O Fortim

O Fortim F. Paul Wilson




Resenhas - O Fortim


32 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Adri 17/07/2010

uma decepção...
Eu não sei exatamente porque, mas alimentava grandes expectativas a respeito desse livro e do autor... Na verdade, eu fui descobrir a existência de F. Paul Wilson por acaso, quando encontrei o Represália quando olhava os livros da sessão de terror de uma grande livraria, vi que o livro era antigo e estava em ótimo estado, e como sou fã de livros de terror (e filmes) dos anos 80, comprei. Entendi que o este seria sequência de outros dois livros anteriores, então resolvi adquirir O Fortim e O Sepulcro antes ler o Represália. Eis que concluo a leitura de O Fortim...
Como eu já comentei em outras resenhas, é até tolerável um livro que se mantenha firme no início e meio, e descamba no final, mesmo isso sendo decepcionante... Agora, um livro que desanda logo no meio, torna a leitura um ato que exige muita força de vontade para que se tenha ânimo de continuar até o final, e como eu odeio deixar leituras incompletas... Bom, é isso que acontece com o Fortim: começa muito bem, com uma contextualização histórica muito boa, instaurando um clima bem interessante à trama, elementos se amarrando bem, construindo bons personagens, até que apresentam a chatinha Magda e a relação grudenta dela com o pai, o professor Cuza. A partir da metade a narrativa fica boba e parecendo um daqueles romances açucarados baratos de banca de revista, quando passa a dar um grande enfoque ao romance de Magda e Glen, e suas reflexões desnecessárias e cansativas. Um erro... O núcleo de personagens militares nazistas é muito mais interessante e o enfoque deveria ter sido deixado neles.
Contudo, ainda alimento uma esperança em relação a qualidade do autor em outros de suas obras - afinal, até Stephen King tem livros ruins! -, vou dar mais uma chance, mesmo assim vou precisar respirar fundo e tomar coragem antes de iniciar a ler os próximos livros...


Marselle Urman 02/12/2010minha estante
Concordei totalmente com sua resenha! Acho que nossa opinião vai no mesmo sentido, tanto que eu pretendia ler o "hell House" mas depois de ler sua resenha perdi a vontade!


Flavio Assunção 11/01/2011minha estante
Tenho em estoque vários livros do autor. Realmente é difícil querer lê-los após essa decepção. Mas o farei. Gostei da forma de escrita dele. Só espero não encontrar nos próximos outra história de amor ridícula e uma trama de fantasia trash.


Rodrigo 13/10/2021minha estante
Hell House é do Matheson e não do Wilson...




Flavio Assunção 11/01/2011

"O Fortim" foi o primeiro de F. Paul Wilson que li. Esperei um longo tempo para isso, tanto é que passei quase um ano com a obra em mãos e outras três do mesmo escritor continuam na estante. Não foi por falta de vontade, apenas queria esperar o momento certo. E quando finalmente o li, fiquei com o gostinho de decpção, de que poderia ser muito, mas muito melhor.

De fato, o livro impressiona em um primeiro momento, nos fazendo devorar as páginas. Mas quando chega na metade, desanda de uma forma grosseira, diria até estúpida. A história é basicamente sobre um esquadrão de elite do exército alemão que vai até Passo Dinu, na Romênia, ocupar um forte que poderá servir de posto de observação para invasões de inimigos. Mas, na primeira noite do grupo comandado por Klaus Woermann, há uma violenta morte. A partir daí, todas as noites um soldado tem a garganta estraçalhada. O major então pede ajuda a alta cúpula nazista, que envia o capitão Kaempferr e sua Guarda de Ferro para buscar uma solução para aquilo.

Até aí a abordagem do livro é fantástica, já que em meio ao terror instalado no fortim, há grandes embates entre Woermann e Kaempffer por seus temperamentos e ideologias diferenciadas. Mas então, o autor nos apresenta a chatérrima Magda e seu pai Theodor Cuza logo na metade. Então tudo é posto a perder, ainda mais quando um tal Glenn aparece. E o que vinha sendo uma história interessante e assustadora se transforma sem explicação em um romance tosco e em algo beirando a uma grotesta fantasia, digna dos piores filmes trashs dos anos 80/90.

