Semente de bruxa

Semente de bruxa Margaret Atwood




Resenhas - Semente de bruxa


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Adan 15/01/2019

Montanha russa que só vai pra baixo
Semente de Bruxa é uma montanha russa que só vai pra baixo: começa MUITO bem, mas o final deixa um gosto tão amargo que apaga até o que tem de bom no início.

O livro nos apresenta Felix, um renomado diretor de teatro que é demitido e perde tudo quando seu parceiro de negócios lhe passa a perna. Felix já havia perdido a esposa e a filha e, quando perde também o teatro, decide se mudar para uma cabana no meio do nada e viver em reclusão, planejando sua vingança.

Eis que, 12 anos depois, agora com uma nova identidade, ensinando teatro na prisão local, Felix finalmente tem sua chance de se vingar. E tudo não poderia ser mais… morno.

O livro se perde no meio do caminho e tudo fica tão ruim, que parece que a Margaret desistiu e deu pra outra pessoa terminar. O início prepara o terreno para uma tensão que não vem, em um conflito muito aquém do esperado.

Os personagens não são bem desenvolvidos: a maioria deles é apenas listada, sem ganhar rosto nem personalidade própria; são apenas nomes, que você nem se dá ao trabalho de guardar. Até Félix é um personagem plano, mesmo com o narrador onisciente morando em sua cabeça.

Não há contradições, percalços no caminho, plot twists, segredos a serem revelados, nada. E o pouco que promete, dá em absolutamente nada algumas páginas depois. É um livro plano, morno, que pega todo o seu potencial e joga fora, oferecendo uma experiência esquecível: de memorável, só a decepção.


site: https://www.instagram.com/sobre.historias/
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alineaimee 16/01/2019

O trágico e o cômico com leveza e humor
Releitura tragicômica d'A Tempestado, do Shakespeare, o livro resgatao espírito do bardo e aborda, com fluidez e graça, temas como traição, perda, aprisionamento e transformações. Atwood consegue aqui unir ação e comentário teórico com muita habilidade e eficiência. Daquelas histórias que a gente ama acompanhar e sente saudades quando termina.
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Paloma 24/01/2019

Uma história inteligente
Mais uma vez podemos admirar a inteligência dessa escritora incrível que é Margaret Atwood. Com sua habilidade louvável para escrita ela nos conta a sua versão da aclamada história de Shakespeare, A Tempestade.
Não posso afirmar que já li a peça original, na verdade nunca li nada de Shakespeare rs, mas quando mais eu passava as páginas, mais parecia que eu estava familiarizada com essa história que causou inúmeras críticas ao longo dos anos.
Nesse livro vamos acompanhar Felix, um diretor de teatro das antigas que decide por todo o seu esforço em recriar a peça de Shakespeare, ao mesmo tempo em que busca vingança por um acontecimento do passado.
A história é inteligente e bem construída. Margaret sabe muito bem trabalhar com todas as personagens da peça original ao mesmo tempo em que as renova para os dias atuais. Fiquei completamente envolvida com todos, mas no fim, quem não ama uma boa historia de vingança não é?
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Guynaciria 05/03/2019

Em Semente de Bruxa, temos a recontagem da peça A Tempestade de Shakespeare, sobre o olhar do personagem Felix, um aclamado diretor de teatro que após sofrer algumas perdas trágicas em sua vida, se vê em meio a uma crise emocional que o deixa fragilizado e suscetível a mais vil traição. 

Após um golpe ministrado por um amigo e um antigo rival, ele perde tudo o que lhe restava, tendo que lidar assim com o vazio de uma vida sem propósito. 

Mas Felix é um homem extraordinário, ele se refaz aos poucos, respeitando o seu tempo, lidando com sua carência afetiva e com a ausência de sua doce Miranda (filha que faleceu aos 3 anos de idade).

Após doze anos, ele se depara com a oportunidade de se vingar de seus algozes, é claro que ele não vai perder essa chance. 

O livro começa bem arrastado, é eu quase desisti da leitura, mas ao persistir tive uma doce surpresa ao me ver envolvida com uma história fascinante, que transita entre a realidade e a ilusão. 

O que mais me motivou a continuar com a leitura foi a sequência de informações técnicas sobre o universo dos palcos de teatro, como uma peça é montada, o papel motivacional de um diretor, as diversas interpretações sobre um texto que antes me parecia vazio e monótono. 

