REDE DE SUSSURROS

REDE DE SUSSURROS Chandler Baker




Resenhas - Whisper Network


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Priih | Blog Infinitas Vidas 17/05/2021

Tema muito necessário, mas com personagens que não cativam
O mistério do livro inicia com alguém que cai (ou é empurrado?) do alto do prédio de uma grande empresa de artigos esportivos, a Truviv. Em seguida, a narrativa passa a alternar entre os acontecimentos prévios à misteriosa queda e as investigações, que são focadas em três amigas, Sloane Glover, Grace Stanton e Ardie Valdez.

À primeira vista, Rede de Sussurros parece ser narrado em primeira pessoa, ainda que não saibamos por quem. Antes da queda fatídica acontecer, há outra morte importante: a do presidente da Truviv, cujo acontecimento funciona como a primeira peça de um dominó, que em seguida derruba todas as outras, pois quem está sendo cotado para substituí-lo é Ames, chefe das três mulheres. Enquanto grande parte da empresa o enxerga como um excelente nome e alguém competente e adequado ao cargo, Sloane e Ardie sabem que Ames é alguém incapaz de de respeitar limites – especialmente se quem os coloca é uma mulher. Quando uma nova funcionária é contratada pelo próprio Ames, Sloane sente um ímpeto de protegê-la dos avanços do chefe e, motivada por esse desejo, ela acrescenta o nome de Ames a uma planilha que tem circulado anonimamente, em que homens são denunciados por assédio sexual (sem saber que isso desencadearia uma série de graves consequências para todos).

O livro é bem contundente nas descrições sobre desigualdades de gênero. Ao longo das páginas, o leitor percebe que não é nenhuma das personagens principais quem está narrando a história, mas sim um coletivo – o “nós”. Esse estilo narrativo se faz valer desse afastamento com a trama em si pra trazer aspectos mais gerais do “ser mulher” no mercado de trabalho. Situações como o fato de que mulheres precisam se preocupar com o envelhecimento enquanto homens são levados mais a sério conforme os anos passam são um exemplo disso. [...]

A história do livro em si é bastante previsível: é fácil acertar quem é o corpo na calçada, assim como é fácil prever o que aconteceu com Rosalita, uma personagem cuja importância vai crescendo ao longo da trama e é um exemplo claro de silenciamento feminino. Mas, apesar da história não conter grandes reviravoltas, o grande mérito de Rede de Sussurros é evidenciar o abismo que existe entre homens e mulheres – no ambiente de trabalho, sim, mas também na vida. O assédio sexual é o principal tema, claro, mas a trama também expõe os absurdos aos quais as mulheres precisam se submeter para conseguirem ser bem sucedidas. A narradora coletiva fala sobre o nosso perfeccionismo, já que mulheres sofrem com a pressão de serem boas em tudo: boas profissionais, boas mães, boas donas de casa. Temos que nos provar três vezes mais para atingirmos o mesmo patamar de um colega homem, e tendo o cuidado de não sermos lidas como agressivas ou teimosas (o que, no caso deles, é visto como firmeza e confiança). Precisamos voltar ao trabalho pouco tempo após parir, mesmo com o nosso corpo e nossos hormônios pedindo por descanso pois, caso contrário, seremos deixadas para trás na guerra corporativa. Essas são apenas algumas situações que Rede de Sussurros expõe de forma precisa e, infelizmente, relacionável.

Se por um lado a crítica social é competente, a trama peca por sua lentidão e por seus personagens nada marcantes. Não consegui me afeiçoar e nem torcer por nenhuma das protagonistas, e isso é um fator que eu levo bastante em consideração ao avaliar uma leitura. Senti falta de um mistério que perdurasse por mais tempo, além de ter me cansado com a futilidade de Sloane. [...]

Rede de Sussurros não atingiu todas as minhas expectativas e acabou sendo uma leitura bacana, mas mediana. Minha recomendação se concentra muito mais nos fatos abordados pela narradora coletiva do que pela trama em si, porque esses sim precisam vir à luz para serem cada vez mais combatidos. [...] O mérito do livro está nessas discussões, e sempre serei a favor de tramas que toquem em pontos delicados que já deveriam ter sido vencidos há muito tempo. E deveríamos fazer isso sem sussurrar, mas gritando aos quatro ventos mesmo.

