z..... 22/12/2018
A HQ valoriza encantamentos que gradualmente perdem espaço para modernidades tecnológicas. Sei, porém, que tudo tem seu tempo e cada geração sua história em aspectos marcantes.
Gostei da obra porque trouxe lembranças, ligadas a valorização na infância do que conheci, representadas por quadrinhos, cadernos de desenho, brincadeiras tradicionais e um certo romantismo onde a violência, tecnologias modernosas e seduções deploráveis não tinham tanto alcance (ou assim pareciam).
Além dessa identificação para muitos leitores, a história tem uma mensagem bonita, de busca de superação, de companheirismo, de luta, de união familiar e resiliência pelas coisas que vivificam o ideal de felicidade. No caso do Cebolinha, a permanência de sua família no lar onde construíram sua história.
Fala também de desencontros em sua insignificância, estimulando nova visão.
Legal! Gostei da edição, que em seu desenrolar, incluindo arte que desperta visão de estética infantil, desapegada de formalismo, parecida aos desenhos do Troca-Letras (como diz Maurício), lembrou um pouco as aventuras do Charlie Brown, em sua inocência ante dramas da vida real.
Fiquei com sensação de faltar algo no final, um brilho extra para coroar o desenrolar sensível e tocante. Está agora entre minhas MSPs favoritas. Bela coleção, belo volume!