INFILTRADO NA KLAN

INFILTRADO NA KLAN Ron Stallworth




Resenhas - Infiltrado na Klan


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Lucas 01/12/2020

Inesperado
Devo dizer que só tomei a iniciativa de ler este livro por causa do excelente filme de Spike Lee, e que boa atitude eu tomei! KKK, ou melhor, HAHAHA.
Fiquei embasbacado pelos caminhos a qual Ron Stallworth tomou, um "black men" infiltrado em uma das maiores organizações racistas (nojentos) que já existiram, com toda certeza isso é uma grande ironia.
Assim como eu, creio que muitas pessoas irão chegar ao livro por meio do filme, podem ficar tranquilos um não estraga o outro, porém o livro é real e o filme precisou tomar algumas liberdades criativas, afinal é um filme!
Esse livro me deu uma perspectiva mais clara a respeito do movimento "Black Lives Matter" e de toda cultura racial americana. Me fez perceber como o racismo é como um câncer que cria raízes na cultura e nas pessoas, eu por muitas vezes percebi que foi racista, mesmo tendo em minha origem uma parcela negra, então peço desculpas pelas minhas atitudes inconscientes.
Devo elogiar também a excelente escrita do autor, posso até ser preconceituoso mas não esperava isso de alguém que seguiu um carreira policial.

"O sucesso em um in vestigação policial nem sempre e medido pelo número de prisoes efetuadas ou pela quantidade de contrabando ilegal apreendido. Muitas vezes, o sucesso encontra-se não no que acontece, mas no que você evita que aconteça".
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Lais Porto (@umaleitoranegra) 25/09/2020

Infiltrado na klan
Já tinha assistido ao filme Infiltrado na klan no cinema, ao ler o livro foi uma experiência completamente diferente. O filme é incrível e indico que assistam também. Ao ler o livro percebe-se as diferenças que foram colocadas no filme.

Um dos pontos principais na diferença é que o livro não tem tanta ação quanto o filme, no livro Ron traz muitos aspectos conceituais da atuação policial, do dia a dia como um policial infiltrado, o bom do livro acredito que é isso, nos apresenta detalhes que não conseguem ser passado no filme.

Ron tinha vontade de ser professor de educação física, mas nas condições que ele tinha aos 19 anos optou por se tornar cadete e foi construindo sua carreira de grande prestigio dentro da polícia, tornando-se uma referência no que se refere a Klan e ao mundo do gangsta rap.

Antes de tudo Ron é um policial, antes e ser homem Ron é um policial, antes de ser negro Ron é um policial. Ron fala sobre sua experiência de quando criança vendo a luta pelos direitos civis, mas ele não é ligado as questões civis ou raciais, fica um pouco explicito quando ele vai disfarçado ouvir o discurso de Stokely, mas não é algo que rege a sua vida e seus princípios.

Por isso, antes de tudo Ron Stallworth é um policial.

O livro também apresenta muito como foi pra Ron em quase todas as situações ser o primeiro ou um dos primeiros policias negros, ele também procura mostrar de forma mais geral essa questão, no final do livro ele apresenta a quantidade de pessoas negras, homens e mulheres, que ingressaram na DPCS.

Uma das grandes questões que ficou pra mim quando acabei a leitura foi saber porque o seu superior quis acabar com a investigação na Klan, não me convenceu a explicação do medo da retaliação publica da comunidade, ainda bem que Ron foi muito mais inteligente que seu superior e guardou boa parte do arquivo nos dando a oportunidade de hoje conhecer a sua história.

Eu particularmente não acredito que um policial negro consciente e envolvido com causas raciais consiga prestar um bom serviço para a instituição que trabalha, pra mim polícia e raça são antagônicos, acho que sou um pouco dos grupos de pessoas negras mais radicais que Ron não gostava rsrs

Ron desempenhou um excelente trabalho como policial, contribuiu e muito com sua investigação na Klan, cumpriu seu papel de homem negro dentro da polícia até onde conseguiu e ir e até onde ele acreditava, ou seja, a sua carreia foi coerente e dentro dos conformes.