Afora isso, tenho que admitir que F. Paul Wilson escreve super bem. A leitura flui fácil e os diálogos são ricos em sua essência. Mas nem isso salva a última metade e é preciso persistência para chegar ao fim, quando você se dá conta de que o autor estragou um livro que poderia ser perfeito.

Apesar da decepção, não pretendo deixar de ler seus livos. Mestres do suspense e terror, como Dean Koontz e Stephen King, tem livros terríveis. Então, porque esquecer F. Paul Wilson com seu "O Fortim" que é razoável ou até mesmo bom? O lerei novamente, agora sem a expectativa no alto. Quem sabe assim não me decepcione... ou até mesmo me surpreenda.
Bruno 04/03/2013minha estante
Comentário perfeito.

Esse livro me marcou pois foi um dos primeiros livros de verdade que li quando era criança. Li quando tinha uns 10~12 anos, não lembro.

Fiquei com o livro na cabeça durante muitos anos quando um dia resolvi ler novamente. Que decepção. A parte final é ridícula.

Mas independente disso, por ter me estimulado o gosto pela leitura, ele será sempre bem lembrado por mim.



Jackie Sabino 15/12/2013minha estante
Perfeito! Na metade a história desliza e bem feio. Também me decepcionei. Não encontrei nenhuma cena de terror, apesar da escrita inegavelmente bem feita do autor. Senti que Wilson segurou demais as informações e quando resolveu soltá-las, só decepcionaram e ficaram fantasiosas demais...




Marselle Urman 02/12/2010

Decepcionante
Até tinha começado bem, os personagens estavam interessantes.
Depois desandou totalmente.

Conflito profundo entre o bem e o mal, forças supremas...blá blá blá

Fiquei procurando a referência a Lovecraft de que Wilson tanto se gaba, não há nada além da menção ao autor profano (Abdul) do tal livro secreto e algumas cenas ocorridas no porão do fortim. A linha histórica, que tinha começado até precisa, degringolou em pretensão demais pro meu gosto.

Resumo: uma aventura de RPG medieval escrita por uma mocinha que gosta de ler livros da série "Sabrina".

Patético.
Adri 02/12/2010minha estante
ha! partilhamos da mesma opnião mesmo!
leitura total desperdiçada!


Flavio Assunção 11/01/2011minha estante
Realmente, desandou grotescamente na metade. No final das contas ficou uma coisa boba.




Jack Ventrue 24/01/2009

Gostei
Uma estória de terror, contada - em certas partes - com detalhes interessantes. Não chega a dar medo, mas é uma boa leitura.
diogoans 09/12/2017minha estante
Eu tive a sensação de chance perdida. Claro que o autor tem toda a liberdade para direcionar sua história, mas ele criou um clima tão intenso e envolvente nas primeiras 100 páginas que foi substituído por um romance sem relevância. O protagonista inicial simplesmente some, sem motivos. Acredito que se tivesse mantido o clima de suspense, mesmo que ficasse um livro com uma história genérica de vampiro, não seria inédito, mas sim genial.




Christine 11/02/2009

Sou suspeita pra falar desse livro.
Adoror livros ambientados na segunda guerra e adoro igualmente livros de terror, sendo assim, esse é uma obra prima, está definitivamente entre os melhores livros que já li do genero e nem vou perder tempo, vou logo atrás dos outros livros do autor.
Fernando Sousa 20/11/2019minha estante
Amo esse livro. Um viva a era de ouro da literatura de terror.




Mila 16/07/2020

O autor não sabe criar uma personagem feminina verossímil
Contêm spoilers: O título da resenha mostra basicamente a única coisa que me incomodou. No início temos uma moça (praticamente a única mulher do livro) que, em um primeiro momento, me trouxe uma brisa de alívio - teremos um olhar feminino e bondoso em meio a uma massa de nazistas idiotas. A princípio, me parecia uma personagem muito interessante e bem escrita, forte, determinada, madura, responsável, capaz de se sacrificar pelo pai. Mas tudo isso vai por água abaixo quando conhece Glenn.

