Leonardo1051 01/02/2013
Um bom relato de guerra de alguém que ao longo da mesma protagonizou mais o papel de caça que de caçador. Mesmo não tendo o costume de me instigar com relatos de fugas e conflitos pessoais, esse livro de Peter Henn (que, descobri depois, é um pseudônimo de um tal Alfons Schertl) realmente me prendeu a cada capítulo. Sagaz, irônico e excessivamente realista, mostrou que não apenas ele, mas boa parte do corpo aéreo não era tão cego ao ponto de não ver a derrocada iminente do Eixo na 2° guerra. Lutou nas três frentes, iniciando-se na Itália ao lado do grande ás da Luftwaffe Herbert Puschmann, estando inclusive ao lado dele quando o mesmo foi abatido fatalmente, passando para o front oriental, nos balcãs durante a ofensiva soviética para a ocupação do mesmo, e ainda participou da Operação Bodenplatte (o maior sacrifício de material humano da luftwaffe ao lado da batalha da Inglaterra). As vicissitudes da sua carreira como aviador da Luftwaffe terminam com um desfecho incrível com uma ofensiva contra as forças soviéticas às portas do decadente e agonizante 3° império alemão, e que me tirou do sério pela falta de maiores informações: o que será que aconteceu com os dois jovens que acabavam de estrear na aviação em pleno ocaso da guerra e deixados sob a responsabilidade de um Peter Henn deveras preocupado e paternal? E o principal: que fim Levou Peter Henn, depois do abrupto (e poético) final? Ainda saberei...