Margaret Atwood, me deixou morrendo de vontade de ler A Tempestade, só para ter mais um gostinho desses personagens que tanto me emocionaram. 

Posso garantir a vocês que nunca mais lerei uma peça de Shakespeare da mesma forma.
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Maiani - @minhavidaforadeorbita 21/03/2019

Não é novidade para ninguém que eu babo pela autora e acho suas histórias inteligentes e originais, por isso as expectativas para esse livro eram bem grandes.

Em Semente de Bruxa acompanhamos a história de Felix, um renomado diretor de teatro que é passado para trás, e depois de 12 anos consegue sua tão esperada vingança. A história é uma releitura de A Tempestade de Shakespeare e posso dizer que autora o fez de forma excepcional. Eu li a peça antes e adorei a forma como ela abordou vários aspectos da história original de forma simbólica.

Por meio da metalinguagem (ela usa o livro para falar do livro, assim como possui uma peça dentro da peça) ela aborda diversos pontos essenciais da obra de Shakespeare, como as prisões, a vingança e redenção, além do ponto em comum dos dois protagonistas, a solidão. Essa foi uma das coisas que mais me chamou atenção, pois Felix não se permitiu o luto no passado, e quando ele se percebe afastado da sociedade, acaba desenvolvendo uma válvula de escape para seu isolamento.

Outro ponto alto da adaptação é a semelhança que os atores (presidiários) passam a ter em relação aos personagens que eles interpretam na peça, vivenciando a obra adaptada dentro de sua própria realidade. Isso pode parecer confuso, mas te juro que dentro do texto faz total sentido (lembram da metalinguagem?).

O único ponto que me incomodou foi a inconstância no ritmo do texto. O livro foi dividido em cinco partes, sendo a segunda e a terceira as mais desinteressantes e lentas. As partes finais foram as que mais gostei, trazendo boa parte das reflexões, assim como toda a ação. Apesar dos altos e baixos eu gostei muito da leitura e super indico para quem gosta de histórias sobre vingança, assim como sobre bastidores de teatro, me senti dentro do espetáculo.
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Aline Brutti 21/10/2018

Amei!
A autora trouxe muito sobre o tema prisões, vingança e redenção nessa obra, e em vários momentos proporcionou uma boa reflexão.
?(...) Porque são uns animais! (...) Deviam estar todos enjaulados! Deviam estar todos mortos!?

O livro mostra personagens fáceis de criar laços e no final de tudo me peguei torcendo para que o plano de vingança resultasse. A história de Felix parece um tanto vingativa, mas com um toque de redenção.

 Foi uma leitura fascinante, e sou suspeita para falar porque gosto muito das obras da Margaret Atwood e acho brilhante o pingo de reflexão que ela coloca em tudo o que faz. Indico muito essa leitura que fez eu devorar o livro em um dia e meio!
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Pandora 18/09/2019

"A Margaret Atwood se tornou uma autora querida na minha vida.": Essa foi a primeira coisa que pensei ao ler as primeiras 50 páginas de "Semente de Bruxa" e também a última.

Achei bem magistral esse exercício de reescrita de "A tempestade" de Shakespeare. Tem todos os elementos da obra clássica e muito do olhar maravilhoso e consciencioso da Atwood.

Durante metade da leitura me perguntei onde a autora estava me levando e só no momento final percebi que ela simplesmente estava me levando a melhor peça de Shakespeare na qual o perdão, o recomeço, as segundas chances e o valor da arte são defendidos com graça e genialidade.

Foi uma leitura deliciosa, rápida e, como a própria "Tempestade" de Shakespeare, inesperadamente gentil e suave ao coração. Lição de perdão para meu coração tão rancoroso.
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Coruja 05/10/2019

Como esse é o mês do Halloween, não tive nem dúvidas em escolher qual seria o título para esse tema do Desafio Corujesco (é, eu sei, tô atrasada com os temas anteriores, mas coisas andaram meio corridas por aqui…) assim que registrei o título: Semente de Bruxa me fez brilhar os olhinhos tão logo foi anunciado. Afinal, tratava-se de uma releitura de Shakespeare - um dos maiores escritores de língua inglesa na História - feita por Margaret Atwood - uma das mais admiradas autoras em tempos modernos. A Tempestade não é uma das minhas peças favoritas do bardo, mas outra releitura - o capítulo final da série Sandman do Gaiman - fez com que ela ganhasse um lugarzinho especial no meu coração.