De repente parecia que eu estava lendo o roteiro de uma novela mexicana, com direito a muitos pontos de exclamação: "Até esse momento, Magda não sabia o que era viver! Como estava feliz agora! Oh, Glenn! Como ela o amava! Oh!".
Não demorei a notar que o autor simplesmente não sabia escrever personagens femininos, e toda a coerência de Magda desapareceu. De repente a mulher madura, responsável e comedida de 30 anos se tornou uma adolescente fã de boy bands, sendo Glenn tudo o que ela sempre quis na vida. Ele, é claro, era o homem "cheio de masculinidade e vigor" (característica que foi dita diversas vezes) e ela a virgem que nunca sequer tinha sentido desejo por ninguém, e que vai para cima dele pedindo para transar depois de ter sido traumatizada e quase estuprada por nazistas. Essa foi a hora em que eu quase abandonei o livro.

O personagem de Glenn me incomodou um pouco também, simplesmente porque ele não parece ser um cara que viveu milênios. Acho o personagem de Rasalom muito mais interessante. É legal que Glenn não seja a figura do herói incorruptível, ele mesmo não diz que ele está do lado do "bem", exatamente, o que traz mais complexidade a ele, mas seu apego exagerado ao mundo e ao seu recentíssimo romance, sobrepondo à sua própria essência de extinguir seu inimigo de longa data, não me convenceu. Principalmente quando fala, no final, que dentre todos os seus amores de todos os milênios, nunca amou alguém como amava Magda - que ele conhecia há, sei lá, uma semana?

Enfim, por mais que eu goste de romance, acho que esse livro ficaria muito melhor sem se aventurar por esse lado. Ainda assim, é uma história que vale a pena ser lida, muito intrigante, criativa (lembrando que foi escrita há quase 40 anos), por vezes assustadora, e com o personagem Rasalom muito bem desenvolvido.
Cripta Da Leitura 04/03/2024minha estante
Realmente, acabei de ler este livro, e esse romance foi de doer kkk




Bruno 09/05/2019

Começo Bom. E Só...
Depois de tanto ouvir falar desse livro resolvi me dedicar a sua leitura. E a sensaçao que fica é a mesma de tantas resenhas que li por aqui, que o livro começa bem mas desanda.

Na primeira metade ele vale a atenção. Tem tudo para ser um clássico. Temos um cenário ideal, um clima ideal e personagens que parecem que se tornarão memoráveis. As passagens de suspense realmente dão aquele gelo na barriga, deixa o leitor apreensivo para se aprofundar mais e as páginas viram sozinhas

Ai vem a odiosa segunda parte: um misto de romance mexicano com suspense barato tipico daqueles filmes de terror B. Surge na história dois personagens que de início paraecem que vão revelar segredos mas a única coisa que fazem na história é torna-la o mais chata possivel. Temos o profeasor Cuza, velho e acorrentado á sua cadeira de rodas e que parece ter todo o conhecimento sobre o que está acontecendo no Fortim. A principio parece ser aquele tipico personagem que depende apenas do seu intelecto para ser importante na historia. No fim vemos que ele é traido pela sua propria inteligencia. Tem tambem a Magda, sua filha. Essa é de doer. As passagens dela são marcadas pelo sentimento de adolescente apaixonada e sonhadora, que não acrescenta nada e só serve para tirar o foco da verdadeira história. O pior é que o autor da muito espaço e importancia para essas passagens melosas. Serio, da vontade de rasgar o livro, se você suportar é porque tem baatante força de vontade. Ai eu pergunto.. o que o autor quis com essas duas personagens no livro? Ao meu ver foi apenas para dar uma abertura na história para poder encaixar o desfecho. Se foi isso, uma pena, porque dava para fazer um desfecho muitissimo melhor sem dedicar metade do livro a dois personagens tão profundos como uma colher de sopa. Ao meu ver um grande despedicio de tempo sumplesmente para estragar a história.

A nota 3 estrelas vai pela média. A primeira parte merecia 5 estrelas. A segunda, acho que 1 seria muito. Então no fim 3 estrelas está ótimo. Ainda tive o azar de ler o livro em uma epóca em que não estou tendo praticamente tempo nenhum para dedicar a leitura, o que se tornou ainda mais penoso para terminar.

