To The Lighthouse

To The Lighthouse Virginia Woolf




Resenhas - Rumo ao Farol


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Mariana 20/02/2022

Ler Virgínia Woolf é sempre um evento pra mim, por mil motivos.
Tá longe de ser fácil (de novo, pra mim!!!)
Tem horas que você lê e lê, páginas e mais páginas e parece que não saiu do lugar, que nada aconteceu.
Por muitas vezes eu me pego pensando que não sou capaz de acompanhar a sagacidade da Virgínia, que não faço parte do clube das pessoas que pegam um livro dela e acham maravilhoso pela mensagem que ela passa.
Voltei pra reler algumas partes, principalmente naqueles capítulos enormes. Dá um nervoso!
Nesse livro aqui eu quase tive um treco porque perdi as contas de quantas páginas passei esperando o tempo melhorar pra ir no bendito farol! E fiquei surpresa em como uma pessoa consegue escrever um parte inteira e tão grande sobre um único dia.

Mas o mais engraçado de tudo é que por tudo isso, e pra quem for de coração aberto e paciência, vai ver o quão maravilhosa é a escrita da dela, que mesmo com aqueles capítulos e parágrafos intermináveis, cheios de detalhes e descrição, acaba numa frase, numa situação ou num pensamento que você lê e pensa: É isso! Essa é a Virgínia, então!
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Talita.Chahine @cutucandoahistoria 15/02/2022

Fluxo de pensamento não é comigo mesmo
Depois de vencer a primeira parte a história entra em um ritmo mais confortável e vamos identificando quem está falando.
Como é um fluxo de pensamento a narrativa não tem uma estrutura clara, e vamos nos ver imersos nos pensamentos desses personagens.
Acompanhar a infância a juventude desses personagens, suas perdas, seus amores, e todas as dificuldades sofridas durante a guerra.
Não é uma leitura fácil e eu nem consigo dizer se gostei ou não desse livro, é um misto de sensações, mas posso garantir que é uma leitura intensa.
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fev 14/02/2022

Bem escrito, mas nada cativante
A construção de Ao Farol é muito boa. A escrita da Virginia Woolf é espetacular. Não podemos negar isso. Nesse livro me lembrou um pouco da escrita de Clarice Lispector, mas um tanto mais fácil. Mas apesar da escrita e técnica excelentes a história e os personagens não me cativaram. Não tiraram nenhum sentimento de mim. Nem bom nem ruim. Tendo a gostar de livros mais intimistas, mas a essência não me conquistou. Consigo compreender os sentimentos dos personagens. Assim como Clarice, Woolf fala sobre aquilo que a gente questiona internamente. É ótimo para refletir, mas nem sempre nos acalanta.

O livro começa um pouco mais difícil, mas depois pegamos o ritmo. A segunda e a terceira parte são menos complexas que a abertura do livro. Consigo ver o valor da obra e sei que muita gente não vai gostar. Deixo o critério de escolha para vocês. É um ótimo livro para que gosta das obras de Clarice Lispector, apesar de achar Ao Farol menos complicado e menos profundo.
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Marcelo 13/02/2022

Maravilhoso
Adorei o livro. Considero o que mais gostei dos que já li da autora. Virgínia Woolf nunca é uma leitura fácil, e esse não foi diferente. A escrita da autora exige do leitor esforço e dedicação, e isso é plenamente recompensado. São livros que demandam várias releituras e a cada uma o leitor perceberá novos detalhes e novas nuances que haviam passado desapercebidas. Recomendo a leitura.
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Vicky Fênix 08/02/2022

Reflexão, reflexão e reflexão.
Este livro não é de leitura fácil. É um clássico escrito com linguagem bem rebuscada e tive que reler algumas partes diversas vezes.

Apesar disso, a leitura me encantou. O cotidiano simples e nem tão monótono descrito pela voz de vários interlocutores, mostra como um jantar ao redor de uma mesa a luz de velas, pode ser tão complexo devido a tudo que passa nas cabeças distintas dos seus participantes.

O papel da mulher, que mesmo submetida aos valores da época em questão, são tão determinantes e importantes.

A morte tão sorrateira, que apesar da ausência do ser amado não lhe rouba a importância. A presença tão presente na ausência. E protagonista no enredo como se o ser amado, admirado, ainda estivesse ali.

Gente! Amei. Leiam e venham conversar comigo sobre.

Vou deixar um destaque especial ao posfácio que traz informações da escritora e curiosidades sobre os bastidores da obra. Muitas partes da história ficam mais elucidadas após a leitura dele.
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Leonardo Bezerra 06/02/2022

Dividido em três épocas distintas, Ao Farol se destaca por sua introspecção e aos relacionamentos familiares presentes nele. Confesso que inicialmente senti um pouco de confusão enquanto lia, mas não demorou muito para engatar e entender qual era a proposta da autora com ele. Com destaque para a segunda parte, que considerei a parte mais filosófica e interessante do livro, Virginia Woolf trabalha com o fluxo de consciência de seus personagens, utilizando das mudanças temporais para isso.