Dito isso, a primeira coisa que tenho a falar da versão de Atwood é que ela me segurou na cadeira em ansioso suspense até a última página, a despeito do fato de que a familiaridade com o texto original me dava uma boa ideia de como seria o final. A forma como ela costura o périplo de Félix, seu protagonista, para espelhar as desventuras de Próspero, como ecoa em coincidências de circunstâncias, nomes, papéis, mesmo traduzindo o enredo elizabetano para tempos modernos - e focando a ação dentro do teatro - é simplesmente genial.

Antes de continuar me derretendo em elogios, porém, preciso explicar a história. Tudo começa com Félix, diretor de um festival de teatro reconhecido pela inventividade e quebra de paradigmas, sendo sumariamente dispensado de seu posto por Tony, a quem considerava seu braço direito. Tony deseja o cargo de diretor para usá-lo como trampolim político, e aproveita-se do desinteresse de Félix por suas obrigações administrativas e da vulnerabilidade em que ele se encontra após a morte da filha de três anos, Miranda.

Félix estava no meio da montagem justo de A Tempestade, projeto em que pretendia homenagear a memória da filha - afinal, a bela filha do mago Próspero se chama Miranda. A traição de Tony não apenas lhe tira de um trabalho que era sua paixão, como também lhe parece uma segunda morte da menina. Assim é que ele se afasta de tudo e de todos, vai morar num barracão à beira da estrada, inventa uma nova identidade para si mesmo e acaba por conseguir um emprego como professor de literatura num programa de alfabetização de presos, onde passa doze anos sonhando com vingança; uma vingança que vai envolver justamente… A Tempestade.

Dramático? Imagina?…

As muitas coincidências que fazem Félix estar no lugar certo, na hora certa para conseguir sua vinganças podem até ser forçadas, mas a escrita de Atwood faz você esquecer disso, da mesma maneira que o aparente fantasma (ou alucinação) da Miranda que acompanha Félix. Não obstante ser o plot da vingança bem interessante, o que realmente rouba a cena são as ligações que Félix estabelece com seus alunos e como eles interpretam o texto original de Shakespeare, trazendo a ilha de Próspero para sua realidade. Eu teria lido feliz todas as peças anteriores montadas no presídio (Macbeth e Ricardo III são citadas), teria devorado outras centenas de páginas com ele desafiando seus alunos a pensarem, re-imaginarem, reescreverem e se encontrarem nos personagens de Shakespeare.

Chamou-me particularmente atenção a forma como boa parte do presos se identifica com Calibã, o ‘semente de bruxa’ conforme os insultos de Próspero. Calibã, o monstro, o deformado, o vilão, mas também o escravo, o vilipendiado, o colonizado, aquele que teve sua terra roubada pelos brancos. Não foi uma correlação que eu tenha feito quando li a peça, mas que fez muito sentido no contexto do romance de Atwood. Eu gostei desse comentário social - do conflito político acerca do merecimento dos presos de um programa como aquele, face às expectativas de punição do público; do teatro e da leitura como ferramentas de aprendizado que poderiam ser utilizadas após o grupo ter cumprido sua sentença, da maneira como os exercícios propostos permitem não apenas catarse, mas uma recuperação de dignidade.

Para além disso, como eu poderia resistir a um livro tão espetacularmente metanarrativo? Afinal, estamos diante de uma peça (manipulada por Próspero) dentro de uma peça (escrita por Shakespeare) dentro de uma peça (dirigida por Félix), numa história cujos acontecimentos espelham de perto o enredo da traição e vingança do Próspero original. Isso apela ao meu senso de ironia e meu gosto por contos que se assemelham a matrioskas, uma história dentro da outra, dentro de outra e assim por diante.