Vale a pena? Se vocé tiver paciencia acho que sim. Se for aquele leitor que não tem receio nenhum de abandonar um livro então nem comece.
Mila 16/07/2020minha estante
Concordo. Eu acredito que a personagem de Magda inicialmente era uma coisa (a filha inteligente e forte, determinada a se sacrificar para cuidar do pai, não dando importância a nada além disso). No início ela mesma disse que não tinha vontade de se casar, nem atribuiu sua falta de relacionamento amoroso à condição do pai, embora fosse uma óbvia razão. Mostrou-se bem corajosa nos primeiros dias no fortim e achei que seria uma personagem incrível. Porém, foi só chegar Glenn que ela muda da água pro vinho. As passagens dela começam a ser terríveis e para mim ficou claro que se trata de um autor que não sabe retratar uma mulher, não sabe escrever uma personagem feminina verossímil (vou nem entrar em detalhes o fato de ela ter sido quase estuprada, ficar traumatizada e na mesma noite querer dar pro cara, sendo ainda virgem. Nessa hora eu quis largar o livro). Magda acabou ficando retardada e contraditória. Uma pena. E, apesar de eu gostar de romance, ficou muito brega o negócio de "estou vivo há milênios e já tive muitas mulheres, mas nunca amei nenhuma delas como amo você".




Dessa 09/10/2017

A história se desenrola a partir do momento que chegam ao Fortim alguns alemães, liderados por Woermann, para montar uma base, devido a localização privilegiada. Lá encontra um pai e filho que nada sabem do lugar, mas que vão diariamente ali para manter em condições impecáveis o local, recebendo anualmente seu salário de uma fonte desconhecida. Na primeira noite, motivado pela ganância , um dos soldados resolve abrir um local liberando um ser que há muito estava preso e assim começam as mortes. Um soldado por dia. De maneira terrível. Até Woermann pedir ao alto escalão permissão para sair do local, a qual foi negada e além disso, mandado para lá outra remessa de soldados, dessa vez, nazistas, da SS, para terminar de vez com a matança dos alemães. Esses 2 capitães, com ideações diferentes, iniciam uma batalha para decifrar e conter o assassino que não sabem o que é . Ao mesmo tempo que o mal é liberado, um forasteiro do outro lado do mundo começa uma saga para chegar a tempo de conter esse mal. Outros 2 personagens são acrescentados a obra, um senhor com problemas graves de saúde que é historiador e sua filha , que foram chamados para decifrar através de livros antigos o que pode estar acontecendo e tentar conter.
O livro que é considerado terror tem mais uma pegada de suspense e mistério. Resumindo, uma luta entre o bem e o mal. O terror mesmo acontece dentro do Fortim, a cada noite, na expectativa de quem será o próximo a morrer.
Os comandantes alemães com suas ideologias diferentes se unem para conter o mal. Mas é doloroso acompanhar os pensamentos do comandante da SS, com todas as suas maldades praticadas contra os judeus...esse comandante pra mim é tão mal e cruel quanto ao ser que se apresenta toda noite.
Achei desnecessário o romance criado da metade pro final, o cara sai do outro lado da Europa a fim de conter o mal e chegando lá é desviado de suas pretensões porque se apaixonou. Imaginei que a participação dele na história seria um diferencial, mas o cara se dá por contente ao ficar no vilarejo deixando as coisas se desenrolarem no fortim, sabendo que a situação poderia sair do controle e ele perder a batalha. Em um determinado momento ele destrincha para a Magda tudo que aconteceu com o pai dela, como foi manipulado, o que se esperava do MAL, exatamente como realmente aconteceu. Por que ele não foi conter a situação eu não sei, principalmente sabendo que o cara tem um conhecimento de cada pedra daquele lugar, e pode muito bem entrar a qualquer momento. Mas, preferia ficar atrás da moita observando o Fortim. Isso decepcionou um pouco. Inclusive, a batalha final decepcionou um pouco tb....
Enfim, o livro tem uma escrita agradável, o autor aos poucos vai descortinando todas as questões fazendo-nos ficar presos na história até realmente descobrir a verdadeira questão pois tb somos manipulados, não sabemos o que eu é certo e o que não é. A história é boa, o suspense e o mistério tem seu lugar, o terror dos soldados a cada noite era palpável. A ideologia dos 2 comandantes serem tão diferenciadas deu um outro aspecto pro livro, fazendo com que a gente torça por um e comece a ter pensamentos macabros para acontecer com o outro. Considero uma leitura boa, com boa dose de entretenimento. Apesar desse livro ser o primeiro de uma serie, teve um final fechado ... mas fiquei um pouco curiosa para saber de que se tratava os outros 5 da série...
Mila 16/07/2020minha estante
Exatamente!! Porque o bendito ficou só observando atrás da moita? Qual era o plano dele, afinal? Porque ele só resolve dar as caras quando é impossível protelar mais. Realmente não entendi o que ele pretendia fazer.




