spoiler visualizar@sire_n0.2 22/02/2024
Preciosa Jones
"Claireece precious Jones, 16 anos, é obesa, analfabeta e ignorada pelo mundo a sua volta. Mãe aos 12 anos, está grávida do próprio pai pela segunda vez. No Harlem, o reino dos invisíveis, dos sem-voz, ela mora com a mãe, uma mulher solitária que assiste á TV incessantemente e submete a filha a humilhações constantes. Apesar de tudo, a adolescente segue em frente com resignação, tentando contornar os problemas do dia a dia com a cabeça erguida. Quando fecha os olhos, sonha em ser uma celebridade, coberta de jóias e vestidos de luxo ao lado de um namorado bonitão.
Por causa da gravidez, é forçada a abandonar a escola, o último precário vínculo que a ligava ao restante do mundo, e é convidada a frequentar um centro de aprendizado alternativo. Ali no fim da linha, está Blue Rain, uma jovem professora radical e batalhadora. Com ela, precious terá a possibilidade de recuperar a dignidade, descobrindo um mundo novo no qual poderá finalmente entender os próprios sentimentos e se expressar de uma maneira que nunca havia imaginado."
Comprei o livro depois de anos, justamente porque estava caro, e achei por um preço bom no sebo da cidadeKKKKKKK então, assisti ao filme antes (é o meu preferido) e indiquei para muitas pessoas ao longo do tempo, e todas fizeram comentários ótimos sobre ele.
Assisti por recomendação da minha mãe, eu era bem menor ainda, e lembro muito bem que na época que assisti, fiquei chorando, e triste por semanas, porque meu deus! Ela sofre demais demais, mas nada se compara as coisas que acontecem no livro (já sabemos que na obra sempre tera mais detalhes mesmo).
"Ainda tô meio besta porque tive um neném. Bom, eu sabia que tava grávida, sabia como fiquei grávida, sabia que se um homem enfia o pau em você, jorra coisa branca na sua xota, você pode ficar grávida. Agora eu tinha 12 anos, sabia disso desde uns 5 ou 6, talvez eu sempre sabia sobre ? #$%!& e pau. Não lembro quando não sabia. Mas era só isso que eu sabia. Não sabia quanto tempo demorava, o que acontecia lá dentro, nada, não sabia nada."
O livro é bem pesado, em relação aos assuntos abordados mesmo, quem não tem cabeça e nem estômago, não irá conseguir ler de jeito nenhum!!! Da detalhes demais, e não somente sobre a história da preciosa, no livro também conta sobre a história das amigas dela, que sofreram um bocado! Principalmente abuso sexual.
Com o livro eu não consegui chorar, acho que por ter me acostumado a tanto tempo com o filme já, que achei até engraçado(tem cenas do filme que eu também acho)justamente porque a preciosa xinga muito, e fala muito palavrão, tanto aqui, quanto lá, e o jeito que ela fala da bebê dela entãoKKKKKKKK chamando a garota de mongolóide e feia.
"Então ele tava em cima de mim. Depois ele entendeu a mão para precious! Começou com o dedo entre as pernas dela. Eu falei, Carl o que você tá fazendo! Ele disse, fecha essa matraca gorda! Isso é bom pra ela. Depois ele saiu de mim, tirou a fralda dela e tentou enfiar o negócio dele na precious. Sabe o que me pirou? Foi que o negócio quase conseguiu entrar na precious! Acho que ela era um bebê monstro naquele tempo. Eu falei, para carl, para! Eu queria ele em mim! Eu nunca queria que ele machucava ela. Eu não queria ele fazendo nada com ela. Eu queria meu homem pra mim. Que ele fazia sexo comigo, não com minha filha. Então a senhora não pode me culpar de toda essa merda que aconteceu com a precious.
Eu amo o Carl, eu amo ele. Ele é pai dela, mas ele era meu homem!".
O que mais me deixa triste nesse livro, é que além de acontecer isso na vida real com MUITAS pessoas, ele realmente foi inspirado em um outro livro de romance, e boa parte do livro é verídico com o que aconteceu de verdade, por isso eu disse que, se forem ler, tomem cuidado com os gatilhos!.
O livro tem vários erros ortográficos, justamente por ser preciosa quem fala as coisas, então tem que ler direitinho para entender.
"A srta. Rain diz pra escrever o que a gente fantasiamos sobre a gente. Como a gente ia ser se a vida fosse perfeita. Agora eu te digo uma coisa, eu ia ser clara, e assim ia ser bem tratada e amada pelos garoto. Clara é ainda mais importante do que magra; você vê umas garota de pele clara e gorda, e elas tem namorado. Os garotos passa por cima de muita coisa pra ficar com uma garota branca ou amarela, especialmente se for um garoto de pele escura com beiços grande ou nariz grande, ele PIRA com a garota amarela! Então essa é minha primeira fantasia, ser clara. Depois eu tenho cabelo. Que balança[...].
