Vânia 03/11/2019
Ótima leitura, enredo que prende
Dora Reuben, uma americana extremamente rica, filha única de mãe falecida, é enviada a Londres, por seu pai, o famoso Capitão Turnpike, para ficar com a parentada dele, mantendo-a longe da ex-colônia para evitar os caça-fortunas; especialmente Tyler Macer, irmão da melhor amiga dela, Gwendolyn.
Curiosamente, Dora tinha UM babá (isso mesmo que você leu): o barrigudo, mas perigoso Carleens, que a amava como se ela fosse sua filha.
Para Dora estava sendo um suplício ficar no antigo país. Todas aquelas regras para tudo; isso sem contar que a casa da prima estava caindo aos pedaços (e Dora tinha certeza de que os reparos feitos nos últimos tempos vinham sendo feitos com o dinheiro enviado pelo pai.)
Isso sem contar a quantidade de compras que precisavam fazer para ela, por causa do maldito guarda-roupa, e comparecer a tantos eventos chatos.
Mas Dora sabia que a intenção do pai era boa, embora não tivesse certeza de que daria certo.
Indo pela primeira vez a Vauxhall para ver o espetáculo de fogos de artifícios - com seu horroroso chiuaua chamado Mamute -, ela passa a ser o alvo de um admirador.
Recebe uma carta de alguém que assina apenas como M.
Num primeiro momento, ela responde se passando pelo primo, responsável por ela, indignado. Como assim escrever a uma donzela? Mas o seu remetente sabia que era ela mesma, e em pouco tempo as cartas começam a ser trocadas e ansiadas.
Inteligente como era, Dora junta as peças, e ainda que não soubesse o nome de fato, sabia que seu admirador vinha da Casa Norfolk.
O conde de Norfolk, Michael, havia morrido num acidente de carruagem. Conhecido por ser uma pessoa calma, equilibrada, a morte levanta suspeitas do irmão Maurice.
O problema era que Maurice (ou Morris, como era chamado pelos familiares ingleses, que desprezavam a mãe - já falecida - dele por ela ser francesa) estava em auto exílio. Para vir para o enterro do irmão e cuidar para que seu irmão caçula assumisse o condado (ele não tinha qualquer interesse ou necessidade de dinheiro), ele precisava vir em segredo. E isso foi feito.
Maurice Norfolk passou cinco anos longe em prol da família.
Por conta de um envolvimento romântico ilícito de seu irmão Michael (o pai ainda era vivo), Maurice assumiu a culpa e como parte do acordo feito entre o marido (corno) ultrajado e o Conde, Maurice deveria partir da Inglaterra para nunca mais voltar. Mas era imperativo que ele voltasse.
Veio em companhia de seu melhor amigo indiano, Abhijeet, 4° filho do Marajá, que possuía muito dinheiro e liberdade.
Maurice também havia feito bela fortuna. As pessoas não sabiam, mas ele era Poxy Maurice, famoso até mesmo entre a realeza pela capacidade de satisfazer os pedidos em encontrar os animais mais estranhos possíveis, e, com isso, fez fortuna.
Mas voltemos ao romance...
O tal admirador M passa não só a escrever-lhe, mas a vigiar seus passos, e começa a afugentar alguns pretendentes, como o jovem herdeiro dos O'bryan, que coloca whiskey na limonada dela, no Almack's, e antes que ela pudesse beber todo o conteúdo, uma confusão se instala no salão por conta de uma salamandra.
Segundo M, O'bryan queria comprometer Dora e obrigá-la a se casar com ele.
O encontro entre admirador e admirada foi rápido, mas tempo o suficiente para ela ouvir-lhe a bela voz, perceber o corpo bem definido, sua altura e a cicatriz que levava no queixo.
Enquanto salvava Dora de outros caça-fortunas, Maurice tentava reparar as confusões que o irmão mais novo, Marcus, havia se envolvido, o que o tornava inépto para assumir o condado. Além disso, ele tinha duas irmãs mais novas, em idade de casar (ainda que agora estivessem em luto): Margot e Marie Fleur (Mary).
O casal passa a se encontrar mais vezes (ele, sempre disfarçado de algum lacaio para que Londres não descubra de seu retorno). Porém, algumas pessoas - bem alcoviteiras - perceberam a comoção; os encontros do casal, e passaram a se envolver na possibilidade de ficarem juntos.
Dora também era alvo de outros parentes que queriam que ela se casasse com alguém que pudessem controlar para terem acesso à imensa fortuna dela.
E nessa confusão tresloucada de fofocas, encontros secretos, mortes e cartas trocadas, Dora e M ficam cada vez mais apaixonados, mas em perigo de morte ou de ficarem de coração partido... 💔
(Leia o restante em : https://aborboletaquele.blogspot.com/2019/11/resenha-moira-bianchi-lucy-dib-cartas.html)
site: https://aborboletaquele.blogspot.com/2019/11/resenha-moira-bianchi-lucy-dib-cartas.html