Viver é prejudicial à saúde

Viver é prejudicial à saúde Jamil Snege




Resenhas - Viver é prejudicial à saúde


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Guilherme.Eisfeld 07/12/2022

Por mais reedições de Jamil
Que obra genial, bem construída e divertida. Espero que outros livros do Jamil Snege sejam republicados, já que está difícil encontrá-los por aí.
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MatheusPetris 03/10/2021

“Sou um homem de meia-idade,
mas este não é o único risco
que corro.”
– Jamil Snege (Ave púnica)

Cinismo ou Ceticismo? Talvez um entre. Ou um cruzamento. A crença na descrença diz melhor (e mais didaticamente). Essa postura, esse olhar ao mundo, é todo o fundamento narrativo, o ponto de partida e o de chegada. E também o de crítica. Aguda, diga-se de passagem.

Poderíamos estar falando do próprio Jamil? O Jamil romancista de “Como se eu fiz por si mesmo”, ou o Jamil cronista de “Como tornar-se invisível em Curitiba”, poderíamos, mas não estamos. Ou estamos? A escolha é sua. Não quero enveredar neste ensaio para a discussão entre autor-personagem, então vamos a quem realmente importa: a personagem.

O típico pequeno-burguês, a classe média alta que alcançou aquilo que quis, contudo, ao fim, não chegou a lugar algum. Um problema da classe? Em hipótese alguma, um problema intrínseco à condição humana – segundo os olhos de tal personagem. A ironia, e o sarcasmo, convém aos escritos de Jamil e são intrínsecos a essa figura tão desacreditada no amanhã. Se estiver sujo de lama, mergulhará na próxima poça de lama.

Outro ponto comum de convergência com a obra literária de Jamil: afinal, de que serve a intelectualidade? Para essa personagem, seu conhecimento é um ornamento. Mas não um ornamento a ser ostentado, muito menos guardado no fundo do baú; é algo a ser preservado, como se através dele, constatasse a inutilidade de suas vãs tentativas em ser esse “alguém”.

É, a tão debochada crônica “Cuidado, seu filho pode ser um intelectual”, sintetiza e guarda algumas respostas. O estudo, a leitura, a literatura, para nada servem. Que assim seja. Quando tudo falhou, nos resta bebericar a cerveja mais barata junto a falha – esse ser indestrutível, inquebrantável –, verbalizando nossa tola e pretensiosa erudição.
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Sara Muniz 20/04/2020

RESENHA - VIVER É PREJUDICIAL À SAÚDE
Viver é prejudicial à saúde, publicado independentemente em 1998, é um verdadeiro tesouro da Literatura Paranaense que quase ninguém conhece! Essa obra, cheia de um humor inteligente e de reflexões filosóficas, mostra-nos como viver deve ser nossa prioridade, ainda que seja prejudicial à saúde.

O narrador-protagonista (sem nome) é um personagem descontente com a vida e se acha um fracassado. Depois de 3 casamentos e divorciado, ele dá atenção às suas bagunças e à sua filha já adulta (inclusive, ele tem muito orgulho dela). Além disso, ele também está insatisfeito com o trabalho. Sua revolta com a vida fica explícita em vários momentos, ele é extremamente solitário e sente um tédio dotado de descrença na vida. Até metade do livro é somente essa perspectiva desesperançosa que ele tem, quando finalmente ocorre o clímax: ele atropela um porco e acha que atropelou um homem.

Ao atropelar o animal na estrada da Graciosa (quem é de Curitiba conhece muito bem), ele imagina que tudo vai piorar ainda mais, entretanto, esse acontecimento finalmente faz as coisas engrenarem na vida dele. Os momentos em família que ele tinha com a família e o genro são trocados por uma viagem sozinho à Argentina. Aquele que queria tanto deixar de ser solitário, viaja consigo mesmo, dando valor à própria companhia e em busca de fugir da monotonia.

Algo que me chamou a atenção na linguagem desse livro é o estilo poético e formal (apesar de muitas expressões serem de baixo nível). Cheia de mensagens incríveis que fazem o leitor se identificar com o personagem. É uma obra contemporânea que tinha tudo para ter uma linguagem simples, mas oscila entre a rebuscada e a livre.

Gostei bastante dessa leitura, que por mais que seja curta, é bastante diferente de qualquer obra de literatura paranaense que eu já tenha lido. Vale muito a pena conhecer a história do homem que atropelou o porco.

PARA A RESENHA COMPLETA COM TRECHOS, LINKS E IMAGENS DO LIVRO, VISITE O MEU BLOG:

site: https://interesses-sutis.blogspot.com/2019/08/resenha-viver-e-prejudicial-saude.html
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Fabiana 07/10/2013

O singular Jamil Snege
Como um cara como esse não é o paranaense mais lido? Suas obras precisam de circulação, precisam ser divulgadas.
Consegue já nas primeiras páginas divertir o leitor, com a linguagem um tanto peculiar e diga-se de passagem, singular - não havia tido antes um contato com uma literatura como a desse mestre. Altamente indicada para curitibanos, trazendo cenários reais para o livro e envolvendo de uma maneira a te fazer se sentir em casa. Afinal, viver pode ser mesmo prejudicial à saúde, mas por que não viver? Sem dúvidas, apaixonante.
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