Renan.Colli 17/11/2016

Indicado para quem gosta de ler até a metade
O Fortim, de F. Paul Wilson, como experiência literária, não me agradou. Os motivos que contribuíram para que eu quase abandonasse a leitura nas últimas dez páginas são os mesmas que encontrei em críticas de outros leitores. Há basicamente duas histórias entre a capa e a contra-capa do livro, que promete em sua sinopse ser um conto aterrorizante da luta entre bem e mal. O problema é que não deveria ser assim, o livro é um romance único, cujas tramas deveriam estar bem alinhadas, e, se o foco narrativo mudasse, deveria haver uma transição que funcionasse e um desenvolvimento da história que justificasse tal mudança.


A primeira metade do livro é um espetáculo. O autor dá uma aula em construção de enredo, apresentação de personagens e montagem de ambiente. A história é a seguinte: Durante a Segunda Guerra Mundial, em um forte localizado nas montanhas da Romênia, o capitão Woermann, do exército alemão, instala-se com seus homens e ordens de proteger o passo Dinu de uma possível invasão russa. Logo na primeira noite da estadia da tropa um mal terrível é despertado e a partir de então, todas as manhãs um soldado é encontrado brutalmente assassinado. Não conseguindo solucionar o mistério das mortes, o capitão apela ao alto comando alemão, que envia o Major Kaempffer, um cruel oficial da temida SS para solucionar o caso. Surge a partir deste encontro um conflito de ideologias, vez que o capitão Woermann não concorda com o regime nazista que Kaempffer representa. E enquanto isso, o anoitecer continua fazendo vítimas dentro do fortim. A tensão entre os oficiais e seus métodos de liderança representa todo o conflito entre bem e mal que o autor poderia precisar, e talvez a existência de um inimigo comum pudesse unir estes dois polos opostos – ou separá-los de tal forma que somente pudesse restar um deles - mas infelizmente não é isto que o livro entrega.


A segunda metade do livro acompanha a introdução de outros personagens. Conhecemos o professor Theodor Cuza e sua filha Magda, ambos judeus e conhecedores da história do forte. São chamados para descobrir quem – ou o quê - está matando os soldados do führer. A história degringola subitamente com a chegada de Glenn, um homem de passado misterioso que tem seus objetivos relacionados ao fortim. A partir daí o terror é abandonado em favor de um romance água com açúcar que não convence por falta de desenvolvimento, o que não impede o sr. Wilson de insistir até o final que estamos diante de um caso de “amor verdadeiro” (tão comum em livros fracos, categoria à qual não esperava que este livro fizesse jus). Kaempffer e Woermann, que até então roubavam a cena trocando faíscas germânicas que davam ao livro uma ótima forma de crítica política, são “jogados para escanteio” de uma forma indigna dos ótimos personagens que são e a premissa “nazistas x conde Drácula” parece ter o poder do vilão sobrenatural da trama, Molasar, de desaparecer sem deixar rastros. A estaca de madeira que mata de vez esta história de vampiro é a superexposição que recebemos acerca de Molasar, suas origens e motivações, o que leva o leitor a desinteressar-se da história, e, por fim, perceber que tem em mãos um livro muito diferente do que tinha quando começou a lê-lo.


Fora isso, o livro tem alguns pontos positivos, que agradarão os fãs do terror. A narrativa muda de ponto de vista a cada capítulo, passeando pela mente dos principais personagens, e na primeira metade do livro, sabemos que momentos da trama ocorrem simultaneamente por meio de uma marcação de horário no início de cada capítulo, recurso abandonado nos capítulos finais (o que reforça ainda mais a noção de que entramos em uma história diferente). Há alguns momentos que são genuinamente assustadores; o destaque vai para as cenas que se passam no porão do fortim, onde são armazenados os corpos dos soldados vitimados pelo monstro.