Então, essa parte é difícil dizer, porque um pedaço tão grande do meu coração é amor por Abdul. mas eu seria uma garota ou mulher - é, garota. Porque ainda seria uma garota, agora se não tivesse filhos. Eu seria uma virgem que nem Michael Jackson, que nem Madonna. Eu seria uma precious Jones diferente. Meu peito não ia ser grande, meu sutiã ia ser pequeno e rosa que nem garota de desfile. Meu corpo ia ser que nem da Whitney. Minhas coxa não ia ser grande etc etc. Eu seria uma garota de ? #$%!& apertadinha sem marcas de estria. As cabeça de neném me arrebentaram toda, DOEU. Horas horas, força força força! Aí ele saiu, lindo. Só um neném lindo. Mas eu não sou".
A melhor coisa do livro, é que você consegue acompanhar a evolução da preciosa e de suas amigas, consegue ver ela se aceitar aos poucos, aceitar seus filhos, ter vontade de criar eles e ter um futuro bom, mesmo com a doença que contraiu de seu pai, é incrível depois que você termina o livro, e começa a refletir sobre o que aconteceu.
"Uma vez veio um garoto na casa do progresso pra ver a namorada, ele achou que eu era a mãe de alguém, isso me chateou.
Então se eu tivesse uma fantasia, ia ser da minha aparência. A srta. Rain diz que eu sou linda, como sou?onde?como?pra quem? Não ter filhos significa que eu ia ter uma vida diferente.
A assistente perguntou uma vez se o pior é ter filho ou ser estrupada pra ter. Os dois; porque mesmo se eu não era estrupada, quem quer ter um neném com 12 anos! É a idade que eu tinha quando tive a monguinha".
E pensar que não foi só o pai que abusou dela, como literalmente descreve no livro que a mãe obrigava ela a fazer certas coisas também, passava até a mão na menina! Isso é doentio, é nojento, é podre!. No filme mostra apenas uma cena da mãe se tocando, e pedindo ajuda dela, mas no livro, meu deus é desesperador imaginar a cena.
Sem contar que, a coitada sofreu tudo isso, sem ajuda de ninguém, sem contar pra ninguém, caraca, ela era apenas uma criança, uma menina, queria estudar, tinha inseguranças como qualquer outra. E não, no livro não conta se a avó dela sabia ou não sobre os abusos, ela apenas cuidava da neta portadora de deficiencia que a preciosa teve primeiro.
KKKKKKKKKK tem uma parte, slc eu dei uma gaitada quando li, a bicha falando que gostava de passar merda na cara, porque a sensação era boaKKKKKKKKKKK.
Tem partes aonde ela deixa explícito que gostava de ser "fodida" pelo pai, mas cara, eu julguei de primeiro momento isso, mas depois que entendi, fez mais sentido na minha mente
Tipo, a menina cresceu sendo estrupada a vida toda, teve filho, sofria bullying, perdeu a infância toda com esses acontecimentos, e tudo que ela desejava, era ter um namorado e ser branca, ela dizia que ficava triste ao ver as meninas da idade dela com namorado, e ela ouvindo que o pai dela iria se casar com ela, sendo que isso era impossível de acontecer.
Ela gostava pelo fato de que se sentia bem em "gozar", mesmo que fosse com o pai, ele estava dando (quando ela queria a sensação) aquilo que fazia ela se sentir bem por uns segundos, fez ela descobrir o sexo, no qual ela queria sentir com outros garotos da idade dela.
"Falo pra assistente que não posso falar sobre papai agora. Meu clitóris incha quando penso no meu pai. Papai me deixa enjoada, me enoja, mas mesmo assim ele me fez sentir sexo. Sinto náusea no estômago mas fico quente na xota e acho que eu quero de novo[....]".
????A frase que foi dita por ela, só reforça o meu argumento, ela baseou alguns dos momentos de estrupo com o pai como algo bom, justamente porque era algo que ela queria sentir.
"Meu neném é um neném bonito. Não amo ele. Ele é o neném de um estrupador. Mas tudo bem, a srta rain diz que a gente é uma nação de crianças estrupada, que o negro dos estados unidos de hoje é produto de estrupo".
Bom, fora tudo isso que eu já disse, digo novamente que o livro é bom, trás reflexões boas, partes engraçadas, mas ainda sim, mexe bastante com quem está lendo, seria um ótimo filme, e um bom livro para ser passado em escolas, pelo fato de mostrar a realidade (já que isso acontece mais do que possamos imaginar).