Resenhas - Paraíso Negado

Vânia 01/12/2018

Paraíso Negado
Uma tarde no parque infantil foi o que bastou para que duas crianças criassem um elo difícil de se romper.
O que começou como amizade infantil, sobreviveu aos anos da adolescência e se transformou em paixão.
Eles combinavam, se davam bem, trocavam planos e confidências.
Mas havia um enorme abismo entre eles.

Stela vinha de uma família rica de Londres.
Seu pai, Stewart Frederick Wright, que já vinha de família rica e nobre, aumentou a fortuma ao criar a StelAir, uma das maiores companhias aéreas americanas.
Casou-se com uma americana e depois de muitos anos, tiveram a pequena Stela.

Criada com o que havia de melhor, estudando em escola particular, Stela era a pobre menina rica que encontrou em John a companhia perfeita.

John, por outro lado, era filho de uma mãe americana, enfermeira e que se matava de trabalhar. O pai havia sido deportado do país antes mesmo de o filho nascer, e nunca mais foi visto.
Na adolescência, John ajudava a mãe fazendo bico na mercearia e na oficina mecânica no Bronx.
Desde cedo, ele notou que Stela era diferente das outras meninas riquinhas, e logo se declarou a ela.

O namoro seguiu até chegarem no fim do Ensino Médio, quando, ao acompanhar Stela no baile de formatura, John se meteu numa briga que poderia ter terminado em tragédia.
Ao fugir do local, ele queria que Stela fosse com ele, mas ela tomou outra decisão, o que o magoou.
A partir daí, uma série de infortúnios fez com que o jovem casal não mais se visse.

E se separaram com mágoa e palavras não ditas...

Por dez anos...

Anos depois, Stela retornou a NY, depois de ter passado alguns anos morando com sua tia na Inglaterra.
Trabalhava numa editora, ainda que fosse a principal herdeira da companhia aérea. Mas seu retorno tinha dois grandes objetivos: ver se conseguiria voltar a viver na cidade em que tinha tantas lembranças de seus pais... e contactar John.
E essa era a pior parte.

O encontro deles se dá antes que ela tivesse planejado, quando a StelAir oferecia um baile beneficente.
John Cameron, agora um rico empresário do ramo das telecomunicações, foi um dos principais doadores da noite, com direito a sentar-se à mesa com a Presidente de Honra.

De palavras amargas e sentimentos eclipsados, os dois não conseguiram disfarçar que ainda tinham uma história a terminar, positiva ou negativamente.

John não conseguia esquecer a ferida que Stela deixou em seu peito ao preferir ficar ao lado de seus amiguinhos ricos. Agora, ele também fazia parte daquele clube. Sabia que era considerado um dos solteiros mais cobiçados da cidade, e não iria descansar enquanto não fizesse a Srta. Perfeitinha provar do mesmo fel que ele.

A história é fofa, com poucas surpresas e um final que abre as portas para mais uma segunda chance na vida do personagem.
Sem cliffhanger, stand alone.
5 estrelas