De mais a mais, O Fortim é um livro que eu recomendaria para aqueles que se interessariam em ver uma atualização dos contos velhos da Transilvânia durante um dos períodos mais sombrios da história da humanidade; mas não recomendaria para aqueles que, assim como eu, se sentem mal em abandonar um livro pela metade, pois estes terão que sofrer um romance chucro e um final decepcionante. Enquanto dentro dos muros do fortim acontece uma batalha entre o bem e o mal, dentro das páginas de O Fortim ocorre uma batalha análoga, entre um bom e um mau conto.
Cripta Da Leitura 04/03/2024minha estante
Concordo com você! Se o protagonismo tivesse sido do Woermann e do Kaempffer teria sido muito bom! Mas quando entra o Cuza, a Magda é depois o Glenn, parece que vira outro livro. O romance é chatíssimo e super forçado! E a exposição excessiva do Molasar, para com o Cuza, estragou o mistério e terror que estava no começo. O bom é que SPOILER... No fim das contas teve um motivo para a "amizade" entre ele e o Cuza, e na verdade tudo que ele falou para o Cuza era mentira. Aí eu gostei, porque passou a fazer sentido o porque ele precisou ganhar a confiança dele.




Fábio 20/01/2010

Até o final da história o livro ia ganhar 5 estrelas, sua atmosfera sufocante e claustrofóbica de medo digna de referencia, fora os personagens bem trabalhados mas pro final do livro minha avaliação caiu muito, não gostei nada, que de um livro de terror acabou como um livro de fantasia com um cliché de um embate entre o "bem e o mal".

Mesmo assim é uma otima leitura.
comentários(0)comente



Araggorn 18/05/2010

Um Grito de horror!!
Posso dizer que quem lê Paul wilson vira fã de seus trabalhos.
O Fortim foi o primeiro que li dele e tenho que dizer que é fantástico!
Aquele Fortim era o verdadeiro inferno com uma criatura vampiresca diferente dos vampiros brilhantes e bonitos que vemos hj em dia. Essa criatura descrita tão bem por esse mestre do terror é mais que um vampiro, algo abominável, um inimigo secular.
O herói do livro nos cativa.
Paul wilson teve ótima idéia em colocar o cerne da históra num Forte ocupado em pleno nazismo e uma criatura que deu cabo de muitos deles (o que não foi de todo ruim.Rs).
Temos que fazer uma campanha para que a Record lance os livros dele. No site dele tem inúmeros romances publicados nos EUA. Um absurdo não ter aqui!!
comentários(0)comente



Cripta Da Leitura 04/03/2024

Livro com altos e baixos
O livro começou super bem, depois ficou totalmente morno, beirando aos romances de bancas mais canastrões. Mas no final até que deu um up, pois uma coisa que não estava fazendo sentido nenhum pra mim, acabou sendo explicada. Porém se o livro tivesse seguido com o protagonismo em cima do Woermann e do Kaempffer, que eram ótimos personagens, o livro teria sido 5 estrelas. Mas o Cuza e a Magda foram personagens chatíssimos que estragaram o livro na minha opinião!
comentários(0)comente



Wendell 24/07/2013

Poderia ser melhor
O livro é bom, tem alguns méritos, especialmente até sua metade, porém deixa a desejar quando os fatos são revelados ao leitor. O Fortim é o tipo de livro que prende em seu início mas deixa uma ponta de decepção no final. No geral é uma história interessante, especialmente pelo fato de ter sido ser retratada no período do Nazismo, dando aquela sensação aterrorizante da época, misturada com o clima criado pelo autor.
comentários(0)comente



Giselle 05/01/2014

Esse é o primeiro livro da série Ciclo do Inimigo, mas pode ser lido sozinho.

A trama pode ser entendida como uma batalha entre o Caos e a Luz. As duas forças são defendidas por agentes próprios. Ao decorrer da leitura somos apresentados lentamente a ambos agentes, mas só conhecemos as verdadeiras facetas deles no final do livro.

Quase toda a ação ocorre em um fortim construído na Romênia, mais precisamente na Transilvânia. O ano é 1941 no auge da ocupação nazista.

Minha maior decepção foram com os "mocinhos" do livro, achei muito fracos e pouco verossímeis. Já os "bandidos" são muito bem caracterizados e em alguns momentos você consegue até torcer por um futuro não tão sombrio para um deles.