A atuação de Ron não me surpreendeu, mas também não me decepcionou, estou dizendo isso com base na leitura do livro, porque pelo filme UAUUU! sua atuação enquanto policial foi incrível, ainda mais tendo o seu romance afrocentrado ♥

Uma sugestão que dou é, primeiro assista o filme e só depois leia o livro, essa vai ser a melhor sequência, se fizer o contrário é bem capaz de ficar chateado por mudarem muitas questões abordadas no livro rsrs olha que estou te avisando, não vai ser culpa minha heim rsrs

O livro é bom, o filme é bom, só cabe a nós leitores e telespectadores apreciarmos essas duas grandes obras.

site: https://leitoranegra.blogspot.com/
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12/07/2020

Tive contato com o livro através de um audiobook e tive a impressão de que não aproveitei a leitura como deveria. Tiveram muitas passagens que eu quis marcar pra voltar depois e, devido ao formato, não foi possível. Ficou muito marcado no livro o preconceito sofrido pelo Ron (motivos óbvios) e tornou a história muito mais interessante, visto que o livro é uma história real, cujos relatos são do primeiro investigador negro dos EUA. Pretendo ler nor formato físico, futuramente, e dar a devida atenção à história. Creio que minha nota foi mais pela experiência em si que pelo livro de fato.
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Nat 17/04/2020

"Se um homem negro, auxiliado por um punhado de brancos e judeus bons, decentes, dedicados, de mente aberta e liberais, pode conseguir prevalecer sobre um grupo de racistas brancos, fazendo-os parecer os idiotas ignorantes que realmente são, então imagine o que uma nação de indivíduos que compartilham das mesmas ideias pode conseguir. [...]"

Ron Stallworth foi o primeiro detetive negro de Colorado Springs, Colorado, EUA. Em 1970, ele decidiu participar do programa de cadetes do Departamento de Polícia, que recrutava minorias. Tendo consciência de que ele sofreria ofensas de todo tipo devido a sua cor de pele, Ron começa a trabalhar numa operação que se tornaria muito importante e onde ele conseguiria um feito inédito: um policial negro se infiltrando na Ku Klux Klan.
Sua carreira começa ao investigar os Panteras Negras, cujo líder, Stokely Carmichael, estaria em Colorado Springs para um discurso. Como o único negro no departamento, Stallworth era o único policial negro que poderia se infiltrar e trabalhar disfarçado. Três anos depois, ele encontra um anúncio no jornal da KKK recrutando cidadãos. Ele liga para o telefone do anúncio e começa aí uma investigação muito interessante.
Na época, a KKK buscava novos participantes, se declarando como uma organização não-violenta (mesmo pregando ódio aos judeus, negros todo tipo de intolerância). Com ajuda de todo o departamento, Ron conseguiu se infiltrar com sucesso, mesmo tendo que usar o rosto de Chuck, um policial que trabalhava disfarçado em Narcóticos, e começou suas conversas com David Duke, presidente da Ku Klux Klan.

"É importante para mim explicar que David Duke foi e é um homem cujo nome até hoje é sinônimo de ódio no atual cenário político e midiático. Um homem que logo me consideraria um “amigo”. [...]
A aparência dele era a de um típico garoto americano que toda mãe desejaria como acompanhante de sua filha no baile de formatura. Ele sempre estava bem arrumado, era bem-comportado (pelo menos em público), articulado e instruído, com um mestrado. Sua aparência de doutor Jekyll desmentia a personalidade de senhor Hyde e seu ponto de vista em questões raciais comuns ao âmago do clima social e político dos Estados Unidos. Publicamente, ele não falava sobre ódio, mas sobre herança e história. Ele gerou um novo racismo para as massas de direita, que unia a antipatia aos negros e outras minorias à insatisfação geral com o governo e ao medo de um mundo complexo em constante mudança."

