Batman: Cacofonia

Batman: Cacofonia Kevin Smith




Resenhas - Batman Cacofonia


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Guilherme Amaro 11/02/2020

Batman Cacofonia
Batman: Cacofonia, publicado editora Panini, 2009, 96 páginas.

Essa incrível HQ já começa com os portões de Arkham e o coringa insano preso nesse asilo.
coloca o Cavaleiro das Trevas entre Coringa e o enigmático assassino sonoplasta conhecido como Onomatopeia. Enfrentando o Pistoleiro e Maxie Zeus, Batman deve escolher entre capturar Onomatopeia ou salvar a vida de seu maior inimigo.

" Mas eis a verdade nua e crua .... eu não te odeio porque sou louco. Sou louco porque te odeio." pg 89
Diálogo entre Coringa e Batman
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Noeme.Matos 08/01/2015

Na primeira página me apaixono pelos traços e cores.

A ponto de presenciar o clímax da estória me deparo com a definição mais adequada que eu tanto procurara desde que fui apresentada a esse personagem.

"Imagine-se tentando resolver a equação matemática mais difícil do mundo enquanto você está cercado por seis televisões a 18 cm do seu rosto, todas ligadas em canais diferentes e mudando de canal rapidamente, no volume máximo: isso que é ser o Coringa."

E por fim, a relação entre Batman e Coringa nunca me foi tão psicologicamente e profundamente clara.

"Mas aqui está a fria e dura verdade, Morcego: eu não te odeio porque sou louco, eu sou louco porque te odeio."

Sinceramente, essa HQ se faz necessária a todo apreciador de Batman, na minha inexperiente visão.
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Alessio Esteves 04/09/2010

Diversão Sem Compromisso
Cinema é Arte? Pode ser Arte quando o resolve ser, mas na maior parte do tempo não passa de diversão descompromissada. Da mesma maneira eu vejo a música. Em ambos os casos o problema é que elas são vistas como Arte e os críticos esquecem que nem sempre o público quer ver algo profundo e marcante que vai mudar suas vidas. Muitas vezes o que queremos é pura e simplesmente passar alguns momentos de diversão alienada. E não há nenhum mal nisso. Só é problema quando alguém que faz trabalhos para diversão acaba confundindo sua produção com algo além do que ela é (alguém citou Avatar ou a maioria dos acústicos da MTV?). Longe de mim querer definir o que é arte e o que não é, mas acredito que vocês pegaram a linha do meu raciocínio.

Já nas Histórias em Quadrinhos (HQs) o cenário é bem diferente. HQs são vistas em sua grande maioria como diversão e seus artistas lutam para mostrar que podem ir além da sua proposta inicial. Obras como Sandman, Watchmen, Gen Pés Descalços, Asterios Polyp ou Jimmy Corrigan nos surpreenderam em termos de temática, roteiro e desenho. HQs já tem um espaço de destaque em grandes livrarias. Mas ainda assim quando pensamos em “gibi” nos vem à mente garotos lendo alguma história sobre alguém vestindo cueca por cima da calça e socando bandidos. Daí parece haver entre os críticos de quadrinhos uma obrigação de que as histórias feitas atualmente não devam ser nada mais nada menos do que verdadeiras obras de arte e se esquecem de quem gosta somente de passar alguns minutos se divertindo. “Batman – Cacofonia” é um bom exemplo de uma história despretensiosa e divertida que foi tachada de ruim para baixo pelos críticos.

O roteiro da história é de autoria de Kevin Smith. Ele se consagrou como roteirista e diretor, mas ainda é considerado um diretor “underground” e seus trabalhos estão longe de ser considerados Arte. Ele tem um público cativo entre os nerds, mas poucos o conhecem fora desse nicho. O forte de suas obras são os diálogos diretos e com várias referências à cultura pop. Tudo isso gera uma identificação espontânea entre as personagens em suas obras e seu público alvo.

O editor-chefe da Marvel Comics Joe Quesada percebeu essa identificação e convidou Smith para roteirizar as histórias do Demolidor. O arco ficou conhecido como “Diabo da Guarda” e foi sucesso de crítica e público. Smith era um fan-boy que estava realizando o sonho de muitos iguais a ele. E tudo de sua que era apreciado de sua obra no cinema – bons diálogos, referências pops, personagens humanizados – estava presente nos seus roteiros, devidamente transportadas para o universo dos heróis de HQs.