É interessante como ela descreve a mudança temporal de maneira sutil, quase imperceptível se você não se conectar o suficiente com o livro - não prestar atenção nele, no caso. É provavelmente isso o que torna o livro tão bonito e bem escrito. Apesar de ter sido uma boa experiência, considero que pesou a falta de conexão inicial com a história.
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Lucas.Castelo 28/01/2022

Efemeridade da vida
Esse livro é maravilhoso, aborda questões muito profundas como a morte, a vida, o significado das coisas. É um livro que pra absorver todas suas mensagens em totalidade, como os outros livros da Virgínia, deve ser relido várias vezes. Com certeza se tornou um favorito meu.
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nathaliaolives 28/01/2022

Uma obra que retrata muita coisa: relações familiares, razão x sentimento, papéis femininos e masculinos. Gosto de ver a jornada de James Ramsay até o farol. Gosto mais ainda de interpretar o farol como um símbolo não-literal. A qual farol eu almejo chegar? Reflito, também, na passagem do tempo e como ele pode significar a perda de muitas coisas, como móveis e jardins, mas também a conquista de muitas outras, como a compreensão do outro.

Não foi uma leitura fácil, sem dúvidas foi um desafio. Me vi entediada em diversas partes do livro e ainda pretendo reler depois de algum tempo, para absorver mais ainda esse enredo recheado de informação.
Leia de coração aberto, realmente mergulhe na experiência que é desfrutar a obra de Virgnia Woolf.
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Catarina 25/01/2022

woolf não é pra mim
ler virginia woolf me dá a sensação de estar observando um clubinho do qual eu não faço parte. parece que todo mundo que lê os livros dela consegue entender a mensagem que ou está nas entrelinhas ou está escancarada, não sei qual das opções, porque nunca consigo entender. me sinto entediada lendo páginas e mais páginas que, na minha opinião, não dão em lugar nenhum.

não tenho nenhuma pretensão de ler outros livros da virginia woolf por tão cedo. ano passado li mrs dalloway e tive a mesma sensação quando li agora ao farol. infelizmente foi uma autora que não me cativou, espero, no futuro, mudar de opinião, mas por ora é isso mesmo.

mesmo não sendo uma das melhores experiências de leitura pra mim, ainda assim não quero afugentar ninguém dos livros da virginia woolf, acho que é mesmo questão de gosto. então, sugiro que você leia pelo menos um e a partir daí tire suas próprias conclusões, vai que você gosta!!! (realmente torço para que vocês tenham uma experiência de leitura melhor do que a minha).
Ingrid249 25/01/2022minha estante
eu só li "profissões para mulheres e outros artigos feministas" e talvez por ser de não ficção seja um bom caminho para conhecer mais a autora, mas sobre os romances dela não sei se leria também


bih 29/01/2022minha estante
oh amg tô na mesma :(




Lady Rita 25/01/2022

Diferente de tudo o que li até hoje
Para as pessoas engajadas na luta de classe...esse livro é político!
Para quem é fã do trabalho de Virginia Woolf, o livro é indiretamente autobiográfico.
E para quem apenas curte um romance, ele também pode ser lido como "apenas" um romance que acontece antes, durante e após a 1gm.
Por fim, em poucas páginas é possível ver a genialidade e a delicadeza de Virginia Woolf, então, super recomendo que leiam.
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LairJr 13/01/2022

Não foi uma leitura fácil para mim. Confesso que saí da minha zona de conforto integralmente. Foi difícil, em certa medida, lidar com os fluxos de consciência, com os devaneios dos personagens. No entanto, em diversos momentos fui tocado pela profundidade das reflexões e pensamentos dos personagens. É o tipo de leitura para sentar em grupo e discutir por horas.
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marina.siqueira 12/01/2022

Foi um livro diferente do que estou acostumada, que inicialmente não parece ser sobre nada além de rotina, mas acaba apresentando várias camadas. Uma leitura agradável, embora às vezes um pouco cansativa.
Foi em partes confuso, com uma grande quantidade de personagens que vão sendo introduzidos muitas vezes sem grandes explicações. Os diálogos são triviais, enquanto os pensamentos e falas mostram como inveja, ciúmes, egocentrismo, ambição, orgulho e luto podem ser encontrados nos lugares mais comuns.
A escrita é diferente de tudo que eu já li, com um fluxo contínuo de palavras, garantindo uma leitura fluida. Esse é o ponto forte de Ao Farol e é o motivo pelo qual vou tentar ler outro livro da autora.
Num geral, foi uma experiência que me provocou muitas sensações antagônicas. Ao mesmo tempo que é um livro sensível e com certa profundidade (nem sempre aparente), foi um pouco chato de se ler em alguns momentos, o que explica essa nota. Por fim, achei a escrita incrível, mas o livro em si nem tanto.
Pedro 13/01/2022minha estante
É incrível como uma boa escrita consegue compensar as falhas de uma narrativa, não é mesmo? Já li alguns livros assim.


marina.siqueira 13/01/2022minha estante
Sim! Faz toda diferença


Leandro.Bonizi 19/12/2022minha estante
A maioria das pessoas são desacostumadas com este estilo de escrita, a prosa-poética. Um estilo que gosto muito mas que, além dela, só encontrei em Rimbaud e no "Livro do Desassossego" de Bernardo Soares (Fernando Pessoa). Nem pesquisando no Google achei outros autores de prosa-poética!