Eis o posicionamento de Duke:

"Como ele afirmou num artigo da revista Oui, por volta de 1979, “Eu não estou pregando a supremacia branca”, embora tenha dito que acreditava firmemente que os brancos são superiores aos negros e outras minorias. “Eu estou pregando o separatismo branco. Gostaria de ver todos os negros voltarem para a África, que é o lugar a que pertencem, mas eu estaria disposto a dar a eles parte deste país — alguns estados, talvez — contanto que tivessem uma sociedade separada.”"

Esse livro foi minha primeira opção para o desafio. Comprei ano passado, quando queria ter visto o filme que indicou Adam Driver ao Oscar, mas acabou não chegando aqui. Vi o filme antes de ler o livro, então fiquei esperando uma adaptação (livro para filme), mas não. O livro conta sim a história do filme (um policial negro que se infiltra na Ku Klux Klan), mas dá muito mais detalhes. Foi bom descobrir a quantidade de coisas que eles descobriram na época sobre a Klan e o grau de burrice dos integrantes do grupo, cegos pela própria ignorância e prepotência. De certa forma, esse livro me lembrou muito um que eu li ano passado, A lista de Schindler, e de como foi fácil para Mietek Pemper desmentir, acusar e provar os relatos de acusação contra Göth e outros nazistas durante o julgamento deles (pois ele trabalhou muito perto de Göth enquanto foi prisioneiro).
Essa foi uma das expressões máximas da burrice do presidente da Ku Klux Klan nessa época:

"[...] Às vezes, meus telefonemas a David Duke eram conversas leves e pessoais [...] Às vezes, minha conversa era educativa, com um tom cômico e racista. Uma vez perguntei ao “senhor Duke” (todos se referiam a ele de forma reverente como “senhor”) se ele se preocupava que algum “crioulo” metido a esperto telefonasse para ele fingindo ser branco. Ele respondeu: “Não, eu sempre sei dizer quando estou falando com um crioulo”. Quando perguntei como ele poderia ter certeza disso, ele afirmou o seguinte: “Veja o seu caso, por exemplo. Sei que você é um homem branco puro e ariano pela maneira como fala, pelo modo como pronuncia certas palavras e letras”."

Foi engraçado e até irônico constatar o posicionamento de certos integrantes da KKK que Ron menciona no livro. O que mais me chamou atenção foi o do bombeiro Fred Wilkens:

"[...] Wilkens sempre fora claro ao separar suas ações profissionais de suas convicções pessoais, e as autoridades da cidade só podiam expressar seu descontentamento em relação a ele de forma limitada. Conforme afirmou com clareza no artigo da revista Denver, “Como bombeiro, estou numa posição difícil. Existem algumas pessoas que gostariam de me ver perder o emprego. Mas é meu direito constitucional acreditar no que acho ser certo, e vou continuar dando o máximo de mim para atuar como um bom bombeiro. Meu trabalho é proteger as vidas e propriedades de todos os cidadãos, tanto brancos como grupos minoritários. É exatamente isso o que vou fazer. As pessoas me perguntam se sou racista e eu digo que depende de como você define a palavra. Se você a define como alguém que odeia raças, eu definitivamente não sou. Se a define como alguém que ama sua própria raça, então com certeza sou”. [...]
Como Duke, ele queria popularizar a Klan, afirmando que “a Klan não deseja se opor ou suprimir qualquer raça, mas acredita que, para cada um desenvolver seu pleno potencial, elas deveriam fazê-lo separadamente. Por isso, a Klan é totalmente contra a integração racial e o casamento inter-racial... uma separação total das raças para benefício mútuo”."

