Resenhas - A Menina da Montanha

JAQUEAMOLIVROS0 05/03/2023

O poder que a educação tem na vida das pessoas
Ler esse livro foi um misto de aprendizado e sensações, principalmente por se tratar de uma história real, a trajetória de Tara e inspiradora. Confesso que foi muito triste ver como era a relação da família dela, fico muito feliz dela ter conseguido finalmente se distanciar de alguns membros, é aquele velho ditado, tem pessoas que fazem muito mal.

Paulinha 04/03/2023

Intenso
Uma leitura difícil, cheia de gatilhos, abuso, negligência, injustiça, dor, machismo, patriarcal...

É a autobiografia de Tara, que nesse momento já está em paz e relata tudo de maneira muito tranquila, até difícil entender ela, eu passei muita raiva, mas imagino o caminho difícil que ela trilhou e que após muita terapia o mãos fácil é se desapegar mesmo

Letícia 24/02/2023

Perfeito!!
Que livro emocionante!!! A autora teve tanto cuidado ao escrever sobre a família, mesmo passando por momentos tão assustadores ao lado dos pais e mesmo assim conseguimos entender o lado de cada um em sua história. Senti muita verdade no último capítulo e me emocionei muito com as suas reflexões sobre si mesma, me identificando em muitos momentos. Livro sensacional, indico muito a leitura.

Roberta.Justel 15/02/2023

Termino "A menina da montanha" com aperto no coração e vontade de abraçar Tara Westover. Uma história de superação de abusos e violências intrafamiliares, de impactos de transtorno mental dos pais/cuidadores nos filhos que só por meio do distanciamento, da ruptura com esses laços tóxicos e da educação pôde acontecer. Gostei muito!!

Pietra 08/02/2023

Existe um mundo lá fora
“— Existe um mundo lá fora, Tara — disse. E ele será muito diferente quando papai não estiver mais sussurrando a visão dele no seu ouvido.”

Imagine crescer em uma família isolada da sociedade. Viver em constante medo de que o governo vai te perseguir. Acreditar em Illuminatis. Pensar que a escola faz lavagem cerebral. Enxergar o outro como inimigo. Montar um estoque de comidas e armas porque o fim do mundo está chegando. Crer que tudo o que seus pais pregam é a verdade absoluta.

Atingir a maioridade sem saber o que foi o Holocausto, quem foi Martin Luther King e a importância da emancipação das mulheres.

Parece ficção. Que pessoas assim não existem, que ninguém tem essas paranóias. Mas a realidade que Tara Westover viveu não é um caso isolado.

Nascida nas montanhas do estado de Idaho, nos Estados Unidos, Tara cresceu ao lado de seus seis irmãos em uma casa que menosprezava o mundo externo. A religião da família, Mórmon, servia como ponto de partida para alimentar vários dos delírios extremistas que seu pai doutrinava.

Até os seus 17 anos, Tara pensava que o seu destino já estava selado. Viveria como as sua mãe e as outras mulheres que conhecia: ia se casar, ter filhos, dar educação dentro de casa e ser parteira. Mas o choque e a decepção de se sentir abandonada por ver seu irmão mais próximo partir para a faculdade foi um dos impulsos que ela precisava para construir seu próprio futuro.

“A distância física e mental percorrida na última década quase me tirou o fôlego, e pensei que talvez eu tivesse mudado demais. Todos os meus estudos, leituras, pensamentos, viagens teriam me transformado em alguém que já não pertencia a lugar algum?”

A jornada de Tara para se desprender uma família tóxica não foi fácil. Imagino então a coragem que ela teve ao escrever essa autobiografia. Grande parte de seus relatos se baseou em diários e também a partir de depoimentos de alguns de seus irmãos.

Impossível encontrar uma parte do livro que não seja interessante. Conhecer a rotina de sua família, o relacionamento com seus avós. Até a falta de higiene e o ambiente da casa sujo e desorganizado.

A partir da época em que passa pela puberdade e entra na faculdade, sua vida deixa de ser fácil. É um momento de conflito interno: ela vê que as coisas são muito diferentes do que seu pai a ensinou, mas ao mesmo tempo tenta adaptar a visão dele para interpretar à sua volta.

É interessante ver esse conflito e como ela é sincera consigo mesmo. A visão de mundo dos seus pais era tão poderosa que ela duvidava da realidade bem na sua frente.