Resenha completa no blog. Te espero lá! ♥

site: https://infinitasvidas.wordpress.com/2021/05/02/resenha-rede-de-sussurros-chandler-baker/
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Giovana.Petrassi 11/05/2021

Leve suspense
Uma narrativa com um leve suspense, achei a leitura bem morna mesmo.. não cativa tanto para saber os acontecimentos pois eles estão em um escritório de advocacia mas conforme vão se passando os capítulos você cria algumas possíveis teorias do final...
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skuser02844 11/05/2021

Rede de Sussurros
Um livro escrito por uma mulher para mulheres. Impossível não se identificar com as diversas situações de machismo e sexismo que as personagens dessa obra têm que lidar, todos os dias. A autora expressa pensamentos e sentimentos que todas passamos em algum momento na vida, mas que nem sempre expressamos, seja por acharmos que somos as únicas a passar por aquilo, seja por culpa, ou mesmo por nos julgarmos (nós mesmas e uma a outra).

?Começamos a nos perguntar: ao sussurrar, estávamos guardando os segredos de quem, afinal? Os nossos ou os deles? Nosso silêncio acabava protegendo os interesses de quem, no fim das contas??

Me senti extremamente acolhida com essa leitura, que trouxe, também, muita reflexão. Recomendo!
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Anap_Lima 10/05/2021

Rede de Sussurros
O livro é um thriller feminista que aborda questões extremamente necessárias. Aqui leremos sobre assédio moral e sexual, bullying, sororidade e mais gente, esse livro ainda traz mais.
O mistério permeia toda a história, que vai alternando entre as entrevistas com as testemunhas do crime central e o que está acontecendo em tempo real. Apesar do final ter sido um tanto previsível, ele foi acertivo e fechou a história com maestria. É um livro que indico com toda certeza.
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Amanda 10/05/2021

Interessante
O livro trata da temática das dificuldades das mulheres no mercado de trabalho com uma dose de suspense. Apesar de bastante interessante, achei que o assunto foi tratado de forma muito didática e menos emocional, o que dificultou que eu me relacionasse com as personagens
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Fernanda s 10/05/2021

Otimo
demora a engatar a princípio mas logo pega o ritmo, adorei os questionamentos trazidos pela autora sobre o feminismo no nosso dia a dia e no meio de trabalho. o final não me surpreendeu mas eu gostei bastante
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@oiemoni 10/05/2021

Estamos guardando os segredos de quem afinal?
Rede de Sussurros, um livro que definitivamente todas as mulheres deveriam ler.
Demorei muito para engatar e apreciar a leitura, teve momentos que achei entediante, mas não desisti e me obriguei a da mais uma chance a essa história que tanto chamou minha atenção quando li a sinopse.
Nós mulheres, somos subestimadas a todo estante, silenciadas e diminuídas. Rede de Sussurros me ensinou a confiar mais nas mulheres e parar de competir uma com as outras, a nos apoiarmos em situações difíceis, uma frase que me marcou muito foi: ?Quando outra mulher se oferece para ajudar, você aceita.? Quantas vezes negamos ajuda de outras mulheres pelo simples fato de acharmos que sempre temos que competir ? Que sempre temos que ser um melhor que a outra? Chega! Vamos nos unir e ser ouvidas, agora é o nosso momento.
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livi123 09/05/2021

Rede de Sussurros
"Assim, quando uma de nós falava, nunca era apenas por ela. Era por nós. Na verdade, ela era o sacrifício voluntário."
No começo estava confusa sobre quem começava a narrar, por mostrar o ponto de vista delas e as ficar entre presente e futuro.
A leitura é bem fluída, poderia dizer bem tranquila, mas infelizmente não é , ainda mais ainda quando se sabe que é totalmente inspirado na realidade de mulheres, sejam elas do meio corporativo ou não. Um livro necessário, acho que todo mundo deveria dar um chance e não se esqueçam de ler a nota da autora, que pra mim foi muito importante.
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Carous 09/05/2021

Nunca imaginei que esta seria uma leitura tão incômoda. Me deixou com nó na garganta, angustiada querendo salvar as personagens do Ames, dos advogados da Truviv, da opinião pública condenatória, do assédio e a autoproteção corporativa das empresas.