Tamires Durães 29/12/2021

Os desafios de ler Virgínia Wolf
Após ler Orlando, fiquei com uma pulga atrás da orelha em relação à complexidade da escrita de VW, resolvi me aventurar em mais um de seus romances e apesar de ter gostado mais deste que do outro, não estive em bons momentos durante a leitura, não absorvendo toda a sua potencialidade. Apesar disso, acompanhei a LC do Literature-se e pude tirar bons aproveitos. Em geral, mesmo que Virgínia negue a carga sentimetalista dessa obra, esta torna-se extremamente comovente e pessoal (tanto pra mim, quanto para a autora que descobri mais tarde). A narrativa não apresenta um grande enredo, mas é demasiadamente poética e aborda uma riqueza de aspectos sociais e emocionais. As personagens são complexas e muito reais.

"Todo o ser e todo o fazer, expansivo, resplandecente, vocal, evaporava-se; e nos reduzíamos, com uma sensação de solenidade, a sermos nós próprios, a um núcleo de escuridão em forma de cunha, algo invisível para os outros."

Ao expor sobre a morte em determinado momento, Virgínia "acende um farol" para o fato de o quanto uma pessoa pode representar em determinado círculo social, além disso, ela dispõe de figuras femininas antagônicas mas que se complementam de forma genuína, como os dois lados da moeda. Por fim, são diversas as impressões que esta leitura me causou, por ter como pano de fundo um drama familiar, o período de guerra, questões sociais, filosóficas e etc. Não posso deixar de destacar o posfácio surpreendente que a edição da Antológica traz, com certeza, torna a experiência literária singular. Desejo muito adquirí-la fisicamente e realizar uma releitura.
Joao 30/12/2021minha estante
Nossa, adorei a tua resenha! Nesse ano eu li Orlando e gostei bastante mas pretendo ler mais da autora no ano que vem. Fiquei curioso sobre "Ao Farol" depois de ler o que você escreveu.


Tamires Durães 30/12/2021minha estante
Que bom que gostou de Orlando, João! Ainda estou me habituando com a leitura de fluxo de consciência, mas não posso deixar de destacar a genialidade da escrita da autora. Também li uma obra sua de não ficção da qual gostei muito mais!


Joao 30/12/2021minha estante
Sim, eu estranho muito o fluxo de consciência. Tentei ler Mrs. Dalloway há algum tempo e realmente não consegui. Mas acho que estou me habituando mais a esse estilo.
E o leque de obras da autora é muito grande. Tanto de obras dela quanto das escritas sobre ela. Pretendo pelo menos ler mais um livro dela no ano que vem.




JAssica.Nunes 28/12/2021

Perecemos? E é inevitável!
A sensação de ler Ao Farol é a de ver um quadro sendo pintado. São pequenos detalhes e traços que vão sendo impressos na tela e, a medida que se forma, conseguimos enxergar o todo em sua beleza e completude. As obras de Virginia Woolf sempre nos tocam profundamente, pois são mais do que meros acontecimentos. Escrevo essas linhas totalmente emocionada, pois é isso que a escrita de Woolf faz conosco, a autora mexe com as sensações e emoções humanas, nos fazendo refletir sobre sentimentos e inquietações que até então estavam soterradas em nosso íntimo.

Nessa narrativa, presenciamos a imponência do tempo sobre a família Ramsay, sua casa e suas memórias. Os anos passam. As pessoas envelhecem, mudam; as paredes, os móveis e o piso de uma casa se deterioram; entes queridos partem; e a vida segue sendo um mistério.

Essa é uma narrativa profunda sobre a vida, as relações familiares e esse inexorável poder do tempo. Tudo acaba, todos nós um dia pereceremos e não há nada que se possa fazer.

?Qual é o significado da vida? Isso era tudo ? uma questão simples; uma questão que tendia a nos envolver mais com o passar dos anos. A grande revelação nunca chegara. A grande revelação talvez nunca chegasse. Em vez disso, havia pequenos milagres cotidianos, iluminações, fósforos inesperadamente riscados na escuridão; aqui estava um deles.?
Pedro 28/12/2021minha estante
A resenha mais poética que eu já li aqui, no Skoob. Conseguiu mover meu coração empedernido.
Parabéns, Jéssica.
??????????


JAssica.Nunes 28/12/2021minha estante
Ohhh, Pedro? Muito obrigada! ??? Fico feliz!


dani 27/05/2022minha estante
Bela reflexão sobre esse livro lindo! Tbm me emocionou.


JAssica.Nunes 14/06/2022minha estante
Obrigada, dani!!


Leandro.Bonizi 19/12/2022minha estante
Bonita analogia entre ler Virginia Woolf e "ver um quadro sendo pintado". Gera reflexões existenciais e os acontecimentos ficam em segundo plano ante essas reflexões e o estilística do livro, bem artística.




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