“Às vezes esse ceticismo tomava a forma de uma certeza inflexível. Em certos dias, quanto mais eu duvidava de minha própria sanidade, mais violentamente eu defendia minhas lembranças, minha “verdade” como a única possível.”

O relacionamento abusivo com um de seus irmãos é uma das passagens mais pesadas e difíceis. É possível ver como esse ceticismo atuou para que ela guardasse as mágoas dentro de si até o momento de sua libertação.

E apesar de ver que sua família é preconceituosa e ignorante, ela ainda mantém a esperança de que um dia vai ter um relacionamento alegre e saudável com todos, sem paranóias.

site: https://instagram.com/copodeliteratura

Pietra 08/02/2023

Existe um mundo lá fora
“— Existe um mundo lá fora, Tara — disse. E ele será muito diferente quando papai não estiver mais sussurrando a visão dele no seu ouvido.”

Imagine crescer em uma família isolada da sociedade. Viver em constante medo de que o governo vai te perseguir. Acreditar em Illuminatis. Pensar que a escola faz lavagem cerebral. Enxergar o outro como inimigo. Montar um estoque de comidas e armas porque o fim do mundo está chegando. Crer que tudo o que seus pais pregam é a verdade absoluta.

Atingir a maioridade sem saber o que foi o Holocausto, quem foi Martin Luther King e a importância da emancipação das mulheres.

Parece ficção. Que pessoas assim não existem, que ninguém tem essas paranóias. Mas a realidade que Tara Westover viveu não é um caso isolado.

Nascida nas montanhas do estado de Idaho, nos Estados Unidos, Tara cresceu ao lado de seus seis irmãos em uma casa que menosprezava o mundo externo. A religião da família, Mórmon, servia como ponto de partida para alimentar vários dos delírios extremistas que seu pai doutrinava.

Até os seus 17 anos, Tara pensava que o seu destino já estava selado. Viveria como as sua mãe e as outras mulheres que conhecia: ia se casar, ter filhos, dar educação dentro de casa e ser parteira. Mas o choque e a decepção de se sentir abandonada por ver seu irmão mais próximo partir para a faculdade foi um dos impulsos que ela precisava para construir seu próprio futuro.

“A distância física e mental percorrida na última década quase me tirou o fôlego, e pensei que talvez eu tivesse mudado demais. Todos os meus estudos, leituras, pensamentos, viagens teriam me transformado em alguém que já não pertencia a lugar algum?”

A jornada de Tara para se desprender uma família tóxica não foi fácil. Imagino então a coragem que ela teve ao escrever essa autobiografia. Grande parte de seus relatos se baseou em diários e também a partir de depoimentos de alguns de seus irmãos.

Impossível encontrar uma parte do livro que não seja interessante. Conhecer a rotina de sua família, o relacionamento com seus avós. Até a falta de higiene e o ambiente da casa sujo e desorganizado.

A partir da época em que passa pela puberdade e entra na faculdade, sua vida deixa de ser fácil. É um momento de conflito interno: ela vê que as coisas são muito diferentes do que seu pai a ensinou, mas ao mesmo tempo tenta adaptar a visão dele para interpretar à sua volta.

É interessante ver esse conflito e como ela é sincera consigo mesmo. A visão de mundo dos seus pais era tão poderosa que ela duvidava da realidade bem na sua frente.

“Às vezes esse ceticismo tomava a forma de uma certeza inflexível. Em certos dias, quanto mais eu duvidava de minha própria sanidade, mais violentamente eu defendia minhas lembranças, minha “verdade” como a única possível.”

O relacionamento abusivo com um de seus irmãos é uma das passagens mais pesadas e difíceis. É possível ver como esse ceticismo atuou para que ela guardasse as mágoas dentro de si até o momento de sua libertação.

E apesar de ver que sua família é preconceituosa e ignorante, ela ainda mantém a esperança de que um dia vai ter um relacionamento alegre e saudável com todos, sem paranóias.

site: https://instagram.com/copodeliteratura

Ester Esli 03/02/2023

Que livro bom
não sei explicar como é bom, mas faz pensar sobre tanta coisa e entender a lavagem cerebral religosa e feminina. poha fala de tantas coisas e passa uma visão foda demais. apenas leiam. fim de papo boa noite

Gabriel 31/01/2023

Uma autobiografia diferente e muito boa
Uma história empolgante que retrata não apenas as vitórias com base na educação, mas batalhas significativas relacionado ao processo de educação familiar.