Até que percebi que as personagens ficariam bem, elas não são reais. Esta situação é fictícia. A autora controla o que acontece e como termina. Pode escrever um final feliz. A justiça será feita.

O que me fez mal foi a realização de que, apesar, de ser uma história de mentirinha, a temática não é. É um problema sério e real, sem solução; muitas vezes fechamos os olhos, viramos o rosto em outra direção, dizemos que interpretamos mal, apoiamos em silêncio a mulher que não fica calada porque temos medo de demonstrar apoio publicamente e sermos sabotadas. Não somos covardes ou desunidas; temos muito a perder se ninguém acreditar na vítima.

Acho que evitaria usar estupro na narrativa. Não foi irresponsável, não foi apelativo. Entendo porque a autora recorreu a isso e não está muito distante da realidade. Sejamos francos, nossas personagens estariam perdidas se não fosse por isso.

Mas me deixou desconfortável. E triste. Que na ficção tenha que se recorrer a métodos violentos para que assédio moral e sexual, comentários machistas apelidadas de "piadas" sejam vistos como comportamentos reprováveis e que na vida real não seja diferente. A violência sutil que nós mulheres sofremos no trabalho e em ambientes públicos, por exemplo, é sutil demais para alguns olhos. É "inocente demais" para que nossas reclamações valham alguma coisa, para que se veja que passaram do limite. Só quando algo brutal ocorre - como abuso sexual - que todos parecem abrir os olhos, perceber o erro, as empresas entendem que é um conduta que não devem estimular.

Eu gostei dos monólogos que antecediam o desenvolvimento da história. Focavam em questões do universo feminino - maternidade e as dificuldades de conciliar casamento, filhos e trabalho, como meninas são ensinadas a ficar caladas diante de assédios e agressões desde pequena, etc -. Não diziam nada de novo, mas não eram estereotipadas e colocavam todas as mulheres no mesmo saco. Foi reconfortante encontrar nas páginas algumas realidades iguais as minhas.

Não acho que este livro alcançará muitos públicos- principalmente o masculino - e é uma pena.
Taí um grupo que deveria tê-lo na mesa de cabeceira para ter uns insights sobre a realidade das mulheres.

Dei 5 estrelas e não me arrependo. Sei que se analisar melhor encontrarei algumas falhas na história. Por exemplo, como a interseccionalidade é quase inexistente. Afinal, Sloane, Grace, Ardie e Katherine têm suas diferenças, mas todas são formadas, brancas, cis, héteros - algumas inclusive estão em relacionamentos heterossexuais -, magras. Americanas. Há uma personagem que remedia isso. O enredo dela acompanha os das cinco advogadas mesmo com as óbvias diferenças entre elas - educação, financeiro, estado civil, nacionalidade -. Foge da bolha, lembra-nos que essas mínimas diferenças influenciam na hora de abrir a boca para denunciar comportamento indevido do superior, lembra-nos por que algumas mulheres não denunciam ou aceitam dinheiro. Há diversos cenários.

Mas é narrado de uma maneira que soa legítima e não uma palestrinha rasa que ensina o padre a rezar missa.

E eu gostei que Grace, Ardie e Sloane não são perfeitas. Sloane é a que mais tive dificuldades de engolir. Ela é infiel, insistente, vacila com Ardie não achei que se desculpou propriamente, mas é assim mesmo. Não podemos colocar as vítimas numa caixa nem agir como se um deslize delas merece como punição assédio.