Depois dessa empreitada na Marvel, Smith foi brincar com os heróis da DC Comics e foi responsável pela ressurreição do Arqueiro Verde numa série com desenhos de Phil Hester e que também sucesso de crítica e público. Smith não só trouxe o Arqueiro de volta como o colocou no primeiro escalão da editora, algo que não ocorria havia um tempo já. Smith então deu um tempo nas HQs para se dedicar a seus projetos e voltou um bom tempo depois com a minissérie “Batman – Cacofonia”.

Cacofonia é uma minissérie em 3 edições que traz de volta o vilão Onomatopéia, que apareceu pela primeira vez no arco de histórias “O Som da Violência” na passagem de Smith pelo Arqueiro Verde. Onomatopéia é um assassino serial cujo modus-operandi é matar vigilantes urbanos sem super poderes com um tiro na testa. Depois guarda as máscaras deles em um santuário secreto em sua casa como se fossem troféus. Outra característica marcante dele é só se comunicar através de onomatopéias. Após uma tentativa frustrada de matar o Arqueiro Verde ele havia sumido, mas surge em Ghotam City e dessa vez seu alvo é o Batman.

Para poder capturar Batman, Onomatopéia ajuda o Coringa a escapar do Asilo Arkham Para Criminosos Insanos. A idéia é usar o Coringa como isca, já que o Cavaleiro das Trevas vai fazer de tudo para colocar o Príncipe Palhaço do Crime atrás das grades. Mas o Coringa percebe que está sendo usado e Batman também percebe a artimanha do seu novo adversário e logo temos um complexo jogo onde todos os envolvidos usam todos. Paralelo a tudo isso ainda temos uma guerra de gangues entre o Coringa e Maxie Zeus.

Todos os elementos de uma boa história do Batman estão presentes: vilões pitorescos, boas cenas de luta, investigação e reviravoltas. E todos os elementos de uma boa história do Kevin Smith também estão lá. Então porque essa história é tão criticada?

Uma das maiores reclamações está na caracterização do Coringa. Alegam que ele foi mal-aproveitado, que foi tratado como um vilão de segunda ao invés do maior antagonista do Batman. Smith optou por uma abordagem mais burlesca do vilão, mais próxima da maneira que ele era retratado na Era de Prata. Era um Coringa mais palhaço, com humor ácido, trocadilhos infames e piadas sempre perigosas. Parece que depois do mais recente filme do Batman o Coringa tem a obrigação de ser retratado como somente como um sociopata insano e eu discordo. E aos que alegam que ele foi rebaixado, recomendo ler a história com mais atenção, em especial ao diálogo entre o Coringa e o Batman no capítulo final. É um daqueles momentos em que lembramos o tanto em que os dois se odeiam.

Outra crítica é ao desenhista da história. Walt Flanagan é um desenhista mediano que se não se destaca, também não faz feio. Consegue desenhar as cenas de ação e mostra bem as expressões que os diálogos de Smith. E considerando que é uma obra em que o forte é o roteiro, o desenho dá um suporte mais do que suficiente à história.

É nítido o quanto Smith se divertiu escrevendo essa minissérie e é isso que devemos fazer ao ler a obra. Não espere grandes reviravoltas, não espere uma saga que vai “mudar tudo para sempre”, não espere grandes reflexões sobre o combate o crime ou à loucura. Você nem precisa ter lidos anos da cronologia do Homem-Morcego pra entender a obra, é “pronta pra consumo”. E consumo imediato. É uma ótima cerveja, não um whisky. Leia, se divirta e depois empreste, guarde, doe e vá viver sua vida. Ou vá ler Promethea e aí sim sinta seu mundo virar de ponta-cabeça!
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Dari 18/03/2010

Em pratos limpos.
Batman e Coringa, definitivamente, sabem que um existe postumamente pela a existência outrora do outro. E que todo esse caos/ordem causado por eles só vai terminar quando os mesmo deixarem essa “realidade”. Deixarem de existir.

O diálogo final, no hospital, esclarece qualquer tipo de dúvida sobre essa relação bem perturbadora entre os dois principais. Batman tem princípios, não mataria ou deixaria morrer seja quem quer que fosse. Já o Coringa não perderia tal oportunidade, sobretudo se esta lhe oferecesse de mãos beijadas, finalmente, de acabar com o Cruzado de capa.

Porém, mesmo perante seus princípios nobres, não vejo o Batman como um exemplo excepcional de “HERÓI”. Na verdade, nem ele mesmo se denomina como um, “sou o que Gotham precisa!”. Pensando nisso, chego à conclusão de que Batman e Coringa são como a terceira lei de Newton: "Para cada ação há sempre uma reação, oposta e de mesma intensidade."

Talvez isso resume tudo.
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