5, até 6 litros de bebida adulterada.

Como ficaria a vida de uma pessoa que sempre bebeu uísque? Certamente a saúde desta pessoa seria comprometida. Além de correr o risco do mercado ilegal e dos enquadrados da polícia (se a pessoa for negra, 10 vezes o risco). Será que o número de assassinatos pelo controle do uísque aumentariam? E os viciados, roubariam para manter o consumo? Os presídios ficariam lotados?

E se você fosse o/a chefe/a de Estado?

1 - Criminalizaria o uísque, investindo fortunas na repressão?

2 - Legalizaria a produção de uísque, tirando o produto das mãos dos traficantes?

Qual das medidas tem mais efetividade? Quem perde em cada cenário?

Essas interrogações já fizeram parte da história recente dos E.U.A. No início do século XX, o álcool era proibido. Pensa como seria a vida sem a cervejinha do futebol, do happy hour. A caipirinha do rolê. O vinho do date. Champanhe das comemorações.. Quer queira, quer não, o álcool é uma droga. Nem passa pela cabeça comprar um litrão com um traficante.

Na Fissura, questiona a proibição das demais drogas. Proporcionando aos leitores: contexto histórico do início da proibição, entrevistas com agentes anti-drogas, traficantes, usuários, familiares. Sendo o ponto alto da leitura as evidências que a ciência trás sobre o uso das substâncias ilícitas. Uma leitura super relevante e reveladora!
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Rafael M. 16/10/2021

A guerra sem fim.
Desde a minha adolescência esse assunto sempre esteve ligado ao meu interesse, direta e indiretamente. Tive contato com as drogas muito cedo, e aprendi onde se deve ou não pisar, sobre quais eram, no imaginário popular, as pesadas e as tranquilas.

Essa leitura traz uma dinâmica profunda sobre caminhos que podem ser traçados no caminho do progresso, e isso não pode ser enxergado de uma forma somente política mas, também, humana. O desinteresse na existência do próximo é tão banal que tudo que os envolve acaba sendo descartado dos debates públicos.

O problema é bem mais profundo como costuma acreditar parte do senso comum e será enquanto esse assunto for tratado como um tabu intransponível.

O mito que se criou em cima do usuário e da droga nos obriga a lidar com opiniões desconexas da realidade diariamente, criando uma cultura proibicionista, que impede que tratemos isso de uma forma objetiva, obrigando os que querem se informar, os que precisam se tratar e os que têm compaixão, de conseguirem se aproximar, criando um laço que ajudará, de fato, a criar uma base sólida que irá abrigar uma rede de acolhimento e debate.

Por fim, leitura extremamente necessária.
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clarabitar 27/09/2020

Viciante.
Nesse livro, Johann Hari traz em provas concretas o fracasso global na guerra contra as drogas, além das alternativas que alguns países tomara e salvaram milhares de vidas..

?Usar drogas é apenas um sintoma do sofrimento, é necessário chegar às origens dos motivos pelos quais dependentes querem ficar chapados. Pode-se ficar sem drogas por um tempo, mas se os problemas que existem na sua cabeça não forem resolvidos, tudo volta.?

?A proibição é uma espiral negativa, as pessoas são humilhadas e se tornam cada vez mais dependentes?. Pessoas precisam de pessoas. A espiral do sofrimento causada pela guerra às drogas PRECISA ser substituída por uma corrente de cura.

Apenas leiam este livro. Se eduquem. O oposto da adição não é a sobriedade, é a conexão. É tudo que podemos oferecer e tudo que irá ajudá-los no final.
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Camila 18/07/2020

Divisor de águas
Minha vida é dividida entre antes desse livro e depois. Antes, eu tinha lá minhas dúvidas e ressalvas quanto à legalização das drogas. Mas se legalizar, o uso não vai aumentar? E a vida de milhares de pessoas que são destruídas diariamente pelas drogas? A resposta pra todas essas indagações encontrei nesse livro. A cada página um conceito era revisado e um preconceito desconstruído. É um ÓTIMO livro pra quem se interessa pelo assunto porém não tem muita base argumentativa. E também é ótimo pra quem não se interessa também. Diferentemente de vários livros que abordam esse assunto com uma linguagem mais acadêmica, esse tem uma linguagem fluida, envolvente, com histórias reais (de médicos, policiais, traficantes, ex-membros de cartéis, dependentes químicos, políticos, cientistas) e comoventes, e reflexões extremamente necessárias.
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Ane Elyse Fernandes 09/03/2020

Uma obra que nos ajuda a refletir sobre a guerra às drogas.
Esse livro é um tapa na cara para quem defende o modo de combate às drogas que seguimos reproduzindo. Através de vários dados e estatísticas, bem como, à outras propostas e argumentos, o autor demonstra quão importante é repensar o modelo vigente, o qual baseia-se no autoritarismo, na criminalização e violência contra usuários e adictos. Chama a atenção como tal proposta emerge sob um viés racista e que vem se transformando, cada vez mais, como um instrumento de genocídio e encarceramento contra as minorias pobres, negras e latinas, bem como, de tantas outras espalhadas pelo mundo. O relato final, quando o autor discute sobre o Brasil é um verdadeiro tapa na cara, pois demonstra como a nossa formação sociocultural e história ligada à escravidão e ao racismo estrutural que marca a nossa sociedade, vem corroborado para que o Estado e a política de segurança seja visto como uma máquina de guerra. Dói ler e saber que realmente o projeto de SP foi desmantelado e que, seguimos retrocedendo tanto nessa área, desde a ascensão da extrema-direita (tanto a nível estadual quanto nacional). Espero que Raull continue sua história, denunciando a violência da polícia do Rio de Janeiro, tanto quanto, possamos ouvir novas vozes, escutar outras propostas e desconstruir nossa visão sobre tal questão que é de saúde pública (ao invés de ser criminal).
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