Adriana Scarpin 12/12/2018Fico tão feliz por alguém ter escrito esse livro sobre uma psicologia feminista, epistemologicamente falando, e usando a interseccionalidade como método. Pudera vir de uma professora portuguesa de psicologia social da Universidade do Porto, no Brasil, dentro da psicologia, há ainda muita relutância em se adotar uma epistemologia feminista dentro dos métodos de pesquisa em psicologia na academia, coisa que vemos ser mais do que natural na Europa, quem é mais aberto a isso no Brasil é justamente a galera da psicologia social que realmente aplica métodos do feminismo dentro da pesquisa, como era do feitio do meu supervisor de psicologia institucional quando fiz estágio na Delegacia da Mulher.
Os estudos de gênero dentro da psicanálise ainda são muito precários, além de ser elitizante em termos interseccionais, por isso é muito bom que esse livro ter sido escrito mesmo sob a perspectiva da psicologia social, abrindo um leque de como devemos pensar a metodologia feminista dentro da psicologia.