Um dos momentos mais divertidos do filme e (para minha surpresa) do livro também é o momento em que o verdadeiro Ron Stallworth, atuando como segurança de David Duke, pede uma foto, enquanto Chuck, o falso Ron, é quem tira a foto. No livro, essa parte conseguiu ser mais tensa e transmitir toda a posição racista KKK. Me surpreendi de várias maneiras lendo esse livro, e todas de forma muito positiva. Leitura muito indicada.


site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com/2020/04/infiltrado-na-klan-ron-stallworth-dll.html
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Douglas Philippe 23/03/2020

Que livro! Uma leitura super gostosa e rápida, que te prende nos mínimos detalhes, que são extremamente ricos. A habilidade de escrita de Stallworth é muito grande e eficiente (o que é justificado nos agradecimentos finais a seu professor) e consegue transportar facilmente o leitor para o cenário retratado.
É uma leitura super importante, que nos ajuda a entender muito sobre o racismo estrutural, não só nos EUA, mas também aqui no Brasil. Apesar de se passar quase 50 anos atrás, é uma história que poderia facilmente ser retratada nos dias atuais, com poucas mudanças. O fato de ser uma história verídica torna tudo mais assustador e triste. Algumas pessoas podem se decepcionar um pouco com a leitura, por não ter muita "ação" ou momentos tensos, principalmente se ler após assistir a também excelente adaptação de Spike Lee e Jordan Peele, que embora seja maravilhosa, apresenta muitas diferenças, tornando as duas experiências únicas e necessárias.
É um livro que pode ser lido tranquilamente em um ou poucos dias e fiquei com uma vontade muito grande de ler uma ficção policial ou de suspense escrita por Stallworth, que com certeza seria uma leitura agradável, graças às duas experiências e conhecimento.
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Larissa3666 17/03/2020

Ótimo para se educar
Ouvi o audiobook do livro, o qual eu achei bem interessante e que proporcionou uma fluidez a leitura, que por ser uma biografia, as vezes pode ser um pouco parada. Achei uma ótimo livro pra se educar sobre racismo, mesmo se passando nos EUA, e que se torna ainda mais interessante devido a conjuntura política atual, onde os discursos segregatorios tomaram força novamente. Acerca disto deixo uma citação do livro :
"Não há mais necessidade de agir como Jackie Robinson.
Hoje em dia, aqueles que estão familiarizados com a minha história muitas vezes me perguntam se existe paralelo entre os tempos atuais e a minha investigação secreta de quarenta anos antes. Minha resposta é sempre a mesma: um retumbante e inequívoco sim!
O discurso intolerante e repleto de ódio e o propósito terrorista dos pensadores da supremacia branca como David Duke, Fred Wilkens e Ken ODell estavam de acordo com o longo arco geracional da Ku Klux Klan desde a sua fundação, logo após a Guerra Civil Americana. e ouvimos ecos desse mesmo discurso e propósito no clima político de hoje"
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Tati Vidal 26/02/2020

Em outras palavras....
A história do livro é interessante. De verdade. Não me entendam mal. A história é realmente boa. Porém...

Livro é bem mal escrito, as repetições nas cenas desanimam demais. Não sei quantas vezes eu li a expressão: em outras palavras.

Tem trechos que são enormes e altamente repetitivos. Alguém deveria ter assumido o livro e escrito no lugar do Ron. Ele viveu uma história massa. Porém que pena que tão curta e rápida.

Eu tinha na cabeça uma coisa pro final, e tive uma leve decepção. Mas leiam. Vale mega a pena ver o que um policial negro fez com um monte de branco burro. Achei sensacional e Ron é muito herói.
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laisreading 23/12/2019

Infiltrado Na Klan - Ron Stallworth | 🌟 4,5/5.
Primeiro de tudo queria dizer que essa é uma postagem especial com dedicatória ao meu namorado, @dioclean. Por essa história ser tão importante para ele e ele ser tao importante para mim. Agora, bora pra Resenha!
Infiltrado na Klan conta uma das histórias reais mais incríveis e instigantes que eu já li. Esse livro nos entrega detalhes sobre uma das investigações mais importantes e bem feita das historias de investigações. Ron Stallworth é um policial negro (primeiro do Departamento de Policial de Colorado Springs) que lidou de forma profissional e INTELIGENTE contra uma Organização Racista (Ku Klux Klan) nos anos 70.
Uma das coisas que me chamou a atenção nessa história foi ver como o rascismo e o discurso de ódio conseguem facilmente se propagar diante de mentes tão fracas e egoístas, e como as minorias sempre lutaram pelos seus direitos de serem vistos como humanos dignos de respeito.