Luciana 25/01/2023

Impressionante!
Mais uma vez surpreendida por um livro que me entregou muito além do que eu esperava !
A história da Tara é muito inspiradora e eu achei que ela colocou todos os acontecimentos de uma forma muito imparcial,sem julgamentos da família super complicada e, principalmente, o quanto ela foi afetada psicologicamente por tudo que viveu com eles, mesmo sem perceber as marcas estavam presentes.
Adorei a leitura e recomendo demais!

Rosa Daré 21/01/2023

Tara Westover tinha 17 anos quando pisou pela primeira vez em uma sala de aula. Nascida nas montanhas de Idaho, Estados Unidos, era a caçula de sete irmãos. Guiados pelo fanatismo do pai, todos estavam sempre se preparando para o fim do mundo, estocando conservas e dormindo com uma mala pronta para o caso de fuga. No verão, ajudava a mãe, parteira e curandeira, a fazer remédios medicinais. No inverno, coletava sucata com o pai. Além do sistema de ensino, seu pai também desconfiava dos hospitais, por isso Tara jamais viu um médico durante a infância. Cortes, machucados e até mesmo graves queimaduras eram todos tratados em casa. A família estava tão isolada da sociedade que não havia ninguém para garantir que as crianças recebessem educação, nem para intervir nos casos de violência. No entanto, quando um de seus irmãos conseguiu entrar para a faculdade e retornou com notícias do mundo além da montanha, Tara resolveu tentar um novo tipo de vida. Aprendeu matemática, gramática e ciências para prestar o vestibular, e foi admitida na Universidade Brigham Young. Sua busca pelo conhecimento a transformou, fazendo-a atravessar oceanos e continentes, até chegar às universidades de Harvard e Cambridge, na Inglaterra. Foi quando se deu conta de quão longe tinha viajado, e se perguntou se ainda existiria um caminho de volta para casa. A menina da montanha é um relato autobiográfico sobre a busca de uma nova identidade. É um conto sobre lealdade familiar e sobre o luto de romper estes laços. Com a intensa sensibilidade que distingue os grandes escritores, Tara Westover nos oferece uma história universal que resume o sentido da palavra educação: a perspectiva de ver a vida com novos olhos, e a vontade de mudar.

"As decisões que eu tomei depois daquele momento não seriam os que ela teria tomado. São escolhas de uma pessoa mudada, de um novo eu. Você pode chamar isso de várias coisas. Transformação. Metamorfose. Falsidade. Traição. Eu chamo de educação."

"aquilo que a pessoa sabe do passado é restrito e sempre estará limitado pelo que os outros contam?

História incrível

?????????? Ótimo
07 de 2023 - Janeiro
A menina da Montanha - Tara Westover - Editora Rocco - 336 páginas

Eddy15 18/01/2023

Apertou todos os meus gatilhos
Apesar da fluidez da escrita é uma história densa, que precisa ser lida aos pouquinhos, impossível julgar qualquer decisão ou pensamento da autora. É o tipo de livro que te faz refletir por dias a fio mesmo depois de ter terminado a leitura.

Andreia410 11/01/2023

Inquietante
Um livro que te prende, pelo drama vivido e pela excelente narrativa. Inquietante. Não ha como ler a história de Tara sem se envolver, se questionar como tamanha ignorancia e insanidade pode ter acontecido num passado tao recente.

r.reads 10/01/2023

"Havia decifrado as maneiras pelas quais tínhamos sido esculpidos por uma tradição dada a nós por outrem, uma tradição da qual éramos, proposital ou acidentalmente, ignorantes. Havia começado a compreender que tínhamos emprestado nossa voz a um discurso cujo único objetivo era desumanizar e brutalizar outras pessoas, pois alimentar esse discurso era mais fácil, porque preservar o poder sempre dá a sensação de que é o caminho a seguir."

Karine 31/12/2022

Tantos absurdos que parece mentira
Esse livro é bem impactante. Conforme vai contanto sobre a vida dessa menina num lugar onde o pai se recusa a deixar os filhos terem atendimento médico, irem pra escola e outros absurdos, você até acha que não, não pode ter sido real. Mas sim, existem pessoas extremistas no mundo e é chocante demais.

Recomendo demais essa leitura, foi um dos melhores livros desse ano que li!

joaoderstand 28/12/2022

ainda bem que tenho terapia essa semana viu, pq essa daqui vai ter que ser levada pra minha psicóloga kkkk