Semente de Bruxa é um livro delicioso, inteligente na forma como usa os temas presentes em A Tempestade, com personagens teatrais que entendem muito bem que estão representando personagens, repleta de humor e, mais importante, de humanidade. Shakespeare sabe muito bem ir à essência da questão e Atwood aproveita com maestria a trilha deixada pelo bardo. Foi um daqueles livros que nos deixam com gosto de quero mais ao terminar. Vai para a lista dos favoritos desse ano, sem dúvida.

site: https://owlsroof.blogspot.com/2019/10/desafio-corujesco-2019-uma-releitura.html
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Thiago Silva 17/10/2019

Semente de Bruxa
Esse é simplesmente um dos melhores livros que li esse ano, a escrita de Atwood
É daquelas raras que nos faz viajar pelas páginas sem nos cansarmos facilmente.
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 14/12/2019

Félix é um famoso diretor de teatro, conhecido por estar a frente de peças polêmicas e bem elaboradas. Diante de um grande drama pessoal, ele resolve dirigir A Tempestade, de William Shakespeare. Mas assim como na peça original, Félix sofre uma traição e se ver obrigado a se refugiar longe de tudo e de todos por muitos anos. Até que um novo viés profissional lhe oportuniza sua tão desejada e aguardada vingança.

Essa obra é uma deliciosa releitura de A Tempestade, de Shakespeare. Uma narrativa que nos faz pensar sobre prisões, sejam elas físicas ou não, e sobre redenção. Nos faz refletir sobre nossas escolhas, sobre os percalços que sofremos, sobre destino, sobre nossas lutas diárias.

O interessante aqui é que a vida de Félix, diante das circunstâncias por ele enfrentadas, se assemelha à vida de Próspero, protagonista da peça original, e para conseguir realizar a sua vingança, ele monta a peça tendo como atores pessoas encarceradas enfrentando suas próprias prisões. Uma sacada inteligentíssima, contada pela escrita inteligente e sensível da Atwood.

Gostei muito!
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Wonderland of Books 13/02/2020

Adoro essa escritora. Lerei tudo dela.
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juliabarros 18/04/2020

a ideia é boa mas não convence
acredito que o livro tenha bons momentos e bons personagens mas achei que a motivação para o enredo um pouco fraca.
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Pedro Bonavita 10/06/2020

Aprisionamento da vingança
?Semente de Bruxa? tem um humor ácido, mas ao mesmo tempo bastante pessimista. Essa releitura da peça de Shakespeare mostra como a vingança aprisiona o vingativo em ilusões.
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Jaque @blogmalucadoslivros 30/06/2020

Outra obra de Margareth Atwood que não decepciona!
Em Semente de bruxa, me deparei com uma trama diferente, mas instigante sobre vingança.

A PREMISSA:
Nesta releitura de "A tempestade" de Shakespeare, conhecemos Félix. Ele está feliz e pleno com seu emprego de diretor artístico do Festival de teatro de Makeshiweg mas após a morte de sua filha a vida de Félix passa a ir água abaixo, o levando a perder este emprego que tanto ama. Assim ele acaba indo morar em uma cabana remoendo rancores do passado, a dor de ter perdido sua filha e sendo assombrado por isso e jura vingança.

❝Mas seria mais do que isso, porque dentro da bolha encantada que ele estava criando, sua Miranda viveria de novo.❞

Após doze anos, Félix arruma um emprego de professor de teatro em uma penitenciária e ali, finalmente ele encontra a chance de finalmente se vingar daqueles que um dia, tiraram tudo que ele tinha.

O QUE EU ACHEI:
Este foi meu segundo contato com a escrita da autora, e posso dizer que mais uma vez ela me surpreendeu com a delicadeza de sua escrita e a sua narrativa tão instigante. Félix é um personagens amargurado e rancoroso e eu senti empatia por ele, mesmo não concordando com suas atitudes.

Semente de bruxa não é um livro eletrizante, eu diria que é uma leitura de altos e baixos porque as vezes eu achei a leitura monótona mas ainda assim não conseguia largar, eu queria saber como seria a vingança de Félix e as consequências que isso teria.

Por fim só posso dizer que é sim uma ótima leitura, sensível e instigante. Margareth se tornou uma das minhas autoras preferidas, então mesmo com algumas ressalvas recomendo demais este livro!

site: https://www.malucadoslivros.com.br/2020/06/resenha-semente-de-bruxa-margareth.html
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skuser02844 04/07/2020

O livro em si é bom - mas poderia ser melhor
Em geral, gostei da história, mas eu mesma achei muita enrolação até chegar a peça de teatro que é o objetivo final. Também achei o fato da filha do protagonista ser um fantasma que fica perambulando pra lá e para cá meio bizarro. Sei que o objetivo da filha ser um fantasma era para fazer um paralelo com Ariel, que é um espírito em a Tempestade de Shakespeare, mas mesmo assim... Para mim não caiu bem esse detalhe. Como diz o título, é bom, mas poderia ser bem melhor.
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