Infiltrado na Klan é uma história de 1970 e que infelizmente, pode ser comparada com a nossa atual história.

site: https://www.instagram.com/p/Bz0o98EjAPW/?igshid=1htlcuak0wgy6
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Miry 06/05/2019

Tava impressionante até o último capítulo
Eu tava muito empolgada com esse livro e conforme ia lendo ele correspondia as minhas expectativas. Amei a experiência de saber o plano engenhoso que o policial Ron teve.

Mas o último capítulo foi um balde de água fria que eu não quero aceitar. Mas a experiência foi muito boa.
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Cris 30/12/2018

Esperava gostar mais...
“O sucesso em uma investigação policial nem sempre é medido pelo número de prisões efetuadas, ou pela quantidade de contrabando ilegal apreendido. Muitas vezes, o sucesso encontra-se não no que acontece, mas no que você evita que aconteça.”

Esta é uma autobiografia de Ron Stallworth, que foi o primeiro detetive negro da história do Departamento de Polícia de Colorado Springs, nos EUA.

Ele se deparou com um anúncio em um jornal convocando pessoas a se juntarem à uKlux Klan, o famoso grupo terrorista de supremacia branca. Então, decidiu responder ao anúncio, se infiltrando em um grupo local da KKK.

Ron iniciou assim junto com a polícia local uma investigação secreta audaciosa, que frustrou vários planos da KKK no final dos anos 1970. Ron também relata todo o preconceito que sofreu dentro da própria polícia ao se destacar cada vez mais dentro da Instituição.

A narrativa é muito simples, o autor nos conta o que aconteceu nos anos em que fez parte da investigação, mas confesso que não prendeu muito minha atenção.

O livro aborda um tema que eu tenho bastante interesse em saber mais sobre, porém a forma como o livro foi narrada não me envolveu como achei que fosse.

Apesar disso, estou bem curiosa pra assistir o filme e ver como essa história foi adaptada para as telas do cinema..

“Nossa história está sempre em nosso presente.”

site: http://instagram.com/li_numlivro
Natália Tomazeli 31/12/2018minha estante
Nossa, nem sabia que tinha livro! Quero assistir o filme tmb...


Cris 07/01/2019minha estante
Sim, preciso ver se ainda tá no cinema, parece que tinha saído há um tempo.


Natália Tomazeli 08/01/2019minha estante
Verdade!


Cadu.Ribeiro 10/03/2019minha estante
O filme e mais divertido que o livro !


Cris 11/03/2019minha estante
Verdade ! Eu assisti o filme depois de ler e amei!




douglaseralldo 26/11/2018

10 CONSIDERAÇÕES SOBRE INFILTRADO NA KLAN, DE RON STALLWORTH OU SOBRE COMO MOSTRAR QUE IDIOTAS SERÃO SEMPRE IDIOTAS
1 - Em tom descontraído, até simples, Infiltrado na Klan são os relatos pessoais e verídicos do policial Ron Stallworth, primeiro negro do Departamento de Polícia de Colorado Springs (o autor frisa bastante esta marca), sobre uma peculiar investigação realizada por ele no calor dos finais dos anos 70, e quando as discussões raciais e dos direitos civis estava bastante quentes na sociedade norte-americana;

2 - A investigação, no caso, foi a infiltração do policial negro em um grupo local da Kux Kux Klan, grupo terrorista de supremacistas brancos cuja atuação tem um histórico de medo e conflitos nos Estados Unidos. A investigação liderada por Stallworth e com outros policiais em campo conseguiu adentrar um grupo local da KKK e ainda acompanhar desdobramentos regionais e aproximação de importantes líderes da KKK. À época a investigação atraiu atenção de diferentes órgãos de inteligência pelo fato de Stallworth, um negro, infiltrar-se na Klan, tendo inclusive sua carteira de membro;