A nota final que a autora escreveu para o leitor explicando um pouco como surgiu a ideia para o livro e como foi o processo joga uma luz porque é uma história tão certeira na proposta. A autora teve sua cota de problemas no trabalho. Ouviu suas amigas reclamarem da mesma coisa. Acho que foi por isso que achei o texto dela tão bom e envolvente.
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Gu Vaz 08/05/2021

Chega de sussurros
A história acompanha três amigas que trabalham no setor jurídico de uma gigantesca empresa no ramo das esportes, e que a partir de um acontecimento com uma nova funcionária, decidem tomar uma decisão.
É muito interessante a claustrofobia do ambiente corporativo que a autora quer passar, principalmente para as mulheres em posições de poder que trabalham num ecossistema de maioria masculino, e ainda assim terem suas escolhas profissionais constantemente questionadas, invalidadas e zombadas. Há um mistério que se desdobra lentamente e é muito bem-vindo, um suspense. Discute -se questões não apenas pertinentes, mas urgentes.
Há uma ou outra conveniência por se tratar de uma obra de ficção com temas reais, porém de nada diminui a importância de se gritar os temas como abuso, assédio e a relativização que homens amam criar nessas situações.
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saahroque 04/05/2021

Eu não tenho palavras para esse livro
Rede de Sussurros conta a história de 4 mulheres que trabalham em uma empresa de equipamentos esportivos e presenciam (e sofre) assédio moral e sexual do seu superior. A delicadeza que o tema é abordado, mostrando completamente o lado da mulher, como sao desacreditadas, taxadas de loucas, e sempre forem as consequências das denúncias, enquanto os homens seguem sua vida e são "vítimas" (mesmo sendo os agressores). Eu considero esse livro extremamente necessário, não apenas para as mulheres, mas para homens também. Acredito que ele possa expandir a mente de algumas pessoas e fazê-las enxergar a dura realidade que as mulheres tem que enfrentar apenas por serem mulheres.

"...quando uma de nós falava, nunca era apenas por ela. Era por nós."
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Katia Góes 02/05/2021

Super merece ser lido...
?Rede de Sussurros? de Chandler Baker, veio no Clube Intrínsecos. Uma história cheia de mistério, descobertas e de mulheres fortes, lutando para combater o assédio moral.

O que mais me chamou a atenção:
? Mostrou a realidade de que o assédio moral e sexual, acontecem dentro de algumas empresas, e percebemos o quanto isso é ignorado e visto como ?nada demais?.

?Como um homem ganha um cargo maior dentro de uma companhia, mesmo com todas as fofocas rolando e isso não é investigado? Simplesmente arrastam toda a sujeira para debaixo do tapete e fingem que nada acontece.

? Diariamente, mulheres passam por assédio moral. ?Assédio moral é a exposição de alguém a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.? Quantas vezes ouvimos coisas do tipo ?cuida do seu trabalho ou vai perder? e não temos reação?

? Quando o chefe morre, os segredos são revelados, as máscaras são finalmente tiradas e todas as mentiras que estavam assombrando aquele escritório, são expostas e tudo começa a desenrolar.

"Sloane, Ardie e Gracie trabalham juntas numa empresa de roupas esportivas. As três sempre ficam juntas e apoiam uma a outra em diversos momentos, como as promoções empolgantes, reuniões sem fim, casamento, maternidade, divórcio e toda a política imposta pelo escritório. Apesar, de toda essa união, cada uma tem um segredo e se arrependem de algo que fizeram. O presidente da empresa têm uma morte repentina. Ninguém sabe como ele morreu ou o que aconteceu. Tudo indica que Ames, o chefe delas, ganhará a liderança. Porém Ames é um nome sempre envolvido nas fofocas da empresa. Trata muito mal e, em alguns casos, assedia suas funcionárias. O problema maior, é que esses sussurros são acobertados pelos mais poderosos."

O livro é como um manifesto para as mulheres. Não só apenas para quem sofre abuso no ambiente de trabalho dominado por homens, como, para quem conhece o assédio desde a infância. O tema maternidade também é bastante discutido e um fator essencial na vida destas personagens.

? Que tal conhecer essa "história", tão presente no nosso cotidiano? Boa leitura!
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Joy 30/04/2021

Uma aula
Leitura obrigatória pra vc que quer entender como é a vida de uma mulher em um ambiente de trabalho onde a maioria é de homens, sobre essa diferença sútil e velada do que pra um homem é ser engraçado e pra um mulher é ser desleixada.
Triller feminista sim, mas de mimimi não.
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Anne 30/04/2021

Não funcionou
O livro é super fraco e com um mistério óbvio de ser solucionado. Achei bem besta e não comendo.
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