Vânia 22/09/2018
Surpreendente!!
Dois protagonistas masculinos fortes.
De um lado, Dylan Cooper, financista. Sofreu um decepção amorosa há não muito tempo e pretende, a partir daí, apenas curtir a vida. No entanto, ao comparecer a uma das muitas festas "perigosas" de seu amigo de longa data, Miles, ele acaba salvando uma ajudante de cozinha, Mary, a se livrar de um patrão violento. Dylan, então, se vê encantado por aquela moça trabalhadora, que tenta se manter vivendo naquela cidade tão cara, Manhattan, dignamente, e que, apesar de ela estar servindo numa festa de homens muito ricos, não se aproveita de sua beleza para conquistar qualquer um deles.
Mary fascina Dylan, e quando eles se reencontram dias depois, ele decide que valia a pena ter mais alguns encontros mais sensuais e ousados com ela.
Do outro lado, temos Enzo Sartori. Este era a personificação da palavra "perigo" no dicionário.
Chefe de uma facção da máfia, ele não dava segundas chances a ninguém. As mulheres se jogavam a seus pés, todas tentando ser aquela escolhida por ele.
Quando Mary aparece no night club de Enzo, a Lodi Paradise, a convite de um amigo, Enzo a acha encantadora - até porque, como ele mesmo diz, é muito difícil encontrar uma ruiva autêntica - e, depois, quando são oficialmente apresentados, ela não se mostra nem interessada por ele, muito menos intimidada. Esse é o gatilho perfeito para que ele decida que ficará com ela.
Em meio a essa queda de braços, temos Mary, tentando sobreviver numa cidade cara, trabalhando como freelance ou em sub-empregos, e com o sonho de ter alguém que a ajude a pagar as contas e pôr comida na despensa.
A simples e romântica, ou a manipuladora fatal. Qual Mary é a verdadeira? E entre dois homens, qual você escolheria?
A gente não quer dar spoiler,claro, mas uma coisa posso dizer - caso você tenha visto a capa e fique em dúvida sobre esse triângulo amoroso: o livro é hot; muitas cenas beeeemmmmm gráficas, mas não há cena de menage.
A leitora, se colocando no lugar da protagonista, vive o dilema de qual homem seria mais interessante para ela.
Os dois homens têm seus lados sombrios e encantadores; quando você torce por um, logo o outro faz algo fascinante, e assim você vai até quase o final.
Mas chega um momento em que você - e Mary - precisam tomar uma decisão... e aí? Qual deles?
K. Patterson carrega nas tintas em suas cenas gráficas tanto de sexo quanto de violência (aviso sobre isso é dado logo no início do livro, não aconselhável para menores de idade ou pessoas sensíveis aos temas). Não há vilão e bandido. Há pessoas com suas qualidades e defeitos, numa verdade nua e crua, e com um mistério que te mantém preso até o último capítulo, que também surpreende.
Este é um novo nome da literatura contemporânea erótica/mistério/romance.
O que será que ele trará num próximo livro?
5 estrelas