3 - Aliás, a publicação além dos relatos do policial, traz junto imagens que corroboram e documentam os relatos do livro, inclusive a famosa carteirinha. Neste tipo de publicação, estes anexos sempre enriquecem a publicação;
+: http://www.listasliterarias.com/2018/11/10-consideracoes-sobre-infiltrado-na.html

site: http://www.listasliterarias.com/2018/11/10-consideracoes-sobre-infiltrado-na.html
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Lina DC 24/11/2018

Muito bom!
"Infiltrado na Klan" é uma biografia narrada em primeira pessoa. Ron Stallworth, conforme a sinopse explica, foi o primeiro detetive negro da história do Departamento de Polícia de Colorado Springs e entre suas atribuições estava a de procurar nas publicações diárias como os jornais, indícios de atividades criminosas, como prostituição, esquemas envolvendo dinheiro, entre outros. Então, imaginem a surpresa do detetive ao encontrar a seguinte mensagem:

"Ku Klux Klan
Para maiores informações contate:
Caixa Postal 4771
Security, Colorado
80230" (p. 13)

Ron nunca esperou que ao responder a mensagem ele receberia o retorno de Ken O'Dell, o organizador local da KKK e que a partir daí iria se infiltrar em uma das organizações mais assustadoras e radicais existentes.
O livro vai apresentando o desenvolver dessa investigação, mas também traz pedaços da vida pessoal de Ron Stallworth. As dificuldades que ele encontrou no trabalho e até mesmo o preconceito que enfrentou entre seus irmãos azuis.
A obra é avassaladora. Imaginar como Ron se sentiu comunicando-se com pessoas que demonstravam tanto preconceito e ódio e ter que se manter calmo e até mesmo reforçar esse discurso de ódio é inimaginável.
O fato de que Ron subiu rapidamente à hierarquia fez com que fosse necessário que outra pessoa se passasse por ele nos encontros presenciais e vamos observando que a organização foi evoluindo e a liderança mudou drasticamente. A nova cara da KKK é um homem culto, inteligente e com um discurso carismático, o que torna tudo ainda mais assustador.

"Minha investigação era mais importante agora do que nunca, e mal sabia eu que "Ron Stallworth", esperançoso candidato a membro da KKK, avançaria muito mais rápido na Organização do que qualquer pessoa da minha equipe havia planejado". (p 71)

site: http://www.alempaginas.com/
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Guynaciria 13/11/2018

Infiltrado na Klan é o mais novo lançamento da editora @seoman. Esse livro deu origem ao filme dirigido por Spike Lee, de mesmo nome.

Ron Stallworth, autor é também protagonista dessa história, nos narra os seus primeiros anos como policial no Colorado. Esse homem foi um desbravador, uma vez que não existia nenhum outro policial negro na unidade naquele período. Ele também foi nomeado o mais jovem investigador infiltrado de seu departamento. 

Mas além de um livro de conquistas pessoais e porque não dizer política e social, essa obra é também uma prova de que com inteligência e o apoio certo, somos capazes de enfrentar o mal de frente, eliminando os intentos mesquinhos praticados por homens preconceituosos.

Devo confessar que se não tivesse conhecimento que essa é uma obra autobiografia, seria difícil não categoriza-lá com de ficção. 

Imagine pois a seguinte situação: Um jovem homem negro, após ler um anuncio no jornal, decide se filiar a Ku Klux Klan, uma das maiores organizações racistas que já existiram no mundo, responsável por atos inomináveis de perseguição, tortura, aprisionamento ilegal, assassinatos e negação de direitos civis básicos a população negra.

Agora imagine que ele não só conseguiu ser bem sucedido, como também foi responsável por frustrar muito dos planos da KKK nos Estados Unidos. Só por esse motivo já vale a pena realizar essa leitura não é mesmo?

Para quem tem interesse na obra, recomendo que opte pela leitura, pois apesar do filme ser interessante, esse suprimiu muitos detalhes importantes a respeito do ponto de vista do autor, o que acabou por tornar o filme bastante estereotipado, onde todos os negros foram postos no papel de militantes, enquanto os bancos integrantes da Klan foram classificados como homens com pouca inteligência e muitas vezes alcoólatras. 

Recomendo a leitura! 
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