No geral é um livro que consegue prender a atenção, mas o final é meio decepcionante. Como iniciei a série pelo terceiro livro da série, achei esse meio fraco. Mesmo assim ainda vale a pena ler.
comentários(0)comente



_vspetrus 16/04/2014

Molasar ou Rasalom...
Resenha pertencente ao blog Sobrevivendo à Noite

"Quando um esquadrão de elite da SS alemã é enviado para solucionar as mortes de soldados de um destacamento do exército alocado num pequeno forte situado nos alpes da Transilvânia, seus homens descobrem algo terrível. Invisível e silencioso, o inimigo escolhe uma vítima por noite, deixando cadáveres mutilados e aterrorizando suas futuras vítimas. Apavorados, os nazistas desconhecem o terror que despertaram quando se estabeleceram no fortim."

Venhamos e convenhamos isso é de se chamar a atenção: trazer um horror antigo para uma civilização atual. Atual entre aspas, pois o período em que a história se passa é no auge da Segunda Guerra Mundial, 1941. Se o livro fosse atual, século 21, eu até poderia dizer que é um dos autores que está limpando a imagem dos vampiros, mas como não, digamos que foi um dos que criou uma personalidade medonha para este ser.

"— Preferimos chamá-los de campos de recuperação. Os romenos não dispõem de instalações assim. A minha missão é corrigir tal deficiência. Gente de sua espécie, mais os ciganos, os franco-maçons e outras escórias humanas serão tratadas no campo que irei instalar em Ploiesti."

Temos então um panorama geral da Segunda Guerra. Não apenas a rixa entre o Eixo e os Aliados, mas tudo que o que foi feito nesse períodos. Os campos de concentração e extermínio, as ofensivas em geral, as mudanças sociais, econômicas e militares, as ações do próprio Hitler. Além disso, o autor nos dá uma aulinha de história em relação a cultura cigana, romena/valáquia e até mesmo sobre o próprio período histórico em questão.

O cenário não poderia ser o mais propício para a história. Ao invés de nos apresentar os horrores do vampiro numa cidade ou um bairro - como Stephen King fez em A Hora do Vampiro -, Paul Wilson em nenhum momentos dos leva para outro lugar além do fortim. E nos leva, mas apenas para voltar logo em seguida. Imagine um local onde a escuridão é quase parasita, afastada de toda a civilização. Um lugar feito de pedra fria, no alto de uma montanha... lugar próprio para os terrores que os soldados vivem. Além do que, o autor foi competentíssimo ao criar a atmosfera de suspense e terror. Cada ação é detalhada ao máximo para criar a ansiedade no leitor e no auge da cena, nos surpreendemos, mesmo sabendo o que iria acontecer.

"Fizera 41 anos no mês anterior. Acompanhara a ascensão de Hitler desde as manifestações nas cervejarias até sua nomeação para Chanceler, até o endeusamento. Jamais simpatizara com ele."

Até do panorama história, vemos o panorama bélico. Como assim? Vemos o lado dos guerrilheiros, vemos o que acontece nas guerras - claro que como algo literário e não real. Vemos os interesses dos soldados a ir para a guerra, seus arrependimentos, seus sonhos no campo de batalha, os horrores que eles veem. Enfim, tudo isso caracteriza fortemente o perfil de cada um dos personagens apresentados na obra.

Em falar de personagens, o autor soube muito bem como inserir cada um deles no decorrer da obra. Apresentando-nos uma história convincente, um psicológico bem estruturado, juntamente como a explicação para cada uma de suas ações. Além deles serem bem desenvolvidos com o passar das páginas. A evolução de cada um deles é incrível. Pelo menos da maioria deles.

Para falar a verdade, a única coisa que me decepcionou foi o final. Eu senti que ficou faltando contar muita coisa, mas talvez isso seja só impressão minha. Duas informaçõezinhas sobre o livro:

• Primeiro volume da série "Ciclo do Inimigo", juntamente com O Sepulcro, O Toque Mágico, Renascido, Represália e Nightworld;
• Em 1983 foi lançada uma adaptação com o nome "A Fortaleza Infernal" (?), dirigida por Michael Mann. Infelizmente não consegui encontrar o trailer, mas no Youtube você pode assistir o filme completo.

site: www.sobrevivendoanoite.blogspot.com
comentários(0)comente



32 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR